Secret Garden ||♥|| PASSANDO POR REFORMULAÇÃO escrita por chaosregia


Capítulo 1
À uma partida recomenda-se um recomeço.


Notas iniciais do capítulo

O Jardim Secreto é um livro infantil de Frances Dodgson Burnett. Ele foi primeiramente publicado em 1909 sob o título O Jardim Secreto. Virou filme (1993).

Curiosidades
— Feito anteriormente como O Jardim Encantado (1949) e O Jardim Secreto (1987).

PERSONAGENS ORIGINAIS
( e seus respectivos representantes na FF )

Mary Lennox # HINATA HYUUGA
Colin Craven # NARUTO UZUMAKI
Dickon # SAI "HARUNO"
Sra. Medlock # TSUNADE SENJU
Martha # SAKURA HARUNO
Lorde Archibald Craven # MINATO NAMIKAZE
Ben Weatherstaff # Pai do Sai *
Mãe de Mary # Linara Hyuuga * personagem criada por mim
Will # JIRAYA

* Não aparecem na fic. Talvez só mencionados por outros personagens.



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– baseado na obra “O Jardim Secreto”

Aquela noite estava mais fria do que as de costume, no entanto, haviam centenas de pessoas na estação ferroviária. Mau o trem acabara de chegar à estação, e já se preparava para partir.

A fumaça e a fuligem que eram liberadas pelas negras chaminés da máquina se misturavam com a fina névoa que recobria o local. Mais ao longe, adentrando ainda os portões da estação, uma mulher muito bem vestida, com uma longa capa negra sobre um vestido de finos tecidos mesclados em variados tons de vermelho, cabelos longos e loiros e uma expressão nada agradável nas faces, vinha acompanhada de uma moça e de um homem carregado de malas.

O homem possuía um semblante fúnebre e desagradável. Vestia-se todo de negro, parecia ter saído de um cemitério ou algo do tipo. A garota que devia ter aproximados dezessete ou dezoito anos e era detentora de suave beleza. Seus longos cabelos negros, e as ofuscantes orbes prateadas, a pele em sua palidez natural, davam-lhe aparência de uma boneca de porcelana. Vestia um longo vestido lilás claro, com laços de fita nos punhos, gola e cintura num tom mais escuro de lilás, e outra também prendendo os longos cabelos negros.

As três figuras foram se aproximando do trem, o homem se dirigiu ao vagão de bagagens, as duas mulheres para o de passageiros.

– Primeira classe?! – Disse o homem de uniforme e capa azul na entrada do vagão, enquanto examinava os bilhetes entregues pela mulher de capa negra. – Venham comigo, por favor. – Estendeu a mão mostrando-lhes o caminho.

•••

– Por que meu tio não veio me buscar, Tsunade-sama? – Já no conforto de sua cabine, a garota tenta puxar assunto.

– Seu tio é um homem muito ocupado. – Evitou olhar para a garota. – Deve entender isso, Minato-sama é um homem de negócios e não pode dispor de seu tempo para coisas triviais. - Manteve a posição inicial de desprezá-la, dando somente um breve olhar de desprezo a moça.

– E minha tia Kushina, porque não veio no lugar dele então? – Insistiu mesmo perante a rejeição da mulher a sua frente.

– Sua tia morreu há quinze anos.

•••

– Mas... O que é isso? Nós vamos de “carroça”? – Observava incrédula a suposta “carroça”, na verdade, uma nobre carruagem estacionada em frente a estação, na qual acabara de chegar.

– Essa “carroça” é nossa única forma de chegar à mansão Uzumaki. – Aproximou-se e adentrou o peculiar veículo que mencionara.

– “Será que eles não sabem o que é um automóvel?” – Debochou mentalmente enquanto acompanhava Tsunade.

Viajaram por horas chacoalhando pela estrada repleta de buracos e pedregulhos. Foi quando a chuva despencou com força total fazendo o meio de transporte patinar na lama até chegar ao seu destino, a mansão Uzumaki.
Estava escuro, pois já era noite, e a chuva não ajudava em nada a melhorar a visão do lugar que, como primeira impressão deixou a garota estarrecida e desanimada. Um lugar obscuro e sem vida. E não só do lado de fora, mas também na decoração antiquada, quadros que pareciam segui-la com os olhos, luzes fracas, escadas que rangiam e corredores sem fim. Era quase como uma mansão mal assombrada.

– Esse será seu quarto. – Tsunade abriu uma das muitas portas do corredor mal iluminado e adentrou no recinto.

– Nossa... – Se surpreendeu com a visão do quarto. Não se assemelhava em nada com o restante da casa, pelo menos não com a parte que conhecera no trajeto até ali. O quarto não era obscuro e sombrio, era bem decorado, um pouco infantil, mas muito agradável. Bonecas espalhadas pela cama e cortinas cor-de-rosa. A iluminação era perfeita e o cheiro era de um leve e doce aroma de lavanda.

•••

Ouviu um som estranho vindo de baixo da cama. Seria um rato? Algo arranhava o assoalho, ela se assustou. Deixou a escrivaninha com uma das edições da enciclopédia de botânica que ganhara de sua mãe a um ano atrás, um livro grosso e pesado o suficiente para assassinar um rato.

Correu de um canto a outro do quarto e pulou sobre a cama. Hesitou um pouco antes de tomar coragem para olhar de baixo na cama. Abaixou a cabeça entre o espaço vago do estrado da cama e o carpete cor-de-rosa ao lado da mesma.

– Raaaaaaawr! – Algo inicialmente assustador e feroz rosnou contra a garota enquanto voava de baixo da cama para de baixo da escrivaninha. A garota não pode ver nada, pois tudo acontecera muito rapidamente e o susto fora tamanho que a fizera recuar e cair de costas no chão ao tentar fugir do ser desconhecido.

Esfregou a cabeça que batera no assoalho e levantou aos poucos ainda receosa. Escondida pelo colchão e estrados da cama, procurou cautelosamente onde a tal fera, que rugira pra ela no confronto acontecido a pouco, estava escondida.

Acabou descobrindo o covil do animal feroz que na verdade não passara de um simples gato encolhido embaixo de sua companheira escrivaninha. Visto a possível criatura “inofensiva” com a qual se defrontara, deixou a segurança de sua cama e pôs-se a chamar pelo animal.

– Hey, bichano... Vem aqui, gatinho lindo. Não vou te machucar. – Mas o animal sequer se mexeu. – Por que você não vem aqui? Está com fome? Sede? – Lembrou-se do leite com biscoitos que a governanta, Tsunade-sama, havia trago há pouco. Pegou o prato depositando os dois últimos biscoitos nele contidos no chão, encheu-o de leite. – Porque você não toma um pouco de leite?

O animal recusou nos primeiros minutos os agrados da garota ainda um pouco temeroso de uma possível emboscada. Medo de maus tratos aos quais parecia estar habituado, pois, olhando mais de perto, quando ele começou a se aproximar, a garota percebeu que existiam pequenas feridas, agressões evidentes que havia sofrido.

Pouco a pouco o bichano foi se acostumando com o contato e com o olhar gentil de sua benfeitora. Bebeu todo o leite e comeu os biscoitos depressa, como se já não comesse há dias. Mais segura de que suas ações não afligiriam o martirizado ser, acariciou sua cabeça e afagou os pelos de suas costas. O animal ronronou satisfeito.

•••


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Notas finais do capítulo

Continua ...



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