Riddles Riddles escrita por themuggleriddle


Capítulo 39
Capítulo 39




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– Tom?

Hermione, aquela voz pertencia à Hermione. Ele abriu os olhos e se viu parado no meio de um grande pátio escuro. No centro do lugar havia uma fonte com quatro estátuas: um casal de bruxos, um centauro, um duende e um elfo-doméstico... Todas as estátuas eram douradas e lançavam água na fonte. Tom reconheceu aquele lugar, já havia visto uma foto da Fonte dos Irmãos Mágicos, que ficava no Ministério da Magia.

– Como chegamos aqui? – o rapaz perguntou, aproximando-se da garota e segurando as mãos dela.

Ela não respondeu, apenas olhou para alguma coisa que estava acontecendo atrás dele.

– Por quê? – a menina murmurou, com os olhos castanhos ainda fixos em algum ponto atrás de suas costas.

– O que houve? – Riddle se virou e, assim que viu o que chamava tanto a atenção da garota, sentiu o ar faltar.

Aquele mesmo homem da mente de Hermione e de seus sonhos estava parado a alguns metros deles. Os olhos vermelhos com pupilas de fendas os encaravam com seriedade, como se ele tentasse entender o que estava acontecendo entre eles. Antes que Tom pudesse falar qualquer coisa, os lábios finos do bruxo se deformaram em um sorriso cruel e uma risada alta irrompeu de sua boca.

– Você é um tolo – aquela voz era suficiente para causar arrepios em qualquer pessoa – Amor é uma coisa que apenas o destruirá.


– Não é verdade – Hermione murmurou.

– Calada, sangue-ruim! – o rapaz sentiu a namorada se encolher atrás dele e agarrar o seu casaco com força - Você, Granger, não vai me destruir, se é isto que você quer fazer...

– Não quero te destruir... – a menina choramingou – Não quero te machucar, eu só quero te ajudar, Tom...

– Tom? Por que você o chamou de Tom? – o rapaz perguntou, voltando a olhar o rosto encharcado de lágrimas da grifinória – Hermione... O que está acontecendo?

Riddle ouviu a risada alta e fria do bruxo desconhecido... Ele reconheceu aquela risada de algum lugar, mas não sabia dizer da onde.


****

A luz que entrava pela janela de seu quarto irritou os seus olhos quando ele os abriu de repente, acordando daquele sonho esquisito. Ficou olhando para o teto por um tempo, esperando a sua respiração voltar ao normal para depois olhar para o lado, onde Hermione dormia tranqüilamente apoiada com a cabeça apoiada em seu peito.

Sentiu os cantos dos lábios se curvarem num pequeno sorriso enquanto ele afagava os cabelos armados da garota de leve. A grifinória resmungou alguma coisa e se mexeu um pouco, procurando uma posição mais confortável para dormir.

– Hermione... – ele sussurrou, beijando-lhe de leve a testa – Já devem ser umas onze horas.

– Tom, é domingo – a garota sussurrou, sem abrir os olhos – Podemos ficar aqui quanto tempo quisermos...

– Vamos perder o almoço.

– Você não é o rapaz que assalta a cozinha de madrugada? Podemos fazer isso...

– Não quero dar mais trabalho para os elfos – o rapaz riu.

– Pelo amor de Merlin, Tom – Hermione apoiou-se em seus cotovelos para poder olhar para ele – Você quer tanto sair da cama?

– Vamos dizer que eu não estou acostumado a ficar na cama até muito tarde...

– Tudo tem uma primeira vez, não?

****

– Hermione não apareceu no café da manhã – Ron falou, olhando para a mesa do almoço – E não está aqui...

– Talvez ela tenha dormido até tarde – disse Harry.

– Vocês estão falando da Mione? – Minerva se sentou perto deles.

Os dois concordaram com a cabeça, olhando para a artilheira da Grifinória.

– Ela não foi até Hogsmead ontem... Aliás, Harry, Mary Dolinsky passou o dia falando para as amigas que você era tímido demais para ir se encontrar com ela em Hogsmead, mas não havia descartado a idéia de namorá-la, é verdade? – a garota perguntou.

– O que? Não! Eu nem falei com ela – o rapaz de cabelos escuros falou, sentindo o rosto corar – E a Mione não foi até Hogsmead porque... O Riddle não queria ir, eu acho.

– Riddle é um anti-social.

– Foi isso o que nós falamos para ela – o ruivo riu – Mas ela apenas falou que não, ele apenas “não gostava de lugares cheios”.

– Bom, isso é verdade – McGonagall sorriu – Riddle é quieto, sabe? Acho que ele não gosta de bagunça, por isso prefere ficar sozinho...

– Anti-social – Ron riu.

– Ele pode ser um anti-social, mas sempre consegue ter quem ele quiser por perto – a grifinória falou – A quantidade de cartões de Dia dos Namorados que ele ganha é absurdamente grande...

– Merlin, o que diabos as pessoas vêem nele?!

Minerva encarou o garoto com uma expressão que dizia claramente “você é cego ou o que?”.

– Ele é bonito, inteligente e educado, Ron – a garota explicou – Pena que é um sonserino nojentinho...

****

Tom entrou no quarto e olhou para a cama, onde Hermione continuava deitada de bruços. Rindo, o rapaz se aproximou e se sentou ao lado dela.

– Você vai passar o dia inteiro aí? – ele viu a garota concordar com a cabeça – Você é última pessoa no mundo que eu imaginaria desperdiçando um dia para ficar dormindo...

– Pare de reclamar e deita de novo – ela o puxou pelo braço, fazendo-o se deitar ao seu lado.

– Será que você poderia pelo menos colocar uma roupa?

A grifinória riu e esticou o braço para pegar a peça de roupa mais próxima: uma camisa do uniforme de Tom que jazia abandonada do lado da cama. Colocou a camisa e a abotoou, antes de voltar a se deitar com a cabeça apoiada no peito do outro.

– É impressão minha, ou você gosta de dormir assim? – Riddle perguntou, rindo baixinho.

– Gosto de ouvir o seu coração – a menina sorriu, fechando os olhos e ouvindo os batimentos cardíacos do rapaz.

– Por quê?

– Me faz... – Hermione começou a falar, mas ficou calada, “Me faz lembrar que você ainda é humano, ainda não virou Voldemort” – Me faz me sentir bem.

– Você é uma garota estranha, Hermione.

– Você não é o rapaz mais normal que eu já conheci, Tom.


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Notas finais do capítulo

Notas da autora relendo isso 5 anos depois: por que, merlin, por que eu escrevi isso? Não, tipo, eu entendo que blablabla eu tinha 16 anos, mas MANO. Why.