Affectum Serpentis escrita por Lady Holmes


Capítulo 2
Hogsmeade.


Notas iniciais do capítulo

Bem vindos ao capítulo dois! HAHUAHUA, bem a tds que estão lendo/comentando, espero que gostem!
Eu sei que já falei disso, mas eu não estou seguindo muito algumas coisas escritas por J.K, como, por exemplo, Sirius ter sido o primeiro Black a ser da Grifinória. No meu caso, Dorea ganhou a competição. Outra coisa, sei que a Callidora será a tatarávó [ou algo assim] do Neville. Mas não nesse caso. Ela é só uma imensa vaca mesmo... Acho que, nesse capítulo, é isso. Desculpem-me qualquer erro, estou corrigindo cada capítulo umas duas vezes, mas as coisas escapam e eu tenho um sério problema em por vírgulas de mais, hehe.

Não deixem de comentar, reviews são mais do que bem vindos, na verdade, eu escutei Amy falando com Charlus e Septimus que àqueles que não deixarem um review podem acordar com uma azaração de espinhas nada agradável. Estou fazendo minha parte em avisá-los, o resto é sua conta e risco! HUAUAHUHAHU até a próxima.



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- Um prazer conhecê-lo, misterioso Tom. - Disse Amy, abrindo um sorriso e soltando a mão do jovem pálido.

- Misterioso Tom? - Ele se surpreendeu.

- Sim. Você tem esse jeito quieto, misterioso. Como se tivesse um grande segredo e escondesse do mundo. E se achasse muito inteligente por conseguir o fazer. - O garoto arregalou os olhos. Como essa loira desconhecida poderia lê-lo tão bem? - Ah, não fique surpreso, sou boa fazendo adivinhações... No sentido Sherlock Holmes, não no sentindo visões do futuro que vêem para mim quando estou dormindo. - Ela riu, lembrando da professora de adivinhações Sibila. - Esse tipo de adivinhação é algo muito inútil. - E deu de ombros, jogando-se, novamente na cadeira do professor.

Tom Riddle estava tentando compreender a situação que se encontrava no momento. Havia uma jovem bruxa, uma provável aluna nova que, além de muito abusada e estranha, parecia conseguir ler nas entrelinhas, como o próprio Alvo fazia. Quando o moreno decidiu abrir a boca e falar alguma coisa, as únicas palavras que saíram de sua boca, diga-se de passagem, beijável aos olhos de Amy, foram:

- Você não deveria estar sentada na cadeira do professor. - Amelia riu. Qualé, ela sabia lidar com garotos do seu tempo e, achava, pelo menos, que os garotos desse seriam mais fáceis. No entanto, o jovem Tom parecia ser diferente. Ou quase, porque, quando se vê uma garota abusada como Amy, qualquer um perde as palavras.

- Ah, ele não vai se importar. - Disse, girando mais uma vez, - eu acho, pelo menos. Ele é um cara legal. Gostei dele.

- Você fala de uma maneira... Diferente. - Disse Tom, educadamente. - Você, por acaso, é uma nascida trouxa, Srtª Gillian? - Ela se levantou de supetão, encarando o jovem que, agora, sorria com escárnio.

- Oh, o Sonserino mostra as garras. Ou melhor, as presas. Não, se deseja tanto saber, Sr. Riddle. Eu não sou uma nascida trouxa e, mesmo que assim fosse, não veria problema nenhum. Meu linguajar parece tão diferente porque eu sou diferente. Única, uma jóia rara. Chame como quiser, misterioso Tom. - E então deu uma piscadela.

Era engraçado vê-la flertando com o jovem Tom Riddle sem nem ao mesmo saber quem esse garoto se transformaria. E ver que, ao que parecia, ele estava achando divertido.

- Então, diga-me, Srtª Gillian, o que seriam adivinhações no sentido Sherlock Holmes? - Ela riu.

- Eu vejo. Uma vez que eu vejo, eu observo. Uma vez que eu observo, eu deduzo. E então, eu acerto. - A loira respondeu, com certa petulância. Seja quem fosse aquele Sonserino, era um jovem metido. Ela pode reparar que, no peito direito, o misterioso Tom levava a insígnia de Monitor Chefe. Só podia, pensou a loira. Monitores chefes sempre eram as coisas mais metidas que existiam em Hogwarts. Bem, eles e qualquer outro Sonserino, principalmente os sangues puros, como a doninha platinada do Malfoy.

- Parece muito confiante em seu poder de dedução, Srtª Gillian. - Amy revirou os olhos.

- Por Merlin, Sr. Riddle - ela deu ênfase nessas palavras, porque já não agüentava mais aquela formalidade. Era muito senhor e senhorita para todo lado. - Se me chamar se Srtª mais uma vez eu vou precisar azará-lo. E tenho a leve impressão de que você não vai gostar do resultado. - O jovem pálido arqueou a sobrancelha esquerda, abrindo outro sorriso característico de um Sonserino.

- Gostaria de vê-la tentar. - Disse o garoto, prontamente com a mão na varinha. - Mas não se esqueça Amy, que sou monitor chefe e tenho poder para dar detenções. - Amelia riu.

- Gostaria de vê-lo me dar uma detenção sendo que nem estudo aqui ainda. - Isso diminuiu o sorrisinho de Tom, mas apenas um pouco.

- Então, o que fazes aqui? - Pediu o garoto, curioso.

- Eu disse que ainda não estudo em Hogwarts. - Ele concordou.

- Então não foi selecionada ainda, Amy? - Aquilo soou tão estranho para Tom, tão... Amigável, que ele se arrependeu no momento em que o apelido da jovem dos olhos acinzentados saiu de sua boca.

- Não. Acho que isso vai acontecer no horário do almoço. Mas eu já tenho uma ideia de onde vou parar nessa seleção.

- E onde seria? - Perguntou o moreno.

- De preferência, o mais longe da Sonserina que eu conseguir. - Ela disse, rindo. Contudo, percebeu que a piada não foi aceita de uma maneira muito boa. - Era... Era uma brincadeira, Tom. - Ele continuou a olhando firmemente. - Ok, não sabia que Sonserinos não brincam. Talvez eu esteja certa, no final. Como eu poderia acabar em uma casa onde as pessoas não dão risadas das boas e velhas piadas? - Nem mesmo um sorrisinho.

- Potter e Weasley vão ter uma concorrente. - Foi a única coisa que Tom falou.

- Esses devem ser Charlus e Septimus! Dumbledore comentou a mesma coisa... - Então ela olhou mais uma vez para o distintivo de Monitor Chefe. - Acho que você terá problemas comigo esse ano, Sr.Monitor chefe.

- Será um prazer retirar pontos de sua casa, Srtª Gillian. - Amy revirou os olhos, cruzando os braços abaixo do peito.

- Voltamos com as formalidades. Tudo bem, se deseja assim, Sr. Riddle. E eu desejo ser uma Grifinória. Sempre gostei de leões. - Disse a menina, fazendo uma garra com a mão direita e soltando um rugido absurdamente alto. - Aliás, serpentes são tão sangue frio, você sabe... - Ela jurou que, pelo menos dessa vez, ele soltaria nem que fosse um risinho. Porém houve um grande nada. - Ah, as piadas são um completo desperdício com você, sabia? Vou guardá-las para mais tarde. Quando eu conhecer pessoas que sejam agradáveis.

- Com essas suas piadas sem graça, vai acabar encontrando ninguém. - Disse Tom, mais uma vez. Isso fez o sorriso de Amy diminuir. Será que, 53 anos no passado, Amelia Gillian voltaria a ser apenas uma bruxa solitária? O jovem Sonserino viu que suas palavras haviam causado algum efeito e, por isso, abriu um sorriso de canto. Amy voltou a sentar-se, só que, dessa vez, na poltrona que havia sentado antes. Encarou o jovem moreno a sua frente, que carregava um sorriso bosal nos lábios e revirou os olhos. Havia lágrimas em seus olhos. Imagina só, lágrimas! Quando que Amelia Jessica Gillian choraria na frente de outro ser humano? Ou pior, um Sonserino? Ela ergue o rosto, olhando para o teto, no intuito de fazer que as lágrimas voltassem de onde haviam saído. Em vão. Quando se voltou para o jovem moreno, algumas lágrimas teimosas escorreram pela face da loira. Ela levou os dedos, com suas unhas perfeitamente pintadas, até as lágrimas, tocando-as, sentido seu rosto molhado. Depois, levou seus dedos até seus olhos que estavam embaçados. Ela estava chorando! Por Merlin, como Amy odiava chorar. Era tão... Fraco. As lágrimas salgadas continuaram caindo sem um aviso de quando parariam e Tom Riddle ficou surpreso por ver que tais palavras haviam causado tanto estrago. Surpreendendo até a si mesmo, Riddle se sentiu mal pelas lágrimas que causara a loira. Aproximou-se da menina, agachando-se ao seu lado. Limpou uma lágrima que escorri em sua bochecha esquerda e ergueu o rosto de Amy, fazendo-a encará-lo.

- Eu... Não quis que ficasse assim. Foi apenas um comentário Sonserino, como você diria. - Ela abriu um sorrisinho de canto, limpando o resto das lágrimas.

- A culpa nem foi sua, Sr. Riddle... Eu que sou uma grande bobona sentimental. - Tom sentiu-se atraído pela jovem misteriosa, contudo, lembrou-se de quem era naquele momento. Ele era Tom Marvolo Riddle. Ele era o herdeiro de Salazar. E ele seria, futuramente, Lord Voldemort e ficar consolando futuras Grifinórias por aí não era um ato que condiz com sua imagem. O moreno retornou a posição inicial, mais afastado de Amy. Ela se surpreendeu com a atitude do garoto, contudo, não era um mistério. Ele era um maldito Sonserino, afinal de contas. O casal ficou ali, por mais cinco minutos, em completo silêncio. Hora ou outra, um deles dava longas encaradas no outro, até que o mesmo percebesse e então, ambos desviassem o olhar. Amelia já estava a ponto de ter um ataque se tivesse que ficar mais algum tempo presa naquela sala com Tom.

- Afinal, onde está aquele professor biruta? - Amy disse baixinho para si mesma. Tom apenas a escutou sussurrar, sem compreender o que a loira havia dito.

- Disse alguma coisa, Srtª. Gillian? - Amelia percebeu o olhar de Tom a fulminando e, contrariando as outras vezes que isso aconteceu nos últimos minutos, ela decidiu manter o contado. Riddle aproveitou aquele momento de total contado visual para tentar uma coisa: Legilimência. Contudo, não levou mais que um segundo para que a mente de Amy fosse totalmente fechada.

- Hey! Caia fora da minha cabeça. Que coisa mais mal educada, ficar lendo os pensamentos dos outros. - Ele estranhou. Eram poucos bruxos no mundo mágico que sabiam da existência de tal mágica. Menores ainda aqueles que reconheciam quando alguém tentava penetrar a mente e quase nulo, um que conseguisse escapar da capacidade de Tom. - Eu odeio que pessoas vejam o que tenho em minha cabeça... Já é confuso o bastante para mim, imagine para qualquer outra pessoa... - Ainda mais, uma do passado! Ela terminou a frase em sua mente. Surpreendeu-se por Tom Riddle ser um legilimente e, ainda por cima, um dos bons. Conhecia poucas pessoas que tinham essa arte, uma delas, é claro, era seu querido e amado professor de poções, Severo Snape. No resto da curta lista encontrava-se Alvo Dumbledore e o temível Lord das trevas. Ou Tom era apenas um bruxo extremamente poderoso ou ele era isso e muito perigoso. Amy poderia continuar navegando em seus pensamentos por horas, claro, sem nem ao menos encarar aquele jovem agora, com medo que sua oclumência lhe deixasse quando mais precisava, porém, a porta foi aberta de supetão e o jovem professor Dumbledore entrou novamente em sua sala.

- Desculpe-me a demora Srtª Gillian eu... Oh, Tom! - Ele pareceu surpreso por encontrar o garoto ali. - Não achei que fosse vê-lo hoje. - Amy percebeu que Dumbledore não apenas achava, ele desejava que não tivesse que lidar com Tom Riddle naquele dia. - Todavia, esse é o Sr. Riddle que conheço. Sempre buscando novos conhecimentos. - O porquê de aquilo lhe parecer tão falso, na primeira impressão, Amy não sabia. Mas é como se os dois bruxos soubessem de coisas sobre o outro e, surpreendentemente o outro soubesse que seu segredo já havia sido revelado e se tratassem com aquela extrema... Delicadeza.

- Eu gostaria apenas de devolver-lhe o livro que me emprestou na semana passada. Foi uma leitura muito emocionante. - Ele entregou um livro com o título de: Animagos & Licântropos. Amelia percebeu que, enquanto Alvo pegava o livro das mãos de Tom, os dois abriam sorrisos amarelos e acenavam com a cabeça. - Eu vou indo, não quero perder o passeio a Hogsmeade. - Riddle acenou com a cabeça como um cumprimento ao mestre e, virando-se para Amy, limitou-se a olhá-la. Gillian, não resistindo a vontade de ter a última palavra, abriu a boca em um sorriso:

- Adeus, misterioso Tom. - O jovem não respondeu, contudo, ela pode vê-lo arrumar os ombros, em uma posição mais formal. O moreno se guiou para fora daquela sala e foi em direção a sua casa, precisava retirar o uniforme e colocar uma roupa mais informal. Chegando a sala comunal da Sonserina, surpreendeu-se ao ver que não havia mais ninguém. Correu até o dormitório e trocou de roupa, colocando uma calça social e uma camisa. Saiu calmamente da masmorra em direção da saída que levava a Hogsmeade. Afinal de tudo, ele ainda era Tom Riddle e, naquele dia, tinha um encontro.

- Misterioso Tom? - Alvo pediu, olhando a garota. Ela deu de ombros, abrindo um sorriso sincero. Ainda bem que não parecia que havia chorado, odiaria ter que explicar ao professor os motivos. E feriria seu orgulho Grifinório apenas por dizer que fora um Sonserino que causara a cachoeira salgada.

- Ahn... Ele parece misterioso. Bem, quase todo Sonserino que não se mostra muito medito parece misterioso, contudo, esse Tom esconde alguma coisa... - Ela começou a pensar nas possibilidades, nas variáveis... Também começou a pensar que não conhecia nenhum jovem com o sobrenome Riddle em sua época. O que havia acontecido com o charmoso Tom? Ela gostaria de saber, por algum motivo.

- Amelia? - Dumbledore a puxou para fora de seus devaneios. O homem tinha um sorriso no rosto. Um sorriso que, para Amy parecia apenas amigável, no entanto, dentro da cabeça de do grande bruxo, coisas começavam a correr. E a principal seria: Se o destino havia trazido Amy para esse tempo, qual era o verdadeiro motivo? E, mesmo achando loucura, mesmo achando que isso poderia trazer malefícios a jovem bruxa, por alguma estranha razão, o sexto sentido que Dumbledore possuía afirmava que Tom Riddle era o motivo. Que aquela sorridente bruxinha ia transformar o perigoso descendente de Salazar. Agora bastava saber se ia transformá-lo para o bem ou apenas iria piorar os ideias do jovem preconceituoso. Alvo se voltou para a bruxa que piscava os olhos azuis para o homem, esperando que ele falasse. - Falei com o diretor Dippet. Sua seleção será hoje à noite, durante a janta. - Amy não gostou da ideia. Ela esperava que fosse selecionada cedo, de preferência sem ter um público e que pudesse passar a tarde toda dormindo. Afinal, ela apenas dormiu dentro do armário de vassouras e não era como se tivesse descasado pra valer.

- Tem certeza que não consegue fazê-la agora? Eu adoraria passar o resto do dia dentro de um quarto, em cima de uma cama confortável e, de preferência, com cobertas vermelhas. - Alvo sorriu compreensivo.

- Infelizmente, o diretor deseja apresentá-la a toda escola durante o jantar. Ele pediu que a Srtª ficasse em minha sala durante o resto do dia. Porém, acredito que você não vá querer passar horas na companhia desse velho então posso liberá-la para ir a Hogsmeade como todos os outros. - Amy sorriu. Ela adoraria passar um dia com Dumbledore, imagine o conhecimento que adquiriria? O homem era brilhante, por Merlin. Contudo, a idéia de passar um dia em Hogsmeade parecia muito mais acolhedora. O tempo podia ser passado, porém, poderia o lugar ter mudado muito nos últimos anos? Já deveria existir o Três Vassouras e a loja Dedos de mel. Quem sabe a Zonko’s também já existia? Ela poderia entrar ali e descobrir truques novos, ou melhor, antigos, contudo, desconhecidos para a loira.

- Não fale assim do senhor! Eu adoraria passar um dia com você, professor... Imagino as coisas que aprenderia... Contudo, a ideia de andar por Hogsmeade também é muito sedutora. Porém, tem um problema: eu não tenho roupas, não tenho dinheiro, não tenho nada que o senhor não esteja vendo. - O homem abriu um sorriso e, com o aceno da varinha, o uniforme da jovem se transformou em um bonito vestido de corte reto. Era de uma cor escura, algo parecido com um bordô. Os sujos all stars que Amy levava nos pés transfiguraram para um sapato fechado de veludo, com um salto não muito alto e uma fivela dourada que fazia par ao cinto que Amelia levava na cintura.

- Não compreendo muito de moda, contudo, arrisco dizer que a Srtª está deslumbrante. - Amy sorriu, olhando-se no espelho que havia na sala. Porém, quando chegou a encarar seu rosto viu que, a maquiagem pesada que usava em seu tempo não combinava com a delicadeza e sobriedade da roupa que vestia. Com apenas um aceno da varinha, sua maquiagem desapareceu, dando vez a uma mais leve que consistia em um pouco de rímel e um gloss clarinho. Olhando seu cabelo, que estava na característica juba de sempre, ela sorriu. Ao contrário da maioria da população feminina que conhecia, ela adorava seu ondulado rebelde e gostava de imaginar que a juba desalinhada a deixava mais sexy.

- Acredito que vá precisar disso. - O professor entregou a Amy uma pequena bolsa de mão, quase como as carteiras que se usava em festas em seu tempo. Dentro, ela pode sentir, havia um feitiço indetectável de expansão, e caberia todo seu guarda roupa, caso o tivesse aqui. Abrindo a bolsa, Gillian percebeu, havia alguns galeões e poucos sicles.

- Não posso aceitar esse dinheiro! - Disse a jovem.

- Ele faz parte do fundo que temos em Hogwarts, não se preocupe, além de você, apenas Tom o utiliza... Não temos muitos como você por aqui. - Aquilo a pegou de surpresa. Tom, o sonserino metido, era um nascido trouxa? Percebendo o a surpresa da loira, Dumbledore complementou. - Ele, como você Amelia, não sabe quem são seus pais. Por isso utiliza do fundo para a compra dos materiais e uniformes e, quando há os passeios em Hogsmeade é dado algum dinheiro também. Agora vá, eu já lhe tomei muito de seu tempo. - Amy foi em direção a porta, acostumando-se com o som que os sapatos de salto faziam no chão de pedra da escola. Ela nunca fora o tipo de menina que gostava de usar salto. Lembrava-se de rir daquela grifinória mais nova, Lilá Brown, e sua mania de beleza. Agora, olhando-se no espelho ela se sentia a perfeita Barbie. E, surpreendentemente, ela gostava do que via.

- Antes que saia, Srtª Gillian, peço que tenha cuidado com o que falar para seus futuros colegas. Não queremos mudar o futuro, queremos? - Disse o professor, desejando receber alguma informação privilegiada da garota. Amelia sorriu, levando o dedo indicador direito aos lábios e dizendo:

- Spoilers! - Alvo riu e Amy finalmente guiou-se para Hogsmeade.

Os corredores do castelo estavam vazios. Já era tarde para aqueles que iriam para Hogsmeade e cedo para aqueles que permaneceriam no castelo. Amelia caminho sem maiores problemas pelo caminho que a levaria até a saída para o povoado. Fazia um belíssimo dia e pelo calor, Amy deduziu que ainda era setembro. Percebeu alguns casais atrasados indo para Hogsmeade e, entre eles, havia uma belíssima morena de longos cabelos lisos, um vestido rosa claro e de mãos dadas com Tom Riddle, seu Tom misterioso.

- Desde quando ele é seu Tom, Amelia? - Ela se perguntou baixinho, sentido um ciúmes incabível. Por sorte, logo ela os perdeu de vista, atrasando o próprio passo para analisar a paisagem que, diga-se de passagem, não estava tão diferente do que um dia seria. Ela se sentia bem em saber que mesmo em um tempo diferente, as coisas continuavam como deveriam em seu lugar preferido. Em sua casa.

O caminho ainda era extenso, porém Amy não tinha pressa nenhum. Ela observava cada arvore e vasculhava a memória para ver se, no futuro, ela ainda estaria lá. Quem sabe, deixar uma mensagem para alguém do futuro que ela conhecia... Ser uma daquelas videntes que acertam os fatos do futuro. Imagine a surpresa que seria, se ela fizesse isso para algum trouxa? Chegasse para um cidadão londrino e sussurrasse: Vocês irão vencer a guerra... O terceiro Führer será morto... Naquele tempo, qualquer trouxa achava que a segunda guerra mundial era o fim do mundo. Ela sabia de antemão, que nenhuma guerra trouxa sobreporia a guerra que haveria de ter no futuro entre Harry Potter e o grande Lord das trevas. Caminhando e olhando para os lados, Amy ia em direção ao povoado quando acabou batendo em alguém a sua frente.

- Hey! - Era uma garota, ao menos. Tudo que precisava era chocar-se com um garoto e ele ver isso como “mostrar interesse”. A garota era uma ruiva de traços finos e um sorriso amigável. Vestia-se com um vestido simples, muito parecido com o da loira, só que branco. Seja quem for a garota, deveria ter milhares de meninos aos pés, e parecia uma garota muito simpática, o que levava Amelia crer que tivesse, também, muitas amigas. Deveria ter a idade de Gillian, se não fosse mais velha. - Você deveria tomar mais cuidado por onde anda... Oh, você é nova? - O sorriso, que já era amigável virou em outro ainda mais doce e meigo, como se, por ser nova, isso desse razão a Amy.

- Bem, sou. E me desculpe. - Respondeu à ruiva. - Eu me distrai com o caminho e acabei não olhando por onde andava... Não irá se repetir. - As duas continuaram a se encarar, Amy nem percebeu que havia esquecido-se de se apresentar, a cabeça da loira ainda estava fora de órbita, bem longe da terra.

- Minerva McGonagall. - A garota falou, estendendo a mão direita para Amelia.

- O que tem ela? - Disse Amy, distraída, olhando para uma arvore que parecia muito com a que, uma vez, ela e os gêmeos usaram para se esconder do Filch.

- Sou eu. - A ruiva respondeu. Amy quase teve uma embolia quando escutou a garota dizer. O olhar da jovem desviou-se da árvore e correu para a sua futura professora. Agora, olhando bem e sabendo quem ela era, Amy percebia o olhar duro que a professora sempre demonstrava. Demorou mais um minuto para que qualquer sinapse fosse possível e Amy, mecanicamente, segurou a mão direita da garota e disse:

- Amelia Gillian... Desculpe, eu estava pensando em minha mãe por um segundo. - Disse, tentando encontrar uma explicação para a atitude maluca que estava tendo. - Ela sempre gostou de natureza. - E abriu um sorrisinho de canto, achando que aquilo havia sido o suficiente para convencer a garota.

- Gostou? Porque fala dela no passado? - Pediu Minerva. Amy a encarou, seus olhos acinzentados ficaram tristes por um segundo. Não sabia como, mas era como se o passado mentiroso que Amelia havia criado para si mesma estivesse lhe afetando. Quase como se ela acreditasse na própria mentira.

- Uma bomba caiu sobre nossa casa, no mundo trouxa. Eu não estava em casa, estava no mercado no momento da queda... Porém, minha mãe estava e não conseguiu aparatar a tempo. - Uma lágrima escorreu do olho esquerdo e Amy rapidamente a limpou.

- Desculpe-me... Eu não sabia. - As duas garotas caminharam por mais um tempo, ambas em silêncio, até que era possível ver o Três Vassouras, a Dedos de mel e a Zonko’s. Amy ainda não havia decidido aonde iria primeiro, mas sabia que visitaria os três lugares.

- Você, então, é... Eu não sei como perguntar isso sem ser rude... - Minerva tentava encontrar as palavras certas para que a loira ao seu lado não achasse que era uma bruxa sangue puro preconceituosa como a maioria. Amy estava tentando compreender o que a futura professora queria dizer com isso. - Você comentou que sua mãe não conseguiu aparatar - ela deu ênfase na palavra, foi quando Amy entendeu o que a ruiva gostaria de dizer - isso significa que ela era... Você sabe... - Antes que Minerva terminasse a frase e ficasse mais vermelha de vergonha do que já estava, Amy abriu um sorriso sincero e disse:

- Como nós? Bruxa? Sim, era. Estudei em casa, ao invés de freqüentar qualquer escola bruxa. Contudo, morava na parte trouxa de Londres. E não fique com vergonha. Minha mãe sempre disse que havia muitas pessoas preconceituosas por aí e eu aprendi a reconhecê-las. Posso assegurar que a Srtª não é uma delas. - McGonagall abriu um sorriso e começou ir em direção a Dedos de mel. Amy adoraria acompanhá-la, mas não queria se intrometer nos planos que a ruiva já havia feito.

- Bom, vou deixá-la encontrar seus amigos. - E virou-se para ir ao Três Vassouras. Minerva ficou instântanemanete vermelha e respondeu.

- Eu não... Não vou encontrar nenhum amigo. Ou amiga... Não ficaria chateada se desejasse me acompanhar, Amy. A não ser, é claro, que já tenha planos... - Gillian sorriu e foi ao encontro de Minerva, puxando-a pelo braço:

- Vamos logo! - Minerva sorriu. Sentia falta de uma amiga desde que Dorea começou a sair com o Potter. Adorava-os, contudo, se havia coisa que ela não suportava era quando tentavam empurrá-la para Septimus e também não era fã dos momentos de agarração do casal.

- Preciso arranjar uma maneira de chamá-la... Minerva é um nome muito longo para ser falado o tempo todo... Sou do tipo preguiçosa, caso queria saber. - McGonagall riu e disse:

- Minne. Pode me chamar de Minne. É como Dorea faz. Bem, como a maioria faz. - As duas meninas entraram na Dedos de Mel e Amy sorriu:

- Então é Minne. - Ela correu os olhos para o lugar e percebeu que muitos dos doces ali eram diferentes dos do futuro. E também percebeu a falta de vários de seus doces favoritos. A ruiva guiou-se para o fundo da sala, área conhecida como doces trouxas. Como Minne, Amy adorava muitos dos doces trouxas existentes e, surpreendeu-se ao ver que ali estava a barra de chocolate que ela sempre adorou. Quando foi em direção de pegá-la, não percebeu que Minerva fazia a mesma coisa. As duas acabaram pegando a mesma barra e se encarando.

- Você gosta de doces trouxas? - Minne perguntou. Amy riu.

- Eu que devo perguntar! Cresci na Londres trouxa, você sabe... - As duas riram. - Essa é minha barra favorita. - McGonagall sorriu.

- Minha também... Acredito que isso seja um bom começo, Srtª Gillian... Aliás, que casa você está? - Amy soltou a barra e pegou a outra que estava atrás. Além da barra, pegou um pacote de balinhas de gelatina.

- Ainda não sei. Professor Dumbledore disse que o diretor Dippet decidiu fazer minha seleção hoje à noite na frente de todo o castelo. - Minne pegou um pacote de caramelos e dirigiu-se ao balcão. Colocou os doces sobre o mesmo e, depois de ouvir o preço, colocou um galeão e alguns sicles sobre a mão do atendente e pegou a sacola com os doces. Amy fez o mesmo, acrescentando um pirulito colorido que parecia gostoso e que ela não sabia o que era. As duas saíram da loja e foram em direção ao Três Vassouras. Ao entrarem, tiveram o desprazer de toparem com Tom Riddle e sua belíssima acompanhante. Minne fechou o rosto quando viu quem eram as pessoas, porém, Amy abriu um sorriso e disse:

- Misterioso Tom! Encontramos-nos novamente. - Ambas as garotas, morena e ruiva, encararam Amy e Tom.

- Srtª Gillian. - Amy revirou os olhos.

- Já disse o que vai acontecer com o senhor caso não pare de ser tão chatamente formal. - Gillian falou, rindo. Percebendo a carranca que se formou no rosto da formosa acompanhante de Tom, Amy disse:

- Amelia Jessica Gillian. - E estendeu a mão para a jovem. Que, ao invés de cumprimentá-la como qualquer pessoa normal, secou a loira de cima a baixo e disse:

- Gillian... Um nome trouxa, eu suponho? - O sorriso amigável de Amelia sumiu de seu rosto, dando vez a um sarcástico e chamado pelos gêmeos de sorriso-saia-correndo-como-se-estivesse-pegando-fogo.

- A resposta certa, querida, é prazer. Porém, como eu recebi educação de minha mãe e ela sempre disse que devemos responder as pessoas... Eu não faço idéia. Minha mãe era uma bruxa, todavia, meu pai... Só Merlin sabe. Ele morreu de uma doença quando eu era pequena e minha mãe nunca quis falar sobre isso. - Amelia segurou-se para não pular sobre o pescoço da garota, mesmo que ela merecesse.

- Callidora Black. - A morena respondeu. Amy riu. - O que é tão engraçado?

- Callidora... Cara, sua mãe tinha um péssimo gosto só para nomes ou tem mais alguma coisa? - Minne não pode acreditar. A novata nem havia sido selecionada ainda e já estava comprando briga com a mais e perigosa Sonserina. Os olhos negros de Callidora pareceram ficar vermelhos, como vestido que Amy levava no corpo. Tom surpreendeu-se com a audácia da jovem, contudo, ele sabia que ela era... Estranha.

- Você não deveria achar graça. - A garota começou, a voz lembrava vagamente para Amy, a famosa comensal que fugirá de Azkaban no ano anterior. - Eu vou deixar uma coisa clara para você, loirinha. Ninguém mexe comigo e, ninguém que o faça, saí impune. Hoje você ganha o aviso, na próxima... Você irá sofrer as conseqüências. - Amy não estava nem aí para qualquer conseqüência que Callidora Black desejasse aplicar, o que ela se importava era de ver uma Sonserina metida, Amy deduzia que fosse uma Sonserina, por estar de acompanhante de Tom, achando que pode mandar em qualquer um... Talvez, com as garotas daquele tempo, Callidora tivesse poder... Porém, com Amelia, a coisa seria diferente.

- Você pode ter todas as garotas assustadas de Hogwarts na mão, porém, eu não sou do tipo que se faz de idiota. Se tentar qualquer coisa comigo, morena, vai acabar caindo de cara no chão. E eu prometo, a queda será feia e estarei lá para deixá-la no chão, toda vez que tentar se levantar. - Black ficou estupefaça com a petulância da jovem desconhecida. Amelia tinha um sorriso perigoso no rosto, um que só usava quando estava realmente furiosa. Lembrou-se de Fred e George, no último ano, avisando o irmão e seus amigos de se manterem longe dela quando aquele sorriso aparecesse na face. Aquele sorriso avisava que vinha tempestade por aí e, quem fosse esperto o bastante, arranjava um abrigo.

A morena não respondeu e sim puxou Tom para fora do Três Vassouras, deixando Minerva e Amelia finalmente entrarem no lugar. Depois das duas amigas encontrarem um lugar para sentar, Amy concordou em tomar uma cerveja amanteigada, como Minne. A mulher se parecia muito com Madame Rosmerta e, provavelmente, deveria ser a mãe da futura dona do lugar. Depois de anotar os pedidos, a mulher saiu de perto da mesa e as duas voltaram a conversar.

- Garota! - Começou a ruiva, ainda surpresa com a atitude da loira de minutos antes. - Ninguém, nunca, durante sete anos, teve coragem de enfrentar Callidora Black e você a conhece hoje e já a coloca no devido lugar? - Ela deu uma risada. - Te vejo no salão comunal da Grifinória Amy, porque você tem coragem. - Amelia sorriu.

- Você é uma Grifinória? - Pediu, mesmo sabendo a resposta. A ruiva confirmou. - É o que eu desejo ser. - Minerva sorriu para o comentário da loira. - Acredito que aquela garota seja uma Sonseriana, certo? Daquelas que acham que podem fazer o que quiserem com os outros. Bom, se ela acha que isso vai dar certo comigo, ela está muito enganada. - A ruiva voltou a concordar, sem deixar de observar um tom vingativo que lembrava muito a dupla Grifinória Potter&Weasley. - Então ela vai calar aquela boca imunda e me deixar quieta. Não vou comprar briga, porém, se ela vier para cima, eu serei obrigada a retribuir o favor. E tenho a impressão de que a morena vai odiar que eu faça isso. - As bebidas chegaram e então a conversa ficou mais amena. Minne contava sobre os romances de Hogwarts, sobre os casais que estão juntos quase desde o primeiro ano. Também disse que desejava se tornar professora em Hogwarts, em algum tempo, no futuro. Quando escutou isso, Amy não pode deixar de sorri e perguntou qual seria a matéria escolhida.

- Acredito que tenho um futuro com Transfiguração... Professor Dumbledore acha que eu daria uma ótima professora depois que ele saísse... Todavia, para substituir Alvo Dumbledore, a pessoa deve ser a melhor das melhores. - Disse a ruiva, sonhadora. Amelia abriu um sorriso sincero e olhou bem fundo nos olhos da futura professora:

- Tenho certeza que será uma excelente professora Minne. E que, um dia, professor Dumbledore terá orgulho de dizer que você o substituiu. - A garota ficou vermelha como um pimentão e então abriu um sorriso tímido. A conversa trocou de lado, indo ao passado de Amy. Ao passado inventado de Amy.

Minne não fazia o tipo de garota curiosa e, por isso, não insistia em saber sobre as coisas que Amy dava entender que não queria falar. Contudo, quando a ruiva perguntou sobre amigos, Amélia sentiu um forte aperto no coração e pensou nos gêmeos que ainda nem haviam nascido. E em como aqui, ela parecia ter uma grande facilidade de fazer novas amizades.

- Eu tinha dois grandes amigos. - Começou a narrar. - Eu estudava em uma escola trouxa, minha mãe achava que isso era uma coisa importante para que eu crescesse uma pessoa sem preconceitos. E, sendo sincera, eu adorava o lugar... Voltando aos gêmeos, sim, eles eram gêmeos. Fred e George. Éramos o terror de nossa escola. Sempre aprontando, sempre levando castigos e coisa parecida. Ouvi incontáveis vezes do meu diretor que eu era uma garota e deveria saber me comportar como tal. - Revirou os olhos, sabendo que Severo Snape adorava dizer essas palavras para ela... Na frente da classe toda. - Porém, éramos um trio e tanto... - Ela abriu um sorriso nostálgico, lembrando das pegadinhas que fazia com os Weasleys. Até mesmo, as que faziam para Pirraça. - Ano passado, uma nova professora chegou. Ela era um terror! - Lembrou-se de Umbridge e a cicatriz, que já nem era mais tão nítida, da mão esquerda coçou, como se soubesse do que Gillian estava falando. - Fred e George aprontaram uma. Mas não foi como as outras que nós fazíamos. Foi... Foi algo diferente, perigoso e que os rendeu expulsão... Foi por esse motivo que eles nem me incluíram na pegadinha, eles me protegeram... Passei o resto do ano sozinha e passaria este também, se não acabasse aqui em Hogwarts. - Minne sorriu. Era um sorriso de conforto que deixava Amy maravilhada. A ideia de encontrar pessoas com quem conversar, mesmo que em um tempo passado, era bem sedutora.

- Esses gêmeos... Você teve alguma coisa com algum deles? - Amy não entendeu, não de inicio, o que ela queria dizer. Até que o olhar insinuante de Minne lhe alcançou e ela saltou da cadeira em surpresa.

- Nunca! Eles eram como meus irmãos. Irmãos que nunca tive... Eu, obviamente, já tive um namorado. - Amelia lembrou-se do Corvinal que namorara no ano anterior. - Mas não deu certo. Ele era... Bem, ele me idolatrava. Nunca me contrariava, era o cara perfeito. - McGonagall não conseguiu ver o problema.

- E onde está o problema? Ele era o cara perfeito, afinal! - Amy riu, levantando-se da cadeira, em direção ao caixa para pagar as cervejas.

- E quem quer o cara perfeito? - Minne sorriu, concordando. Também levantou e seguiu a amiga em direção a saída.

A dupla tinha uma última parada antes do retorno de Hogwarts. Amy disse a Minne que gostaria de conhecer a Zonko’s. Quando Minne perguntou como Gillian conhecia o lugar, ela apenas deu de ombros dizendo:

- Minha mãe... Comentou comigo sobre essas lojas. Lojas de pegadinhas... Brilhante! - E caminhou alegremente em direção da poluída loja que era mais afastada do centro. Minerva a seguiu, rindo e pensando que, quando Amy conhecesse Charlus e Septimus, Hogwarts estaria em perigo.

A loira abriu a porta da loja com toda uma cerimônia, chamando atenção para si. No futuro, ela seria amiga do dono. Ganharia amostras grátis dos produtos novos para testá-los junto dos Weasley. Agora, a mulher que trabalhava ali era diferente. Parecia... Não gostar do lugar. Como se a enojasse vender aqueles produtos.

A loja de Logros, com toda certeza, havia sido a melhor parada de todo o passeio. Amelia caminhava pelos corredores, como aquelas crianças que entram em lojas de brinquedo e desejam cada um deles. Ou como as garotas que entram nas famosas lojas de marca e desejam cada roupa. Para ela, uma loja de Logros era o paraíso.

Caminhando pelos corredores ela encontrou a área das novidades e surpreendeu-se por encontrar uma de suas brincadeiras favoritas. Claro, não chegavam aos pés das Gemialidades Weasley, contudo, era uma coisa clássica... Bem, em seu tempo, pelo menos.

- Ah, agora estamos conversando. - E pegou o brinquedo. Era uma pequena bomba de bosta. O tamanho era considerável menor do que haveria de ser no futuro, porém, Amelia sabia o que aquela pequena bomba poderia fazer. E, incrivelmente, era novidade. As ideais que passaram em sua cabeça ainda seriam novidades e, possivelmente dariam certo.

- Hogwarts... Melhor tomar cuidado. - Falou para si mesma, dando uma risadinha. Surpresa a dela, quando uma voz a respondeu.

- Cuidado com a Srtª? - A voz a lembrava de alguém... Seria mais um futuro conhecido? Virando-se deu de cara com um ruivo de cabelos bagunçados. A voz... Claro, ela deveria ter percebido antes. Septimus Weasley.

- Algum problema com isso? - Amy respondeu a pergunta. O garoto arqueou a sobrancelha, olhando de cima a baixo a garota.

- Você é nova, não é? - Amelia sorriu, entregando a mão ao garoto de dizendo.

- Amelia Gillian. - O menino não perdeu tempo e apertou a mão da loira.

- Septimus Weasley. - Gillian sorriu. - E então, Srtª Gillian, devemos ou não temer sua fúria? - Amelia não pode deixar de rir.

- Oh, por Merlin Septimus... - Minne apareceu. - Não haja como um cavalheiro. Logo ela vai perceber que não é.

- Isso me ofende, Minne! - Ele disse, colocando o braço esquerdo ao redor dos ombros da ruiva. Poderiam até serem irmãos, se Amy não soubesse. Porém, com toda certeza, eram bem próximos.

- Respondendo sua pergunta, Sr.Weasley, sim, deveria temer minha fúria. - Minne concordou.

- Ela colocou Callidora no lugar dela. E é apenas o primeiro dia da garota aqui. - Septimus sorriu e então gritou.

- Charlus! Acho que temos um código cinco! - Em menos de um minuto, um afobado garoto moreno de olhos verdes surgiu ao lado do ruivo. Atrás dele, uma garota de pele morena e cabelos escuros, usando uma camisa branca e uma saia justa florida surgiu.

- Como assim um código cinco, seu ruivo maluco? - Septimus não disse anda, apenas apontou para Amelia com a cabeça. - Você deve estar brincando. - Charlus disse, encarando os olhos acinzentados de Amy. - Você é uma Malfoy, por acaso? - Perguntou o garoto, suspeitando da menina. Amy sentiu-se ofendida, porém, não teria como demonstrar isso aos jovens presentes sem estragar sua mentira.

- Ahn... Não. - Ela abriu um sorriso, mais uma vez e continuou - Amelia Gillian. Aparentemente, a novata que vai trazer caos para o castelo. - Charlus riu.

- Bem, sou Charlus Potter e essa é Dorea Black. Agora consigo compreender porque o ruivo aqui, - disse o moreno, dando um tapa na parte de trás da cabeça do Weasley - disse que tínhamos um código cinco.

- Afinal, o que é um código cinco, Potter? - Perguntou Minne. Charlus e Septimus se entreolharam e sorriram, mudando o olhar para a loira que ainda segurava a bomba de bosta na mão esquerda.

- Um possível novo integrante para a equipe. - Amy sorriu. Aquilo estava se tornando cada vez melhor.

*


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Notas finais do capítulo

Pretendo ir deixando essas imagens dos personagens conforme os capítulos, meio como uma surpresa, sei lá. Eu comecei a editar no photoshop não faz muito tempo e estou aceitando críticas! Espero que gostem!
*
Eu estou pensando em fazer um cronograma de postagens dessa fic. Eu postei domingo, e hoje, e pretendo postar na sexta. Por enquanto eu gostei dessa sequencia de dias, mas eu ainda vou ver, ok? Mas acredito que continuará sendo 3 dias por semana, caso eu tenha capítulos o suficiente e tempo, é claro. É isso, beijos e até a próxima!



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