Tales of Lost Love escrita por Drix
O dia se passou com Danny e Adrienne combinando como fariam para ocupar o tempo de Stefan e fazê-lo esquecer da fome que sentia. O plano deles para as férias, a princípio, antes de tudo acontecer, seria uma viagem, mas, com os últimos acontecimentos, acabaram mudando pra ajudar o novo morador e a recém humana, que ficaria com Jô por uns dias.
― De qualquer forma, é verão, e mesmo que a gente não viaje, temos muitas coisas para fazer por aqui. - Disse Danny, tentando se consolar. ― Vamos fazer isso, pela manhã, corrida, então, você volta, e mantém seus diários. Será necessário que você escreva o que sente para podermos ter uma noção. A tarde, treinaremos no campus. E a noite, exceto segundas e domingos, que é dia de filme, estaremos no Club ocupados com a movimentação. - resolveu.
― Alguma vez você trabalhou num Club, Stefan? ― Adrienne perguntou, curiosa.
― Não, nunca. Sempre me pareceu uma má ideia um ambiente cheio assim.
― Hum... É divertido! Ainda mais no Bar. Temos noites temáticas. Às quintas, noite da tequila, com meninas tequileiras que sobem no balcão e distribuem doses pra quem estiver por lá!
― Por que vocês decidiram abrir uma boate? - Stefan perguntou curioso.
― Pra se alimentar sem ser notado! ― Danny respondeu sem pestanejar.
― Como? E não gera suspeitas, várias pessoas saindo marcadas?
― Não. Descobrimos uma técnica simples e eficaz. Algumas gotas do nosso sangue na bebida, ou apenas uma gota direto na língua, é o suficiente pra curar a ferida da mordida.
― E, como vocês administram essa dose? - Stefan perguntou intrigado.
― Pode ser antes do ataque, ou depois. Ideal é que não seja muito, pro caso de, se ocorrer algum acidente, ninguém se transforme sem orientação. ― Adrienne tenta explicar, didaticamente ― E, não somos os únicos por aqui. Somos os donos, e a ideia de abrir o club veio depois de uma temporada em Las Vegas.
― Os melhores dias de todos os tempos – Danny interrompeu.
― É, foi bem divertido ― ela continua, sorrindo ― A noite em Vegas nunca acaba. E a rotatividade é enorme. Percebemos que poderíamos ter isso pra sempre, diversão todas as noites e nos alimentarmos sem sermos pegos, como lá! Só precisávamos pensar num plano e colocar em prática. E assim surgiu o Club Lestat.
― Lestat? Do filme?
― Esse mesmo! Tom Cruise não é lindo? ― Ela respondeu, rindo. Stefan também achou graça.
― Então, nós não somos do tipo que caça, apesar de ser emocionante. Mas, somos antigos demais e a bolsa nem sempre é suficiente, o gosto de plástico não é muito apetitoso. Precisamos de sangue fresco, da veia. - Danny prosseguiu.
— Só que isso de assustar, machucar, matar, não faz nosso estilo. Preferimos a discrição. Vegas foi perfeito por isso, tudo acontece a noite, e somos criaturas da noite! Saímos de lá com essa ideia, pesquisamos cidades mais tranquilas, com uma vida noturna pouco usual, que pudesse encher a casa. Nada melhor que uma cidade universitária para tal! E cá estamos! - Adrienne concluiu.
― Então, por que a folga domingos e segundas? ― O novo integrante perguntou, curioso.
― Porque, domingo estão todos de ressaca, e na segunda as pessoas não saem de casa. Instituímos o domingo como nosso dia de descanso, sentamos para assistir algum filme que esteja passando, todos juntos. ― respondeu Danny.
Novamente, Stefan constatou que eles eram mesmo uma família. Eles criaram hábitos familiares. Sentavam-se para o café, cuidavam um do outro e até paravam em frente à TV nos dias de folga. Ele continuou curioso sobre mais alguns hábitos dos novos amigos.
― Como funciona isso pra vocês, todos trabalham no Club, os três são sócios?
― Sim, partes iguais! ― Ela continua. ― A Alex é responsável pela administração e contabilidade, Danny responsável pelo estoque e gerência de funcionários, e eu fico com a parte boa, pois sou péssima em todo o resto!
― Que é?
― Ela fica com a parte de convidados! A nossa RP! Ela organiza os temas, as festas, a mídia, e onde será a divulgação, essas coisas.
― Como eu disse, a melhor parte! ― Adrienne sorriu, fazendo um gesto com a mão confirmando que adora o que faz. ― Às vezes, eu fico no bar também, pra agitar as coisas e fazer o povo consumir mais! A grana que a gente ganha lá paga as contas do Club e daqui de casa. A vantagem de trabalhar é que podemos ter nossas coisas sem ficar influenciando os outros pra conseguir. ― ela riu, debochada.
Daniel respondeu imediatamente.
― Como se a gente tivesse precisado de alguma coisa assim a vida inteira.
― Ah, mas, ninguém precisa saber!
― Saber o que? ― Stefan perguntou.
― Conto para ele, Daniel?
― Não vejo problema, agora que ele faz parte do Clube, voltamos a ter cinco membros.
― Como no filme, Clube dos cinco? - Stefan lembrou - E quem são?
― Sim! - Adrienne respondeu empolgada - Eu, Katherine, Daniel, Alex e um amigo que, infelizmente, não está mais entre nós. - deu uma pausa e continuou percebendo a curiosidade de Stefan. - Está bem, então, vou contar. De nós, eu sou a única que apesar de ter morrido, não foi dada como morta pela família. Herdei os bens de meus pais e do meu marido. Com o tempo, administrando as propriedades e a fortuna, tudo foi sendo investido, e foi acumulando. De tempos em tempos, eu tinha um herdeiro fictício e, bom, tenho bens desde a época que morri. Há mais de 900 anos.
Stefan ficou espantado com a idade dela. Exceto os Originais, não tivera muito contato com vampiros tão antigos. Nem conseguia imaginar como é estar na terra há tanto tempo. E, se fosse pensar, ela tinha uma grande fortuna acumulada.
― Ou seja, ela é dona de praticamente meio mundo em dinheiro! ― Danny disse, os 3 riram.
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