Seis dias depois...

Katherine acaba de sair do hospital, Lauren iria buscá-la e levá-la para casa junto com o bebê.

– Zac vai ficar tão feliz em ver sua filha em casa! – O rosto da loura iluminou-se com a possibilidade de chegar e ver o marido em casa. Lauren abaixou os olhos, Kathe percebeu a mudança em suas expressões. – O que houve?

– Zac e Saul já foram. – Lauren respondeu, alisou a imagem de Nossa Senhora em seu cordão orando pela vida do marido e do amigo.

– Ah, em breve eles estarão aqui! No máximo até Rosa fazer 1 mês, Zac ficará mais feliz em ver que ela parecerá mais com ele. – Katherine e ela entraram na ambulância.

A criança remexeu-se nos braços de Katherine e pousou a pequena e rosada mão no seio da mãe que agora estava maior devido ao leite materno.

Lauren observou o momento como se fosse acontecer apenas uma vez e segurou uma lágrima quando a jovem mãe à sua frente alisou a mão da criança e ela segurou seu dedo.

– Zac devia ver este momento. – Katherine sussurrou para não acordar o bebê.

– É, ele merecia. – Lauren murmurou, sabia que ele nunca veria aquilo.

A doença que se espalhava nas terras onde eles viajariam era letal, não tinha chances de uma pessoa jovem como ele não pegar e ainda estaria fraco, pois a viajem acrescentava dias sem comer, apenas água.

Lauren e a amiga passaram o caminho inteiro dando apelidos carinhosos para a menina.

Imaginaram como seria os cabelos da menina, se olhos dela seriam claros e se ela teria a boca desenhada da mãe.

– Vamos parar de escrever um futuro para ela. – Katherine disse depois de um momento em silêncio.

– Sim, é isso que eu te peço, pare de escrever um futuro.

A ambulância parou em frente a pequena casa e o motorista ajudou as amigas à descerem, colocou as doações de roupas, remédios e panos para servirem como fralda na sala e depois se despediu elogiando a criança.

Deitaram a criança na cama, a cobriram com o cobertor e depois colocaram travesseiros em volta.

– Estou indo buscar Isaac, Kathe! – Lauren avisou dando um sorriso amena à sua única companhia adulta no momento, talvez para sempre.

Katherine ficou cantando para a bebê.

– Rosa, por que uma criatura tão doce como você me faz sentir saudades de Argon?

No castelo...

– Miranda, estarei no festival inglês essa semana, se quiser pode visitar sua sobrinha. – A Condessa sorriu amigavelmente para a criada que estranhou o gesto e depois fez uma mesura.

– Irá voltar na primavera? – A criada arriscou a pergunta.

– Sim, querida. – Condessa alisou seu rosto, um arrepio cobriu o corpo da velha senhora e ela fingiu estar achando aquilo normal.

Mas sabia o porque daquele carinho. A companhia neste “festival” era um menino jovem de olhos azuis e cabelos caídos nos olhos, alto e de corpo esguio. Ela queria apenas fingir ser uma boa pessoa.

– Boa viagem, senhora! Sentirei saudades! – retribuiu o fingimento, acenando enquanto a morena entrava na carruagem.

No fundo do Castelo, o Duque berrava como um louco por Miranda, sabia que ela iria o ajudar, mesmo que ele estivesse peludo como estava.

“Aqui embaixo.” Miranda ouviu alguém dizer enquanto se aventurava pelo Castelo. “Miranda, sou eu, Duque!”

Miranda começou a rezar mentalmente enquanto pedia instruções a voz para onde ir e então, empurrou a enorme e pesada porta se encontrado com a coisa que mais temera:

Que seu tão amado senhorio virasse a Fera prometida.