Riddles Riddles escrita por themuggleriddle
– Vejam isto! – Malfoy riu, erguendo um cartão vermelho que havia acabado de chegar em uma coruja desconhecida – Para: Abraxas Malfoy, de: Christine Schade .... Quem é Christine Schade ?
– Uma corvinal do quinto ano – Cygnus Black respondeu, apontando para uma menina de cabelos castanhos que estava sentada em outra mesa e encarava o loiro com um sorrisinho nos lábios – O que está escrito?
– “Gostaria de saber se você não gostaria de passar o dia comigo em Hogsmead, Sr.Malfoy” – Abraxas riu – “Com carinho, Christine Schade”.
– Vai aceitar?
– Vamos ver o que mais eu irei receber – o sonserino deu uma piscadela para o outro – Avery! Lestrange! Ganharam alguma coisa?
– Chocolates da Honeydukes! – Canopus mostrou uma caixa de doces – Não tinha o nome de quem enviou.
– A garota é tímida! – Avery riu ao lado do amigo e estendeu a mão para pegar um dos chocolates da caixa – Ainda não recebi nada.
– Hey! São meus!
Os sonserinos continuaram a conversar sobre os cartões e presentes de Dia dos Namorados que haviam recebido. Hogwarts estava cheia de corujas voando para lá e para cá naquele 14 de Fevereiro... As aves carregavam bilhetes e presentes que os alunos mandavam um para o outro.
– Bom dia, Ron – Charlus cumprimentou o amigo ao chegar na mesa, acompanhada de uma Dorea sorridente – Me diga uma coisa... Você vai mandar alguma coisa para a McGonagall?
O ruivo quase engasgou ao ouvir o que o Potter havia falado. Ron ainda não acreditava que tinha se descuidado a ponto de ficar com a sua futura professora de Transfiguração.
– Hm... N-Não... Por quê?
– Mas... Na festa da Lufa-Lufa, vocês dois... – Dorea começou a falar, mas preferiu ficar quieta – Ah, deixe para lá.
– Você acha que ela está esperando eu dar alguma coisa?
– Não sei – Charlus deu de ombros – Mas ela está igual a você... Sabe, não deu muita importância para o que aconteceu naquele dia e...
– Eles estavam bêbados – Harry, que estava sentado ao lado de Ron, falou – Ah, bom dia, Mione.
– Bom dia, Harry – a garota sentou-se ao lado dos amigos – Estão falando da Minerva de novo? Ron, eu só espero que vocês dois voltem a conversar...
– Bom dia, Mione – o ruivo resmungou – Eu vou falar com ela! Não é como se algo tão terrível tenha acontecido... Nós não levamos aquilo a sério.
– Porque estavam bêbados – Charlus riu.
Harry e Hermione riram junto, vendo o outro Potter e Dorea se afastarem para conversar com algumas amigas da garota. Ron parecia estar quase cavando um buraco para se esconder.
– Quando é que vocês vão esquecer que isso aconteceu? – ele perguntou, enterrando o rosto nas mãos.
– Nunca! – Harry riu alto.
– Me digam, receberam algum cartão de Dia dos Namorados? – Hermione perguntou, dando um sorrisinho para eles.
– Nenhum – disse o rapaz de cabelos escuros – Se no futuro nós não recebemos, por que receberíamos aqui?
A garota deu de ombros e, antes que qualquer um deles pudesse falar alguma coisa, uma coruja negra pousou na frente de Harry e deixou um envelope rosa claro na frente do garoto.
– Recebeu um! – a menina riu – Vamos, Harry, abra!
O rapaz tinha o rosto vermelho enquanto abria o envelope e lia o que estava escrito na carta... Ele apenas ficou mais corado enquanto a lia.
– Cara, o que está escrito? – Ron perguntou, rindo da expressão do amigo, e tirou a carta das mãos dele – "Vem viver esse momento, passear com a minha felicidade,caminhar de mãos dadas com o meu amor,e adormecer com os meus carinhos!"
– Quem mandou!?
– Merlin, Mione! Você está muito alegre hoje – o ruivo fez uma careta – Mary Dolinsky... Já ouvi esse nome... Ah! Joga como artilheira na Corvinal! Sexto ano... Ela quer que você a acompanhe até Hogsmead hoje, você vai?
– Não! – se era possível Harry ficar mais vermelho, ele ficou.
– Coitada, ela deve ter demorado para fazer uma frase tão... tocante como esta – o Weasley riu – E você a irá dispensar.
– Podemos esquecer isso?
– Não – Ron guardou a carta dentro das vestes – Mione, me lembre de mostrar isto à Fred e George! Eles irão adorar ver como o Harry arrasa corações.
– Falando em Hogsmead – a garota murmurou – Vocês vão lá hoje?
– Acho que sim, não tem nada pra fazer aqui no castelo - respondeu Harry – Você e o... o Riddle vão?
– Não falei com ele sobre isso – disse Hermione, olhando para o próprio colo – Mas acho que ele não vai querer ir... Vocês sabem como ele...
– É anti-social? – completou Ron.
– Como ele não gosta de lugares muito cheios de gente – a garota encarou o amigo com um olhar severo.
– Anti-social – os dois rapazes concordaram.
A grifinória não pôde deixar de rir... Ela sentia falta daqueles momentos com os amigos.
****
Tom Riddle passara o dia dentro de seu dormitório, pois sair de lá no Dia dos Namorados era um convite para ter várias meninas de todas as idades correndo para lhe entregar cartões e presentinhos inúteis... Não que ele tivesse escapado disso, já que várias corujas haviam chegado ao seu quarto naquela manhã.
– Posso saber o que você está fazendo?
O rapaz ergueu a cabeça para ver Hermione parada na porta de seu quarto, sorrindo para ele.
– Conferindo as cartas que eu recebi – ele ergueu um maço de envelopes.
– Merlin, você é desejado por toda a escola – a garota riu, aproximando-se da cama dele e sentando-se ao seu lado - Você recebeu cartas de meninas do terceiro ano! E... “Meu amor por você corta o fôlego e a palavra”... De quem é isto?
– Da sua amiga, Emma.
– Quem?
– Emma Rankin – o sonserino riu – Essa é a última folha só... A carta dela tinha duas.
– E isto? – Hermione apontou para uma caixa de Bolos de Caldeirão.
– A Srta.Rankin gosta de gastar dinheiro com estas coisas.
A garota riu, perguntando-se se Tom passava todos os Dias dos Namorados sentado na cama, lendo cartas e comendo chocolates.
– Você não tem medo de que alguém coloque uma Poção do Amor dentro desses doces? – a grifinória perguntou, lembrando-se de quando Ron ficara sob o efeito de uma dessas poções.
– Acho que ninguém ousaria fazer isso – Riddle murmurou, jogando um monte de cartas no chão – Mentira... Uma vez, uma garota tentou, mas eu consegui perceber antes de comer.
– Quem foi a esperta?
– Uma corvinal, Myrtle Mortmore.
– Nunca vi essa garota aqui... – Hermione falou, tentando se lembrar da tal Myrtle.
– Vai ser meio difícil você vê-la – o rapaz explicou, ficando sério de repente – Ela morreu, faz uns dois anos... Aconteceram algumas coisas aqui em Hogwarts e ela foi morta.
A garota ficou quieta e arregalou os olhos. Ela conhecia Myrtle Mortmore, mas por outro nome... A Murta-que-geme, o fantasma da garota morta pelo basilisco no banheiro feminino.
– O-O que aconteceu com ela?
– Ninguém sabe – disse Tom, jogando o resto das cartas no chão – Apenas a encontraram morta no banheiro feminino... Vamos parar de falar disso, Hermione. Que horas são?
– Tudo bem – a menina olhou para o relógio de pulso – Dez horas.
Ela viu um sorriso malicioso se formar nos lábios do rapaz enquanto ele se levantava da cama.
– Venha.
– Aonde? – a grifinória perguntou, seguindo-o para fora do quarto.
Hermione foi atrás do namorado, que agora saía do dormitório dos monitores e seguia pelo corredor até as escadas. A menina não falou nada por um bom tempo, apenas seguiu o rapaz, que a conduzia pelos corredores escuros e silenciosos.
– Tom, aonde é que você está indo? Já está tarde, se alguém nos pegar fora da cama...
– Somos monitores, Hermione – o sonserino riu – Não irão nos perturbar quanto a isso.
A garota percebeu que eles agora estavam na frente do quadro que levava até a cozinha de Hogwarts.
– A cozinha? – a grifinória perguntou, enquanto entrava pelo buraco do quadro que acabara de se abrir para eles.
– Para alguém que não completou nem um ano em Hogwarts, você já sabe bastante coisa sobre o castelo – o garoto comentou, fechando o quadro atrás de si e não vendo o rosto da outra corar.
Hermione viu os elfos domésticos que ainda estavam trabalhando os observarem com curiosidade enquanto ela e Tom se sentavam em uma mesa onde, provavelmente, os elfos preparavam os pratos das refeições.
– Certo, estamos na cozinha – a garota perguntou – E agora?
– O que diabos você faz numa cozinha, Hermione?
– Eu... como alguma coisa?
– Sim, então, o que você quer comer? – o rapaz perguntou – Os elfos já têm algumas coisas preparadas par ao café da manhã...
– Como você sabe dessas coisas? Por acaso vem aqui de madrugada pra comer? – a garota riu e depois se virou para um elfo doméstico que passava perto dela – Com licença? O que vocês tem já preparado aqui?
– Senhorita, Dinky tem a comida do café da manhã, senhorita! – a criaturinha falou com a voz esganiçada – Bolo, brownie, biscoitos...
– Será que você poderia trazer para nós dois pedaços de brownie, Dinky? – a menina perguntou com um tom amável, vendo o elfo concordar com a cabeça e sair correndo – Obrigada! O que foi Tom?
O rapaz, que a encarava com uma expressão curiosa, sacudiu a cabeça e riu.
– Nunca vi ninguém falar deste jeito com um elfo doméstico.
– Não gosto quando os tratam como se eles não tivessem sentimentos – a grifinória explicou – Acho que devemos falar com eles do mesmo jeito que falamos com pessoas...
– Eles não são pessoas, Hermione.
– Mas eles têm sentimentos, assim como pessoas... Olha, vamos parar de falar disso, tudo bem?
– Tudo bem... Será que eles demoram pra trazer a comida? – o sonserino fez uma careta.
– Pare com isso – ela balançou a cabeça e viu que outro elfo se aproximava com dois pratos – Viu? Eles são rápidos... Obrigada.
O elfo doméstico colocou os pratos para eles e saiu quase que correndo, depois de fazer uma reverência exageradamente grande para os dois adolescentes. Hermione riu ao ver como o rapaz a sua frente comia o bolinho com gosto... Como uma criança que espera o dia inteiro para a mãe deixá-la tocar no doce.
– Quem diria... Tom Riddle, o garoto de ouro de Hogwarts, é desesperado por doces – a menina viu Dinky, o elfo, se aproximar novamente, trazendo para eles duas xícaras de chá – E por chá... Sério, quantas vezes você vem aqui por semana? Os elfos já sabem até o que você bebe.
– Vamos dizer que eu venho bastante aqui – o garoto riu – Antes dos N.O.Ms, eu vinha aqui quase toda a noite... Mas era mais difícil vir, já que eu não tinha a desculpa de monitor-chefe.
– Mas você já era monitor da Sonserina, não?
– Sim, mas ainda existia alguns professores que me perturbavam por estar fora da cama depois do toque de recolher – ele explicou, tomando um gole de chá – Dumbledore, por exemplo.
A menina sorriu e voltou a sua atenção para a comida, tentando imaginar o que Harry e Ron deveriam estar fazendo naquele momento... “Não estão comendo brownie”, ela riu.
– O que foi?
– Só estava pensando... Ron vai ficar muito irado quando descobrir que nós conseguimos comer isso e ele não – a grifinória explicou, apontando para o bolo – Ele é desesperado por comida.
– Eu já percebi isso – o rapaz riu debochadamente enquanto empurrava o prato vazio para longe e terminava de beber o seu chá – Ah, eu tenho... Ahm, feche os olhos.
Hermione sorriu nervosa e fez como o outro havia pedido. De olhos fechados, ela ouviu o sonserino ir até ela e erguer-lhe o cabelo, colocando alguma coisa fria em volta de seu pescoço.
– O que é isso, Tom?
– Pode abrir.
A menina abriu os olhos e olhou para baixo, vendo que o namorado havia colocado em volta de seu pescoço uma corrente fina e prateada com um pingente pendurado na ponta.
– Tom, isto é... Lindo – a grifinória falou, segurando o pingente em forma de borboleta cravejado de brilhantes – Sério, quanto custou? Deve ter sido caro!
– Pelo amor de Merlin, Hermione! É um presente... Não se pergunta o preço de um presente – o rapaz riu – Eu pensei em comprar um que tinha um pingente de cobra, eu achei mais bonito... Mas alguma coisa me disse que você e o seu orgulho grifinório não iriam gostar.
– Eu gostei da borboleta – ela sentiu o rosto corar – Muito obrigada.
– Nós já tivemos o nosso lanche da noite... Que tal voltarmos para o dormitório? – perguntou Riddle, estendendo-lhe uma mão.
– Claro – a garota aceitou a mão dele e sorriu – Foi um lanche bem romântico.
A caminhada de volta ao dormitório foi silenciosa. Hermione não parava de sorrir, sentido-se uma idiota por isso, enquanto andava de mãos dadas com o futuro Lord das Trevas. Assim que chegaram ao local, Riddle foi para o seu quarto para “limpar a bagunça de cartões idiotas” que havia no aposento.
– Tom... – a menina murmurou, parando na porta do quarto do outro – Esta é a segunda vez que você me dá um presente e eu... Bom, não te dou nada.
– Não se preocupe com isso – ele sorriu, largando o monte de papeis dentro do lixo e indo para perto dela.
– Sério, Tom, eu me sinto mal com isso – a garota riu nervosamente – Você já me deu aquele livro e agora isto... – ela apontou para o colar – Quero te dar alguma coisa em troca.
– Hermione, em nome de Merlin... – o rapaz a beijou – Não se preocupe com isto.
A garota se calou para poder beijá-lo. Os braços do outro se enroscaram em sua cintura e a puxaram para mais perto. Hermione levou as mãos aos cabelos escuros dele, bagunçando os fios tão bem arrumados e sentiu o rosto corar ao perceber que o sonserino tinha as mãos por dentro da sua camisa.
– Tom... – ela sussurrou quando os lábios do garoto deixaram os seus lábios e foram para o seu pescoço – Tom... Eu te amo.
A grifinória sentiu o corpo do rapaz ficar estático por um momento, como se ele tivesse se espantado com as palavras dela. Já estava preparando alguma coisa para falar quando ouviu a voz rouca de Riddle sussurrar ao seu ouvido.
– Eu sei...
Hermione riu e o abraçou com força.
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Nota da autora relendo isso 5 anos depois: meu deus que coisa mais aisgdiyasgdiadsg eu não sei escrever romance hoje em dia direito e definitivamente não sabia escrever romance back then. Me perdoem.