Tales of Lost Love escrita por Drix


Capítulo 122
This Magic Moment




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Caroline chega na mansão Lockwood e busca algum sinal de Elena. Ela tenta o GPS do celular pra ter certeza. Então, estaciona e toca a campainha. Matt atende, nervoso.

— Ainda bem que você chegou, ele ameaçou matar ela.

— Ele não é louco, se ele fizer isso, ele jamais vai ver a cura novamente! - Caroline respondo alto suficiente pra Silas ouvir.

Ele desce a escada, debochando. - Vocês realmente esquecem que eu posso ouvir tudo o que vocês pensam e eu sei exatamente onde ela está. E seria impossível esconder alguma cosia de mim.

Caroline respira, irritada. - Muito bem, o que você quer aqui?

— A cura, não é óbvio?! Achei que você fosse a mais inteligente deles. Não, espera, aquela outra, ruivinha, ela é a mais esperta. - ele sorri, se aproximando dela. - Preciso voltar a ser bruxo pra acordar Amara. O que falta pra eles voltarem? - Antes de Caroline abrir a boca ele descobre a resposta.

— Vocês nem sabem o que estão buscando. Que incompetentes! Muito bem, o que você tem pra neutralizar minha ex noiva? Vamos trabalhar logo nisso, enquanto os outros não voltam.

Caroline e Matt mostram as pesquisas. Ela mostra a figura do punhal que Jô mandou e Silas se retesa.

— Isso está perdido o mesmo tempo que o amuleto. Esse punhal foi de Cleópatra. Como vocês conseguiram?

— Não conseguimos ainda. - Caroline respondeu. - A Jô, uma dos 13 bruxos que você conheceu, está com ela, na França, ela vai nos enviar.

— Hum... Bom, sendo assim, só precisamos da cura, o resto eu mesmo faço.

— Você tá louco se acha que vamos confiar isso a você.

— Vocês não tem muita opção, loirinha. Preciso lembrar de novo?

Caroline bufou, indignada pensando num jeito de manter Silas fora da sua mente, e se lembrou de Jeremy. De alguma forma, existia como proteger os objetos até que descobrissem como neutralizar Qetsiyah.

* * *

A tarde, Bonnie saiu pra se encontrar com o jovem bruxo curioso e descobrir mais coisas sobre o seu encontro com Marie Laveau. Katherine acompanhou de longe, mantendo todos informados. Como estava com o rosto diferente, o rapaz não a enxergaria.

Damon e Daniel bebiam próximos ao café combinado, enquanto Stefan e Adrienne seguiram pra alugar um carro extra. Além deles, precisariam transportar os Originais, e no Jipe de Danny não caberiam todos.

Bonnie conseguiu informações sobre o que é a tal colheita, ela se mostrava interessada nos costumes locais, e participativa, como se fosse ajudar no ritual sangrento que ele descrevia com entusiasmo.

Num certo momento, o rapaz, confiando nela, acabou contando como conseguiram neutralizar os originais. Apesar dele não ter dito onde, já tinha dado a informação mais importante pra ela. Ela ouvia, atenta, todos os detalhes, e questionava sobre os feitiços.

— Mas vocês usaram feitiços de proteção né, pra mantê-los presos?

— Sim, claro. O local é todo protegido por magia, nenhum vampiro vai ser capaz de tirá-los de lá. Foi a melhor coisa que fizemos pela cidade. A paz voltou a reinar, apesar de nossa magia estar esvaindo. Não conseguimos completar a colheita e a última moça, que foi salva por esse vampiro, o Marcel, ela desapareceu. Não fazemos ideia de onde ela esteja. E não conseguimos tirar a informação dele, mesmo sendo torturado, ele continua escondendo o paradeiro dela.

Bonnie sentiu um refluxo no estômago ao ouvir a palavra tortura e se lembrou de quando Stefan foi preso pelos vampiros da tumba, e Caroline sendo torturada pelos lobos. Não importava se eram vampiros, eles eram seus amigos, e um vampiro que salva a vida de uma menina, não deve ser cruel. Inclusive, porque, mesmo sendo torturado ele mantém ela segura, longe desses sanguinários assassinos que seriam capazes de matar seus amigos também.

Ela olhou pra fora e percebeu o sol caindo. Já não suportava mais ouvir as histórias de sacrifícios e torturas feitas naquele território e cortou a conversa, delicadamente, mexendo no celular, como se tivesse recebido alguma mensagem.

— Então, Johnny, eu preciso ir, meus amigos me esperam pra jantar, e depois vamos curtir a noite. Você sugere algum lugar pra dançarmos? - ela disfarçou, sorrindo. Ele sugeriu alguns locais, ela fingiu anotar, se despediu e saiu.

Voltou pro hotel tentando lembrar dos feitiços de proteção que tinha aprendido. Decidiu voltar o cemitério, entender o tal sacrifício, tentar absorver mais poder. Assim que colocou os pés no solo sagrado foi abordada.

— Eu posso te ajudar! - uma moça loira, de olhos vivos e brilhantes, a encarava. Ela parecia familiar, mas Bonnie não conseguia identificar. - Eu sei como tirá-los de lá!

Bonnie olhou desconfiada, e relutante, perguntou. - Você é quem?

— Freya. - ela respondeu – Não se assuste, eu não estou morta, mas meu corpo físico não está aqui. Eu senti sua vibração, meus irmãos estão presos, e sem ajuda, não consigo salvá-los. E eu sei que você veio pra ajudar.

Bonnie entendeu porque o rosto era familiar, ela parecia com Rebekah. Um pouco mais velha que Elijah, talvez, e ficou curiosa com a situação. Freya explicou que foi separada da família ainda pequena, entregue a irmã mais velha de Esther, e quando ela tentou voltar pra família, a tia a prendeu num feitiço poderoso do sono, quase o mesmo tempo em que seus irmãos são vampiros.

— Eles nem me conhecem, Finn era pequeno e Elijah um bebê, quando fui levada. Assim que eu soube que minha mãe fez o feitiço pra os transformar, eu quis voltar, eu tentei, mas, Dahlia não me permitiu.

— Certo, me desculpe a minha insensibilidade, mas, não temos muito tempo pra delongas, como você pretende me ajudar? - Bonnie pareceu impaciente.

— Estarei do seu lado hoje, você pode me canalizar, mas preciso que você diga a eles como me encontrar. A menina, Davina, que Marcel salvou, ela é a chave pra eu acordar. Ela é da mesma linhagem da mamãe, eles não sabem disso. É por isso que ela é tão importante pra eles. - Ela fez um sinal com o indicador, apontando em volta do cemitério. - Eles querem sacrificar a menina para retomar o controle e eliminar todos os vampiros. Exterminando meus irmãos, eles matam todos.

Bonnie olhou assustada, já tinha ouvido histórias demais pra um dia. - E você sabe onde eles estão, certo?!

— Seus amigos acharam, certo?! Eu posso sentir. Eu estou lincada a você, desde aquele dia, mas, não podia aparecer assim, não sem antes ter certeza que você estava aqui pra ajudar. Não foi a magia do cemitério que você absorveu, foi a minha. Aqui só tem magia negra, eles queriam te controlar. Ela tentou, eu impedi.

— Você fala da Marie?

— Sim, ela. Ela queria que você se ligasse a magia deles pra ajudar a encontrar Davina. Mas, meus irmãos estão em perigo, assim como seus amigos. Não podemos deixar isso acontecer. Eu vou te ajudar, Bonnie, Você vai me canalizar, e conseguiremos tirar eles de lá e parar com essa barbárie sazonal.

— Freya... eu entendo a sua lógica, mas, você sabe que seus irmãos não são exemplos de bondade e dignidade, não sabe?! Eles são os vampiros mais cruéis que eu conheço, e sinceramente, eu só tô aqui porque a vida dos meus amigos depende da deles. - Bonnie viu os olhos dela marejarem e teve pena.

— Eu sei... Eu quis evitar isso, mas, a tragédia da minha família é maior que o poder que eu consegui desenvolver. - ela respondeu, olhando pro chão, envergonhada.

— Bom, tudo bem, eu preciso ir agora, precisamos de um plano pra agir. O lugar está protegido, e meus amigos precisam saber que a minha magia vem de você, afinal. Como eu vou saber que estou canalizando seu poder e não dessa terra?

— Você vai saber, estarei do seu lado quando vocês estiverem lá. Você vai me sentir, eu garanto, assim como está me vendo agora.

Bonnie assentiu e se despediu, olhando em volta, pra saber se não estava sendo observada. De todo jeito, ela sabia que toda a conversa tinha sido telepática, e ninguém escutaria o que tinham falado, então, estava segura.

Voltou pro hotel, aguardou os demais chegarem, e contou tudo.

— Você sabia dessa irmã, Adrienne?

— Mais ou menos. Niklaus falou que a mãe havia perdido a mais velha pra praga, não sabia que ela tinha sido levada pela tia.

— Me pareceu tão estranho, mas, tão verdadeiro. E, bom, a magia que eu senti, de fato, não é magia negra. Eu senti um poder inexplicável, mas, era luz, eu sabia.

— Bom, devemos confiar nela? - Damon questiona.

— Temos outra opção? - Stefan retruca.

— Acho que não, ela está dentro de mim, praticamente. Eu sinto o que ela sente. - Bonnie respondeu. - Só precisamos definir como vamos nos aproximar e tirar eles de lá.

Sentaram em volta da mesa e começaram a traçar a maneira de chegar pra salvar os originais e concluir o que tinham ido fazer por lá, afinal.

Após algumas horas estudando as informações que tinham e o entorno do local, eles decidiram colocar o plano de busca em ação. Adrienne perguntou preocupada, quando estavam pra sair.

— Bonnie, você acha que tem força suficiente?

— Talvez, sim. Não tenho certeza, pelo que ele me contou, tem muita magia, preciso canalizar mais do que a Freya.

— Me usa! - Adrienne disse.

— O quê? Não! - Stefan ficou alarmado.

— Por que não? Eu sou a mais forte aqui, se ela precisar de mais força, é melhor que seja eu, do que qualquer um de vocês. Eu não vou deixar ninguém se machucar nessa busca.

— Verdade. - Bonnie concorda. - Talvez, eu nem precise, eu posso usar a força da terra. - ela diz, olhando pra Stefan, tentando deixá-lo menos preocupado.

— É, mas, já sabemos que a terra aqui é magia negra. Então, me usa. O que você precisa?

Stefan se aproxima de Adrienne, não muito convencido com a ideia.

— Você, sendo a mais forte de nós, deveria permanecer assim, se acontecer alguma coisa, você quem tem mais condições de nos salvar.

— Exatamente! - Damon opina.

— Se a Bonnie estiver forte, vocês não vão precisar de nada, vocês estão sendo um pouco paranoicos! - Katherine se mete.

— Vocês? - Damon olha, intrigado.

— Bom, eu sou humana agora, não acham que eu vou junto, né?! Se tiver mais vampiros que os originais, quem vai me proteger?

— Eu, oras. - ele responde, indignado. Todos olham surpreendidos. Stefan volta a reclamar.

— Baby, vamos pensar em outra solução?

— Não, Stefan. Com a força da Freya e a minha, a chance da Bonnie resolver isso logo é maior. Eu quero ir embora, eu não aguento mais ficar aqui nessa aflição, ainda mais agora que já chegamos tão perto. - Ela diz, segurando o rosto dele, que ainda não se convence.

— Bom, não vai ser difícil, se a gente neutralizar os guardinhas com magia, entramos, tiramos eles de lá, e fim, acaba rápido. - Damon responde. - E você não vai ficar aqui sozinha. Sem chance. - ele diz, olhando pra Katherine que resmunga. Adrienne concorda, e ela acaba cedendo.

Stefan ainda está relutante, e conversa com Bonnie sobre a possibilidade de não precisar canalizar Adrienne.

— Na verdade, Stefan, se eu precisar canalizar alguém, o ideal é que seja ela, mesmo, por ser mais forte que todos vocês juntos. - Bonnie responde, pragmática.

— Então, tá resolvido. Como você quer fazer?

— Eu nunca canalizei um vampiro, mas, não deve ser diferente de um bruxo. Tem um feitiço, pra nos ligar. É rápido, só preciso me concentrar.

As duas vão pro quarto de Bonnie, e ficam lá por alguns minutos, enquanto os outros aguardam, um pouco impacientes. Stefan bem mais, e bastante preocupado. Daniel tenta acalmá-lo.

— Ela já fez isso antes, fica tranquilo. - Daniel diz, tentando tranquilizá-lo. Stefan olha assustado.

— Por quê?

— Pra proteger nossa casa. Algumas vezes, pra ser exato. Não é nada demais, logo ela se recupera. Aliás, a gente devia se alimentar antes de sair, e levar algumas bolsas, por via das dúvidas. - ele comenta, Damon e Stefan concordam, se alimentam e separam algumas bolsas, afinal, os originais estarão possivelmente famintos.

Adrienne sai do quarto e Stefan entrega uma bolsa pra ela. Bonnie aparece em seguida.

— Então, vamos. Não temos mais tempo a perder.

Eles se separam em dois carros, Daniel segue com Bonnie e Katherine que ainda está receosa, e Stefan, Adrienne e Damon, seguem em outro carro. Stefan ainda preocupado questiona como ela se sente, mas, ela tenta convencê-lo que está tudo bem.

Eles chegam no local indicado, e estacionam um pouco longe, pra permanecerem escondidos. Vão andando, até o balcão indicado, observando em volta. Bonnie lança o primeiro feitiço derrubando os seguranças, deixando-os dormindo. Se aproximam, todos da porta, e percebem que há outro feitiço de proteção sobre o local.

Ela entoa mais um feitiço mas não consegue abrir. Sente a presença de Freya e outro feitiço vem à sua mente, e então, dizendo outras palavras que sequer conhecia, sente uma vibração estranha, como se quebrasse paredes. Mesmo assim, a porta não abre.

— Tem outro feitiço. - Ela se aproxima da porta, colocando a mão e menciona mais duas palavras, por instinto. E finalmente, a porta se abre.

Estavam todos inquietos e apreensivos, praticamente em guarda, olhando se viria alguém. Não havia câmeras de segurança por perto, mas, mesmo assim, estavam com uma estranha sensação de que poderiam ser pegos.


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