Path Of The Dead escrita por Dafne Federico


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Magos *-*
Essa ideia é um pouco maluca e medonha para mim asuhsuahs e como é a primeira vez que escrevo uma fanfic nesse universo espero que vocês gostem.
Boa leitura.



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  Sadie Kane

Abri os olhos.

Eu tentei olhar minha própria imagem.

Meu cabelo castanho caramelo estava solto e tinha fios de ouro espalhados por ele, minha pele brilhava e parecia ter passado por uma hidratação milagrosa. Pendurado no meu pescoço estava meu colar do nó de Isis. Usava um vestido negro de seda com hieróglifos dourados pintados na extensão do pano. Uma Sadie bonita e melhorada.

O único problema é que estava tremeluzindo e flutuando, como se estivesse em ba.

Encarei a paisagem a minha volta tentando me lembrar de como tinha ido para lá.

Estava em uma praia deserta, provavelmente em Long Island. Deveria ser um lugar formidável no verão, porém parecia a cena de uma tragédia. O céu estava nebuloso e nublado, totalmente escuro, um azul quase anil, trovões, garoa e relâmpagos o cortavam fazendo barulho. A areia da praia estava molhada e era escura, e o mar revolto tinha a mesma cor do céu, impossível distinguir qual era qual olhando no horizonte.

A garoa densa tocou a minha pele, mas não molhou, como sempre acontecia quando estava na minha forma de ba.

- O que estou fazendo aqui? - murmurei para mim mesma.

Na estrada consegui enxergar um Mustang azulado capotado. O carro estava amassado do lado do passageiro, como se houvesse batido no poste antes de capotar, as rodas estavam viradas para cima ainda rodando.

Senti um dejavú esquisito, aquele Mustang não me parecia estranho. Mesmo assim, corri na direção do carro.

Era mais fácil correr na forma de ba, me sentia mais leve e flutuava com rapidez pela praia até chegar perto do automóvel.

 Agaxei ao lado do motorista. Era um motorista, não deveria ter mais de dezessete anos, tinha um corte horrível e profundo na testa, sangue empapado preso no rosto, o nariz parecia ter sido prensado contra o vidro do carro. Ele deveria ser bonito sem todos os cortes, a pele era morena e, mesmo com todos os cortes, ele tinha traços bonitos e músculos. Porém, vê-lo daquele jeito me deixou zonza e apavorada.

 - Ai meus deuses ... - gritei.

 Procurei a maçaneta do Mustang e abri, mas minha mão a atravessou somo se fosse fumaça. Tentei de novo, dessa vez senti a textura da maçaneta, mas quando fechei a palma nela, ela atravessou de novo. Perdi a conta de quantas vezes tentei abrir a porta.

 Droga.

 Dei a volta no carro parando do lado do passageiro.

 Era ainda mais aterrorizador olhar para essa parte do carro. Estava compretamente destruido, os faróis que estavam em cima tinha sido amassados, como se um Deus em tamanho gigante tivesse massado o automóvel como fazemos com o papel.

 O corpo do passageiro estava prensado, não conseguia ver o rosto, pois uma placa enorme da lataria o estava amassando. Sangue escorria pelo banco e juro que consegui ver um pedaço de osso rasgando a pele do braço. Era uma garota, deduzi. Usava um vestido escuro e comprido até os pés.

 - Socorro ... - sussurrei mesmo sabendo que estava sozinha na praia.

 Tentei inúmeras vezes abrir a maçaneta, todas as vezes que estava perto a maçaneta parecia virar vapor e desaparecer. Era frustrante, estava ficando desesperada a cada tentativa, jurava que estava chorando, embora não sentisse as lágrimas.

 - Eu preciso fazer alguma coisa. - me encorajei tentando pensar em alguma coisa que abrisse o carro, ou alguma maneira de pedir ajuda.

 Pensei em tentar acordar, voltar para minha forma humana e chamar ajuda. Contudo, não tinha certeza que era uma cena real ou apenas um sonho.

 Há alguns metros do automóvel uma espada preta cortou o ar, como se estivesse cortando um plástico para atravessa-lo. Vasp. Um garoto surgiu da fenda.

 Esse tinha cabelos escuros e bagunçados, olhos cor de chocolate quente e pele absurdamente branca. Estava vestindo uma camiseta de banda, jaqueta de couro, jeans surrados e coturnos militares iguais aos meus.

 - Anúbis.

 Faziam tantos meses que não o via que tinha me esquecido do quão ele era bonito, mesmo com aquele semblante triste e infeliz.

 - Precisamos fazer alguma coisa! - gritei apontando para a carcaça amassada do que fora um carro - Eles vão morrer se não dermos um jeito ...

 Comecei a imaginar como a família daquelas pessoas reagiria quando soubesse o que tinha acontecido. O garoto moreno dos olhos fechados não parecia estar morto, já a menina... Não! Tinha que ter um jeito.

 Anúbis trincou os dentes, os punhos dele estavam cerrados e ele apertava com força a espada preta curva. Não lembrava de já o tê-lo visto armado.

 - Você iria desejar que ele estivesse morto. - respondeu, ele focava os olhos chocolates no motorista - Não há nada que eu ou você possa-mos fazer. E, se houvesse, você precisaria de meses de prática para conseguir mexer um único copo.

 Eu o encarei cética.

 Que Anúbis não tinha o melhor dos humores eu sabia, mas desejar que uma pessoa morresse só para adentrar o reino de Osíris era cruel e perverso até para ele. E que história de meses de prática para mover copos era essa? Eu era uma das melhores magas da minha idade, conseguia mexer copos só com a força do pensamento.

 - Do que você está falando? - não consegui conter a raiva na minha voz, queria fatia-lo em pedaços e enviar para Ammite comer.

 Anúbis caminhou em volta do carro, os olhos achocolatados brilhavam, não de felicidade ou emoção, estavam marejados como quem se esforça para segurar o choro.

 - Minha imagem só pode habitar lugares onde haja a presença da morte. - queria interrompe-lo e dizer que ele poderia me dar essa aula depois, pessoas precisavam da nossa ajuda - Cemitérios, funerais, lugares onde tenham ocorrido mortes. Compreende, Kane?

 Engoli em seco.

 A garota com a cabeça amassada e fraturas expostas no braço ...

 - A garota, ela está morta. - anunciei sentindo todo minha esperança esvair e se apegar no desejo do cara ter sobrevivido.

 - Você - Anúbis fez uma pausa sacando novamente a espada - É inteligente, já deve ter percebido o que aconteceu hoje. Não há nada que eu posso fazer, não porque não posso interferir, porque não quero.

 Cerrei os punhos.

 - Você é um grande idiota!

 Ele nem fazia questão de olhar para mim.

 - E, quanto a você, não deveria interferir no caminho dos vivos. A cada movimentação, quanto mais tempo neste plano, mais difícil será aceitar e ir embora, Sadie Kane. - ele fez um corte no ar com a espada e desapareceu por ele da mesma maneira como tinha chegado.

 Caminho dos vivos.

 Não!

 Eu gritei e comecei a correr na direção do carro novamente. A garota no banco do passasegeiro não estava se mexendo, não via nem a respiração movimentando o abdômen, o  vestido negro com hieróglifos dourados tinha rasgos estranhos, não via seu rosto, mas o cabelo caia nos ombros e no pescoço ela tinha um colar com o simbolo da Deusa, o nó de Isís.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Opiniões?
Piadinha toc-toc?
Sugestões?
Criticas?
Convulsões sobre o teclado?

SEGUEM O CAMINHO DE QUAIS DEUSES?
(Eu sigo o caminho de Isis)

É isso, beijos ;)



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