A Condessa saltou da carruagem mais rápido do que Duque imaginaria para uma dama como ela. Resolveu ignorar a situação e lhe dar o braço.

– Meu amor, a viagem foi ótima. Mas irei chamar a costureira para tirar minhas medidas e fazer novos vestidos. – mentiu, já ganhando tempo para elaborar seu plano.

– Como assim? Ela já tem suas medidas... – Duque disse, confuso, enquanto puxava o candelabro na porta, esperando Miranda abrir.

– Duque, meu querido, eu emagreci na viagem. – mentiu novamente, ela deixando as mãos caírem pela silhueta. Observando a demora, bateu mais vezes com o candelabro.

Miranda corria com o cavalo mais do que podia, assim que chegou a frente ao Castelo, percebeu a presença dos patrões na porta e resolveu entrar pela parte de trás. Acelerou mais uma vez os passos do cavalo e saltou dele, caindo no chão e se sujando um pouco.

Correu e apareceu ao lado do casal. – Sim, oh, me desculpe. Eu estava no curral. – deu um sorriso amarelo.

– Claro, agora abra para nós. – O Duque se afastou e a empregada girou a chave, ofegante.

Do outro lado da cidade...

– Oh, Zac. Devagar! – gemeu Katherine, enquanto ia chegando mais perto dos travesseiros na cama. Zac estava sobre ela, com a mão em seus seios, apertando enquanto com a outra mão – e enorme dificuldade – tirava suas ceroulas.

– Oh, sim. Desculpe. – ele desculpou-se. Ele chegou mais perto e a beijou, as bocas afoitas e os gestos mais quentes.

Alguém bateu na porta.

– Argh! – Zac grunhiu e voltou a beijar a esposa.

– Não, Zac, vamos atender! – Katherine levantou e ajeitou o vestido. Esperou ele se arrumar e abriu a porta, suspirando.

– Atrapalho? – perguntou Sual, amigo de Zac olhando para dentro do quarto, Kathe riu e saiu do quarto.

– Não. Bom dia, por quê?

– Ah, bom dia! – saudou, envergonhado por ter esquecido. Sua esposa estava regando as flores lá fora. Ele seguiu o olhar de Katherine. – Ela adora flores. – riu. – Bem, vamos nos tornar vizinhos!

A loura riu e eles se abraçaram. Nada melhor do que ter alguém para conversar! Lauren era uma ótima amiga e Saul parecia ser uma ótima companhia para Zac e poderia ajudar na proteção da casa.

– Vizinhos? – questionou Zac, já rindo na porta.

– Mais uma vez, garanhão. – zombou.

@@@

– Eles já foram... – murmurou Lauren, entrando em casa. Zac e o marido haviam ido para outra província da Escócia, onde eles moravam, para buscar a bagagem e as crianças que ficaram com a avó.

– Oh, tudo bem. – A grávida limpou a mão no avental e sentou-se ao rádio que narrava a novela que já estava no final. Ela pegou a agulha e o tecido e começou a costurar sapatinhos brancos para a criança que viria.

– Saudades de fazer isso. – Lauren puxou assunto, sabia que a gravidez da nova amiga seria arriscada, mas não queria contar para ela, pois pioraria a situação.

Kathe sorriu, estava com dores nas pernas, não queria conversa, concentrando-se na novela acabou por perfurar o dedo. – Acho que não sou boa nisso...

– Eu ajudo. – Lauren sorriu, finalmente ela havia falado algo e sorrido! Relaxou. Depois de fazer a base do sapatinho, virou-se para a grávida e perguntou:

– Kathe, não acha que deveríamos ir ao médico?

A loura encarou-a por alguns segundos em silêncio, ela apenas concordou. Não demorou para que a velha carroça estivesse pronta a espera de ambas, o percurso fora longo. Assim que avistou as luzes do vilarejo a sua frente Lauren puxou as rédeas fazendo o cavalo deslisar pela superfície úmida do gramado.

Lauren desceu da carroça com um puxo rápido e sutil, deu a volta na carroça e ajudou Kathe que continha uma expressão pálida e estava fraca até mesmo para manter se em pé sozinha. A morena puxou a corda do sino pendurado sobre a porta, uma voz rouca ecoou em resposta, para que aguardassem, não demorou para que o velho médico do vilarejo aparecesse, continha cabelos brancos e uma longa barba já embranquecida pelo tempo.

– Doutor, precisamos de sua ajuda. - contou como em uma suplica a voz de Lauren. O velho abriu a porta para que adentrassem ao estabelecimento, ajudou-a guiar Kathe até a maca. A jovem deitou se, estava tão branca quanto uma vela. Os olhos do experiente médico examinaram a loura enquanto Lauren descrevia ocorrido.

Ele segurou de leve no braço de Lauren e afastou da loura.

– Essa jovem está debilitada, perdera muito sangue. E temo que possa perder a criança que carrega em seu ventre. - murmurou.

Lauren observou Kathe imóvel sobre a maca, seus olhos se encheram de lágrimas.

– Ela necessita de descanso ou ira perder o bebê devido ao sangramento.

Aquelas palavras atingiram em cheio o peito de Lauren, que conteve um suspiro, assentiu, iria seguir as ordens do velho médico.

Longe dali e minutos depois...

– Gastão! - berrou a ruiva no portão, ela aceitou facilmente o cargo de sua espiã quando chegou ao orgasmo na noite passada.

– Sim, amor! - ele veio. O andar másculo e o sorriso aberto encantando a menina ingênua. - O que tem para mim? - Ela tentou entrar, mas ele empurrou o portão e arqueou uma sobrancelha.

– Katherine, está doente. Precisa de repouso.

– Como soube disso?

– Scarlett, a secretária me deve algumas vidas que salvei dela. - ela piscou.

– Oh, sim. E onde paramos ontem? - ele a seduziu. Abriram o portão e foram para o sofá

"Sozinha no hospital? Isso atrapalharia...", pensou investido na ruiva.

Mais um motivo para ele matar Zac.