The Beauty in Darkness escrita por BTrancafiada, Lúcia Hill


Capítulo 9
Capitulo - The Truth About the Curse




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Katherine não pode conter o riso ao ver o Duque. Não era um riso comum, era um riso de felicidade. Correu até ele jogando os braços sobre seu ombro e depois correndo as mãos pelo rosto do senhor. Como ele podia ter vergonha de ser... ele? As mãos contraíram-se quando tocou a barba loura e ela não conseguia parar de evitar olhar em seus olhos azuis. Seu rosto não era comum, mas era um homem como qualquer outro, rosto quadrado, barba perfeita, olhos pequenos e rugas quase imperceptíveis.

Mas aquela cicatriz gigantesca deixava evidente seu mal estar de ficar perto de outra pessoa, principalmente se fosse do sexo oposto. Seu olho esquerdo continha um tom de azul desbotado e a menina de seu olho era igual à de um felino, rapidamente se afastou da jovem.

– Sou um mostro não vê. – grunhiu atordoado.

A loura franziu o cenho.

– Aparência não forma o caráter dos homens, meu senhor. - disse - E sim seus gestos e sua atitude, contem um bom coração. Não pode deixar que isso afete seu verdadeiro jeito de ser, pois em toda minha vida, pude ver homens de ótimas aparências, mas de caráter duvidosos que circulam as altas rodas sociais.

– Não fui bom, quando tinha sua idade. - deixou escapar com um suspiro.

Kathe recuou alguns passos, encarando o como se aguardasse que ele terminasse sua fala, o Duque ergueu seus olhos na direção dela e desviou seus olhos para um canto vazio.

– Minha arrogância e futilidade sempre afastaram as pessoas. - continuou cabisbaixo - Nasci em berço de ouro, em uma noite de lua cheia. Herdei o nome de meu avô paterno, Dimitri Balbhaidh de Argon, diziam que era um bom homem que lutara ferozmente ao lado do rei da Inglaterra e que descendia de um dos vinte e cincos cavaleiros da Távola redonda, Gauvain Filho de Lot e de Morgause e sobrinho de Artur. - disse enquanto retorcia ambas as mãos de forma nervosa - Segundo a criadagem, mas velho do castelo, diziam que minha mãe na noite que me dera a luz, havia recebi a visita de uma bruxa que mora na floreta sombria de Baltimore, solicitando que me entregasse a ela, pois tinha feito um trato com meu pai. Anos depois quando passávamos por uma crise, por causa dos feudos do rei, procurei a para fazer um acordo. Era meu dever proteger o titulo de Duque de meus antepassados que o conquistaram com muito suor e sangue.

A jovem ouvia atenta a cada palavra do Duque, seus olhos arregalados deixavam evidente que estava espantada, mas curiosa.

– A população do vilarejo tentou expulsá-la das matas de Baltimore, e na fatídica noite de quarta-feira há exatos vinte anos atrás, ela veio me pedir abrigo. - pausou de forma brusca, mas logo prosseguiu - Neguei a um abrigo, sem pensar duas vezes ela me lançou uma maldição.

– M-Maldição? Pela Virgem Maria, deveria ter procurado ajuda do padre.

O duque deixou uma pequena risada de ironia escapar lhe pelo canto dos lábios. Ainda podia lembrar que todos os quem procurou para pedir ajuda se negara com medo da maldição que o cercava e principalmente da tal bruxa de Baltimore.

– Todos me abandonaram, por isso prefiro viver no clausulo da solidão, onde ninguém ira me julgar pela aparência ou fugir com medo. - disse com um tom tristonho na voz. - Na biblioteca tem uma rosa que a cada primavera, uma pétala cai, diminuindo assim minhas esperanças.

Kathe desviou seus olhos para um canto, mas logo voltou a encará-lo. Agora compreendia porque era tão isolado em seu castelo, fugiam das palavras afiadas dos demais moradores do vilarejo.

– Mas tem algo que possa quebrar essa maldição?- quis saber.

Ele balançou a cabeça de forma positiva. Apenas o amor verdadeiro te salvará, aquelas lembranças ainda lhe causavam agora.

– Preciso encontrar o verdadeiro amor. - disse virando se de costa para a jovem - Mas o reino é imenso e nunca daria tempo de encontrar alguém que pudesse me amar de verdade sem se importar com essa aparência de Fera. Ainda restam algumas pétalas.

A loura pensou em dizer lhe algo, mas preferiu calar-se. Rapidamente seu subconsciente bombardeou lhe, coloque se em seu lugar de criadagem. Apenas uma moça de seu nível social poderia ajudar.

– Se precisar de ajuda, estarei a sua disposição. - grunhiu contra sua vontade.

Afinal era uma garotinha perto dele, inexperiente e pobre. Mesmo que alguns anos diferenciam as idades, ela podia sentir algo, especial pelo Duque.

– Não sabe o quanto fico grato com sua bondade. - disse com um largo sorriso nos lábios.

Kathe retribuiu o gesto e desviou seus olhos, antes que ambos a entregasse. Ele se aproximou da jovem e pegou o livro que ela segurava entre as mãos, fez um gesto para que se sentasse na cadeira a sua frente, sem questionar a loura obedeceu.

A-Argon, no castelo do Duque Dimitri! Não o acha assustador viver dentro daqueles muros?

Aquelas vozes parecia nébula sua mente, fazendo não prestar atenção na voz do Duque que lia as palavras com fervor e certa paixão. Os olhos da jovem Katherine pareciam perdidos em um romance, que sua antiga senhora contava lhe quando ainda era uma criança todas as noites antes de ir dormir. Mas com os passar dos anos, sua fé no verdadeiro amor começara a se perder, mas quando colocara os pés nas propriedades do Duque de Argon, pode sentir que algo renascia dentro de si, mesmo sendo algo impossível por causa de seu status social.

Ela mordeu o lábio inferior. A concentração parecia lhe escapar enquanto ele se mostrava um pouco aborrecido, mas excitado, também. Na verdade, a jovem se perdia com toda aquela doce ilusão, pois a escuridão roubava lhe toda a visão. Assim que retirou a camisa de seda, suas mãos tatearam as costas largas do Duque em direção ao cós da calça que ele usava, mas a mão forte dele impediu ação.

Aquela metódica lembrança a deixava atordoada, antes pudesse sair daquele transe, deixara escapar um leve suspiro chamando assim atenção do Duque para si.

– Há algum problema? - quis saber.

Rapidamente o rosto da jovem ficou rubro, odiava a si mesma por ter se traído.

– Não! Sua voz me conforta. - disse com um sorriso desajeitado - Sinto que enfim encontrei um porto seguro, fico lhe grata.


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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!



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