The Beauty in Darkness escrita por BTrancafiada, Lúcia Hill


Capítulo 31
Capítulo Curto - Bye and save me!


Notas iniciais do capítulo

Este é praticamente um capítulo extra para vocês entenderem o que aconteceu, beijos!

Booa leitura :))



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Zac e Saul haviam acabado de chegar à propriedade onde dormiram os dias que passariam na cidade.

Saul foi acertar os pagamentos e Zac desfazer as malas. Após terminarem de arrumar o quarto, tomaram banho e foram vender suas mercadorias na feira do vilarejo.

A feira estava um pouco vazia, as pessoas comentavam da doença que se espalhara no local e Saul reclamava que estava se sentindo fraco.

Zac mal parecia falar a língua daquelas pessoas, apenas berrava as ofertas e depois voltava a ter em seus pensamentos Katherine e a bebê. Uma senhora com uma capa vermelha cobrindo todo seu corpo, comprou algumas ofertas e depois apertou a mão de Zac.

Matando-o.

– Acho que por aqui chega. – Saul apareceu do lado dele contando o dinheiro. – Vamos embora! - Arrumaram as bijuterias e outros objetos, colocaram tudo na carroça e voltaram para a fazenda em que estavam hospedados.

Os amigos almoçaram junto com todos os hóspedes e depois cavalgaram um pouco, participaram da Missa e à noite voltaram para seus aposentos cansados.

– Vou tomar um banho. - o amigo anunciou, já estava nu quando ouviu um barulho enorme, alguém caíra.

Zac havia se entregado à doença.

No dia seguinte Zac acordara fervendo de febre, tinha alucinações e a única coisa que coisas que conseguia falar era “Me ajude!”, “Traga Kathe.” e “Saul não toque em mim.”

Saul estava cada vez mais preocupado com seu amigo de longa data. Sabia que ele estava morrendo e mesmo que quisesse não podia fazer nada para evitar isso. Naquela época as únicas coisas que se podia curar eram: um resfriado no outono e machucados de fazenda, nada mais.

Saul estava preocupado se deveria enviar uma carta para a esposa do amigo ou não, preferiu a segunda opção, não queria preocupá-la, pois deveria estar ocupada com a criança e também não sabia o que escrever.

– Saul... – O amigo saudável olhava-se no espelho. Virou-se rapidamente para o amigo deitado na cama. – Escreva para Katherine. Escrava exatamente... – Ele tossiu por alguns longos segundos. – Exatamente o que eu disser...

No Castelo...

Miranda sentia-se paralisada, a mão suada na maçaneta era a única prova de que aquilo não era um pesadelo. Suspirou e deu dois passos fechando a porta trás de si.

– Chamou-me senhor? – Sua voz saíra falhada, mas sua postura ajudou a disfarçar o nervosismo.

– Suba, pegue papel e Grafite, irá escrever um bilhete para Katherine, só ela pode me salvar. – O Duque ordenou com a voz grossa.

Miranda subia as escadas rapidamente, seu coração estava acelerado, mas ela sabia que não era pelo exercício que estava fazendo naquele momento.

Na fazenda...

– Irei a recepção pegar alguns papéis em branco e tinta para escrever, meu amigo. – O moreno disse na porta. Antes de fechar, voltou-se para o amigo. – Mantenha-se acordado, por favor.

No Castelo...

– Aqui estou, senhor. – Miranda anunciou. Acendeu as lamparinas e assim podia ver melhor seu senhorio. Continuava lindo, apenas o corpo estava peludo, o cabelo mais desgrenhado e as unhas dos pés enormes.

Sentou-se em um banco e no outro colocou as folhas, pegou a caneta e fez um sinal de afirmação com a cabeça.

– Querida, Katherine adoraria estar em um bom estado para te escrever, mas estou acorrentado em uma parede. Sei que acabou de ter uma filha, a vadia da Condessa me contou, mas se ainda sente algo por mim, porque sei que sente. Venha no Castelo e me salve.

Na fazenda...

Minha amada, Kathe adoraria estar escrevendo isso para que minha letra fosse sua última lembrança sobre mim, mas estou preso em uma capa infernal. Como está nossa filha? Sei que está bem. Eu não voltarei para casa. – O louro doente fez uma pausa e lagrimas caíram dos olhos de Saul que escrevia atento. - Mas quero que eu volte sempre ao seu coração. Você morrerá comigo, eu te amarei para sempre. Viva sua vida, viva com quem você ama, você entende o que eu digo. Eu sabia que morreria aqui, eu preciso morrer para salvar uma pessoa, então, salve esta pessoa também. Na nossa casa, no fundo falso da estante há uma carta e um frasco com líquido vermelho, leia a carta e recite o feitiço. Eu adoraria pedir para você me salvar, mas seria egoísmo meu e eu não tenho cura, nem a doença de meu amor. Faça exatamente o que lhe peço: Salve o Duque, cuide de nossa filha e jamais me esqueça.

Saul escreveu algumas lembranças para a esposa e depois passou tinta na mão de Zac para que Katherine pelo menos tivesse seu toque. Uma lágrima caiu do rosto de Zac e escorreu no fim das páginas.

– Obrigada meu amigo. - Zac sussurrou. Saul arrumava as páginas em um envelope. - Quando voltar leve minhas coisas, por favor. Prometa-me que ela receberá isso.

– Ela receberá, eu mesmo entregarei. Estou indo embora hoje depois que... - A voz de Saul falhou. Ele queria abraçar o amigo, mas se tocasse nele também morreria.

– Saul, abraça-me quando eu for embora, é isso que você quer. - Zac sorriu. Saul não entendia nada. Eles ficaram assim, olhando um para o outro em silêncio, Zac observava deitado o amigo arrumar as malas e chorar enquanto se arrumava para ir embora.

– Adeus, grande amigo. Mande lembranças à Lauren e ao pequeno Isaac, ele se parece com você. - Saul voltou a chorar e riu um pouco, secando o rosto. - Diga a Katherine que a amo e sempre diga à pequena Rosa que o pai dela era um príncipe lindo e bravo. Não deixe que nada aconteça com ela, por favor. - Implorou. - Adeus.

Saul esperou alguns minutos, abraçou o corpo morto do amigo e ficou assim por alguns minutos até a dor passar um pouco. Depois chamou os recepcionistas e foi embora.

Levando consigo a passagem para o final.


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Notas finais do capítulo

Eu gostaria de pedir para que vocês lessem sempre as respostas dos comentários e as respostas de todos os comentários, porque eu sempre dou um spoiler... BEIJITOS!