— Quarta, 26 de junho -

Já se passaram 31 dias.
Me sinto um morador oficial da Casa Branca. Embora pareça que os grandes problemas me persigam onde eu estiver. Mesmo, dessa vez, não sendo Elena que precise ser salva, e sim, Katherine. É como se na minha vida eu estivesse envolvido com elas o tempo todo. Sempre precisando salvá-las do perigo.
Hoje voltarei à mansão, levando Katherine e as bruxas. Ainda não descobrimos exatamente como trazer Bonnie de volta, mas, a intenção é um bruxo por outro. Assim que soubermos os planos de Silas, colocaremos o nosso em ação.
Ele continua desaparecido, não tentou mais nada, nem tivemos outras notícias de saqueamento de sangue. Tudo parece muito calmo. E isso é que é o mais estranho.

Stefan ouviu uma batida na porta e parou de escrever.

— Entra – disse, fechando o diário.

— Oi.

— Oi, o que você faz aqui? – ele se espanta com a presença de Caroline.

— Vim ver você. A gente não se fala desde domingo.

— Hum… a gente não se falou ontem?

— Não, a gente não se falou, você me respondeu um smile por sms. Isso não é falar!

— Hum… ok… Estava indo tomar banho. Vamos à mansão após o almoço, levar Katherine. Você me espera lá embaixo? – e foi se levantando.

— Sim.

Caroline estava descendo as escadas, quando Adrienne saía de seu quarto.

— Oi Caroline, tudo bem?

Ela voltou. Não estava. E precisava desabafar. Bonnie estava morta, Tyler a abandonou, Elena estava focada no irmão e no novo namorado, Matt estava longe e ela nem sabia onde. Só tinha Stefan pra conversar, contudo, não queria aborrecê-lo e tirá-lo do foco. Estava sofrendo por tudo, e precisava de apoio. Stefan falava tanto de seus novos amigos, que Caroline achou que pudesse conversar também.

— Não, não estou, mas, não quero que ele saiba. – Ela respondeu sussurrando apontando para o quarto do amigo.

Adrienne a chamou pra dentro do seu quarto, pra conversar. Se trancaram e ficaram conversando. Caroline contou sobre suas angústias, os problemas com a ausência do namorado, o sofrimento com a morte da amiga, mesmo sabendo que estavam pensando num jeito de trazê-la de volta, a possibilidade de não acontecer a atormentava. E desabafou um segredo.

— Então preciso contar uma coisa… o Klaus, certamente você sabe, mas… Ah! Não entendo como alguém pode ser tão mau e ao mesmo tempo tão perfeito, sabe?! Eu… digo… ele sacrificou a Elena, matou a tia dela, matou a mãe do Tyler, sabe, e eu não consigo perdoar ele por isso, mas, ele salvou nossas vidas algumas vezes, e fez isso em troca de nada… Não consigo compreender. Mas, a verdade é que eu sinto falta dele, apesar de não querer admitir isso. Apesar de tudo, ele me compreendia, era atencioso… Ah, não quero pensar nisso.

Adrienne só ouvia, sabia muito bem como o original era capaz de ser envolvente e cruel ao mesmo tempo, e preferiu não dar sua opinião sobre isso. Apenas confortava Caroline em seu desabafo, segurando sua mão e sendo atenciosa. Ouviram a porta de Stefan se abrir, e saíram também.

— Hum… Preciso ter medo dessa reunião de portas fechadas? – Ele perguntou assim que viu as duas saindo do quarto.

— A menos que você tenha algo a esconder de nós. Tem? – Caroline questionou sorrindo.

— Não, creio que não. Acho que vocês duas sabem mais de mim do que eu mesmo, às vezes. Chega a ser assustador!

Os três acharam graça e desceram. Iam fazer a transferência de Katherine nesta tarde. Estavam um pouco tensos, com algum ataque surpresa. As bruxas conseguiram um feitiço para proteger a casa contra estranhos. Ninguém conseguia entrar sem que já tivesse sido convidado. E fariam o mesmo feitiço na mansão Salvatore, para proteger as duplicatas de algum ataque noturno.
Mas, isso não os protegia no caminho até lá. Silas era um psíquico poderoso e podia influenciar a mente deles, já que esteve escondido todo este tempo, se fortalecendo para terminar seus planos.

— Uma coisa que ainda não entendi… Por que Katherine precisa ir pra mansão? – Caroline ainda não estava conformada com a ideia de saber que sua amiga seria infernizada pela cópia.

— Pelo que entendi, pra confundir Silas. As duas no mesmo local faz com que ele não possa saber quem é qual, se ele estiver vigiando. Uma lá e outra aqui não gera dúvida. – Stefan respondeu.

Após o almoço, todos se dirigiram para Mystic Falls. O mesmo grupo que esteve na casa branca pra explicar sobre a história de Silas, estava com eles. Eram 13, entre homens e mulheres. Dispostos a proteger a cura e livrar o mundo da ameaça que era o velho bruxo!

Chegando na mansão, Damon os esperava e foi até gentil. Causando estranheza em Caroline e Stefan.

Se reuniram na sala e Jô explicava tudo para Elena, que ouvia com muita atenção. Jeremy estava impaciente, querendo saber quais os planos para trazer Bonnie de volta. Regina contou.

— Descobrimos uma brecha no portal. Transferiremos os dois quando conseguirmos matar Silas.

— Brecha, como assim, brecha? Como nunca soubemos disso? – Jeremy não entendia, Regina continuou.

— Mystic Falls possui uma falha natural. Começou quando Esther criou o feitiço de imortalidade, fazendo com que neste solo passassem correntes energéticas. Outras magias poderosas que foram sendo feitas aqui, inclusive a derrubada do véu, foram aumentando isso. Existe um local, que ainda não descobrimos onde é, que possui uma abertura. Então, faremos ele tomar a cura e trocaremos a vida dele pela da Bonnie, sem mexermos no véu. Este único local possui energia necessária para um feitiço grande, e com o poder dos treze unidos será possível trazê-la de volta ao nosso mundo!

— Mas, isso é genial! É fantástico e perfeito! Só precisamos achá-lo! – Elena se empolga.

— Exceto pelo fato de que ainda não descobrimos onde é essa brecha. – Jô responde – Precisaremos da ajuda de Bonnie pra isso. Se ela estiver aqui, nos ouvindo, precisamos que ela encontre Esther e descubra exatamente onde foi feito o feitiço.

Jeremy respondeu que ela estaria providenciando. Enquanto isso, os 13 bruxos foram para fora da casa começar o feitiço de proteção. Cada um se posicionou a uma distância igual do outro, circundando a mansão. Usaram a força do sol para começar e da lua para terminar. Protegendo assim, durante o dia e a noite.

Após a proteção da casa, protegeram Elena da influência psíquica de Silas, com a ajuda do sangue de caçador de Jeremy. Já era tarde, os 13 bruxos estavam exaustos. Seguiram de volta ao acampamento para se fortalecer, enquanto os vampiros ficaram, tentando achar um modo de encontrar Silas.