The Beauty in Darkness escrita por BTrancafiada, Lúcia Hill


Capítulo 16
Capitulo - New Friend


Notas iniciais do capítulo

Booa leitura :))



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A jovem estava praticamente encantada por aquele estranho que tocava divinamente o violino! Por um minuto esqueceu-se do que ocorrera com o Duque, sentia suas pernas trepidar e seu coração bater forte dentro do peito. O jovem rapaz permanecia com os olhos fechados enquanto tocava harmoniosamente sem se importar com os que o rodeavam.

Se aproximou com passos lentos, mas sentiu uma forte mão pousar em seu ombro, o que a fez girar sobre os calcanhares e levar a mão até a boca para tapar o susto, o velho de barbudo que carregava uma imensa cicatriz no lado esquerdo do rosto permaneceu encarando a .

– Sua mercadoria esta do outro lado, mocinha. - praticamente cuspia em seu rosto - Agora tenho que pegar esse vagabundo que se acha um musico.

Kathe limpou o rosto com repulsa, mas não se virou para olhar quem era o rapaz que tocava divamente, caminhou na direção das pequenas barraquinhas de hortaliças, assim que avistou o entojado Gastão se escondeu atrás de uma barraquinha antes que a visse, mas era tarde, pois ele caminhava em sua direção com um largo sorriso.

– Ora mas que honra a minha te encontrar novamente! - suspirou com um maldito sorriso magnífico. A loura desviou seus olhos para um canto.

– Desculpa, mas preciso continuar meus afazeres, não posso ficar com conversinhas paralelas. - cortou-lhe tentando se afastar dele, mas sentiu a forte mão envolver seu braço impedindo a de prosseguir.

Ele a encarou por alguns instantes, tinha algo modificado nela, não notara o mesmo sorriso afável que ela carregava no primeiro dia que a viu.

– Tem algo de errado? É aquele lugar, aquele maldito Duque, não é? - importunou, Kathe se depreendeu da mão de Gastão e o encarou com um olhar penetrante e impaciente.

– Deve parar de julgar as pessoas que não conhece a fundo! - o repreendeu. - E o que faço é problema meu não envolva meu patrão em minhas atitudes, isso é calunia e..

– Olha, não me importo com o Duque! - ele a interrompeu. Chegando mais perto pode sentir o cheiro de cereja que ela exalava, respirou fundo e tentou se concentrar. - Que tal me encontrar amanhã? Pode passar na biblioteca, eu estarei lhe esperando.

– Eu irei pensar! E acho melhor não aparecer lá amanhã, não gaste as solas de seus caros sapatos! - Gastão franziu o cenho enquanto a jovem caminhou depressa na direção do píer onde iria buscar o velho serviçal que fora encomendado pelo Duque de Argon.

Sentia seu peito cheio de ódio, mas o que ele tinha que tocar no assunto sobre o Duque, estava ficando cansada daquilo, na primeira oportunidade regressaria para Londres e cortaria de vez o assunto sobre o que ocorrera no castelo!

– Ei! Mocinha esta em lugar errado! - berrou um velho marujo parado perto de um pilar. - A não ser que seja um marujo disfarçado. - Kathe respirou fundo e girou sobre os calcanhares e o encarou, era um homem alto robusto e desprovido de beleza e fumava um charuto fétido.

– O que venho fazer aqui não é de sua conta. - rebateu encarando-o. - Mas procuro por Gaillard.

Não houve uma resposta apenas uma risada estridente e desengonçada, o que deixara a jovem rubra de vergonha. - Sujeito sem classe! - criticou.

Caminhou com passos rápidos na direção do pequeno nevoeiro que se formava por causa da água fria do lago, retirou o pequeno pedaço de papel do bolso e verificou o número descrito do píer onde encontraria o tal mercador. Sentiu um calafrio percorrer lhe a espinha, mas continuou seu trajeto.

Assim que viu o número quase apagado no chão que correspondia com o que estava descrito no pedaço de papel, sentiu um pequeno alivio.

– Você é o mercador? - questionou para o homem que estava ajoelhado e de costa para ela.

O que ela apenas ouvira foi um grunhido, mas outra voz quebrou o silencio fazendo a se virar para trás.

– Eu sou Gaillard, esse é Mulan, o pobre é surdo. - respondeu uma bela mulher de cabelos ébanos e dona de um par de olhos verdes reluzentes. - Esperava um homem? -Kathe balançou a cabeça ficando empalidecida de vergonha. - Me trouxe as moedas? - quis saber.

A jovem retirou o pequeno saco de moedas de seu bolso esquerdo e estendeu para a bela mulher que vestia negro a sua frente. Sem dizer nem uma palavra Gaillard fez um gesto para que ela a seguisse. Kathe não questionou e seguiu a mulher de andar esguio, sentiu os mesmo calafrios que percorria seu corpo quando tinha que passar pela floresta de Baltimore.

A mulher a levou até dentro do pequeno barco, onde o pobre homem estava sentado.

–Ai está o serviçal que o Duque de Argon encomendou. - disse. Kathe custou acreditar que o Duque pagara tão caro por um velho cego de um dos olhos. - Agora podem ir. - anunciou a mulher que parecia estar ficando impaciente.

Kathe não esperou que disse outra vez, ajudou o desafortunado homem e ambos caminharam para longe daquele lugar, assim que passou pelo pilar virou se para encarar aquele lugar e não avistou a embarcação, fazendo a sentir medo.

Ambos caminharam lentamente na direção da charrete, ajudou o velho senhor a subir, ele tinha uma feição doentia, por alguns segundo duvidou que realmente fosse aquele o serviçal que fora encomendado.

– Espere! - alguém berrou para ela.

A loura se voltou na direção oposta, e lá estava o moço que vira aquela manha que tocava divamente um violino, ele continha um sorriso perfeito e um ar jovial igual ao seu, dono de olhos azuis turquesas e de um rosto perfeitamente esculpido.

– Sou Zac e vejo que veio buscar os serviçais para o Duque de Argon? - quis saber.

Kathe permaneceu encarando, aquele sorriso parecia que hipnotizava, antes que pudesse dizer algo o velho que já estava sentado resmungou e disse:

– Ande logo Zac ou o Duque ira cortar seus pés, para deixar de ser um fujão e contador de historias.

A loura se virou na direção do velhote e franziu o cenho, apostava que ele era mudo, mas pelo visto não, apenas um mal humorado, Zac caminhou na direção da charrete com um largo sorriso.

– Então iremos passar por aquela floresta que você tanto falou na viagem, velho Nichol? - questionou deixando o velho criado ainda mais enfurecido. Kathe subiu na charrete e bateu com as rédeas sobre o lombo de Sansão para que ele começasse a caminhar na direção da floresta, por um segundo pensou em questionar sobre como apreendera a tocar de forma divina o violino, mas calou se. O trajeto seria um pouco longo, mas o rapaz conversava com o velho criado que apenas respondia com gestos e de forma impaciente, arrancando pequenos risos da jovem.

A loura parou em frente ao Castelo, desceu da carroça com a ajuda do recém-amigo, Zac, e abriu o portão, depois o empurrou com dificuldade.

Enquanto segurava o portão fez um sinal para que Zac assumisse o controle e cavalgasse para dentro da morada. Enquanto Zac fazia a carroça se locomover tentou entender como um garoto tão bem afeiçoado como ele poderia viver nas ruas.

Assim que ele passou por ela, Katherine fechou o portão e o seguiu. Depois que ele parou a carroça, ela começou a retirar as mercadorias do transporte e foi entrando no interior do Castelo. Com um sorriso bobo o rosto, a jovem caminhava na frente do loiro de olhos claros, e do velho negro, despejou o caixote no chão da cozinha fazendo um barulho e assustando a Tia.

Virando-se rapidamente e assustada, Miranda observou sua sobrinha, um jovem louro atrás dela que parecia acanhado e um velho senhor. Rapidamente entendeu, eles eram os novos criados.

– Já voltou. - observou.

– Sim e aqui estão. - respondeu Katherine, um sorriso no rosto escapou.

– Me deixe à sos com o jovem e o senhor , por favor, Kathe. - pediu a Tia, Katherine fez um sinal de rendição com as mãos e saiu da cozinha.

"O destino era rápido!", pensou Katherine.


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Notas finais do capítulo

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