Riddles Riddles escrita por themuggleriddle


Capítulo 40
Capítulo 40




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/42727/chapter/40

– Acabou! A guerra acabou!

Todos os alunos do Grande Salão viraram para encarar o menino do quinto ano da Grifinória que segurava uma cópia d'O Profeta Diário que havia acabado de ser deixada pela sua coruja. O garoto estava radiante, erguendo o jornal para que todos pudessem ver a manchete:GRINDELWALD DERROTADO.

Não demorou muito para que uma multidão de estudantes se amontoassem em volta do jovem grifinório, tentando ver o jornal, ou agarrassem as suas corujas para pegarem as suas cópias d'O Profeta Diário. No outro canto do salão, uma garota havia gritado que aquele trouxa alemão, Adolf Hitler, havia morrido, e que a guerra deles também estava acabando.

Os professores não tentaram acabar com a agitação dos alunos, afinal, eles também estavam felizes com a notícia do fim da guerra e sabiam que não seria fácil pedir para aqueles jovens bruxos e bruxas pararem de comemorar e voltarem para as aulas.

Naquele dia, nenhum aluno de Hogwarts prestou muita atenção na matéria das aulas... Eles tinham coisas mais importantes para fazer, como comemorar o fim das guerras e assistirem a última partida de Quadribol do ano.

****

– Não acredito que você realmente me arrastou para aquele jogo e Quadribol – Riddle resmungou enquanto saía do estádio com Hermione – E a Grifinória nem ganhou! Último jogo da temporada e a sua casa perdeu...

– Tudo bem, Tom, eu entendi... Eu fiz você perder o seu precioso tempo – a menina riu – Mas você não podia ficar no castelo o dia inteiro, está fazendo um lindo dia e...

– Tinha uma bela partida de Quadribol para acontecer, Grindelwald fora derrotada, Hitler se suicidara e o mundo ficou lindo – o rapaz falou com sarcasmo – Os problemas do mundo não acabaram porque as guerras acabaram.

– Eu sei disso, mas vamos comemorar esse momento de paz,tudo bem? Ron me disse que a Lufa-Lufa vai fazer uma festa na sala comunal deles... Comemorando a vitória no Quadribol e o fim da guerra, o que você me diz?

O sonserino a encarou por um tempo com uma expressão que dizia obviamente “nem pense em me levar para aquele lugar”, mas ela apenas riu e puxou-o pela mão em direção ao castelo.

– Vai ser divertido, eu prometo.

– Claro, muitos lufos e grifinórios... – ele sussurrou, soltando um muxoxo – Não existe companheiros melhores do que lufos e grifinórios.

****

Tom não gostava de lugares cheios e barulhentos, mas era em um lugar cheio e barulhento que ele se encontrava naquela noite, em meio a vários estudantes felizes e agitados.

– Hermione, será que podemos...

– Não, vamos ficar mais um pouco.


– Por Merlin, esse lugar é o inferno! Não precisamos ficar aqui e... Aquele é o Hagrid!? – o rapaz perguntou, olhando fixamente para um garoto enorme que acabara de entrar na sala comunal da Lufa-Lufa – Pensei que ele fosse guarda-caças, não se metia em assuntos dos alunos...

Hermione se virou para observar o rapaz de quem Riddle estava falando. Ela conseguia ver naquele garoto o Hagrid que ela conhecia... Muitos anos mais novo, é claro, mas ainda era o mesmo meio-gigante simpático que ela conhecera em seu primeiro ano em Hogwarts.

– Ele parece legal.

– Legal? Ele foi expulso do colégio por criar monstros e... Por que você está me olhando assim? – Tom perguntou ao ver a namorada o olhando com o rosto sério.

– Ele pode ter sido expulso, mas ainda assim parece ser bem simpático... Olha, quero falar com você – ela o puxou para um canto mais isolado do salão.

– Não comece a discutir por causa daquele...

– Não quero discutir com você, quero te dar uma coisa.

– Hermione...?

– No Natal, você me surpreendeu com aquele livro... Quero dizer, naquela época nós nos odiávamos! Você tinha tentado me torturar fazia alguns dias e...

– Eu entendi, Hermione – o sonserino riu – Não éramos muito chegados um no outro.

– Mas daí você me deu aquele livro e eu não te dei nada - a menina ergueu a mão para que o outro não começasse a falar – Deixa eu terminar... No Dia dos Namorados você me surpreendeu ainda mais – ela apontou para o colar que ele lhe dera – E eu queria te dar alguma coisa...

– Eu já disse que não precisa – Tom resmungou, observando a garota pegar alguma coisa dentro do bolso da capa – Hermione...

– Tarde demais, já comprei – ela riu e colocou alguma coisa na mão dele – E é feio devolver um presente... Espero que goste.

O rapaz olhou para o pequeno objeto que ela lhe entregara. Era um tipo de serpente prateada que lembrava muito a serpente do brasão da Sonserina.

– É um broche – Hermione deu um sorriso tímido – Não sei se vai lhe servir para alguma coisa, mas eu pensei em você na hora que eu vi... Na nossa última visita a Hogsmead, quando você ficou no castelo fazendo a redação de História da Magia.

– Muito obrigado, Hermione – Riddle sussurrou, inclinando-se para perto da garota e beijando-lhe os lábios.

– De nada...

Perfeito, estava tudo perfeito.

– Será que agora...?

– Não, Tom – a garota riu e beijo-o de novo, enroscando uma mão nos cabelos escuros dele e puxando-o para mais perto – Você já pensou em se enturmar com pessoas das outras casas?

– Eu conheço pessoas das outras casas, não preciso conhecer mais.

Hermione sorriu e se afastou dele. Charlus Potter, que estava perto deles fazia um tempo, aproximou-se com Dorea e deu um grande sorriso para eles.

– Olá! Riddle... Eu não esperava vê-lo por aqui – o rapaz falou.

– Não é como se eu estivesse muito entusiasmado com a idéia dessa festa.

– Pega! – o grifinório empurrou um copo cheio de firewhisky nas mãos do outro rapaz – Beba um pouco, seja feliz!

– Você está bêbado, Potter? – Riddle perguntou, arqueando uma sobrancelha e vendo como o garoto estava rindo feito idiota – E onde foi que você conseguiu firewhisky?

– Os lufos que conseguiram – Dorea deu um sorrisinho – E, como o Charlus disse, seja feliz, Riddle... Temos vários motivos para comemorar.

Hermione sorriu, vendo o casal se afastar de braços dados, e virou-se para olhar Tom.

– Não irei me surpreender se um dia ver que ela virou a Sra.Potter – o rapaz murmurou, o olhar fixo no casal.

– Eles combinam – a menina olhou em volta, vendo Ron acenando para ela – Tom, volto logo... Só vou ver o que o Ron quer.

– Você vai me deixar aqui sozinho?! – o sonserino perguntou, aquela expressão de coitado tomara conta do seu rosto de novo.

– Você não vai morrer se ficar sozinho por alguns minutos!

A bruxa riu e foi em direção ao amigo, que estava parado ao lado de Harry e do enorme garoto que era Rubeus Hagrid mais novo. A cabeleira escura quase ocultava os olhinhos brilhante de besouro do rapaz quando ele se voltou para olhar Hermione.

– Hey, Mione, este é Rubeus Hagrid! – disse Ron, dando uma piscadela para a amiga.

– Olá, Rubeus – a garota sorriu, vendo Hagrid dar um sorriso gentil para ela.

– Rubeus era da Grifinória, mas...

– Acabei sendo expulso – o rapaz deu um sorrisinho triste – Mas Dumbledore convenceu o prof.Dippet a me deixar no posto de guarda-caças! Grande homem, o Dumbledore, não?

Hermione sorriu ainda mais. Parecia que Hagrid já era totalmente leal ao futuro diretor de Hogwarts.

– Me diga, Hermione... Eu não pude deixar de notar que você estava com o Riddle... – Rubeus comentou, parecendo estar com medo de tocar no assunto.

– Ah, os dois estão namorando – Harry se intrometeu na conversa – Nós já tentamos colocar na cabeça dela que ele não é bom o suficiente para ela, mas...

– Harry, por favor!

– Sabe, ele pode prejudicar você, caso ele queira – Hagrid murmurou.

– Não me diga que vocês só me chamaram aqui para voltar com esse assunto de “Riddle é ruim para você” – a garota colocou as mãos na cintura e encarou os amigos – Achei que você já tinham superado isso tudo...

– Mione! Tudo bem! – Ron ergueu as mãos, sinalizando para ela parar de falar – Vamos parar de falar sobre o Riddle.

A menina respirou fundo e olhou para Tom, que parecia estar sobrevivendo bem o seu momento de solidão, aceitando outro copo de firewhisky que agora Septimus Weasley estendia para ele.

– Mas é interessante, sabe... Riddle nunca namorou ninguém enquanto eu ainda estudava aqui – o rapaz gigante falou – E não era por falta de pretendentes.

– Já me disseram isso – a bruxa sorriu.

– Você deve ter alguma coisa especial, para ele ter te dado uma chance –novamente o sorriso gentil apareceu no rosto de Hagrid – É a primeira vez que eu vejo Tom Riddle baixar a guarda.

– Falando em baixar a guarda – Harry murmurou – Quantos copos de firewhisky ele bebeu?

Hermione olhou para onde o amigo estava apontando. Tom estava no mesmo canto de antes, mas estava sorrindo feito idiota e conversando com Charlus e Minerva... Alguma coisa estava errada.

– Parece que o nosso monitor-chefe acabou exagerando na dose de bebida – o rapaz de olhos verdes riu, vendo a amiga ir em direção ao namorado.

A grifinória observou como o rapaz parecia descontraído, diferente de como ele estava antes de se deixar levar pela bebida.

– Charlus... Quantos copos ele bebeu?


– Acho que uns três...Acho que começou a beber porque não tinha mais nada para fazer quando você saiu de perto dele – o bruxo riu – Ele está falando de Quadribol com a Minerva! Quadribol!

Hermione olhou para o namorado e começou a prestar atenção na conversa dele com McGonagall.

– Então, você tem medo de voar? E é por isso que você odeia Quadribol? – Minerva perguntou.


– É... Idiota, não? Acho que você não se lembra, mas eu quase caí da vassoura na nossa primeira aula de vôo – o sonserino deu de ombros – Foi meio humilhante, sabe? Ter que voltar para a sala comunal da Sonserina e ouvir todos aqueles sangues-puros idiotas falarem sobre como aprenderam a voar com os pais...

– Eu sempre acabo esquecendo que você não é puro sangue – disse Charlus – Você consegue notas muito melhores do que muitos puros sangues de Hogwarts.

– É verdade, não? – o rapaz riu debochadamente e seus olhos brilharam de excitação quando ele viu que Hermione estava perto deles – Mas eu não sou o único aluno com sangue trouxa que consegue ser melhor do que sangues-puros... Não é, Hermione? – ele a puxou para perto dele.

– No fim das contas, vocês dois combinam – disse Minerva.

– Combinamos, não é? – Tom sorriu e puxou a namorada para mais perto de si mesmo, beijando-a demoradamente.

– Tom – a menina sussurrou, afastando-se do outro – Você não está... Vamos voltar para o dormitório, pode ser? Era isso o que você queria.

– Já? Mas eu estava falando com a McGo... McGona... – o garoto se enrolou para falar o sobrenome da artilheira grifinória – Com a Minerva! O seu nome é difícil de dizer...

– Só quando você está bêbado – a garota riu.

– Eu não estou bêbado! – Riddle exclamou enquanto era arrastado para fora da sala comunal da Lufa-Lufa por Hermione.

****

Alguns alunos que continuavam andando pelos corredores do castelo não deixaram de olhar quando Hermione Granger passou pelos corredores com Tom Riddle agarrado nela, sorrindo e falando muito e muito alto... Não era uma coisa que se via todos os dias.

– Está todo mundo olhando para nós...

– Claro! Não é todo o dia que você vê o rapaz mais sério de Hogwarts andando bêbado pelo meio dos corredores – Hermione murmurou enquanto abria o retrato do dormitório deles.

– Você viu a cara do Avery quando passamos por ele? – o sonserino riu enquanto era guiado pela namorada para o seu quarto.

– Ele deve estar achando que eu fiz alguma coisa com você – ela riu.

– E você não fez?

– O que? Não! Você acha que fui eu que mandei Charlus te dar bebida para que você ficasse bêbado e...

– Não estou falando disso – Tom riu alto – Tem certeza que você não fez nada comigo? Quero dizer... Eu estou cada vez mais distante de Avery e Lestrange, parei de achar que você era apenas uma sabe-tudo insuportável...

– É bom saber que você achava que eu era isso – a grifinória fingiu estar chateada,mas acabou rindo – Tudo bem... Eu também achava que você era apenas um sabe-tudo metido.

– O que eu quero dizer é que... Eu estou me achando estranho – Riddle falou, parando de sorrir por um momento e indo se deitar na cama – Alphard, Canopus e Abraxas perceberam isso também, tanto que não estão mais tão próximos de mim.

– Acho que meus amigos não foram os únicos que não gostaram do nosso namoro.

– Mas eles não tentaram me torturar por causa disso – ele falou.

– Tom, foram os seus amigos que me torturaram.

– Ah, é verdade.

– Aliás...O que você fez com eles depois disso, Tom?

– Apenas deixei claro que não queria ninguém machucando as pessoas que eu gosto – o sonserino voltou a sorrir quando viu que Nagini havia se enroscado em volta do seu pescoço –Olá...

Hermione sorriu ao ver o rapaz acariciar a serpente e sorrir. Ele tinha razão... Aquele garoto deitado na cama estava muito diferente do Tom Riddle que ela havia conhecido no orfanato. Sim, ele continuava sendo o rapaz frio, inteligente e sarcástico que era, mas a garota agora conseguia ver nele mais do que apenas o Lord das Trevas que ela costumava ver.

– Tom... – ela começou a falar, mas percebeu que o rapaz havia caído no sono – Merlin, você é um fraco pra bebidas!



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!