Tales of Lost Love escrita por Drix


Capítulo 103
Come a little Closer


Notas iniciais do capítulo

Quando a felicidade transborda, a emoção toma conta e o corpo demonstra.



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 Na cabeça de Adrienne, aquela noite tinha sido totalmente atípica por vários motivos. Mas, o que mais a preocupava era Stefan faminto. Ela poderia deixá-lo se alimentar de si mesma, mas, em seguida seria ela que estaria com fome. Não seria tão ruim, já que nunca passou por uma situação de ter que matar alguém, além do dia que se transformou, poderia se controlar, mas não queria estar fraca ali.

Todavia, precisava dar um jeito de diminuir aquela sensação. Viu no carregador que os acompanhava até o quarto, uma oportunidade. Apurou os sentidos, olfato e audição, principalmente. Podia sentir o cheiro de verbena na pele, caso ele estivesse usando, e notaria os batimentos se fosse um bruxo, ou pretendesse esconder alguma coisa. Percebeu que não havia problema, então, decidiu que era hora de Stefan se alimentar.

Entregou o punho do rapaz para o namorado e aguardou. Observou que Stefan dominou a situação com perfeição, e não se mexeu. Ficou ali, parada, próxima o suficiente pra intervir, se necessário, porém, distante pra não interferir.

Quando percebeu que ele se saciou com maestria, sem sujeira, sem precisar de ajuda, conseguindo detectar a hora de parar, ficou radiante. O treinamento constante estava dando certo. Mesmo num momento de tensão, ele era capaz de se controlar como eles previam. Queria gritar pro mundo ouvir sua felicidade, mas, se segurou pra não acordar a amiga que dormia no quarto ao lado.

Assim que Stefan entregou o dinheiro ao rapaz e fechou a porta, ela saiu saltitante ao encontro dele, comemorando. Ele a abraçou pela cintura e a levantou no colo, girando. Estavam ambos muito felizes com o marco; ela se apoiou nos ombros dele, entrelaçou as pernas pela cintura e lançou seus ombros pra trás, aproveitando o giro que sacudia seus cabelos.

Stefan a olhava, encantado, com um sorriso largo. Ela sorria de volta.

Na segunda pirueta, ela voltou seu corpo em direção ao dele, e deu-lhe um beijo encostando apenas os lábios, ainda com um leve sorriso, de alegria. Ele retribuiu. Adrienne afastou o rosto, olhando fixamente em seus olhos, e Stefan a encarou de volta. Aquele momento tinha tanta energia, tanta vivacidade que não sabiam se conter.

A adrenalina, da situação com o grupo de vampiros novatos, ainda corria em suas veias, e o sangue permanecia quente e fluente como um rio de águas límpidas. Stefan parou de rodar, e os sorrisos foram se desfazendo, mas, mantinham um semblante alegre. Os olhos, de ambos, sustentavam um brilho que parecia iluminar tudo ao redor.

Num impulso, ele subiu uma das mãos pra nuca da namorada enquanto aproximava seu rosto do dela selando as bocas, úmidas, que já não sorriam. Adrienne retribuiu o beijo com vontade, no mesmo momento em que descia uma das mãos pelo braço dele que a sustentava.

Stefan procurou apoio, se aproximando do aparador, próximo a porta de entrada da grande suíte. Adrienne, ao se ajeitar, derrubou um vaso que enfeitava o móvel, e, com o bom reflexo de vampiro, ele conseguiu segurar no ar, apoiando o vaso no chão. Sem fazer barulho. Os dois deram uma risadinha da cena.

Adrienne o puxou pra perto de si, pelo cinto que prendia a calça, e subiu as mãos pelas costas, tirando a camiseta dele no caminho, sem quase separarem do beijo, que seguia intenso. Stefan, passeava suas mãos pelo corpo dela, percorrendo o trajeto entre coxas, cintura e costas, e aproveitou pra eliminar a peça de blusa que insistia em atrapalhar.

Se abraçavam sentindo o toque da pele nua, à medida que mãos e lábios exploravam todo centímetro de corpo que alcançavam. Stefan se afastou por segundos, pra eliminar o resto de roupa que ainda cobria a namorada.

Assim que passou a última peça pelos pés de Adrienne, que se apoiava na parede, quase impaciente pela distância, Stefan segurou uma de suas pernas e foi trilhando com a boca o percurso dos pés até sua virilha. Quando se aproximou, ouviu um sussurro sôfrego de súplica.

Respirando ofegante, ela o segurou pelos braços, entrelaçou as pernas pelas costas dele, e puxou-o pra perto de si. Com as mãos ágeis abriu seu cinto e calça com uma rapidez que ele nem mesmo percebeu, e passeou os dedos pela altura do cós, buscando o que o pedaço de pano ainda escondia.

No momento em que sentia a mão da namorada deslizar em seu abdômen, Stefan se projetou pra se encaixar melhor entre as pernas de dela, fazendo seus corpos se unirem inflamados. Ambos intercalavam beijos ardentes e respiração descompassada e nem perceberam que a porta de um dos quartos se abria.

Katherine ouviu um barulho que vinha da sala. Não ouviu vozes e portanto não teve certeza se haviam chegado. Apenas agarrou a primeira coisa pesada que viu, um jarro que parecia ser bem caro, e abriu a porta muito devagar, espiando pela fresta. Por um momento, ficou encantada com a cena. Eram lindos, os dois.

Stefan tinha todos os músculos do dorso definidos, e sua docinho, com aquelas coxas torneadas de corrida e os cabelos vermelhos que caíam pelas costas nuas. Era tão lindo que parecia um balé, aquela união em movimentos ritmados. Contudo, não queria ficar olhando, então, pigarreou na esperança de alertá-los, sem sucesso.

— Hey, vocês! - Chamou uma segunda vez. Sendo mais assertiva.

O casal olhou, imediatamente, assustado. Stefan estava com a calça semi arriada e tentou se ajeitar rápido, desconcertado, sem descobrir a namorada, que estava completamente nua, mas, ria da situação. O que o deixou mais confuso.

— Vocês dois, francamente! - Katherine continuou, percebendo o visível desconforto de Stefan. - Ajeitem esse vaso que vocês derrubaram e está molhando tudo, e terminem isso lá dentro! - Apontou pra um dos quartos, voltando para o seu.

Adrienne, sem sair de cima da mesinha, gargalhava da situação, enquanto ele tentava entender o motivo da graça.

— Tomamos o máximo de cuidado, mas, acho que você acabou chutando isso quando se aproximou e não percebemos. - e apontou pro adorno de metal que jazia derramado no piso frio.

Na empolgação do momento, nenhum dos dois ouviu o barulho da peça caindo. Ele deu um sorriso desajeitado, abaixou, catou as flores espalhadas, e colocou o vasinho de volta onde estava antes, ajudou Adrienne a descer e procurou sua camiseta.

— Vou lá falar com ela. - ela seguiu pro quarto com a porta fechada.

— Hey, veste isso pelo menos. - Stefan jogou a própria blusa pra ela.

Ela riu, respondendo que Katherine já estava cansada de vê-la nua, mas, se vestiu mesmo assim. Stefan pegou as malas e se encaminhou pra um dos quartos vagos. Ainda embaraçado com aquela situação.

Adrienne abriu a porta do quarto, onde Katherine tentava dormir novamente, de costas pra porta. Deitou-se ao seu lado, abraçando-a.

— Você está bem? - perguntou gentilmente.

Katherine apenas sacudiu a cabeça afirmativamente e permaneceu calada. Adrienne insistiu. Ela se virou, respondendo.

— Você quer saber de verdade? Fiquei assustada com o barulho, mas, pior mesmo foi a pontada de inveja que eu tive ao ver vocês dois ali, se pegando. - Apontou pra fora do quarto e fez uma careta, quase se enterrando no travesseiro.

Adrienne riu do mimo da irmã adotada, e entendeu o motivo. Ela sempre amaria Stefan, e mesmo a amando mais, não estava acostumada a dividir.

— Não ri não! Aliás, precisavam ser tão lindos? Se ao menos fossem desengonçados, me faria menos miserável.

— Como assim, Docinho, você ficou olhando, é?! - Adrienne brincou, com ar de deboche.

Katherine sorriu, com ar de malícia, respondendo: - Aquele corpo, é sempre bom de ver, mesmo que não seja comigo. E você também não é de se jogar fora.

Adrienne brincou fingindo sufocá-la com a almofada, e fez cosquinha. As duas riram e se abraçaram.

— Bom, deixa cuidar daquela mente envergonhada, agora. Me chama pro café? - disse Adrienne se levantando.

— Vai, vai continuar o que você estava fazendo, sua sem vergonha! - Katherine disse, jogando a almofada enquanto a outra fechava a porta sorrindo.




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