Affectum Serpentis escrita por Lady Holmes


Capítulo 13
1996


Notas iniciais do capítulo

Gente como vocês são lindos! Na boa, é porque eu vejo os reviews maravilhosos de vocês que a criatividade andou voltando para mim! AEE! Muito muito obrigada por estarem gostando e comentando. Sem noção do quão importante isso é pra mim. Ou pra qualquer leitor. Amo cada um de vocês! A Amy disse que também. E até o Tom deu um sorriso pra vocês. Potter e Weasley estão planejando uma bagunça na homenagem de vocês, Dô está os elogiando e Minne citando todos os fatores que fazem vocês os melhores leitores do mundo!!



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Já fazia três semanas que Amelia estava desaparecida. Onde ela estaria? Harry, Ron e Mione não conseguiam se conformar com a misteriosa resposta da chefe de sua casa, Professora Minerva McGonagall. Ela apenas dizia que circunstâncias urgentes haviam aparecido e Amelia precisou se ausentar da escola.

A loira não era a melhor amiga do trio. Sempre foi uma garota fechada. Mas eles se importavam com ela. Ela era importante. E eles queriam saber o que aconteceu com a garota. Por mais reservada que fosse a loira, eles sabiam que não sumiria sem dar respostas a alguém. Nem mesmo Alvo Dumbledore respondia as perguntas de Harry. Toda vez, durante as três semanas, quando Harry lhe questionou o paradeiro de Amelia, uma resposta evasiva e nervosa saia dos lábios do Diretor. Ao fundo de sua sala o quadro de Dippet sempre dava uma risadinha o qual Potter nunca conseguia compreender. Será que o quadro sabia de algo? Isso não fazia sentido nem mesmo no mundo bruxo.

– Ela não iria sumir. - Mione disse. - Ela não tem ninguém. Vive um orfanato terrível no mundo bruxo. Que tipo de urgência ela pode ter?

– Você age como se Amelia não tivesse uma vida. - Ron falou, enfiando uma coxa de galinha inteira na boca.

– Às vezes ela parecia não ter. - Mione respondeu. - Amelia... Ela não é uma menina como as outras. Ela sentia falta de seus irmãos mais do que nunca. Acho que eles foram a família que ela nunca teve.

– Falando nisso, Fred e George ameaçaram enviar alguma brincadeira nova contra nós se não descobrimos o que aconteceu com a protegida deles. - Ron pegou um copo de suco de abóbora e o virou.

– Eu me lembro dela transfigurando o suco de abóbora para algum refrigerante... - Harry disse, pela primeira vez. - Não consigo engolir essas mentirinhas. Alguma coisa aconteceu. Alguma coisa grande. E até mesmo Alvo Dumbledore está com medo.

– Basta sabermos o que é. - Mione disse.

– E eu sei exatamente a quem perguntar. - Se virando para a morena, Harry continuou:

– Minne, você conhece algum quadro do antigo diretor Dippet? - Granger concordou, mas não entendeu o motivo da pergunta.

*

– Ron! - Hermione disse pela décima vez. - Você pode parar de pisar em meus pés.

– Estamos grandes demais para essa capa. Isso é ridículo.

– Calem a boca vocês dois! Filch está passando por aqui. - Harry reclamou para os dois amigos. Olhou mais uma vez para o mapa do maroto e rezou para que Filch escolhesse o outro corredor. Por sorte, ele viu o nome do zelador e de sua gata virarem para a esquerda ao invés da direita.

Estavam a salvo por algum tempo.

– Tem certeza que é por aqui Mione? - Harry pediu.

– Sim... Só não entendo o porquê de não aparecermos aqui de manhã.

– Se Minerva ou Dumbledore vissem, não acho que seria a melhor coisa. Não. Precisamos fazer isso agora.

O trio finalmente chegou a um corredor com vários quadros. Um dos maiores era de um homem pomposo. Ele tinha cabelos ralos e castanhos. A barba, não tão longa era igual. Vestia uma chamativa vestia púrpura. E roncava.

– Hum... Senhor Dippet? - Hermione Granger começou a falar. Mas foi preciso que os três repetissem o nome mais algumas vezes para o ancião acordar.

– Quem está perambulando pelo corredor a uma hora dessas! Em minha época alunos não faziam isso!

– Nos perdoe, - Harry começou a dizer. - Porém temos algo muito importante que gostaríamos de perguntar.

– Você é o garoto que vive no escritório de Dumbledore. O tal de Harry Potter. Você sabe, eu conheci seu nêmese. - A curiosidade de Harry sobre Tom Riddle era enorme, foi preciso uma grande concentração não fazer a conversa ser sobre ele e ser sobre Amy.

– Sim, sou eu... Diretor, eu poderia lhe fazer uma pergunta?

– Ora, já fez. - Ele respondeu sorrindo. - Mas faça outra.

– Todas as vezes que fui para a sala d Diretor Dumbledore perguntar sobre uma amiga, você parecia saber alguma coisa. Dumbledore e McGonagall não nos dizem nada. Estamos preocupados.

– E deveriam. - Dippet respondeu. - Eu não posso lhe contar muito. Mas Alvo está mexendo com coisas que a maioria dos bruxos não mexeria.

– O que? - Ron Weasley pediu.

– O tempo. O destino. O amor. Escolha um. Eu não consigo ver essa história terminando de uma maneira feliz.

– Onde está Amelia? - Mione pediu.

– Amelia Jessica Gillian. - Dippet respondeu. - Bonita garota, péssimo gênio. E um dedo podre para garotos eu diria.

Aquilo não fazia sentido algum para os amigos. Mas Dippet conhecia Amelia. Ou alguém que tinha o nome de Amelia. Como?

– Não posso lhe dizer nada. Palavra dita, nesse caso, pode ser um problema. O que posso lhe dizer... - O quadro parou de falar com alguns minutos. A tensão do ar poderia ser cortada com uma faca. O trio já ficava cada vez mais preocupado com o que estava acontecendo.

– Busquem os registros de 1943. Olhem as fotos do baile do dia das bruxas. Mas me prometam uma coisa: olhem apenas isso. Não pelo meu bem, ou pelo de vocês. Não há nada de especial. Eu digo isso pelo bem de sua amiga. Se realmente a querem de volta. Qualquer coisa a mais que souberem será obrigatório acontecer. Lembrem-se disso. E não esqueçam que...

Dippet foi cortado pelo miado de Madame Nor-r-ra. Harry puxou a capa de invisibilidade e o trio se escondeu sobre ela no mesmo instante que Filch apareceu. Por mais que a capa não cobrisse exatamente todo o corpo dos três amigos, eles se esconderam em um lado escuro do corredor, assim o zelador olhou o corredor, brigou com a gata e foi em outra direção. Os amigos, achando que tiveram bastante sorte em um dia, decidiram ir para a torre da Grifinória. Não valia brincar mais com a sorte. Além do mais Dippet já estava dormindo.

*

Já havia se passado três dias desde a visita do quadro, contudo o pouco tempo que tinham para fazer as buscas não havia sido suficiente. Após um dia inteiro convencendo Madame Pince que não havia grande coisa e que o grupo apenas desejava matar a curiosidade e, de um dia para convencer os gêmeos a não aparatarem em Hogsmeade, eles haviam começado a buscar os registros.

– Quando encontrarmos isso será dezembro! - Ron falou, saindo do meio de mais uma estante.

– Encontrarem o que? - Disse Fred.

Os gêmeos, não escutando os pedidos do irmão e dos amigos, apareceram em Hogwarts com a desculpa de visitar a família. Dumbledore não caiu na mentira, mas decidiu permitir.

– É sobre Amy? - George perguntou. - Se for, vamos ajudar.

O trio resumiu a conversa com Dippet e disse o que procurava. Mas logo precisaram ir as aulas. Os gêmeos, sem terem outra desculpa para ficarem passeando na biblioteca, decidiram esperar o horário da janta, quando eles poderiam ir dar mais uma busca.

Os Weasley estavam preocupados com a melhor amiga. Amelia nunca foi uma garota fácil e, a escolha de deixá-la sozinha, não havia sido mais fácil ainda. E havia o problema de ambos terem sentimentos pela amiga. Exatamente por causa desse fato e, porque viam que Gillian os via como irmãos, que decidiram deixar os sentimentos de lado. Não queriam perder a amiga e nem perder um ao outro. Tinha sido uma das decisões mais sábias que um dia os gêmeos Weasley tiveram.

Tinham medo de que ela estivesse morta. A loira nunca foi fácil. Ela sempre teve um gênio. E se tivesse encontrado algum Comensal e não conseguiu calar a boca? Eles ainda se lembravam na noite no Ministério. Ou o que Ron havia lhes contado durante as férias. Que Amelia foi torturada por Lucius Malfoy. Que gritou. Que desmaiou. Contudo, por mais preocupados que estivessem mais temerosos, eles tinham um sentimento inexplicável de que ela estava bem. Viva, respirando e, o quanto podia feliz.

– Eu irei matá-la por desaparecer assim. - Fred disse ao irmão.

– Eu acho que é ela que irá nos matar quando souber que fizemos toda essa bagunça. Ela vai começar a gritar e dizer: vocês saem da escola, me deixam aqui e agora fazem Harry Potter, que tem coisas mais importantes do que eu, ir a uma caçada sobre meu paradeiro? Vocês estão loucos?

Os dois riram. E voltaram a olhar o horizonte, rezando que ela estivesse bem.

*

– Finalmente! 1943! - Hermione Granger disse baixinho, para que Harry Ron e os gêmeos escutassem. Porém, antes de tirar todos os registros, buscou os de outubro.

– Traga até dezembro Hermione! - Ron reclamou. - Que mal pode fazer darmos uma olhadinha.

– Se Dippet disse que não era para olhar, não vamos olhar. Só se outubro não for o suficiente para confrontar Dumbledore.

O grupo pareceu concordar com o tom severo da amiga e todos se sentaram ao redor da castanha. As fotos do baile estavam bem no final e havia inúmeras. Muitas com nomes escritos. Harry encontrou uma foto de Charlus Potter e Dorea Black, seus futuros avós. Septimus Weasley também estava ali com uma Lysandra que ninguém sabia quem era. Para a surpresa do trio, havia uma garota sorridente, ruiva e com um lindo vestido verde que tinha como nome Minerva McGonagall.

– Quem diria! - Ron falou dando uma risada abafada.

A grande surpresa foi ver uma belíssima loira desacompanhada. Vestida de preto, com um vestido que não condizia com sua época, tinha a legenda de: Amelia Jessica Gillian.

– Isso explica tudo! - Granger gritou. Ela percebeu uma olhada severa de Madame Pince. - Dippet disse para não olharmos o resto porque, caso algo de ruim aconteça a Amy, ela não terá poder de mudá-lo.

– Mas se está em um registro quer dizer que aconteceu. - Harry estampou o óbvio.

– Não. Veja bem, o tempo é algo impossível de prever. Ele não é uma linha linear... Digamos que essa foto que para nós é passado é o recente de Amy. E para ela tudo pode acontecer, - Hermione continuou passando as fotos. - Ela pode voltar, ou se formar lá. Agora, se lermos que ela ficou lá, não há volta. Precisamos deixar o resto dos arquivos intactos ou podemos destruir o futuro de Gillian.

Mione continuava passando as fotos. Havia vários casais se beijando com a máscara e, ao fundo, sempre se podia ver Amy conversando com um rapaz vestido de Hades. Não havia nenhuma foto com legenda. Até que, em uma foto, o casal estava sem máscara e a legenda dizia: O beijo de Amelia e Tom.

– Isso não pode! - Harry gritou.

– Ela não faria! - O ruivo pegou a foto da mão do amigo.

– Será mesmo que é ele? - Mione pediu, olhando bem. Mas logo abaixo da foto que agora tinham em mãos, havia outra de um Hades solo. E como legenda: Tom Marvolo Riddle.

– Precisamos falar com Dumbledore! - Os gêmeos não entenderam no mesmo minuto que o trio. Bastou que Ron explicasse quem era Riddle enquanto corriam, para que os ruivos apertassem o passo.

Dippet avisou. Ela corria perigo.

*

– Minerva... Eu não sei. Suas memórias também estão mudando, não é? - Alvo perguntou a velha amiga.

– Sim! É frustrante. Eu tenho duas lembranças da mesma coisa. É realmente algo terrível. Imagino quantas pessoas estão se sentindo assim. Já imaginou se ele está se sentindo assim? Se Você-sabe-quem vem atrás de Amy antes que ela vá? Ou pior, quando ela retornar?

Dumbledore sentou-se em sua cadeira. Colocou a cabeça para trás, em um instinto para pensar e encontrar a solução. E a coragem para dizer o que iria.

– Minerva. Eu tenho outra lembrança. E essa poderá transformar a vida de muitos... Minha querida: se Amelia continuar lá, se Amy continuar com Tom... Ele não será o Lord das Trevas. Outra pessoa irá assumir o nome.

– Co-como assim? - O rosto da severa professora estava abalado. Ela precisava entender. Ela queria proteger a amiga. Era terrível imaginá-la com um homem tão escuro.

Dumbledore estava prestes a explicar quando a porta de seu escritório foi aberta abruptamente. Ali, cinco jovens afobados, três deles com o rosto realmente vermelho, encaravam ambos os professores.

– Que desaforo! - Minerva começou a dizer. - Eu terei que retirar 10 pon... - Então ela viu as fotos. Ela viu uma foto dela mesma, vestida no lindo vestido que Amelia havia feito para ela. E viu uma foto de Amy. Uma foto de Amy e dele. Se beijando. Ainda conseguia lembrar, como se houvesse sido ontem, a felicidade da amiga. Apenas por estar com o cara que se apaixonou.

– Acho que vocês nos devem explicações. - Harry começou. - Professores. - E jogou as fotos sobre a mesa de Dumbledore.

Alvo se levantou e viu do que se tratava e, juntamente de Minerva, ficou branco. Ele sabia que isso poderia acontecer. Temia o quanto os amigos de Amy haviam visto.

– Até que mês vocês checaram o arquivo?

– Apenas o de outubro, professor. - Mione disse.

– Bom, bom... Isso é bom.

– BOM?! - Harry disse. - Amy está no passado trocando saliva com o assassino de meus pais e você acha bom? Ela sabe que ele é Lord Voldemort?

– Eu diria que ela sempre soube. Desde o começo. - Minne começou a falar triste. - Ela tentou o afastar por tanto tempo. Se eu soubesse... Eu deveria tê-la apoiado.

– O que...? - Ron começou a falar.

Os gêmeos estavam quietos. Temiam que, abrindo a boca, gritassem tão alto com Dumbledore e McGonagall que seriam expulsos de novo. Era melhor recuperarem a calma antes de tudo.

– Acho que tenho algo a contar a vocês. Algo que suspeito a Srtª Granger já deduziu por inteiro. - Alvo disse.

– Amy está no passado. Isso todos entendemos. Mas como ela chegou lá? Por quê? E mais ainda, porque ela está beijando o futuro Lord das Trevas?

– Amelia encontrou um vira tempo no começo do ano letivo. Foi tudo sem querer. Ela acabou caindo em 1943. Eu fui a primeira pessoa a encontrá-la. - Dumbledore começou a narrar às desventuras de Amy. - Ela me contou o que havia acontecido. Eu a ajudei. Ela foi para a Grifinória onde se tornou grande amiga de Potter e Weasley. Além de Black e McGonagall. - Todos os cinco amigos se viraram apara a professora.

– Amy era... É diferente. - Minerva começou. - Ela tinha uma coragem que ninguém tinha e uma raiva também. Muitas vezes desafiava professores e alunos. Tom era um deles.

– Ela o conheceu primeiro. De começo nem sabia quem Tom era. O chamava de Misterioso Tom. Comprou briga com a atual namorada de Riddle. Mas quando ela descobriu, ela decidiu ficar longe. Mas... Acho que Tom a achava um mistério tão curioso e único que não conseguiu deixá-la.

– E vocês deixaram? - Fred finalmente disse. - Você achou que era melhor deixá-la no passado.

– Eu pensei que era destino. - Alvo explicou. - Eu achei que ela poderia ajudá-lo. Transformá-lo. E estava dando certo. Ou melhor: está.

– Desculpe-me professor, mas a ultima vez que chequei, meus pais continuavam mortos. Assassinados pelo monstro dessas fotos.

– Você não está inteiramente errado Sr.Potter. - Dumbledore sorriu. - Ao que tudo indica as coisas ainda estão acontecendo em 1943. As memórias estão apenas começando a mudar. Mas eu já tenho duas histórias para a criação de Lord Voldemort. E, em uma delas, Tom Riddle não é responsável.

– O-o que? - Questionou o trio em unissom.

– Veja bem. Bruxos não devem alterar o passado. Mas Amelia não pode evitar. Ela está vivendo lá como se fosse seu próprio presente. Ou seja, pessoas que possuem uma ligação muito forte com ela, no passado ou no presente, começaram a ter memórias dobradas. Eu e Minerva já estamos experimentando isso. E eu adquiri uma memória intrigante. Na qual uma jovem morena, de cabelos longos e olhar cruel se autodenomina Lord Voldemort. Ela não se importa com o título em si, e sim com seus seguidores.

– Você está querendo dizer, professor, que Amy pode ter transformado Tom Riddle de verdade? Que ele pode nunca se tornar Você-sabe-quem? - George pediu.

– Sim. Ou ela o está mudando. Nunca esqueçam que nosso passado é o presente e futuro de Amy. Atualmente eu diria, ela não está no humor de querer voltar. Porém... Nunca se sabe o que Tom Riddle pode fazer para estragar um relacionamento.

Minerva riu. Ela se lembrava tão nitidamente do sorriso de Amelia que doía. Queria poder avisar o seu eu do passado. Dizer para protegê-la. Queria salvá-la. Ela tinha uma grande noção de quem se tornara Voldemort. Era tão claro como o dia. Mas isso significava que essa mesma pessoa iria tentar destruir o relacionamento de Amy e Tom? Claro que sim.

– Eu não posso fazer nada para trazê-la de volta. Nem Minerva e nem vocês. A única pessoa que precisa desejar voltar é Amy. E, na cabeça dela, ficar no passado com Tom pode significar o fim de um terrível período. Ela apenas não sabe que outra pessoa tomará o lugar. - Dumbledore recolheu as fotos e as guardou sobre a mesa. - Eu acho Minerva, que seria bom se os registros de seu ultimo ano desaparecessem da biblioteca. Os traga para mim.

– O que mais aconteceu? - Fred pediu. - Ela está bem, não está?

– Ela está. - Disse Minerva com um sorriso. - Charlus e Septimus não deixariam nada acontecer com Amy. Nem mesmo Dorea e eu. Ela acabou fazendo parte da nossa família.

Depois daquilo os cinco amigos saíram. Harry ainda não conseguia entender. Outro Voldemort. Uma mulher. A qual nem mesmo Dumbledore sabia quem era. Como ele, o escolhido, iria lutar com uma pessoa desconhecida? Quando era Riddle ele sabia como fazer.

Agora, pensando, algumas memórias pareciam misturadas. Enfraquecidas. Ele conseguia ver a formosa mulher de cabelos longos no lugar do rosto ofídico de seu quarto ano. Será que seria assim? Teria duas memórias para sempre. Do que aconteceu antes de Amy viajar no tempo e depois? Harry desejava odiar Tom. E, por alguns segundos ainda conseguia, mas por outros... Tom apenas parecia uma figura distante de um conto para crianças.

Os gêmeos partiram logo depois. Não falaram nada. Estavam preocupados com Amelia. Onde aquela loira maliciosa conseguira se meter! Ela sempre foi do tipo maluca, mas Dumbledore tinha razão. Aquilo até mesmo parecia destino. Amy nunca sorriu daquela maneira apenas por sorrir. O sorriso da amiga na foto parecia tão genuíno. Talvez fosse isso. Talvez aquele fosse o lugar dela.

– Quem diria. - Mione falou. - Tom Riddle pode amar uma pessoa. - O trio era o único ainda no salão comunal da grifinória.

– Lord Voldemort original tem um coração. Bastou Amelia para encontrá-lo. - Ron falou desatento.

– Meu Merlin! - Hermione gritou. - Quem é você e o que fez com nosso Ronald? O Ron que eu conheço tem o emocional de uma colher de chá! - Harry deu uma risada abafada enquanto Hermione gargalhava.

– Eu só me importo. Eu sei que Amy é quase da família. Pra ela, Fred e George são os únicos que deram isso para ela. Deram um lugar ao qual ela pertencer. Ela é muito de uma Weasley pra mim.

– Acho que você está correto. Amy sempre foi... Sozinha. Eu sei como é. E Tom Riddle também. - Harry falou. Ele ia continuar e então se calou.

– Só espero que tudo de certo e que um dia tenhamos a oportunidade de revê-la. Eu sinto falta de acordá-la de manhã. E do mau humor matinal mais engraçado que eu já conheci. - Granger disse, olhando o fogo da lareira.

Eles não esperavam que a vissem tão cedo. E tão cedo descobririam coisas que nenhum bruxo está preparado.


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