Tales of Lost Love escrita por Drix


Capítulo 128
When You're Ready


Notas iniciais do capítulo

É, voltei.
Eu tenho essa mania de parar de escrever e voltar depois de um tempo.
Eu sinto falta das minhas histórias, mas às vezes eu apenas quero me afastar.
Acontece em todo processo criativo, faz parte.
Mas um dia eu chego ao final...



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Depois de ajeitarem todas as coisas que levaram e os horários de partidas, sossegaram. Danny e Bonnie saíram logo pro aeroporto, ainda precisavam entregar o carro que Adrienne tinha alugado antes de pegar o voo. As armas e as bolsas que sobraram, iriam no carro com Damon e Katherine, que estavam pensando em sair junto de Stefan e Adrienne, pra não ficar muito tarde.

— Ih, esquecemos do real motivo da nossa vinda! - Adrienne lembrou. Stefan e Damon olharam confusos. - O sangue de Klaus. Pra Katherine voltar a ser vampira!

— Vocês vão mesmo levar essa ideia adiante? E se não der certo? - Damon questionou receoso.

— Só vamos saber se tentarmos. - Adrienne respondeu. - No mais, o que pode dar errado? Ela virar lobo em vez de vampira?

— Eu vi uns lobos em transição pra híbrido e confesso que não foi muito bonito. - Stefan respondeu.

— É, aquele sujeito que me perseguiu estava estragado! - Damon completou rindo.

Stefan concorda e continua. - Fora que pra completar a transição precisaríamos do sangue da duplicata.

— Ei, vocês podem parar de ser pessimistas! Eu não tenho gene de lobo, logo não vou entrar em transição! Mas pra evitar um envenenamento, seria mais prudente o sangue da Rebekah, ou do Elijah.

— Hum... Faz sentido, docinho. Vou ligar pra Bekah e pedir, pegamos na ida pro aeroporto.

— Perfeito, eu tô faminta, podemos sair pra comer algo?

— Bom, eu... Queria dormir um pouco antes de ir, estou exausta, não dormi quase essa noite... - Adrienne resmungou, passando a mão na testa. - Se importa de pedir?

— Eu vou com você, a gente aproveita mais um pouco da cidade. - Damon responde antes de Katherine abrir a boca pra reclamar.

Stefan olha pra Adrienne, num misto de incredulidade e irritação, mas prometeu não se meter. Os dois bateram a porta da suíte, saindo alegremente.

— Fala, pode falar. - Adrienne provocou.

— Quando Elena se recuperar, eu quero ver como ele vai lidar com isso.

Ela franziu os olhos, encarando-o. - Só isso? De tudo que você pode falar, é só isso que você tem a dizer?

— Não. - ele se aproximou, sorridente – Estamos sozinhos, ninguém vai bater na porta. - E agarrou-a pela cintura, levantando-a do chão, girou os corpos e foi em direção ao quarto, beijando o pescoço de Adrienne que se segurava em seus ombros, gargalhando.

* * *

Silas não se continha de ansiedade, mas Amara ainda estava atônita pelo tempo que passou em transe sendo a âncora. Ela permanecia deitada e se contorcia como se estivesse sofrendo. Balbuciava coisas em uma língua estranha que Caroline e os outros não entendiam, mas parecia que Silas sim.

Ele pediu que todos saíssem do quarto e foi um momento de total estranheza para todos. Ele nunca pedia nada, só ordenava, e entenderam que aquela situação era atípica. Caroline fechou a porta e suspirou, num misto de alívio e compaixão.

— Não acredito que ele não tinha tentado isso ainda. Seria a primeira coisa que eu faria! - ela disse, se dirigindo as escadas.

— Eu acho que no lugar dele eu ficaria abobalhado também, e possivelmente, Qetsiyah sabia disso. Afinal, ela conhecia ele melhor que ninguém, pelo visto. - Jeremy concluiu.

Matt concordou e lembrou – Temos notícias dos viajantes? Conseguiram achar o Klaus?

— Sim! Não falei pra vocês, me desculpem! Acharam e salvaram. Estão voltando hoje. Bonnie e Danny devem estar chegando a qualquer momento, os outros vêm depois. Não tinha voo pra todo mundo.

— E agora, com todo mundo aqui de volta, como a gente vai lidar com a bruxa? - Matt questionou.

— Sinceramente? Não faço ideia! Estou contando que eles tenham mais informações que ainda não nos passaram e com a boa vontade desse aí. - Caroline respondeu apontando pra dentro do quarto com o polegar.

Lá dentro, Silas voltava a ser ele, tentando acalmar Amara com um rosto familiar. Ela dizia coisas que o deixaram assustado, como se tivesse vendo fantasmas. Após um tempo entre ilusão e realidade ela conseguiu reconhecê-lo.

Tiveram uma longa conversa sobre tudo.

— Eu sou sobrenatural agora e não aguento mais nenhum momento nesse corpo, Silas. Eu posso morrer e passaremos o restante da eternidade juntos. - Amara sussurrou, tentando se ajeitar melhor na cama. - A imortalidade só me trouxe sofrimento. Eu preciso descansar. Qetsiyah conseguiu a vingança dela. Não só nos separou como nos castigou por mais de uma era.

Ele chorava copiosamente após saber de todas as agruras que a amada passou. Entendia o sentimento. Ela precisava de paz. Ele transformou a vida dele numa busca incessante e a raiva o manteve vivo e forte. Mas ela apenas estava presa numa condição que não podia mudar. Sendo uma passagem entre vivos e mortos.

Silas concordou em tomarem a cura e morrerem juntos. Caroline entrou no quarto nesse momento atônita.

— Peraí, não senhor! Você prometeu nos ajudar a livrar Elena dessa bruxa maldita!

Amara se assustou com o rompante e Silas não teve tempo de se transformar, mostrando sua verdadeira face, descontrolado de raiva.

— Por que você se parece com o... – Caroline gagueja.

— Stefan?!?! - Jeremy entrou e lembrou quando o viu no bar atrás de Katherine e por algum motivo sabia que era ele e não Stefan.

— Quem é Stefan? - Amara pergunta confusa. Ele se vira, tentando manter a calma pra explicar.

— Mais um feitiço da bruxa. Ela, junto com aquele bando de desocupados criaram um feitiço de cópias. Através do tempo, uma cópia minha e sua nasce, na mesma época, pra diminuir nossas forças. Só não contavam que uma das nossas cópias iam se tornar imortais nos deixando mais fortes.

— É por isso que eu ainda estou viva? Por causa dessa minha cópia imortal?

— Sim, meu amor. Ela se tornou uma vampira e tornou uma das minhas cópias um vampiro também.

— Espera! Então... - Caroline para um minuto. - Significa que existe outro com a cara de vocês neste momento, em algum lugar desse mundo?! Porque tem a Katherine e o Stefan, então tem a Elena e outro de você na mesma idade dela?

Silas respondeu entre dentes – Possivelmente.

— Minha nossa! - Caroline levou a mão até a boca. Jeremy e Matt estavam muito confusos pra pensar em alguma coisa. Tudo parecia tão irreal que era difícil de digerir tanta informação. - Será que é essa cópia que a louca tá procurando nessas pesquisas que ela anda fazendo? Porque ela tentou separar o Stefan da Adrienne, e como não conseguiu, ela tá indo atrás do outro com a tua cara?!

— Sim, é muito provável sim. - Silas disse, já bem menos irritado.

— Nós precisamos tirar ela do corpo da Elena logo, antes que ela ache esse cara e a gente nunca mais veja a Elena de novo. - Jeremy exclamou preocupado.

— E, existe alguma ligação cósmica, cármica, sei lá, entre vocês? - Matt perguntou, curioso.

— Telepatia? - Matt assentiu – Não. Só sei quando uma cópia nasce, porque sinto uma dor como se um pedaço de mim estivesse sendo arrancado. Descobri depois da terceira vez que era isso. Depois do Stefan, nunca mais senti nada. Então não saberia dizer que existe outra cópia a não ser pelo fato de que Elena existe, e uma cópia nunca vem sozinha.

— Meodeosduceo isso parece tão ilógico. Cópias, bruxas, caçadores. Se eu mesma não fosse uma vampira, seria muito difícil de acreditar. - Caroline desabafa. - Bom, de todo jeito, você prometeu que ajudaria a destruir a Qetsiyah e não vai quebrar sua promessa agora que nós ajudamos a acordar ela!

Amara permanecia deitada e confusa, muita informação pra pouco tempo, e apenas tentava absorver tudo. Jeremy olhava pra ela ainda incrédulo com a semelhança com a própria irmã, apesar de conhecer Katherine, Elena era ainda mais parecida com a original de todas elas.

Os ânimos acalmaram e Silas concordou em esperar até conseguirem destruir Qetsiyah. Não seria nenhum esforço extra, afinal, ele conseguir se vingar dela por todos os anos de lamúria. Traçaram um plano pra poder atraí-la sem colocar a vida de Elena e, principalmente, Amara em risco.

Após um tempo, a campainha toca e todos se retesam. Matt desce pra abrir.

— Bonnie! - Ele suspira aliviado, abrindo a porta pra amiga. - Silas tá aqui! - cochicha, apontando pra cima.

— Eu sei, Caroline me falou, por isso vim direto pra cá! - Já sabemos como trazer Elena de volta? Já passou da hora de resolver isso! - Ela diz, largando a bolsa perto da porta e subindo as escadas.

— Bonnie, espera. Tem uma coisa que você precisa saber. - Matt tenta avisá-la, mas Silas aparece antes.

— Deixa que ela mesmo descubra. - Ele diz, sorridente. - Como vai bruxinha?

Bonnie não aparenta nenhuma felicidade em vê-lo e fica um pouco irritada pela insistência dele em parecer com um dos seus amigos.

— Por que você não mostra logo a sua cara e para de ficar se parecendo com meus amigos?

Matt vem logo atrás, explicando – Então, era isso que eu queria dizer. Essa é a verdadeira aparência dele.

— É o quê? - ela olha estupefata pra Matt, concatenando os pensamentos. - Ele parece com Stefan? Como assim, Stefan também é uma cópia? Mas que história mais absurda! Anda, seu maldito, mostra sua face real!

Silas dá uma longa gargalhada com a alteração de Bonnie, fica sério novamente, e confirma. - Sim, seu amigo é uma cópia minha. Seus amigos podem confirmar e explicar, estou enfadado dessa história. Cadê a cópia que está com a cura?

— Ainda não chegou, ela vem mais tarde. - Bonnie respondeu, olhando pra Caroline em busca de confirmação.

Caroline foi em direção a amiga e a abraçou. Jeremy veio em seguida.

— Vem cá, Bonnie, eu te explico. - Caroline a puxou.

As duas desceram pra cozinha. Entre uma xícara de café quente e as novidades, Bonnie contou sobre Damon e Katherine.

— É o quê? Como ele teve coragem de fazer isso com Elena?!

— Na verdade, Care, eu me pergunto todo dia é como Elena teve coragem de escolher ele em vez de Stefan. Acho que nunca vou entender isso.

— Bom, tem isso também, mas... Isso é mais um motivo pra ele ser eternamente grato por ela. Que cachorro! - Caroline exclama, inflamada. - Enquanto ela está lá presa no próprio corpo, ele tá dormindo com a cópia do mal! Argh! Que ódio!

— É...

— Ei, Bonnie, e por que vocês se separaram? Onde o Daniel foi?

Bonnie começa a explicar a confusão pela manhã. - E, o Danny foi pra casa. Nos separamos no aeroporto mesmo.

— Hum... Achei que ele fosse vir pra cá, contigo.

— Não. Por que ele viria?

— Hum? Ah, nada. Pra ajudar, né. - Caroline desconversa e Bonnie não percebe o real interesse.

Ambas voltam pra sala, onde estão Matt e Jeremy ainda estudando os livros e objetos, junto com Silas que explica algumas histórias ancestrais. Com a presença de Bonnie, ele acaba contando como precisam agir pra livrar Elena da possessão e acaba deixando-os preocupados.

* * *

Stefan e Adrienne permaneciam no quarto, descansando, quando acordaram ouvindo os risinhos do lado de fora, na sala comum.

— Devemos sair? - ela pergunta, se espreguiçando, ainda aconchegada no peito dele.

— Por quê deveríamos?

— Ah, não sei... Daqui a pouco a gente tem que ir embora mesmo...

— Daqui a pouco não é agora! - ele responde, se enroscando nela, enchendo-a de beijos.

Adrienne ri e se contorce de cócegas. Stefan a olha de um jeito terno.

— Sabe... apesar da gente ter vindo resolver um problema. Um bem grande até. Foi divertido sair um pouco daquele ambiente tóxico, com aquela bruxa. - ele diz, sorrindo.

— A presença dela te afetou também, né?!

— É, um pouco. Ela conseguiu enfiar umas coisas na minha cabeça, incutir uns venenos, mas faz sentido né, já que a fortaleza dela é a nossa fraqueza.

Adrienne concorda, acenando a cabeça. Stefan continua.

— A gente precisa mandar ela embora logo, a presença dela é ruim pra todo mundo.

— A gente vai resolver isso logo que chegar, a Jô mandou o punhal, deve chegar essa semana. O medalhão perdido já está com o Matt. Por uma sorte divina, Rebekah tinha ele com ela. Parece que as coisas estão se alinhando. Finalmente. - Adrienne responde esperançosa.

— Será que Silas vai mesmo ajudar? Eu não confio nele, nenhum pouco. Precisávamos de outra bruxa.

— Eu não tenho coragem de pedir pra Jô voltar, Stef. Não nesse momento. Teremos que nos virar.

— É, eu sei. Bom, vai dar certo. Vai sim.

Ele responde tentando se convencer. Não confia no bruxo, não acredita que Bonnie seja forte o suficiente pra derrubar uma bruxa ancestral, e muito menos que Elena sairá intacta disso tudo. Mas cansou de tentar ajeitar o mundo dos outros, nesse momento, ele só quer ajeitar o dele.

— Eu te amo. - ele diz, encarando Adrienne que sorri e responde de volta. Stefan a beija, calorosamente, aproveitando o tempo livre que ainda tem.




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