Tales of Lost Love escrita por Drix


Capítulo 112
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Ficaram todos inquietos com a mensagem de Bonnie. Stefan queria sair atrás dela, Adrienne achava melhor aguardar o tempo que ela pediu, Daniel não sabia o que pensar. Stefan releu a mensagem, com a explicação da bruxa pra verificar se havia alguma ideia subliminar nas palavras.

— É claro que não, ela deve estar querendo atenção. - Damon respondeu, com seu deboche usual.

— Deve ser difícil fazer isso o tempo inteiro, não é?! - Adrienne disse, olhando pra ele com um olhar julgador.

— O quê, ser sensato?

— Não, fingir que não se importa com ninguém. Deve ser bastante cansativo ser você. - ela respondeu, de um jeito negligente voltando a olhar o livro que Daniel tinha mostrado.

Stefan deu uma risadinha, enquanto Damon mexia os braços como se questionasse o que tinha feito e torcia a boca numa reclamação silenciosa. Achou melhor ficar calado, a menina tinha a língua mais ferina que a dele.

Katherine, que não tinha falado nada, gritou de repente e mostrou uma página do livro que estava com ela antes.

— Eu sabia! Essa mulher aqui, não se parece exatamente com a bruxa que a Bonnie descreveu?

Os demais olharam pra gravura do livro e concordaram, quando ela disse pra olharem com mais cuidado e todos ficaram estarrecidos com a descoberta. A figura que a bruxa havia descrito era apenas Marie Laveau.

— Vamos pra lá agora! - Stefan decidiu, nervoso.

Adrienne concordou. Daniel achou melhor se dividirem.

— Vocês estão esquecendo uma questão super importante. - Katherine parecia a mais sensata naquele momento – O cemitério é sagrado, assim que vocês colocarem os pezinhos por lá, quem sabe o que vai acontecer com vocês, também!

— Podemos nos dividir sem entrar. - Daniel afirmou. - O Saint Louis não é tão grande assim. É só uma quadra, e podemos olhar em volta dele.

— Ok, então vamos, cada minuto aqui sem saber o que tá acontecendo com ela tá me irritando. - Stefan se mostrou realmente alterado. - Damon?

— Tá bem... vamos. Não tenho voz nesse grupo mesmo.

— Tem sim, quando você parar de reclamar a gente ouve o que você diz. - Adrienne alfinetou mais uma vez.

O Salvatore engoliu de novo, não sem fazer uma careta. Decidiram ir andando mesmo, já que tudo era bem perto do hotel, escolhido, estrategicamente, por Adrienne e Caroline. Todos foram em direção a porta, inclusive Katherine.

— Onde você acha que vai? - o próprio Damon interrompeu.

— Com vocês, ué. - ela respondeu como se fosse óbvio.

— Não vai não! - Adrienne concordou.

Damon fez um gesto com as mãos, querendo mostrar que finalmente ela concordara com algo que ele disse.

— Eu sou a única pessoa que posso entrar lá, não sei se vocês lembram. Se Bonbon estiver em perigo lá dentro, só eu posso ajudar.

— Muito bem, você quer ajudar? - Daniel falou – espera aí que eu vou pegar alguma coisa pra você se defender então. - E voltou com um punhal e uma pistola e a obrigou a usar.

Ela ainda reclamou, mas, Adrienne disse que só iria nessas condições, então, acabou aceitando.

Combinaram os detalhes antes mesmo de descer, Katherine não poderia ser vista com nenhum deles, e acabou descendo depois dos quatro, iria sozinha e entraria no cemitério em direção a tumba. No saguão do hotel decidiram que se dividiriam quando estivessem mais próximos e cada dupla iria pra um lado, pra percorrer todo o entorno do local. Assim que atravessaram a Bourbon, perceberam Bonnie voltando.

Ela parecia serena e iluminada de um jeito especial. O grupo ficou um pouco confuso quando ela sorriu de volta andando na direção deles.

— Ah, mas só faltava essa! Outra possuída. - Damon cochichou.

Stefan o cutucou pra ficar quieto, pois ainda não sabiam o que aconteceu, realmente, no cemitério. Ela foi se aproximando enquanto eles guardavam uma série de perguntas na mente.

Katherine, que vinha atrás, percebeu os quatro parados, e também foi em direção pra saber o que era. Apenas atravessou para o outro lado da rua, por precaução, e foi aí que avistou Bonnie caminhando, tranquila e sorridente. Entrou num estabelecimento qualquer no caminho, e fingiu estar procurando algo na bolsa enquanto a observava se aproximando do grupo.

— Vocês parecem tensos. Ainda não tem 15 minutos, tem? - disse sorrindo.

— Não, acho que não. - Adrienne respondeu com um certo receio. - Você está bem?

— Estou. Curiosamente, estou muito bem. E não sei como explicar direito, mas, sim, está tudo bem.

— Bonnie... - Stefan começou, meio confuso, um pouco assustado – Aconteceu alguma coisa lá dentro?

Ela abriu um sorriso estonteante, os olhos brilhavam fora do normal. Ficaram todos apreensivos. Damon tinha certeza que a bruxa morta estava a possuindo. Daniel apenas aguardou indícios.

— Aconteceu sim, mas, não foi ruim. Preciso contar a vocês. Mas, não aqui. - olhou em volta e viu o bar onde Katherine entrou e apontou – Vamos ali.

O grupo ainda estava intrigado com tanto mistério mas achou coerente sentarem num local público, se ela estivesse mesmo possuída, não seria propício mostrar onde estavam hospedados. Adrienne enviou uma mensagem para Katherine, que respondeu que já estava dentro do bar. Apenas escolheu uma mesa escondida e avisou.

Eles entraram, o lugar não estava muito cheio. Buscaram o canto mais afastado e reservado, onde Katherine também estava. Assim que sentaram, Bonnie começou a contar seu encontro com a bruxa e toda a magia que absorveu direto do solo sagrado. Nem se importou com a aproximação do garçom.

Daniel pediu 5 cervejas pra disfarçar e ela continuava explicando toda a sensação mágica daquele momento.

— Foi rápido, mas, muito intenso, sabe?! Como se eu tivesse me conectado com todas as bruxas de várias gerações. Só senti isso... – olhou pra Stefan enquanto dizia – você lembra, naquela casa onde escondemos a família de Klaus? Só senti essa conexão quando estive lá.

Stefan apenas sacudiu a cabeça afirmativamente olhando pra Damon. Os irmãos Salvatore respiraram um pouco aliviados com a lembrança tão antiga, pois o que tivesse acontecido, ainda era Bonnie ali. Ela continuou.

— Ali, era toda a minha linhagem, então, foi normal eu sentir isso. Mas aqui, eu não senti até ela me mostrar, sabe?! Eu tive mesmo que buscar essa conexão, e foi incrível.

Os quatro olhavam pra ela com atenção. Adrienne ainda estava aflita. O rapaz voltou com os pedidos e pareceu observar o que Bonnie dizia. Mas, eles não perceberam, foi Katherine que notou. Como estava de fora, estava atenta ao redor. Percebeu também que já estava escurecendo e levantou-se em seguida, decidindo ir, já que teria que caminhar sozinha. O rapaz foi em sua direção se desculpando pela demora.

— Não se preocupe, tomei um bolo. Uma pena pra ele, claro! - Piscou pro moço e saiu. Enviando uma mensagem pra Adrienne informando que voltaria ao hotel.

— Mas, por que você nos mandou aquela mensagem, Bonnie? - Adrienne questionou, duvidosa.

— Eu tive medo de ser capturada. Foi estranho, eu estava lá sozinha. Aquela mulher aparece do nada, me manda fechar os olhos. Sei lá o que ela pretendia fazer comigo. E se eu me distraísse e ela resolvesse me sequestrar? Pelo menos vocês saberiam quem procurar caso algo acontecesse.

Assim que terminou de explicar, percebeu os quatro se entreolhando. Damon riu de canto de boca, Adrienne abaixou a cabeça, e Daniel apenas deu um longo gole na sua cerveja. Foi Stefan que resolveu dizer o que desconfiavam.

— Sabe a descrição que você nos enviou? Então, achamos uma figura muito parecida num dos livros que o Daniel trouxe. - falou com cuidado.

Bonnie sorriu curiosa. - É mesmo, então ela é famosa por aqui? Quem é? Preciso agradecer!

Stefan pigarreou, buscando ajuda dos que estavam na mesa. Damon resolveu se adiantar pra acabar logo o mistério.

— Marie Laveau, a bruxa que está enterrada no túmulo que você foi visitar hoje.


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