Tales of Lost Love escrita por Drix


Capítulo 111
Open Mind




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— Não, espera, a gente precisa saber que sacrifício é esse, Danny? E, o que mais essa pessoa falou? - Adrienne voltou no assunto, se fosse necessário obter essas informações, era melhor que soubessem logo antes de planejarem qualquer coisa que não desse certo.

— Na verdade, foi por isso que eu peguei esses livros na biblioteca. Deve ter alguma coisa neles sobre as lendas daqui. Alguma informação a gente pode conseguir pesquisando. Mas, basicamente, o e-mail só contava essa informação, que esse vampiro, que agora sabemos que é o Marcel, impediu o sacrifício e as bruxas estavam tramando uma forma de neutralizá-lo junto com Klaus. Todo o resto eu pesquisei na internet.

— Espera... - Katherine interrompeu – Eu recebi esse aviso e mandei uma carta pro Klaus. Hum... o nome da bruxa... não consigo me lembrar o nome dela...

— Afinal, quem foi que enviou essa mensagem, pelo visto, pra vocês dois? - Damon questionou.

Daniel e Katherine se olharam, um pouco misteriosos e pareceram receosos em dizer o nome do contato em comum. Responderam ao mesmo tempo. Deixando o cabreiro.

— Isso não importa agora, é uma pessoa de confiança. - Daniel respondeu.

— Quem informou não é importante, o nome da bruxa, onde encontrá-la e entender o que ela fez é muito mais. - Adrienne encerrou a questão deixando os dois aliviados.

Stefan notou que Bonnie ouvia, de braços cruzados e ainda calada. Estava visivelmente desconfortável em ajudar a encontrar o vampiro que por tantas vezes machucou a ela e aos amigos, e parecia estar num dilema moral interno. Ele se aproximou dela, passando a mão em seu ombro, no intuito de confortá-la enquanto os demais questionavam Katherine sobre o nome da bruxa.

— Hey... Vai ficar tudo bem, nós vamos descobrir como libertá-los, mas, principalmente, como eles foram presos, e isso será nossa arma. - e sorriu, tímido.

Ela olhou pra ele com um brilho nos olhos diferente. Não havia pensado dessa forma. Descobrir como Klaus foi preso era muito mais importante e eficiente do que deixá-lo preso. Afinal, qualquer um poderia soltá-lo no futuro, mas, se ela soubesse como fazer, teria essa carta na manga pra sempre. Respirou e sorriu pra Stefan, aliviada.

O grupo começou a ler os livros que Daniel tinha levado em busca de qualquer informação. Bonnie teve uma ideia que surpreendeu a todos.

— Se esta é uma terra sagrada pra bruxas, eu deveria ir até a fonte de magia ver o que posso descobrir, não acham?

— Não! Senta aí e procura alguma coisa nos livros. - Damon respondeu, grosseiramente, no que Stefan, como sempre mais ponderado retrucou.

— Sim, é uma boa ideia! Se você tiver algum contato dessa magia, é possível que descubra coisas antes mesmo de nós.

Ouviu um resmungo rouco do irmão, mas ignorou. Se Bonnie quisesse sair, ele não impediria afinal, ela estava fazendo um favor, e não ia forçá-la a nada sem sentido. Ela pegou a bolsa e foi dar uma volta no cemitério. Mandaria notícias em breve.

Os demais continuaram a ler os livros. Adrienne acabou sem descobrir nada, e resolveu pesquisar na internet como Daniel fez antes e só leu histórias de contos inventados.

— Achei algo aqui – Damon disse empolgado. - Não, é só uma história da Anne Rice. Eu nunca entendi porque o Louis resolveu dar aquela entrevista, afinal. - continuou desolado.

Os outros quatro riram. O clube tinha o nome em homenagem aos livros da escritora. E, a ambientação da história foi toda naquela cidade. Coincidentemente ou não, lá estavam eles, no local em que o conto se passou, procurando um vampiro imortal.

— Do quê vocês estão rindo? Da semelhança dos personagens com os irmãos Salvatore? - Damon debochou.

O clima de risada cessou e Adrienne se deu conta que nunca tinha prestado atenção em quanto Stefan era parecido com Louis, afinal. Se alimentando de animais, vivendo nas sombras, acreditando que o vampirismo era sua maldição. Stefan, no mesmo momento, também parou de rir e foi como se uma ficha tivesse caído, porém diferente da de Adrienne.

— Você está me comparando com o Lestat? - perguntou ao irmão - por ter te forçado a se transformar?

— Não, Stefan, abre sua mente. Ele está te comparando com o Louis, por ser melancólico e comer animaizinhos. - Katherine respondeu. - Você precisa parar de se culpar por tudo, Stefan. Ele queria ser vampiro, ele me pediu pra transformá-lo. Ele desejou isso com toda a força dele, até aprendeu a se alimentar, não é, Damon? - ela se aproximou de Damon, se insinuando e tomou um chega pra lá.

— Hey... encontrei algo aqui! - Daniel interrompeu antes que virasse briga. - Tem um objeto de magia negra que ao ser usado se incorpora ao indivíduo fazendo que ele entre num transe hipnótico, que alguns bruxos usavam em seus inimigos. De alguma forma, só isso faz sentido pra justificar o sumiço dos originais.

Os cinco se juntaram ao redor da mesa onde Danny apoiou o livro mostrando gravuras de vários objetos que eram utilizados. Desde talismãs e colares até punhais e facas.

— A gente precisa saber com o que está lidando. Isso é magia poderosa. - Adrienne comentou preocupada.

— Eu acho que agora o que a gente precisa é saber onde diabos esconderam eles e acabar logo com isso pra resolver o problema Elena. - Damon falou impaciente. Mas, todos concordaram, deixando-o um pouco surpreso.

* * *

Bonnie caminhava entre os túmulos buscando o mais famoso deles. Se deparou com uma tumba simples, com a descrição da rainha do voodoo e seu culto místico. Deu uma risada.

— É uma forma interessante de chamar a magia. - comentou pra si mesma.

Percebeu que haviam muitos Xs marcados nas paredes e ficou curiosa. Passou as mãos em cima. Eram grupos de 3 em todas as marcações. Ficou olhando por um tempo até que alguém se aproximou.

— Acredita-se que desenhando esses xs, seu pedido será realizado. - Uma voz simpática e doce explicou, e Bonnie se virou, curiosa.

Era uma senhora, que deveria ter uns 50 anos. Negra, um pouco mais alta que ela, Usava um adorno interessante nos cabelos, tipo um lenço em forma de turbante, azul e vermelho, e sorria simpaticamente enquanto ia em direção a Bonnie.

— Turista? - ela perguntou.

— Sim, vim com uns amigos pro festival. Mas, resolvi dar um passeio por aqui, queria ver de perto a famosa Marie. - respondeu, no mesmo tom simpático e gentil que a senhora.

— Bom, bom. Curiosos do mundo inteiro passam por aqui, mas, nem todos são, como eu posso dizer, místicos, não é? Essa forma interessante de chamar a magia.

Bonnie ficou um pouco assustada, mas, disfarçou. Aquela mulher não parecia querer lhe fazer mal, mas, descobriu que ela era uma bruxa. Engoliu seco o que sentia e sorriu de volta.

— Por que você está me dizendo isso? - tentou descobrir mais.

— Esse território é mágico. Temos ligações com os ancestrais, nossos poderes ficam exacerbados por aqui. Assim que você entrou, foi feita a ligação. Você não sente?

Bonnie a olhou um pouco incrédula, sacudindo a cabeça negativamente. Sentia nada além da brisa e o sol morninho que estava quase se pondo.

— Fecha os olhos um minuto. Abre a sua mente e sente o poder que vem da terra percorrer seu corpo. Você desconfia de mim porque não me conhece, mas, eu vou embora. Faz o teste. É uma conexão que te fortalece. Experimenta. - e realmente se afastou.

Bonnie foi acompanhando a bruxa até ela ficar distante. Olhou de volta pra tumba. Teve um pouco de medo de ficar ali sozinha. Olhou em volta, não havia ninguém, apesar da quantidade de turistas por razão do festival, parecia que não estavam tão interessados em bruxaria. Enviou uma mensagem para o grupo, avisando da bruxa e todas as suas características, que se não voltasse em 15 minutos era pra eles irem atrás.

Fechou os olhos, apoiou as mãos na parede branca riscada. Sentiu a brisa nos cabelos novamente. De repente, começou a perceber uma energia que fluía a partir dos seus pés.

Era como se seu sangue fervesse sem esquentar. A sensação era de uma planta subindo e a contornando, como se fosse seiva. Sentiu o poder que a bruxa falou. Se sentiu muito forte. Mais forte do que quando começou a magia de expressão. Era inexplicável.

Quando a energia completou o caminho pelo seu corpo todo, ela se sentiu leve e livre. Um poder absoluto. Um vigor, uma intensidade extraordinária. O ciclo completou e Bonnie se percebeu envolta por uma luz mágica. Abriu os olhos e se sentiu invencível.


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