Tales of Lost Love escrita por Drix


Capítulo 42
Eternal flame




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Estavam todos na sala, quase prontos pra sair, quando a porta se abriu, num rompante.

— Ora, mas, por que diabos eu não consigo entrar aqui agora? É alguma brincadeira isso?

— Klaus?!?! – Caroline diz, mostrando felicidade! Damon responde.

— Existe um feitiço pra proteger a casa contra invasores. O que você está fazendo aqui? Se é que é você mesmo.

— E por qual motivo não seria? Estou aqui pra confirmar que vocês não façam nenhuma besteira e o tal Silas consiga derrubar o véu. Afinal, sou o maior interessado que isso não aconteça.

— Huuum… parece que é ele mesmo. – Stefan conclui. – Entre, Klaus!

Katherine olha pra Adrienne, que está de costas para a porta, com receio. Não esperava a vinda do Híbrido Original, muito menos naquele dia. Klaus entra, soberbo quando percebe alguém que ele não conhece.

— Mas, que grande palhaçada! Só faltava… Hum, parece que temos novos amigos por aqui, não vão me apresentar?

— É amiga do Stefan, Adrienne. – Damon responde.

O semblante de Klaus petrifica na hora, temeroso a coincidência. Não podia ser. E aguarda a moça se virar, lentamente. Ele vai andando até o meio da sala e para, estupefato.

— Adrienne? Você…

— Olá Niklaus. – ela se levanta, virando devagar.

Klaus corre e voa no pescoço dela! Todos reagem, Stefan vai pra cima dele.

— Solta ela, Klaus! Agora!

Klaus, olha pra Stefan, ainda perturbado, mas, acaba soltando a vampira.

— Isso é alguma brincadeira? Que… palhaçada é essa? O que você está fazendo aqui… com essa gente? – Klaus começa a ficar nervoso e descontrolado. – Vocês… saiam daqui, todos!

Todos, exceto Katherine, ficam espantados com a reação de Klaus. Stefan interfere.

— Eu não vou sair daqui. Se quiser falar alguma coisa, vai ser na minha frente.

Klaus se vira pra ele, furioso, duas vezes querendo bancar o herói, era abuso! Ele se aproxima, transformado.

— Ora, ora, meu sempre nobre amigo, Stefan, você perdeu o juízo? É a convivência com seu irmão que está te fazendo tão estúpido?

— Hey! – Damon se ofende.

— Eu já mandei sair! – Klaus continua aos berros.

Katherine começa a se dirigir à biblioteca, empurrando Caroline. Stefan permanece imóvel. Elena e Damon se afastam, um pouco confusos.

— Gente, por favor, façam o que ele diz! Stefan, por favor, vá. Ele não vai me machucar, vai, por favor. – Adrienne pede, quase implorando.

— Não vou. Mas deveria. – Klaus resmunga olhando com raiva até que todos saem e se enfiam na biblioteca. Katherine engrossa o pedido.

— Muito bem, vamos, ou ele vai mesmo matar a todos por isso. Eles têm mais de 500 anos de conversa pra colocar em dia. Vamos! – Ela diz, colocando todos pra dentro da sala de livros. Stefan, ainda se segura. Ela o puxa.

— Vem, Stefan. Ele não vai mesmo machucar ela. Acredite.

Klaus aguarda impaciente todos saírem da sala. Ele olha Caroline saindo também, olhando desconfiada. Mas, não consegue pensar nem mesmo nela, neste momento. Quanto a porta da biblioteca se fecha, ele se vira pra Adrienne novamente, se aproximando.

— Por que você pensou que podia fugir de mim?

— Eu não fugi de você, e se eu quisesse isso, teria conseguido, afinal!

— Tão petulante! De onde veio isso? – ele se aproxima mais ainda.

— Dos anos que vivi contigo! – ela responde levantando o queixo, mostrando que não tem medo.

O híbrido fica, de frente, ao lado dela e encosta o lado direito do seu rosto no dela, segurando o outro lado com a mão, sussurrando em seu ouvido.

— Eu passei mais de 5 séculos esperando que você voltasse.

— Você me traiu!

Ele solta o rosto dela e se afasta, virando de costas, falando baixo.

— Eu não te traí. Eu apenas precisava quebrar a maldição, você sabia disso.

— Pra quê, Niklaus? Por que você precisava? – Adrienne enfatiza e se altera. – O que você tinha não era suficiente? Você tinha lealdade dos seus súditos, você tinha o companheirismo dos seus irmãos, você… – ela gagueja e abaixa a voz – você tinha meu amor. E isso, tudo isso, não era suficiente pra você! Você queria mais! E mentiu pra mim! Você, com sua sede de vingança, sempre afastando quem te rodeia!

Dentro da biblioteca, todos podiam ouvir a discussão. Katherine, estava num canto, tentando se distrair. Já conhecia a história e sabia que não queria ouvir de novo. Stefan estava apreensivo. Damon tentava entender.

— Você sabia disso, sabia que eles se conheciam?

— Sim. Sabia. – Stefan responde, sucinto, querendo ouvir a discussão.

— Não é bonito ouvir a conversa alheia, viu?! – Katherine alfineta.

— Você sabe disso tudo, não é, Katherine? – Elena pergunta.

— Mas, é claro, meu bem. Como você acha que consegui sobreviver ao Klaus esse tempo todo? Ela me ajudou.

Caroline estava quieta. Também tentava entender. Algumas coisas se explicavam, porque Klaus era daquele jeito. E, pior, ela tinha desabafado com Adrienne havia poucos dias.

— Eu precisava quebrar pra me livrar do meu pai! Você sabia disso! Ele nunca iria nos deixar em paz! Ele me perseguiu por mil anos! Até que eu consegui matá-lo!

— Ele te perseguiu por mil anos e você sobreviveu a esses mil anos! Não percebe que não fez diferença? O que você conseguiu nessa ânsia de poder foi afastar tudo que conquistou e amou! – ela se altera de novo.

Klaus se aproxima novamente, gritando, alterado e transformado.

— Eu consegui matá-lo depois que quebrei a maldição e agora sou livre! Era só o que eu queria. E queria que você estivesse comigo!

Adrienne abaixa a voz, novamente e diz:

— E o que você construiu nesse caminho, Niklaus? Além de dor, ódio e sofrimento? Perdeu a confiança de seus irmãos. Se tornou um sanguinário violento. Não tem ninguém. As únicas pessoas que você pode contar, estão trancadas na biblioteca, porque tem medo de você. E aí, me conta, o que você ganhou com a quebra dessa maldição?

Ela acaba de falar e percebe que ele está com lágrimas nos olhos. Nunca tinha visto, nem durante o tempo que viveu com ele, Klaus tão frágil, como naquele momento.

— Eu te amei tanto! Bastava isso. Eu e você, contra todo o mundo. – ela se aproxima dele, coloca a mão em seu rosto, e fala, com sua voz calma e doce, aquela que ele conhecia. – Não importava o quanto seu pai nos caçasse, nós sempre nos safaríamos, porque tínhamos um ao outro. E era suficiente.

Klaus cede ao toque dela, fecha os olhos e chora.


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