Affectum Serpentis escrita por Lady Holmes


Capítulo 3
A seleção


Notas iniciais do capítulo

Olá bruxinhos e bruxinhas de plantão! Espero que gostem do novo capítulo! Um muito obrigada super especial para todos que estão lendo e, para aqueles que estão comentando, Septimus mandou um beijo!

Sobre o capítulo... Não sei se tem muita coisa sobre o que falar. Primeiramente, desculpem-me qualquer erro. Em segundo, espero que gostem. Em terceiro: espero que eu não tenha feito mt confusão com a cabeças de vocês!

Bom capítulo para todos!



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Amelia Jessica Gillian ainda tentava compreender como havia conseguido entrar na aposta com a dupla Potter e Weasley.

- Ok, eu preciso provar que minha criatividade é boa o bastante para vocês... O que é bom o bastante para vocês dois? - Pediu a loira, pagando as bombas de bosta que havia comprado. Potter havia lhe perguntando qual era o motivo de comprar aquelas bolinhas, segundo ele, as bombas seriam inúteis para tentar impressionar as mentes mais criativas de todo o castelo. Minne contou o que havia acontecido entre Amy e Callidora o que surpreendeu a todos, porém, como Charlus mesmo disse: quem muito late, não morde.

- Vamos colocar algumas metas, se alcançar alguma delas, ou mais de uma, eu e o ruivo aqui podemos considerá-la dentro. - Amy acenou concordando. O grupo se deslocava em direção ao castelo e Amelia se divertia com as desconfianças dos futuros avôs de seus amigos. Septimus puxou Charlus para frente e eles começaram a discutir as metas que Amy deveria alcançar. Enquanto isso, mais para trás, Dorea e Minne conversavam animadamente. Amy estava em silêncio, percebendo mais uma vez, que ela era sempre a que sobrava.

- Hey Amy, - disse Dorea. - Não fique ai calada, participe da conversa! - Amy abriu um sorriso e concordou.

- Bem, eu estava contando para Dorea como foi que você enfrentou a prima dela... Sabe, Dorea é prima de Callidora e de Cedrella, irmã de Callidora.

- Então sua tia realmente tem um péssimo nome para crianças. - Amy comentou e Dorea riu, dando alivio para Amelia, que tinha medo que ela não gostasse. - Cedrella é tão ruim como a irmã? - As duas amigas riram.

- Vocês se dariam bem! Porém Calli a mantêm em rédeas curtas. Cedrella é uma das poucas Sonserinas que nunca fizeram nada contra outros alunos. - Dorea disse.

- Calli... Céus, isso faz tanto sentido. Há uma deusa Hindu, na cultura trouxa que se chama Calli. Na realidade é Kali, com K, contudo... Ela é a deusa da morte e da sexualidade. Agora sua tia fez algum sentido! - Dorea e Minne gargalharam.

- Você não parece ter medo de Calli. - Disse Dorea. Amy sorriu e disse:

- Oh, com toda a certeza! Já enfrentei coisas piores que ela. - Então o assuntou mudou, indo para o encontro entre Dorea e Charlus. A morena disse que haviam ido ao Café Madame Puddifoot e que Charlus havia sido um cavalheiro.

- Disso eu duvido Dô. - Minne falou, olhando para a dupla que andava na frente das meninas e se empurrava como dois primatas malucos. - Eles são... Rústicos. - Dorea revirou os olhos.

- Minne, eu garanto que Charlus sabe se comportar com uma dama. - Black deu uma olhada insinuante para Minne e ela revirou os olhos. - E garanto que Septimus também sabe. - Amelia riu.

- Estão tentando empurrar Minne para o Weasley? - Gillian pediu. Dorea concordou. - Bem, Minerva... Eu acho que vocês formariam um belo par... Os dois parecem ficar vermelhos como um pimentão, pelo menos. - Dorea riu e, fazendo exatamente o que Amy havia dito, Minne ficou vermelha.

- Eu já disse que não gosto dele! Não deveria ser tão complicado para vocês compreenderem. - Então McGonagall encarou Amelia com um olhar perverso.

- O que? - Ela perguntou. Não estava gostando nada daquele olhar. Não queria ser avó dos gêmeos. Imagina só? Isso seria terrível!

- Falando em pares que seriam bonitos, Srtª Gillian... E o misterioso Tom? - Aquilo pegou Amy de surpresa. Ela havia pensando nisso enquanto caminhavam, porém ela não conseguia ver o porquê do Sonserino lhe atrair tanto.

- Para tudo! - Dorea disse. - Amy e Tom? Tom Riddle? A paixão de Calli? Merlin, agora as coisas fazem sentido... Minne, porque você o chamou de misterioso? - A morena pulava de excitação por saber da mais nova fofoca.

- Porque, quando encontramos sua prima com ele, hoje mais cedo na saída do Três Vassouras, Amy o chamou de Tom misterioso. Eles tinham se encontrado antes, eu presumo. - Ela se voltou para Amy que tinha os pensamentos longes. Em particular, em uma sala de Hogwarts. - Aliás, Amelia, você não me contou ainda como foi que conheceu Tom Riddle, o gostosão de Hogwarts. - Amy não respondeu, seus pensamentos vagavam na sala de Dumbledore, horas mais cedo naquele dia. Quando ela havia conhecido Tom. Seu olhar petulante, sua arrogância e, principalmente, o momento em que ele ajoelhou-se para consolá-la, quando a loira começou a chorar.

- Amy... - Minne começou a chamá-la. A ruiva e a morena se entreolharam, soltando um risinho. - Amelia... Amelia Gillian! - Amy deu um pulo para trás, saindo de seus pensamentos e olhando para as duas, ficando totalmente corada.

- O que... Ah sim. Eu estava na sala de Alvo Dumbledore. Estava sentada na cadeira do professor enquanto o mesmo falava com o diretor Dippet sobe minha seleção. Eu achei que era Alvo entrando, então, quando a porta abriu, me joguei no chão, caindo de joelhos no carpete. Na realidade era esse garoto, Tom Riddle. Ele usava o uniforme da Sonserina e nós conversamos. Eu o chamei assim quando ele se apresentou. Misterioso Tom. - A voz da garota pareceu mais melosa quando disse o apelido que havia dado a Riddle - Eu o achei misterioso. Achei que escondia alguma coisa... Eu sempre estou achando coisas. - As duas se entreolharam mais uma vez, não comprando a história, meio verdadeira de Amy. - Eu não sinto nada por Tom Riddle! Pelas cuecas de Merlin, eu o conheci hoje! - Dô e Minne riram quando Amy usou a expressão, não era nada comum dizer coisas daquele tipo nessa época.

- Você usa algumas expressões... Estranhas, Amy. - Disse Black. A loira concordou, abrindo um sorriso satisfeito pela dupla ter trocado a atenção do sentimento que Amy tinha por Tom, para algo mais banal.

Haviam, finalmente, chegado ao castelo. Quando o quarteto começou a guiar-se para a torre a Grifinória, no sétimo andar, Amy estancou.

- O que aconteceu, Gillian? - Perguntou Charlus. Amy abriu um sorriso e disse:

- Não posso segui-los. Estão indo para sua casa e eu ainda não pertenço a uma. - Septimus riu e disse:

- Bem, contando que não vire uma Sonserina, a proposta ainda está de pé, não é Charlus? - O moreno concordou enquanto abraçava Dorea que havia ido ao seu lado.

- Para onde você vai então, Amy? - Minne pediu apreensiva. Só o que faltava era ficar sozinha com aqueles três. A história de Septimus chamá-la para sair viria à tona, mais uma vez. E ela odiava aquilo.

- Acredito que para a sala de Dumbledore. - Amelia percebeu que Minne não estava confortável em ser deixada a sós com eles, pelo fato que ela e Septimus ficariam segurando vela. Então, abriu um sorriso e disse:

- Me acompanha? - Minerva soltou um gemido aliviado e concordou. Virou-se para o trio e disse:

- Nos encontramos depois. - E mandou um beijo para Dorea. Amy fez o mesmo e, virando-se para os garotos disse:

- Espero que tenham minhas metas até o jantar. Preciso começar a planejar tudo logo. - Os dois concordaram e o ruivo disse:

- Estamos quase chegando a um acordo, Srtª Gillian. - Amelia revirou os olhos e, indo na direção oposta gritou:

- Qual é o problema dos garotos e a formalidade? Estou vendo que passarei horas azarando cada um que me chamar de Srtª Gillian! - Pode escutar o trio Grifinório rir e Minne sorrir ao seu lado.

- Obrigada. - Ela disse, sabendo que a amiga havia percebido o porquê da aflição que a ruiva sentiu.

- Não foi nada. Não é para isso que servem as amigas? - Minerva concordou. - Bom, eu achei que fosse. Porém não é como se eu tivesse muita experiência. Fred e George não precisavam muito disso e nunca tive uma amiga garota antes. - Minne colocou o braço direito sobre os ombros de Amy e disse:

- Agora você tem. Duas ainda por cima. Vai ter que aprender a lidar com isso, Srtª Gillian. - Amy revirou os olhos.

- Céus, como eu odeio formalidades! - E então as duas entraram na sala de Alvo Dumbledore.

- Srtª Gillian! - E vendo que a loira estava acompanhada, Dumbledore cumprimentou a jovem ao seu lado. - Srtª McGonagall. - Minne fez uma pequena referência com a cabeça, enquanto Amy se jogava na cadeira ao lado. - Espero que seu passeio por Hogsmeade tenha sido proveitoso. A sua seleção será logo, no começo do jantar... Meia hora a partir de agora. - Ele disse, olhando o relógio da sala.

- Meia hora? Por Merlin, preciso correr! - Minne virou-se para Amy. - Nos encontramos no jantar sim? Estarei torcendo para que caia na Grifinória. - Amelia sorriu, e mandou um beijo para a apressada Minerva, que correu porta fora, indo em direção ao sétimo andar.

- Merlin, isso foi estranho! - Amy disse, finalmente, o que havia pensado quase que o dia todo. Alvo pareceu interessado.

- O que foi estranho, Srtª Gillian? - Amy sentiu um arrepio por escutar tal formalidade e disse:

- Primeiramente, professor, agradeceria que me chamasse de Amelia, ou Amy. Tenho certo problema com formalidades, sim? E depois, eu conheço Minerva no futuro. Como conheço netos da maioria de meus futuros amigos! Isso é... Estranho. E engraçado. Minne, no futuro, será minha professora e quase como uma mãe para mim... - Ela pareceu pensar melhor. - Uma daquelas mães bem severas, porém, que se preocupam com os filhos. - Alvo riu.

- Ela tomará meu lugar, eu presumo. - Amy confirmou.

- E o senhor será diretor! E, se posso deixar minha opinião: o melhor! - Ele riu, agradecendo a garota.

Amy achava que essa viagem parecia estranha apenas para ela, contudo, para Alvo também era. As atitudes, muitas vezes, espalhafatosas e despreocupadas da jovem, lhe eram estranhas. Ela parecia falar em quase outra língua, e não gostava das formalidades. Era como se ela senti-se íntima de qualquer um, em poucos segundos. Isso poderia ser normal no futuro que ela vinha, porém não era agora, e ele se preocupava com os problemas que as palavras da garota poderiam levá-la.

Enquanto Alvo escrevia no pergaminho e pensava em Amy e na confusão que ele acabava de se meter, Amelia tinha o pressentimento de que, se continuasse muito tempo naquele lugar, coisas ruins iriam acontecer. Alguma coisa com Tom. Esse sentimento que ela estava sentido não era legal. Não era nada legal. Ela não poderia ficar ali, caso se apaixonasse. Como se Amelia Jessica Gillian pudesse se apaixonar. Ela nunca o fizera, não de verdade, nem mesmo com Corvinal que havia namorado. Na realidade, aquele namoro foi uma das piores coisas que ela poderia ter feito da vida. Ela precisava de um amor... Diferente. Como ela. E, Amy temia que esse Tom pudesse dá-lo a ela.

- Isso é perigoso Amelia... - Disse baixinho, pensando alto.

- O que disse Amelia? - Amy pulou da poltrona, olhando alvo.

- O que? Quer dizer, não foi nada. Eu tenho esse estranho costume. Eu falo sozinha, penso alto, seja como queria chamar. Não se preocupe comigo, professor. - Alvo sorriu.

- Grandes gênios têm isso. Eu costumo acreditar que os pensamentos são tantos que, alguns, precisam ser falados em voz alta para que a mente os processe. Eu mesmo tenho excelentes conversas comigo mesmo.

- Bem, eu acredito que seja uma boa maneira de ver as coisas... Eu realmente gostei. Quando as pessoas me chamarem de doida eu direi isso. - Os dois começaram a rir e então alguém bateu na porta que dava a sala de aula.

- Ah, acredito que o Sr. Malfoy tenha terminado a detenção. - Quando Alvo disse Malfoy, Amy ficou atenta. - Entre. - A porta abriu-se e de lá surgiu um charmoso loiro de olhos acinzentados. Se não soubesse que era do futuro ela diria que era irmã daquele ser a sua frente. E, se isso, algum dia chegasse a ser verdade, Amy tinha a impressão que morreria de desgosto.

- Sr. Malfoy, tudo pronto? - O garoto também percebeu que havia mais de uma pessoa na sala e seus olhos caíram sobre Amelia. Ela deu-lhe um sorriso simpático que parecia dizer olá. - Sr. Malfoy? - Alvo precisou repetir.

- Desculpe professor. Sim senhor. - Ele respondeu ainda não tirando os olhos de Amelia.

- Parece que encontrou a nova aluna, Sr. Malfoy. - Amy sorriu dizendo:

- Amelia Gillian, mas todo mundo me chama de Amy. - Ele concordou e então o olhar deslumbrado voltou a ser de um Malfoy, foi preciso só dizer o sobrenome desconhecido por ele.

- Abraxas Malfoy. - Amy não pode deixar de pensar que, nem Lucius e nem Draco, haviam herdado a beleza do antepassado. E então a ideia de ser mãe de Lucius veio-lhe a cabeça e ela esqueceu qualquer beleza que aquele Malfoy em questão poderia apresentar. - Vou me retirar, professor. Preciso ficar pronto para o jantar. - Ele acenou ao homem que se encontrava na mesa e então, para Amy, ele disse, também acenando:

- Srtª Gillian. - Amy fez o mesmo aceno, deixando a parte do “senhorita” passar, mesmo que isso lhe desse arrepios.

Depois do futuro avô do demônio se retirar, Amy deu um suspiro de alívio.

- Como posso ser tão parecida com os Malfoys? - Dumbledore pareceu pensar.

- Já cogitou a ideia de ser uma? - Amy arregalou os olhos. Claro que já, porém nunca durante sua vida, colocaria aquilo em voz alta. Bem, a não ser, é claro, para Alvo Dumbledore.

- Já. Então eu apaguei a ideia, permanentemente da minha cabeça. Se, um dia, eu descobrir que sou uma Malfoy, acho que vou preferir dizer que sou filha de Voldemort! - Quando aquele nome, que Alvo já havia escutado pelos corredores da escola, soou, Amy colocou as mãos sobre a boca, sabendo que havia revelado coisas de mais e Alvo ficou estático olhando-a. Tentando consertar o que havia feito, Amelia disse:

- Professor, esqueça o que eu disse, sim? Provavelmente seria pior ser filha dele. Com toda certeza seria... Só... Só faça de conta que nunca ouviu esse nome, sim? Nunca lhe disse nada. - Contudo, Amy percebeu que Alvo não deixaria as coisas assim. Tanto que, quando a boca do professor abriu-se, as palavras saíram estranhamente fracas e a pergunta surpreendeu a loira.

- Ele... Ele será perigoso? No seu futuro, quero dizer? - Amy disse para si mesma que não devia responder. Foda-se que isso poderia acabar salvando milhares de vidas. Foda-se que traria os pais de Harry de volta. Isso poderia significar que ela nunca havia nascido. E, logo depois de pensar aquilo, Amelia pensou em desde quando ela havia se tornando um monstro egocêntrico. Foi por isso que respondeu.

- Sim. - Ela respondeu quase sussurrando. - Lord Voldemort se tornará o mais perigoso bruxo das trevas que o mundo bruxo já viu. E ele terá muitos seguidores. Os chamados Comensais da Morte. Esses serão os responsáveis por colocar mundo bruxo em profundas trevas. De onde eu venho, os tempos são de medo. Contudo, há esperança. Um garoto tem o destino de derrotá-lo. Um Grifinório... Um Potter. - A menção do sobrenome já conhecido por Alvo, ele ficou ainda mais pálido.

- Neto de Charlus. - Disse, mais para si do que para Amy. - E eu? O que estou fazendo para impedir esse tal Lord? - Amelia sorriu.

- Não é como se precisasse fazer algo. Voldemort o teme porque sabe que não pode derrotá-lo. Contudo, isso eu não sei dizer. É algo que você apenas trata com Harry e os dois amigos dele, Ron Weasley e Hermione Granger, uma nascida trouxa. Eu sou amiga do trio, contudo, sou mais velha e quase nunca me meti em uma das inúmeras aventuras do Potter. - Dumbledore parecia abalado. O nome que Tom havia escolhido para si, negando o nome do pai, negando a impureza que ele havia descoberto, era famoso. Era temido. Ele havia falhado em mostrar algum bom e alguma luz ao garoto. Seus olhos de pérola direcionaram-se para uma distraída Amelia. Seria isso que ela havia vindo fazer? Salvar Tom de se transformar naquele monstro. Ele suspeitava que o garoto tivesse planos de matar o pai logo que aprendesse a aparatar. Será que Amelia Gillian, a garota do futuro, seria a resposta do que precisava? Ele rezava para que sim, pois aquele futuro que Amelia falava lhe parecia negro, desgostoso e terrível e ele, como Alvo Dumbledore, faria qualquer coisa para impedir.

Amy estava feliz porque Dumbledore não havia lhe pedido mais nada. Não queria sair por aí revelando cada coisa que sabia, porém, muitas das que sabia, salvariam vidas. Era um problema que ela deveria resolver sozinha, em seu quarto, deitada em uma confortável cama e não ali, na poltrona que parecia estar ganhando o formato do corpo de Amy.

- Acredito que estaria na hora da Srtª se arrumar. Vamos para o Salão Principal. - Amy concordou, tirando de dentro da bolsinha, onde havia seus doces e seus logros, sua varinha. Com um aceno, a roupa que Alvo havia transfigurado para era voltou a ser o uniforme totalmente negro. Seu sapato foi substituído por uma bota combate que ela havia visto em algum filme sobre a segunda guerra mundial. Sua maquiagem voltou a ser forte e marcante, um grande traço preto que contornava seus acinzentados olhos. Prendeu seu cabelo volumoso em um rabo alto, deixando o rosto mais a mostra e as feições de boneca mais evidentes. Transfigurou a bolsinha em uma bolsa de couro preta.

- Poderia mandar ao meu dormitório quando, bem, quando eu tiver um. - Alvo sorriu concordando.

- Claro. Estará junto ao malão.

- Malão? Eu não tenho... - Ela compreendeu e sorriu. - Não precisava, eu daria um jeito. Mas muito obrigada, professor. - Ele apontou a porta e disse:

- Vamos? - Em sua mão esquerda ele segurava o chapéu selecionador. Como Amelia odiava aquele chapéu.

- Nos encontramos novamente, chapéu. - Ela disse intimidamente. O chapéu, é claro, não lhe respondeu, porque, para ele, eles nunca havia se encontrado.

A dupla chegou aos majestosos portões do Salão Principal em minutos. Podia escutar os murmúrios que vinham de dentro do lugar. Adolescentes conversando. Pelo menos isso não havia mudado. Uma voz desconhecida pediu silêncio e, como acontecia quando Alvo requisitava a atenção no futuro, os murmúrios desapareceram e o que ficou foi o silêncio.

- Gostaria de apresentar a nova aluna que teremos a partir dessa noite. Uma jovem que entrará no sétimo ano. Ela irá passar pela seleção agora mesmo e, depois disso, o jantar será servido. Acredito que a casa que a receber será muito acolhedora, como espero de todos os outros alunos. Amelia Jessica Gillian poderia entrar? - E os portões abriram-se.

Amy seguiu o professor Dumbledore que carregava o chapéu nojento e olhou para as mesas. No canto, como sempre, Sonserina. Pegou-se procurando por Tom e, infelizmente, antes que tivesse a chance de desviar, os olhares se encontraram. Viu que Tom estava sentando ao lado de Abraxas Malfoy e da Callidora, deusa da morte. Depois que percorreu quase todo o caminho encarando o Sonserino, Amy foi capaz de soltar a o contado visual e voltou-se a mesa da Grifinória, onde viu seus amigos. Minne tinha os dedos cruzados, assim como Dorea. Ela sorriu de volta as amigas e mostrou a língua para Potter e Weasley. O banquinho que havia se sentado aos seus 11 anos, e que parecia ser tão grande e confortável, materializou-se ali. E, dessa vez, ela viu que o banco era pequeno e duro. Como se crescer fosse um pecado e ninguém depois de seus 11 anos deveriam sentar-se nele. E isso quase fazia sentido, já que em sua época, dois ou três alunos passaram por essa cerimônia fora de época.

Alvo colocou o chapéu sobra sua cabeça e, ao contrário do que aconteceu quando tinha onze, o chapéu serviu. Sua visão não ficou impossibilitada pelo chapéu ser grande de mais e, estranhamente, isso parecia mais aterrorizador do que quando não se podia ver nada.

- Um viajante! - Foi a primeira coisa que o chapéu disse, depois de escanear a mente de Amy. Ela tentou usar oclumência com o chapéu, apenas para ver se era possível. Contudo, não era. Ele teria acesso a cada pensamento, seja ele bom ruim ou, até mesmo, obsceno. - Sabe de muitas coisas, não é minha jovem? E odeia que fiquem dentro de sua mente. Se sente... Invadida. Quando outras pessoas ou coisas conseguem compreender o que se passa em sua cabecinha maluca, e você não... Vejamos. Em seu futuro, eu lhe colocarei na Grifinória. Será mesmo que essa é a melhor escolha? Você tem o espírito de uma Sonserina, sabia? Ah, mas então teríamos problemas com seu sangue. Mesmo assim, eu poderia te colocar lá, porque não? Sei que Salazar ficaria encantado em tê-la em sua casa, não importando o que você pensa sobre seu sangue. - Aquilo não fez sentido nenhum para Amelia. Ela só queria que o chapéu falasse logo e ela pudesse sair do olhar de todos. - Acho que, como em seu futuro, escolherei a Grifinória, já que eu consigo ver que usa a coragem e a ousadia como armaduras para se proteger. Contudo, consigo ver um lugar para você dentro da Corvinal. Tão inteligente como os mais inteligentes... De qualquer maneira, acredito que minha futura escolha será a melhor, prevejo grandes coisas vindas de você, pequena leoa. - Enfim ele iria dizer o nome da casa, contudo, achou melhor deixar um aviso à loira. - Ah, sei que está morrendo para saber como foi que parou aqui. Não foi um erro do vira tempo e muito menos você que causou isso, Amelia. Esse era seu destino desde sempre. Muitas vezes, a afeição da serpente precisa aflorar nas mãos de um leão. - Se as últimas coisas já não haviam sido estranhas o suficiente, aquilo havia deixado-a atordoada. - GRIFINÓRIA! - Gritou o chapéu e a mesma a sua frente gritou. Pode ver Minerva e Dorea se abraçarem, dando pulinhos de felicidade e apontando para um lugar vazio ao lado delas. Amy agradeceu ao professor e guiou-se ao lugar vago ao lado de Minne.

- Mais uma grande leoa para nossa casa! - Falou Septimus. Amy gargalhou, tentando apagar as palavras estranhas do chapéu de sua cabeça. Muitas vezes a afeição da serpente precisa aflorar nas mãos de um leão. Ela realmente odiava quando entravam em sua cabeça. Odiava quando compreendiam coisas que nem ela podia. Mas de algo estava certa, alguma coisa estava para acontecer. Aqueles eventos de mudar a história da humanidade. Amy não pode deixar de pensar que seu serviço ali era, afinal, pisar em algumas borboletas. Pegou-se pensando que o chapéu havia acertado nisso, pelo menos. E na casa. Graças a Merlin, continuava em sua amada casa.

- Que o jantar comece! - Disse o Diretor Dippet. A comida surgiu e Amy torceu o rosto quando viu que, dentro de seu copo, havia suco de abóbora. Pegou sua varinha das vestias, que agora voltaram a ser da grifinória. E fez um aceno, transformando o nojento suco em uma gostosa e gelada coca-cola. Minne viu o que a amiga fazia e surpreendeu-se.

- Amy! Você já consegue transfigurar bebidas? Isso é avançado, devemos aprender apenas no fim do ano! - Amelia sorriu simpática. Ela sabia que era avançado. Porém, nada era impossível com um pouco de estudo, esforço e treino.

- Aprendei quando tinha treze, eu acho... Ou doze. Nem me lembro mais... Faz tanto tempo. - Minne sorriu, sabendo que, sendo uma das melhores alunas, teria competição. Contudo, sorria pelo fato que Tom, o metido sabe tudo, teria problemas à frente.

Amelia virou-se para Charlus e Septimus e disse:

- E então, como será que eu irei impressioná-los, mestres?

*


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando das edições. São super feitas de coração! HUAHUAH. Até a próximo!

PS: aceito recomendações quando quiserem viu :D *-*



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