Tales of Lost Love escrita por Drix


Capítulo 1
A Midsummer Night's Dream


Notas iniciais do capítulo

Dica: Ouça essas músicas enquanto lê.
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songs: Sweet Disposition - We are Young

Stefan estava indo embora, prometeu a si mesmo que deixaria Elena viver sua vida, sem dramas. Lexi estava ao seu lado, o que deixava as coisas um pouco menos dolorosas, pois ela sempre o fazia rir. Foram juntos até a pedreira, pararam o carro bem perto do penhasco e se desfizeram do corpo petrificado de Silas, jogando-o no lago. Mas de repente, Lexi sumiu, ele estava sozinho novamente. Um vazio o tomou, e ele percebeu o quanto seria difícil sua jornada a partir de agora. Ele olhou para os lados, e, respirando bem fundo disse:

— Adeus minha amiga, acho que Bonnie finalmente conseguiu levantar o véu.

Ele voltou a dirigir, sem rumo, pensando para onde poderia ir. Na estrada, avistou um carro parado e uma garota toda enrolada tentando pegar o estepe. Magoado, sem saber o que fazer, a raiva o tomou e ele decidiu se alimentar, acreditando que um pouco de sangue fresco faria bem. Resolveu fingir ajudá-la, mas ao parar o carro ao lado do dela, se encantou com a beleza que viu. Ela vestia um lindo vestido florido, botas, e estava de cabelos presos. Ele logo percebeu sua nuca, e uma pequena tatuagem nela. Não conseguia desviar os olhos do pescoço da moça, a tatuagem, próxima da jugular pulsante, convidando-o para um banquete. Ela percebeu sua presença, e olhou em sua direção. Tinha olhos castanhos, quase verdes, muito bonitos por sinal. Ela sorriu com o rosto completamente ruborizado.

— Que bom que você parou, não estou conseguindo tirar essa coisa, sou muito atrapalhada.

Ele chegou perto, tentou hipnotizá-la, mas não conseguiu. Será que ela tomava verbena? E ela, estendendo a mão, se apresentou:

— Me chamo Adrienne, prazer em conhecer você.

— Stefan. – Ele respondeu, pensando que poderia ter mentido, mas agora já era tarde, e então apertou a mão dela.

— Eu moro aqui perto – disse ela – em Whitmore. Pode me ajudar a trocar o pneu? Acho que está furado.

— Claro.

Assim que ele parou, ela se interessou pelo que viu, e após trocarem o pneu, resolveu esticar a companhia.

— Hey, Stefan, quer me acompanhar a uma festa? É o final do período letivo e, sou sócia de um club com 2 amigos, estamos dando uma festa pro pessoal da faculdade. Vamos, vai ser divertido! Preciso agradecer por você ter trocado o pneu pra mim.

Stefan aceitou, pensando que poderia ser a chance dele se alimentar, já que devia ter alguém que não tomasse verbena nesta festa. Ele entrou no carro e a seguiu. Sentiu as presas latejarem, estava com muita fome. Mas não poderia ser o ripper, isso já estava controlado, não estava?

Ela seguiu seu caminho para a festa, tentando melhorar a maquiagem enquanto isso. Parou na frente do Club, e pediu para que o porteiro liberasse a passagem dele também. Eles entraram num estacionamento subterrâneo, ela estacionou, procurando algo na bolsa, assim, demorando a sair do carro, foi o suficiente para ele ser gentil e abrir a porta.

Stefan começou a sentir o cheiro inebriante do álcool, suor e ferro. "Este será o ambiente perfeito para me alimentar sem ser notado", pensou ele. É como se a tristeza que ele sentisse agora, potencializasse a sede de sangue. Ela continuou mexendo na bolsa, procurava um batom, mas não achou e sorriu para ele, desajeitada. Aquele sorriso, tão doce e espontâneo, e os olhos, tão meigos e expressivos, eram como se a noite se iluminasse na frente dele.

Stefan sentiu os caninos arderem, sorriu também, mas percebeu que o desejo de se alimentar estava passando, ele não poderia fazer isso com aquela mulher, além do mais, estava muito magoado, se ele se alimentasse estando desse jeito, poderia até matá-la! Eles entraram no Club, ela cumprimentou as pessoas, o apresentou a seus amigos, Danny, que era um jovem alto, moreno, de sorriso largo e misterioso, e Alex, que era alta, de cabelos dourados e ondulados, um sorriso gentil e olhos verdes e atentos.

Adrienne mostrou o Club pra ele, e pararam no bar. E então, ela perguntou:

— Você está magoado, não é?

Stefan se assustou com tanta percepção e pensou em como uma pessoa pode ser assim, tão direta. Ele fez uma cara de espanto, e ela sorriu novamente.

— Desculpe, é que seus olhos, estão sombrios e tristes. Mas eu sei como resolver isso.

Ela pegou uma garrafa de tequila e serviu os dois. Ele bebeu junto com ela. Novamente, Adrienne olhou, sorrindo, e disse:

— Se não podemos resolver esse seu problema, ao menos afogamos! Bebe mais!

E serviu mais uma dose. Stefan bebeu, ela segurou a garrafa e o puxou para pista. Ele reclamou, afinal, não é de dançar. Mas, aparentemente, ninguém dizia não pra ela.

Ela insistiu, mas, ele foi firme, não queria dançar. Ao menos precisaria de um pouco mais de álcool pra isso. Ela ofereceu a garrafa. Ele riu muito do gesto, e bebeu mais.

Adrienne se aproximou, bem perto de seu rosto, olhando fixamente em seus olhos, sussurrando:

— Os problemas ficaram lá fora, hoje é noite de diversão, me dá a mão que eu te guio!

Nem se ele estivesse sóbrio conseguiria resistir a um convite desses. Como ela conseguia ser tão doce e tão sexy? Embora, tenha tido leve impressão que ela tentara hipnotizá-lo, teve apreço por ela, a determinação dessa moça lembrou muito Lexi, tão espontânea e decidida.

Stefan bebeu mais um pouco da tequila, e a seguiu para o meio da pista. A música tinha uma batida pesada, todos dançavam como se estivessem hipnotizados, mas muito alegres. E então ele se deixou levar pela música, e pela companhia daquela criatura misteriosa.

Dançando e bebendo, ele nem sabia como, mas, era como se outra garrafa brotasse em sua mão. A tequila parecia água, e ele estava mais feliz. Adrienne percebeu que ele se soltou, continuaram bebendo, a garrafa vazia logo era substituída, parecia que isso o deixava mais relaxado. Stefan se lembrou de quando não se preocupava com nada, eram só risos e diversões com sua melhor amiga. Fechou os olhos, e para ele, foi como se Lexi estivesse ali.

Ele sentiu como se estivesse em outra vida, se divertindo. Ele percebia a pessoa à frente, e ela dançava, de olhos fechados, sentindo as batidas, parecia uma fada: cabelos balançando ao som da música, o corpo leve, como se flutuasse. Aquela não era Lexi, mas, isso não importava naquele momento. Ele se sentiu como antes e se deixou levar pela música dançando com ela.

Adrienne percebeu a melancolia nele, mas não se importou, e se divertiu junto, aproveitando o momento para dar algum instante de alegria a essa pessoa que parecia ter sofrido tanto. Os dois dançaram a noite toda, até não haver mais ninguém na pista. O lugar era só deles, e eles continuaram dançando. O mundo era só deles naquela noite, Stefan não queria lembrar de nada de ruim, só o que importava era a diversão.


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