Riddles Riddles escrita por themuggleriddle


Capítulo 37
Capítulo 37




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Ser monitora-chefe sempre fora o sonho de Hermione, mas as patrulhas noturnas que ela era obrigada a fazer quase faziam com que ela desistisse do cargo, afinal, ficar andando pelos corredores durante a noite, depois de um dia inteiro de aula, não era uma coisa muito legal de se fazer... Pelo menos agora ela tinha alguém para acompanhá-la.

– Então, Pevensie e Purkiss voltarama a falar com você?

– Sim – a garota sorriu, olhando para o namorado – O que houve, Tom?

– Você vai me abandonar para ficar com eles? – o rapaz perguntou, fingindo estar deprimido.

– É claro que não! – Hermione riu – Ah, Tom, você fica hilário com esta cara de tristeza!

– Hilário? – Tom arqueou uma sobrancelha – Tudo bem, Srta. Granger, irei me lembrar disto... Pode deixar.

A menina sorriu e, antes que pudesse falar mais alguma coisa, se deparou com Tom a beijando nos lábios. A grifinória levou uma mão até os cabelos do outro e afagou os fios escuros, sentindo um sorriso se formar nos lábios dele.

– Estamos no meio do corredor, fazendo patrulha – Hermione murmurou, afastando-se do namorado.

– Vamos dar mais uma andada pelo segundo andar e depois nós voltamos para o dormitório – Tom murmurou, beijando a bochecha da garota de leve.

– Acho que nem precisamos ir, está tudo tão tranqüilo.

O rapaz riu baixinho e beijou-a de novo, mas logo se separaram ao ouvirem um barulho esquisito... Pareciam vozes abafadas misturadas com passos.

– O que é isso?

Hermione reconheceu aquele barulho, e percebeu o que estava acontecendo quando viu que não havia absolutamente ninguém no corredor.

– Deve ser apenas um gato...

– Um gato falando, Hermione?

– Ou um fantasma – a menina sorriu sem graça - Olha, Tom, vai indo para o quarto, eu já vou... Vou dar uma olhada por aqui. Rapidinho.

O rapaz a encarou por um tempo, mas logo voltou para o seu caminho até o dormitório. Hermione andou por entre as armaduras e, depois de não ouvir mais nenhum barulho, parou de andar, colocando as mãos na cintura.

– Charlus? – ela chamou – Eu não lhe darei detenção, nem tirarei pontos da Grifinória se você aparecer agora.

– Como é que você soube? – a voz masculina do grifinório soou no corredor vazio, logo Charlus Potter e Dorea Black estavam parados na frente dela.

– Adivinhei – ela riu – Nem vou perguntar o que vocês estavam fazendo...

Dorea ficou com o rosto vermelho e o garoto deu uma risada sem graça.

– Merlin, parem com isso! Coloquem essa capa e voltem para a Torre da Grifinória – a menina riu e acenou para os dois, que logo desapareceram debaixo da capa da invisibilidade.

Hermione deu as costas para eles, antes de voltar em direção ao dormitório dos monitores.

***

– E então, o que era?

– Peeves , o que você achava que era? – Hermione perguntou, sentando-se ao lado do rapaz.

– Algum aluno fora da cama? – ele respondeu, passando um braço em volta dos ombros dela.

– Por que esperar o pior dos alunos? Coitados...

– Você sabe como eles são, sempre querem dar um passeio pelos corredores de madrugada... Os que mais são pegos fora da cama são os do primeiro, segundo e sétimo ano.

– Ora, Tom, os estudantes do primeiro e segundo ano são novos em Hogwarts, eles gostam de sair andando pelo castelo, conhecendo os lugares – a menina riu baixinho – Mas os do sétimo ano...

– Acham que, por estarem no último ano de colégio, têm o direito de fazer o que quiserem – o sonserino completou.

A garota descansou a cabeça no braço de Riddle e fechou os olhos. Ela estava feliz... Tinha Harry e Ron ao seu lado novamente, e ainda podia ficar perto de Tom... Era claro que os amigos não estavam tão felizes com a decisão dela de manter o namoro com o futuro Lord das Trevas, mas eles não brigaram mais por causa deste assunto.

– Posso perguntar uma coisa? – ela ouviu a voz do rapaz perguntar.

– Claro.

– Não fique irritada comigo – ele murmurou ao seu ouvido – Mas, lembra-se daquela noite no campo de Quadribol, quando Avery, Lestrange e Malfoy...

A menina contraiu as sobrancelhas. O que Tom queria saber em relação àquela noite?

– Quando eu usei legilimência em você, eu vi a imagem de um bruxo... Diferente, que eu nunca vi antes – Riddle continuou – Quem era ele?

Hermione abriu os olhos e desencostou a cabeça do braço do namorado, encarando-o com seriedade.

– Por que você quer saber isso, Tom?

Ele a observou por um tempo, antes de responder.

– Eu sonhei com ele.

– O que?

– Na noite em que Avery e Lestrange a atacaram, eu sonhei com aquele homem – Riddle explicou – Eu estava na frente de um espelho, tinha algumas coisas escritas na borda do espelho... “Não mostro o seu rosto, mas o desejo em seu coração”, mas invertido, e esse homem aparecia no espelho.

– O que mais acontecia no sonho?

– Por acaso a senhorita acredita em adivinhação por meio dos sonhos?

– Não, adivinhação é um campo de estudo muito instável... Apenas me diga o que acontecia no sonho?

– Eu perguntei quem ele era, mas ele não respondeu, apenas apontou para mim – disse Tom, olhando para o nada, como se estivesse vendo a imagem do sonho se passar na sua frente – E então... Apareceu uma cobra, igualzinha a Nagini e...

O rapaz foi silenciado pelos lábios da menina.

– Foi só um sonho.

– Quem é ele, Hermione?

A grifinória o olhou nos olhos. Quem era aquele bruxo? A mesma pessoa com a qual ela vinha trocando beijos e carícias fazia dias? Não... Aquele bruxo na sua frente não era o mesmo que lhe vinha a cabeça, não podia ser.

– Eu não sei.

– Hermione, eu não sou idiota – o sonserino sussurrou – Ele é algum aliado de Grindelwald?

– Grindelwald? – a garota não pôde conter o riso – Não.

– É mais poderoso que Grindelwald, não? – a menina não respondeu – Sua família não foi morta por seguidores de Grindelwald...

– Tom...

– Eu não vou falar para ninguém – Riddle aproximou-se dela – Você pode confiar em mim.

– Eu não quero falar sobre isso, Tom – Hermione afirmou, endireitando o corpo no sofá, pronta para levantar e deixar o outro sozinho.

– Ei, ei – o rapaz a segurou pelo pulso – Olhe para mim.

Ela olhou, observou aqueles olhos azuis que conseguiam fazer qualquer um tremer de medo e tentou imaginar alguma semelhança entre aquele jovem a sua frente e o Lord das Trevas... Fisicamente, os dois eram totalmente diferentes. Voldemort não tinha aqueles olhos.

– Não precisa falar – ele a beijou e a abraçou – Eu só estava... Curioso.

– Você é curioso até demais, Tom – Hermione riu perto do ouvido de Riddle.

“Ele é alguém que eu espero que você nunca conheça, Tom”


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