Laura E Edgar - Um Novo Olhar escrita por Bia


Capítulo 48
Bons amigos


Notas iniciais do capítulo

Oi, tudo bem? Mais um capítulo novinho para vocês... Espero que gostem... Foi sem querer, e ele ficou mais longo que imaginei... Pensei em dividir em dois, esta ideia não durou um minuto... Tomara que gostem e quero muito saber a opinião de vocês, comentem, por favor... Aliás quero agradecer a todos os comentários que fazem, é legal saber a opinião de vocês... Boa Leitura e até o próximo domingo e muito obrigada pelo carinho com a minha fanfic... Bjs... e até mais...



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Bons amigos (Capítulo 48)

Edgar, era a cada dia mais cuidadoso comigo, sempre atencioso e ficava em minha companhia quase o tempo todo... Porém, tínhamos nossos compromissos e já sentia saudades do trabalho e assim que meu pai chegou de viagem e contamos a novidade para ele... O Dr. Assunção e a felicidade dele por saber que, finalmente, eu e o Edgar havíamos voltado e que seria avô, eu fiquei emocionada ao ver que meu pai estava muito feliz por mim... Como bom médico que é e pai extremoso me examinou e confirmou o que o Dr. Cordeiro e já havia dito. Aquele dia ele ficou conosco e aproveitei a oportunidade para ficar na companhia do meu querido pai e matar a saudade... Edgar aproveitou a presença do sogro e saiu para resolver questões relacionadas ao trabalho e eu pude aproveitar um pouco mais da presença do Dr. Assunção aproveitamos e conversamos mais a vontade, pois tinha um pedido a fazer ao Senador.

– Sua mãe vai adorar saber que vocês finalmente voltaram...

– Eu sei, também sei que ficará feliz pelos motivos errados... – Comentei.

– Sua mãe quer seu bem, Laura, sabe disso... – Meu pai, como sempre tentou ponderar.

– O que seu sei pai, é que minha mãe quer é mostrar para a sociedade a família perfeita... E isto não me importa, o que me importa é ser feliz com meu marido e meus filhos... Eu voltei não foi para mostrar para ninguém... Voltei porque amo o Edgar, pelo nosso filho, pela Melissa... Por mim, porque não queria mais viver longe deles...

– É muito bonita sua dedicação a filha do Edgar... E ela te aceitou bem...

– Melissa é um encanto... Sofremos muito por tanto tempo e... Se há algo de bom em tudo isso que passou... É a Melissa e, sem querer, foi através dela que Edgar soube da minha volta... Se o senhor visse o quando ficou feliz por saber que eu era a esposa de pai dela e que teria um irmãozinho... Ela não é minha filha de fato... Porém me vi apaixonada pela filha do Edgar e como aceitar de volta o meu marido e rejeitar a filha... Isto não existe... Amar o Edgar seria amar a Melissa e quando a vi, meu coração se abriu para ela, mesmo antes de saber que era filha do meu esposo... Hoje a Melissa é minha filha de coração... Não saiu do meu ventre como vai acontecer com este aqui, porém é a minha filha e gostaria muito de pedir algo para o senhor também...

– Se tiver ao meu alcance... – Segurei as mãos de meu pai.

– Pai, eu sei que o senhor não conhece a Melissa... Agora o senhor será avô... E a minha família que estamos construindo sou eu, o Edgar, nosso bebezinho que vai nascer daqui a alguns meses... e a Melissa... E o que eu quero pedir ao senhor é que aceitei a Melissa como sua neta também... Não quero que ela se sentida preterida... Desejo que seja amada como este aqui, que vai nascer... Para a minha felicidade, para a do Edgar e principalmente o da minha filha mais velha... Peço isto ao senhor como mãe, também, dela... O senhor pode aceitar a Melissa como sua neta? Não quero que veja a minha menina como erro do passado do Edgar... De tudo que nos aconteceu ela foi o maior acerto de tudo isso... Quero que a aceite como se fosse minha, da nossa família... Mesmo que, infelizmente, não more com a gente, ainda assim, quero que sempre se sinta acolhida, afinal de contas, esta família, também é dela e isto tudo é muito importante para mim... Não apenas para mim... Para minha família.

– Aceitar a filha do Edgar como minha neta? – Como se falasse a si mesmo.

– Isto mesmo... – Sem querer apertei um pouco mais as mãos de meu pai.

– Então quer dizer que agora você espera meu segundo neto... Se depende de mim... Eu já tenho uma neta... Só tem um detalhe? – Eu o abracei ao ouvir isto.

– Qual? – Apreensiva.

– Eu ainda não conheço minha neta mais velha... E quero conhecer sua filhinha de coração... – Dei outro abraço em meu pai.

– Oh, meu pai... Muito obrigada... Eu sabia que o senhor a aceitaria como sua neta assim como eu a aceitei como minha filha... Prometo que vou fazer um belo chá e peço para o Edgar trazê-la... O senhor vai ver... Assim como eu, o senhor vai se apaixonar por ela... Se visse o quanto é maravilhosa... Menina linda mesmo... É a criança mais doce que eu conheço... – Estava muito feliz e aliviada por saber que meu pai aceitaria Melissa como sua neta.

– Se esta menininha tem o poder de colocar o sorriso mais lindo no seu rosto Laura... Tenho certeza que ela nos trará muita felicidade, assim como o bebezinho que você está esperando... E se depender de mim, eu vou aprender a amar esta menina que você tanto ama como sua... – Por um momento ficou com o semblante sério. – Filha, eu fico muito feliz por saber que já tenho uma netinha... Entretanto, há alguém que não vai receber esta notícia como bons olhos... Não vai aceitar a Melissa como você deseja... – Apreensivo.

– Se senhor fala da Dona Constância... Eu sei disso... Por ela eu aceitaria a Melissa, não como filha, apenas como a filha bastarda do Edgar... Um problema que ele me impôs... Sei que minha mãe nunca vai se relacionar com a Melissa como vai querer se relacionar com o bebê que espero... Lamento muito por isso... Por outro lado a Melissa tem a mim, ao pai, agora ao senhor, a dona Margarida, ao irmãozinho dela que vai nascer... Se o senhor visse como ela acaricia minha barriga e até tenta conversar com o irmãozinho... Dizendo que vai me ajudar a cuidar dele... Sei que minha mãe nunca vai aceitar a Melissa... O que importa é que nós a aceitamos e isso já me enche de alegria.

– Tem razão é isso que importa... Não se preocupe com a sua mãe... Quando ela chegar vou conversar com ela... Não garanto nada, afinal de contas, estamos lidando com sua mãe... E ela não é fácil... Por outro lado, podemos alegar que é para o bem das aparências... – Meu pai riu.

– Obrigada pai... Sabia que poderia contar com o senhor...

– Laura, você e sua família sempre vão poder contar com o seu velho pai... Estou aqui para ajudar você em tudo que precisar... É minha única filha e mãe dos meus netos... – Eu não aguentei e abracei meu pai com tanto carinho e agradecida.

– Tem outra coisa... Confesso que mesmo me sentido segura agora por saber que o meu bebê está bem... Eu posso voltar para o trabalho... Fiquei com receio que, sei lá, que pudesse prejudicar meu filho. Afinal de contas estou no início da minha gravidez...

– Pelo tempo, filha e se você trabalhou até confirma a gravidez, então não há com que ser preocupar... É claro que não pode fazer grande esforço, afinal de contas, você está grávida e não doente, porém tem que se cuidar... Trabalhar lhe fará muito bem, pode voltar hoje mesmo se quiser... Apenas cuidado e tente descansar e não carregar peso... Alimentação saudável e nos horários... E não pular refeições, eu sei que a senhora tem este péssimo hábito... Agora você carrega uma vida aí dentro e precisa se alimentar por dois... E se alimentar direito... – Falava com bom médico que é.

– Agora me sinto segura em voltar... Amanhã mesmo volto para a escola, a inauguração será na próxima semana e quero que tudo fique perfeito... Isabel, Sandra e o Henrique cuidaram de tudo nestes dias em que estive fora...

– Henrique? O filho do meu amigo Gracindo?

– Isto mesmo... Acabamos nos tornando bons amigos e ele tem sido de grande ajuda... E vai até dá aulas na nossa escola...

– O Henrique sempre surpreende... Igual ao pai...

– Ele é uma pessoa maravilhosa e tem sido um bom amigo.

– Que bom que você e o Henrique ficaram amigos... Assim como eu e o Gracindo... Que bom que vocês estão preservando esta amizade...

– Olha pai, o Henrique é um homem maravilhoso, gosto muito de conversar com ele e tem uma visão bastante privilegiada da vida... A maneira como enxerga tudo... Tem uma sensibilidade, viu muita coisa e aprendeu bastante... Só de conversar com ele, parece que você sai mais rico da conversa... Ele tem tanto conhecimento... Que bom que ficamos amigos... Ele me apresentou a irmã dele, Amélia... Que menina doce, adorável mesmo. Ela é como o irmão... Ambos são maravilhosos... Até ela se ofereceu para nos ajudar na escola...

– Não podia esperar outra coisa deles... Gracindo soube educar muito bem seus filhos e pelo jeito fez do Henrique um homem de caráter...

– Fez sim... E é uma amizade que quero levar comigo sempre... O Edgar é que fica um tanto enciumado, mas eu ainda dobro ele... Tenho certeza que ele e o Henrique se tornaram bons amigos...

– Pelo entusiasmo que tem pelo Henrique, é natural que o Edgar sinta ciúmes mesmo... – Meu pai riu.

– Adoro o Henrique... Mas quem eu amo é o Edgar e vou amar sempre... Não vou negar... Se a vida já não me tivesse dado o Edgar de presente... Se conhecesse o Henrique na época que era solteira... E se ele fosse naquela época o homem que é hoje... Não vou negar mesmo... Eu poderia até me apaixonar por ele... Só que a vida me reservou alguém tão maravilhoso quanto, na realidade até mais ainda... Alguém muito melhor... Um tanto ciumento reconheço... Reservou-me alguém que aprendi a amar profundamente e que ocupou todos os espaços do meu coração e da minha alma de uma maneira que não há como tirá-lo, Graças a Deus... Eu sou muito feliz pelo Edgar ser o homem da minha vida... O pai dos meus filhos... Eu não quero outro, por mais maravilhoso que possa ser...

– Fico feliz por te ver ouvir falar assim de seu marido...

– Se não fosse pela insistência de minha mãe e de seu Bonifácio... Certamente não teríamos nos casados... Afinal de contas, quando o Edgar foi estudar em Portugal e eu fiquei estudando aqui... Cada um acabou tomando um rumo e na realidade eu nem pensava naquele noivado... Achava que o casamento poderia se tornar uma prisão... Uma gaiola dourada que não conseguiria nunca me libertar... Cheguei a procurar o Edgar no porto na esperança de fazê-lo vê que o poderia ser um grande erro... Nós nos desencontramos e no dia seguinte nos casamos...

– Lembro-me que depois da festa... Quando estávamos aqui diante da escadaria da sua casa... O Bonifácio entregou as chaves da casa para o Edgar e ele abriu a porta você entrou e ele atrás... Nem se dispôs a carregá-la no colo, como faria qualquer casal que acaba de casar quando entram em casa pela primeira vez. Sua tia Celinha chegou a comentar isso... Achou muito estranho...

– Pai, nem eu nem o Edgar queríamos este casamento em um primeiro momento... Éramos dois estranhos dentro desta casa e foi muito estranho ter que lidar com tudo isso... Eu entrei nesta casa com um desconhecido... Mal nos falávamos, éramos tão formais um com o outro... Nós não nos amávamos quando nos casamos e esta era a nossa realidade naquela época... Também não poderíamos viver como dois estranhos dentro desta casa... Então fizemos um pacto... Da porta para fora era o casal que todos esperavam que fôssemos... Porém, da porta para dentro seriamos dois bons amigos... E foi assim que fomos nos descobrindo... Aos poucos e nos encantando um com o outro... Percebi no Edgar um homem maravilhoso, carinhoso, atencioso e companheiro... Que me estimulava em meus sonhos e queria me ajudar a realizar cada um deles... Quando eu vi já estava apaixonada, profundamente apaixonada pelo Edgar e felizmente ele por mim... E aí sim, começou nosso casamento, como deve ser... É claro que no meio este caminho aconteceu outras coisas, porém, foi assim que nos apaixonamos... Por isso doeu tanto quando toda aquela tempestade que se abateu sobre nossas cabeças... Fomos do Paraíso ao inferno... E não tive alternativa e parti... E tentar me reerguer em outro lugar... Só que com o passar do tempo... Mesmo com as feridas apenas fechadas... Nunca consegui não amar o Edgar... Eu sempre o carreguei comigo e foi assim durante cada dia de todos estes anos... Ainda bem que a vida resolver nos dá uma segunda chance... E agora estou aqui... Com meu marido e esperando nosso filho... Eu não quero mais imaginar a vida sem eles ao meu lado... Eu não quero mais viver sem o Edgar... Eu desejo tanto que ele seja feliz... Por que, aí sim, eu serei feliz... E este bebezinho nos uniu definitivamente... O Edgar já entrou com os papeis da revogação do divórcio e mais alguns dias seremos casados novamente... A vida, finalmente, está tomando o seu rumo... Eu agradeço a Deus por ser o Edgar o homem que amo e por ser muito amada por ele e eu sinto o quanto ele me ama e tento corresponder ao seu amor... Seremos felizes... E só não somos mais porque a Melissa não mora com a gente... Mas eu vejo a felicidade dela quando está conosco... Ela percebe que é muito amada, não apenas pelo pai, mas por mim também... A vida também me deu a Melissa de presente e sou imensamente grata por isso... Ela não tem culpa dos erros do passado... É tão vítima quando eu fui...

– E a mãe da menina... A tal Catarina...

– Por hora está no canto dela e espero que fique assim... É claro que não é de confiança, porém é a mãe da Melissa... Não vou negar que este silêncio dela me incomoda... Não vou viver minha vida pensando na mãe da Melissa... Agora nada pode fazer contra a mim ou a minha família... Ela que fique no canto dela...

– O Edgar tem direitos sobre a menina, poderia perfeitamente bem trazê-la para morar com vocês...

– Sabemos disso... A realidade é que a Catarina nunca fez nada que pudesse justificar uma medida tão extrema como essa... Pai, agora que vou ser mãe, a ideia que alguém pudesse tirar meu filho de mim... Por Deus, é terrível demais... É claro que não gosto da Catarina por perto, a minha sorte é que o Edgar, finalmente, conseguiu administrar as coisas e a deixa o máximo possível distante... Até mesmo com a Melissa, tenta fazer com que fique mais tempo com a gente... Entretanto, temos que lembrar que, mesmo amando muito a Melissa como minha... A mãe dela é aquela lá... E respeito isso... E tenho que respeitar isso.

– Tem razão... Mesmo sabendo que o Edgar tem o direito de ficar com a criança... É bastante desagradável a ideia de tirar um filho de uma mãe...

– E é por isso também que quero que o senhor abrace a Melissa como sua neta... O senhor verá o quanto ela é amorosa... Encantadora mesmo... O senhor vai adorá-la assim como eu a adoro...

– Eu não tenho dúvida disso, minha filha... Eu quero conhecer muito a minha netinha...

– Ah, pai... Obrigada por isso... Não sabe o quanto isto é importante para mim e para o Edgar. Se ele perceber que o senhor aceitou a filha dele como neta ficará imensamente feliz... Sabe pai, temos tanto medo de a Melissa ser discriminada, por não ser filha legítima... É por isso que tentamos protegê-la, e principalmente amá-la cada vez mais... Assim ela saberá que sempre terá pessoas que a amam muito, por perto...

– Eu entendo você ao querer proteger esta menina... Foi o mesmo que senti quando deixei que fosse para a fazenda e depois para o interior... Sabe que nem sempre vai conseguir protegê-la.

– Eu sei... Mesmo assim vou tentar fazer o meu melhor... Ao menos saberá que tem alguém que a ama muito e que terá sempre os braços abertos para ela.

– É muito bonito da sua parte fazer isso pela filha do Edgar... Muitas mulheres quando descobrem que o marido tem um filho ilegítimo... Preferem ignorar... Você não, aceito-a com todo o coração e estou orgulhoso por isso... Mesmo ainda não tendo seu próprio filho nos braços já se tornou mãe...

– E como não ser... Amo aquela princesinha como se fosse minha... Não tem como amar o Edgar e ignorar a Melissa, não é correto, não é justo... Amar o Edgar significa amar a Melissa e hoje em dia não vivo sem os dois... Como uma mulher pode ignorar o filho do homem que ama... Se ela faz isto é porque não ama... É incapaz de amar... a qualquer pessoa.

– Estou orgulhoso de você. Tenho que ir, o Senado me espera...

– Que bom que veio pai... Sempre sinto a sua falta...

– Eu também amor... Agora que você está grávida, virei mais vezes, quero cuidar bem está gravidez... Fazer o que não pude na primeira... Seu bebê vai nascer saudável e vai ser uma criança muito feliz...

– Se Deus permitir...

– Vai permitir... Ele é sempre generoso com seus filhos... Se naquele momento Ele não de deu seu filhinho, foi porque não era para ser naquela hora... Vocês precisaram passar por tudo que passaram para reconstruir o amor que tinham um pelo outro... E depois de todos estes infortúnios... Saíram mais fortes... Mais unidos...

– É verdade...

– Tenho que ir... Um abraço em meu genro e um beijo em minha neta...

– O senhor vai adorá-la.

– Quero conhecê-la em breve.

– Na inauguração da escola, o senhor pode ir... Edgar vai levar a filha...

– Então nos vemos na inauguração... Assim vou poder ver minha netinha... Um beijo...

– Obrigada pai. – Eu o abracei novamente.

E assim Dr. Assunção se foi. No dia seguinte, ainda cedo me aprontei e peguei um coche e fui até a escola... Estava praticamente pronta... As carteiras nos lugares, a lousa, as estantes repletas de livros, as salas tinham ficados lindas e pensar que perdi os últimos dias de arrumação... Mas foi por uma boa causa... Sei que Isabel, Sandra, Henrique e até a Amélia ajudaram em terminar a arrumação. Henrique e Isabel apareceram.

– Nossa, a escola está linda... – Isabel veio até mim e me abraçou...

– Está mesmo... Ficou linda a nossa escola... E pensar que será inaugurada na próxima segunda feira. E como vai você e meu afilhadinho, como está?

– Estamos todos bens... E ansiosos para vê logo esta escola aberta...

– Como vai Laura? – Henrique me cumprimentou.

– Eu vou muito bem... E você? Que bom que está aqui?

– Eu vou indo... E feliz por vê você aqui... – Henrique apenas me olhou.

– Laura, que bom que veio... Estava fazendo falta menina... – Isabel me abraçou novamente.

– Nem me diga Isabel, eu também estava com saudades... Daqui, de você e como foi estes dias sem mim...

– Não foi um caos completo porque o Henrique e a Amélia me ajudaram bastante... Sabe como é, desdobrar-me entre o Teatro e a escola...

– Obrigada Henrique por ter ajudado a Isabel.

– Foi um prazer... Imenso prazer... Sua amiga é uma pessoa maravilhosa e muito dedicada... Fez questão de cuidar pessoalmente de muitos detalhes... Apenas tentei não atrapalhar...

– Não dê tão pouco valor ao seu trabalho Henrique... Sem você aqui, não teria feito a metade das coisas que fiz...

– Então vejo que ficaram amigos... – Animada com uma possibilidade, pois reparei um brilho no olhar de Isabel ao falar de Henrique.

– Ficamos sim, o Henrique foi de grande ajuda, sem ele teria tudo se tornado um caos... Nossa... Eu vou até a casa da tia Jurema quer me acompanhar Laura?

– Eu adoraria... Eu quero ficar mais um pouco, olhar um pouquinho mais a nossa escola, é o nosso sonho se realizando Isabel... – Admirando cada detalhe.

– É sim... Nem eu acredito... Eu vou lá porque a tia Jurema espera por mim... E você Henrique quer me acompanhar ou prefere fazer um pouco de companhia para a Laura?

– Eu vou ficar mais um pouco... Se não se importar Isabel, eu vou fazer companhia a Laura...

– De nenhuma maneira... Encontro com vocês lá... Até mais tarde. – Isabel saiu, desejando-me as sós com Henrique.

– Até... – Respondi.

– Definitivamente vocês fizeram um ótimo trabalho. – Comentei observando cada detalhe.

– A escola ficou linda mesmo... A Isabel me contou as novidades... Parabéns por retomar seu casamento e pelo bebê que está esperando. – Henrique apenas me olhava.

– Obrigada... Estou muito feliz por ter voltado definitivamente com Edgar e por finalmente poder ter um filho...

– O Edgar é um homem de muita sorte... É invejável isto nele... – Apenas me olhava.

– Invejável?

– Desculpe se pareço invasivo... Sabe Laura, não é todos os dias que se encontra mulheres como você... Você é como uma pedra rara e são poucos aqueles que têm a sorte de encontrar uma... A grande maioria das pessoas passa pela vida sem conseguir uma... Aliás, muitas nem mesmo sabe que isto existe... E muito menos sabe o significado disso... – Continuava encostado a mesa e apenas me observando.

– Não acho que seja tudo isso... – Um pouco incomodada.

– Você é muito mais do que isso.

– Ora Henrique, você já viu e viveu tantas coisas... Conheceu tanta gente, eu tenho certeza que nem chego aos pés de muitas pessoas que cruzaram seu caminho... Nunca fiz nada de extraordinário... Não vi nem um décimo de tudo que você viu... O mais longe que fui foi para o interior, onde vivi sozinha por muito tempo... E mesmo lá, por mais coisa que eu pudesse observar... Nada se compara ao que você viu...

– Pode ser... Eu vi muita coisa mesmo... Mas digo isso porque eu tive a chance de conhecer você é perceber o quanto é incrível, apaixonante e apaixonada... Muitas pessoas não conseguem ser assim... Ao contrário... Limitam-se tanto que se tornam quase invisíveis para a vida e para si mesmas... – Observando.

– Não acho isso... Eu nunca fiz grandes realizações... Ao contrário sempre tive uma vida pequena, simples até... Eu sempre quis lecionar, ter a liberdade de trabalhar no que eu amava... Manter-me... Não há nada de extraordinário nisso... Ao contrário... Quem vai se lembrar de mim daqui a cem anos... Ninguém...

– Não falo de grandes realizações, Laura... Falo de algo maior...

– Como assim? – Estava quase no outro extremo da sala.

– Falo de paixão... De amor... – Com o semblante sereno.

– Henrique... Eu realmente não entendo... – Um tanto assustada.

– Por favor, não fique assustada... Eu quero muito te falar uma coisa... Eu sei que o certo era recolher-me e jamais confessar o que desejo lhe dizer... É o certo a fazer... Por outro lado... Eu sei perfeitamente que tudo isso ficará assim... Como um desejo que nunca vai se realizar... Porque por mais que desejasse... Sem soube que nunca se realizaria... Por que sempre soube que era impossível... – Tranquilo e encostado a mesa.

– Eu lamento muito por isso... – Começava a não se senti incomodada.

– Por favor, não lamente... Apenas aconteceu... Eu não esperava e apenas aconteceu... E você não tem culpa nenhuma disso... Tão pouco eu... Simplesmente aconteceu... Ninguém controla isso... Eu poderia guardar isso comigo e recolher-me, e como disse era o certo a fazer... Não se escolhe, apenas acontece... E aconteceu comigo... Sou consciente que nunca me deu nenhuma esperança... – Olhava-me.

– Eu não queria que isso acontecesse.

– Se tivéssemos este poder... Não temos... Está muito além de nós...

– Eu sei como é isso...

– É por isso que eu invejo o Edgar... Por outro lado, seria incapaz de tentar tirar algo que ama tanto... E ao mesmo tempo eu fico imensamente feliz por saber que finalmente refez o seu casamento... Agora mesmo... Eu olho para você e vejo o quanto está linda... Tão linda grávida... E se você está feliz, Laura eu não posso me senti de outra forma por você... Estou muito feliz por você...

– Eu não queria que você estivesse se... – Interrompeu-me.

– Eu sei... Não importa... Sentimentos como este não se controla... Apenas se sente... E como tempo... Talvez se abrandam... E se guarda em algum canto da alma... Ele sempre estará lá... Guardado, como deve ser...

– E o que fazemos agora...

– Somos bons amigos e sempre seremos se depender de mim.

– Eu gosto muito a sua amizade Henrique... O certo seria nos afastarmos...

– Eu também gosto muito da sua amizade e não quero perdê-la... Laura será a única fez que teremos esta conversa... Eu apenas lhe contei porque era algo que não cabia mais dentro de mim... Mesmo sabendo que de nada adiantaria falar... Nunca tive ilusões... Sempre soube que o seu amor era e é do Edgar... E o admiro, pois ele deve ser um homem extraordinário... Do contrário não teria se apaixonado por ele... Isto me consola... Não quero que se preocupe comigo...

– Como não...

– O amor é um problema de quem ama... E não te quem é amado... Apesar de acreditar que o amor não seja um problema em si... Ele apenas acontece... Uma vez alguém me disse que o amor é uma benção de Deus... Sorte daqueles que tem a dádiva de poder amar... São para poucos... Muitos passam pela vida sem conhecer está dádiva... Eu tive a sorte... E agradeço por isso... Por que eu sei que é verdadeiro...

– Eu quero muito que sinta isto novamente... Por outra pessoa...

– A vida me abriu esta porta... Não sei se terá a mesma intensidade... Mas eu quero que aconteça novamente... Só que tudo ao seu tempo... – Apenas me observando.

– É bom ouvi isso...

– Sei o quanto é honesta com seu marido e tem a liberdade de falar isto para ele... Talvez ele queira me dá alguns bons socos depois disso... Nenhum homem iria gostar de saber que sua esposa, mesmo que sem querer... Despertou sentimentos em outro homem...

– Com o Edgar, eu me entendo... Talvez em um primeiro momento... Mas depois... Não creio que ele vá querer trocar socos com você... Ele sabe a esposa que tem... E é nisto que ele tem que confiar...

– Você ficou muito bonita grávida. Aliás, mais bonita ainda.

– Obrigada. Não imagina o quanto estou feliz...

– Eu imagino sim... Você está radiando esta felicidade... E não imagina o quanto eu fico feliz por isso... Por isso eu quero que acredite em mim quando digo que vou ficar bem... Eu vou ficar muito bem e estou feliz por você... Pois não posso lhe deseja nada que não seja a grande felicidade que vive agora... Quero que Deus sempre lhe abençoe com isso... Não só a você com a sua família e ao seu marido e que ele nunca deixe de reconhecer a sorte que tem de ter uma mulher como você ao lado...

– Obrigada por suas palavras... – Eu o observava e senti um nó na garganta.

– É o que eu sinto... – Sereno.

– Eu espero que seja agraciado com isso também em um futuro bem próximo... – Sorri para ele...

– Quem sabe... – Retribuiu-me o sorriso.

– Talvez esteja mais perto de você que imagina... Basta olhar para o lado...

– Eu vou olhar, prometo...

– Eu não quero perder sua amizade... Ela é um presente muito especial para mim...

– Tampouco quero perder a sua Laura... E também não quero que se preocupe comigo... Eu vou ficar bem... É uma promessa que faço aqui...

– Eu quero muito que sinta o que eu sinto... Apenas que seja por outra pessoa...

– E isto vai acontecer... No seu tempo...

– A Isabel está nos esperando... É melhor fecharmos tudo e ir para a casa da tia Jurema...

– Você espera aqui que eu fecho tudo...

Observei Henrique fechar a escola e depois me acompanhou até a casa da tia Jurema, ficamos lá mais algum tempo e não conseguia deixar de pensar nas palavras dele... Tomará que tenha a sorte de encontrar alguém, assim como tive a sorte de encontrar o Edgar... Se outra pessoa tivesse me falado o que ele me disse, talvez me afastasse dele... Eu não o queria longe, não podia amá-lo... E prezo muito nossa amizade e pessoas como o Henrique não se deixar partir de nossas vidas... Contaria para o Edgar a conversa que tivemos... Queria que ele se sentisse bem... E torceria para que encontrasse uma mulher por quem pudesse se apaixonar... E certamente seria uma mulher de muita sorte...

Já era noite quando o Edgar voltou para casa e depois do jantar, ele tomava uma taça de Porto, enquanto eu apenas degustava um pouco se suco de laranja, já que meu marido não me deixava acompanhá-lo no vinho.

– Como foi seu dia na escola? Que pena que não pude acompanhá-la.

– Não tem importância... O senhor também tem que trabalhar... O bom de ficar o dia longe e que depois podemos matar a saudade que tivemos durante o dia...

– Isto é verdade... Porém me agrada muito ter você por perto o tempo todo... Ficar assim, pertinho de você... Tocar na sua barriga... Reparou como ela está crescendo rápido...

– Nem me diga... Amanhã mesmo tenho que ir à modista pegar algumas peças de roupa que mandei alargar e algumas saias e camisas maiores que mandei fazer e se continuar assim perderei em breve também... Daqui a pouco não vou caber nem na nossa cama... E ai o senhor terá que dormir no chão...

– É claro que não... Acha mesmo que consigo dormir sem você ao meu lado, sentindo seu calor, seu cheiro... Mando fazer uma cama maior se for necessário... Sem a senhora eu não durmo mais...

– Nossa... Agora me senti até envaidecida... Pensar que não dispensa ficar ao meu lado... Como não me senti lisonjeada... – Ri para ele.

– Por um motivo simples, ficamos tempo demais um longe do outro e não quero que isso aconteça novamente... Você não me disse como foi na escola?

– Ah Edgar, a escola está tão linda... Agora só falta mesmo inaugurar... E pensar que no final de próxima semana já estará funcionando... Não vejo a hora... A Isabel, a Sandra e o Henrique fizeram um excelente trabalho enquanto estive fora...

– O Henrique estava lá?

– Estava e tivemos uma boa conversa. A Isabel também estava lá e depois foi à casa da tia Jurema.

– Então vocês conversaram.

– Conversamos por um longo tempo.

– Tiveram tantos assuntos assim? – Desconfiado.

– Praticamente conversamos apenas sobre um assunto... – Desviei o olhar de Edgar.

– A escola rende tantos assuntos assim?

– Não foi sobre a escola que conversamos... O assunto era outro... – Voltei a olhar para ele.

– E seria demais perguntar sobre qual era o assunto em questão? – Parecia incomodado.

– Claro que não meu amor... Conversamos sobre sentimentos...

– Sentimentos? Como assim? – Desconfiado.

– Ele me falou o que sentia e como se sentia...

– Como assim Laura?

– Ele disse que você era um homem de muita sorte e isto era invejável...

– Eu confesso que não estou entendendo... Por que o Medeiros falaria isso... – Sério.

– Segundo as palavras dele, você tem sorte por ter encontrado uma mulher como eu...

– Eu sabia que tinha algo errado... Eu tinha certeza que ele era interessado demais em você... – Quase que indignado.

– Sobre isso não se pode fazer nada a respeito. Ele me parabenizou por termos voltado e pelo nosso filho... – Segurei a mão de Edgar.

– Ele tentou alguma coisa...

– O Henrique nunca tentou nada, ao contrário, sempre foi um perfeito cavalheiro... Ele apenas revelou o que sentia e disse que seria a única vez que falaríamos a respeito, pois respeita a escolha que fiz... Lamentou não te me conhecido antes...

– Eu vou lá tomar satisfações... – Edgar se levantou do sofá e eu segurei a sua mão com força.

– O senhor não vai a lugar nenhum...

– Como não ele praticamente se declarou para uma mulher comprometida. – Indignado.

– Ele falou o que sentia... Em momento algum se declarou abertamente... Apenas falou o que sentia...

– E eu posso saber a diferença?

– A diferença é que ele respeita a minha escolha... Sabe a quem pertence meu amor e nunca fez nada que pudesse manchar ou mesmo interromper nossa amizade... Ele respeita o fato de eu amar você e que fica muito feliz por mim... E que jamais tocará novamente no assunto... Também disse que sabia que eu falaria da nossa conversa com você... Desejou-nos felicidades e que ainda teria a sorte de poder, um dia, ter o que você e eu temos... E que isto será com outra pessoa...

– Mesmo assim, ainda não gostei... É muito atrevimento, o Medeiros passou de todos os limites... Ele não tenha este direito ele te desrespeitou... – Inconformando.

– Edgar, eu respeito o fato de você não gostar... Porém não é motivo para tomar satisfações... Quer o quê... Lavar a sua honra?

– A ideia não é de toda má...

– O Henrique falou uma coisa muito sábia... O amor é um problema de quem ama e não de quem é amado... E ele tem razão... Eu não posso fazer nada por ele neste aspecto, além de desejar que um dia ele possa viver isto com outra pessoa e não comigo... Edgar, eu não posso evitar que o Henrique se sinta assim... Ninguém controla isto, apenas acontece assim como aconteceu conosco... Quem poderia imaginar que no dia do nosso casamento, não fossemos apaixonados... E aos poucos fomos descobrindo o amor... Ele aconteceu conosco, como poderia não ter acontecido... – Eu o puxei e ele voltou a sentar-se ao meu lado

– Mesmo assim... É muita audácia deste engenheirozinho falar o que ele te disse...

– Em momento algum ele fez uma declaração explícita... Somente falou o que sentia... E eu acredito que tenha dito isso apenas para poder seguir em frente... Poder, como ele mesmo disse, guardar este sentimento dentro da alma dele e deixá-lo lá, quieto... O Henrique nunca se insinuou para mim, nunca foi descortês... Ao contrário, sempre foi um perfeito cavalheiro...

– Olha Laura, pensando bem talvez não seja uma boa ideia você trabalhar junto a ele... Eu não gosto da ideia de você...

– Nem ouse terminar esta frase Edgar... – Fiquei indignada apenas pela insinuação que o Edgar tentou fazer.

– Mas Laura... – Olhava-me.

– Nem mas, nem meio mas. Você, por exemplo, trabalha para a Heloísa, certo? – Era a minha vez de falar firme com ele.

– É diferente...

– Não é não... Eu não pedi e nem pedirei que pare de trabalhar para a Heloísa e você foi bem claro com ela quando disse que havíamos voltado... E gostei muito que tenha feito isso...

– Eu sei... Mas é que...

– O mesmo serve para o Henrique... Ele vai continuar na escola... Ele me deixou a opção de o querer longe... Só que não quero Edgar, eu prezo muito a amizade do Henrique... E quero que seja sempre meu amigo... Sei que não gosta dele, sei que sente ciúmes... E agora a possibilidade de existir uma amizade entre vocês não existe mais...

– Você fala da Heloísa, porém em nenhum momento ela se declarou a mim...

– Realmente ela não se declarou a você... Ela sabe o lugar dela, da mesma maneira que o Henrique sabe o lugar dele... Apesar de não considerar o que o Henrique me fez uma declaração... Apenas disse o que sentia e como se sentia e que guardaria isto com ele... Não faria nada a respeito, e eu aceito que seja assim... Quero que me prometa que não fará nada a respeito... Se por acaso o encontrar... Trate-o cordialmente e lembre-se que o meu amor pertence a você da mesma forma que o seu pertence a mim... Eu não posso mudar os sentimentos do Henrique, nem da Heloísa... Eu aprendi que o amor simplesmente acontece e aquele que tem a oportunidade de amar é como se fosse agraciado pela vida... Mesmo que não seja correspondido... E aquele que tem o seu amor correspondido é duplamente agraciado e nós dois fomos... Eu já lhe disse Edgar, jamais amaria outro que não fosse você... Não se preocupe com o Henrique... Ele nunca me interessou e nem interessa... E é nisto que tem que acreditar... – Falei calmamente.

– Eu não gostei nada de saber do interesse dele por você... Isto é praticamente uma provocação... – Chateado.

– Sabe que até me senti lisonjeada... – Provocava o Edgar.

– Como assim? – Assustado.

– É uma honra ser admirada, por dois homens maravilhosos... – Provocava-o mais ainda...

– O Henrique disse uma coisa certa... Você é um homem de muita sorte por ter uma mulher como eu...

– Posso saber o motivo desta falta de modéstia... – Ele me olhava espantado.

– Uma mulher como eu... Realmente não é para qualquer um... É apenas para você... Meu amor... –Tentava mimá-lo – Continuei a brincar... – Quer saber... Está ficando tarde... Quero tomar um belo banho... Não quer me ajudar... O dia foi longo e quero descansar um pouco... Não quer me ajudar?

– Estou chateado de mais... – Fez uma cara mais séria ainda.

– Tem certeza que não quer me ajudar? – Fiz um pouquinho de manha.

Edgar permaneceu em silêncio...

– Sabe Edgar, acho que temos sorte de ter um ao outro... E por isso que temos que aproveitar cada minuto juntos... Sem contar que daqui a poucos meses não vou poder te dá tanta atenção como agora... – Edgar apenas me olhou... - Então... Eu preciso de um banho... Não quer me ajudar? – Estendi a minha mão a ele.

Edgar olhou-me um pouco mais... E segurou a minha mão.

– Sabe que não é má ideia... Seria interessante tomar um banho... Agora... Quem sabe assim relaxo um pouco – Sem muito entusiasmo...

– Também acho... Vamos? – Lancei um sorriso para ele. Subimos a escada.


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Notas finais do capítulo

Oi novamente... Espero que não tenham cansado de tanto ler... Realmente ficou muito grande... Beijos... E até o próximo domingo e tenham uma ótima semana... Bjs e até mais...



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