Riddles Riddles escrita por themuggleriddle


Capítulo 32
Capítulo 32




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Hermione Granger continuava sem saber o que fazer. A garota sabia que o certo seria largar o jovem Lord das Trevas e ir para o lado de seus amigos, mas ela alguma coisa dentro dela gritava que o certo era dar uma chance para Tom, que ele ainda não era Voldemort... Que ela o amava.

A grifinória ainda não sabia qual desses lados era o certo... Sabia que não agüentaria mais muito tempo sem falar com Harry e Ron, mas também não iria agüentar ficar longe de Riddle caso eles se separassem. “O que fazer?”...

A garota suspirou, levando uma mão aos cabelos armados e tentando pensar em alguma coisa. Tudo o que o prof.Binns falava parecia entrar por um ouvido e sair pelo outro... E, para o azar dela, alguém havia notado o seu estado de ausência.

Tom Riddle aprendera a entender as pessoas pelas suas ações quando ainda era pequeno. Ele sabia muito bem quando alguém estava mentindo, tentando fugir do assunto ou, como era o caso de sua namorada, totalmente alheia ao que ocorria ao seu redor. O rapaz passou a aula olhando para a menina, tentando adivinhar o que ela estava pensando e, no fim, depois de ver como ela olhava para ele e para os amigos o tampo todo, chegou à conclusão de que era sobre ele, Pevensie e Purkiss que a grifinória tanto pensava.

A aula acabou, fazendo com que os alunos saíssem praticamente correndo da sala, deixando Binns falando sozinho. Riddle se aproximou de Hermione, vendo como a garota tinha uma expressão tensa no rosto.

– Hermione?

– Tom! – a menina deu um pulo ao sentir a mão do outro em seu ombro – O que foi?

– Você está bem?

– E-Estou... Por quê?

– Você parece perturbada – o rapaz explicou.

– Você sabe muito bem porque eu estou assim – a garota sussurrou, olhando de relance para Ron e Harry, que saiam da sala.

– Por que você não tenta esquecê-los? – o sonserino perguntou, revirando os olhos – Se eles são o problema, livre-se deles.

– Tom!

– O que foi?!

– Eles são meus amigos! Nós nos conhecemos desde... Desde sempre! Eles são como irmãos – Hermione encarou o namorado, sentindo as lágrimas invadirem seus olhos – N-Não posso... Não posso deixá-los assim.

Riddle apenas observou a garota sair apressada da sala. Olhando em volta, o garoto viu que o professor de História da Magia estava apenas assistindo a briga dos dois, como se estivesse analisando as suas ações.

Soltando um muxoxo, o sonserino deixou a sala e foi para o dormitório. Talvez Hermione estivesse lá, mas se não estivesse... Ele não iria perder tempo indo atrás dela.

*****

A torre fria de Astronomia estava vazia, exceto por uma garota, que estava sentada, encolhida, olhando para a paisagem noturna dos terrenos de Hogwarts. Hermione gostava de ficar sozinha para pensar... E também para chorar, já que a menina odiava ser vista chorando.

“Se eles são o problema, livre-se deles.”

Ela não podia se livrar deles... E Tom não entendia isso. Para o Herdeiro de Slytherin, se alguma coisa o incomodasse, a solução era ignorar ou, pior, eliminar o incomodo. Esse tipo de pensamento não era uma coisa que a grifinória não podia, mesmo que quisesse, mudar com facilidade.

Riddle vivera anos levando a vida daquela forma. Eliminando o que lhe fazia mal, intimidando a concorrência, odiando aqueles que o irritavam... Era impossível mudar o jeito que o rapaz via o mundo da noite para o dia.

– Por que você tem que ser tão complicado, Tom? – a menina suspirou, escondendo o rosto nos joelhos – Você tem tudo para ser brilhante...

– E ele tem tudo para ser brilhante – uma voz masculina soou atrás dela – E ainda assim perde tempo com alguém como você.

*****

Tom ficou parado na frente da porta do quarto da outra monitora, decidindo se tentava falar com Hermione ou a ignorava. Resmungando em voz baixa, o rapaz bateu na porta... Nada. Bateu de novo... Nada.

– Hermione? – o sonserino chamou, amaldiçoando o mal humor imprevisível das garotas e abrindo a porta do quarto.

Não havia ninguém ali. Pelo jeito a menina havia decidido andar pelo castelo ou se esconder em alguma sala de aula desocupada enquanto esperava a sua irritação passar.

Riddle suspirou, entrando no quarto da outra e olhando em volta. Era tudo arrumado... Desde as cobertas vermelho escuro da cama da menina até os livros escolares empilhados em cima da escrivaninha. Havia um único livro fora do lugar...

Contos de Beedle, o bardo... – o sonserino riu, tentando adivinhar a razão da garota estar lendo aquele livro infantil.

Ele já havia lido os contos quando ainda estava no segundo ano. Achara-os bem infantis, mas eram perfeitos para ensinarem lições à jovens bruxos e bruxas. O rapaz folheou o livro, esforçando-se um pouco para conseguir traduzir as runas nas quais o livro era escrito, e parou no conto O Coração Peludo do Mago, lembrando-se de como, quando tinha 12 anos, ele queria poder fazer a mesma coisa que o mago da história havia feito.

– Iria me poupar toda essa preocupação de agora – ele deu um risinho, folheando o livro novamente – O Conto dos Três Irmãos.

Esse fora outro conto que chamara a sua atenção. Foram dias e noites nas quais o jovem Tom Riddle ficara pensando sobre as três relíquias que a morte dera para os três bruxos da história. A Capa da Invisibilidade teria tido grande utilidade quando ele estava à procura da Câmara Secreta... Com a Pedra da Ressurreição o menino tinha certeza de que tentaria trazer de volta a sua mãe, a mulher que havia morrido para que ele pudesse viver...

Mas era a Varinha das Varinhas que lhe chamava mais a atenção. Era essa varinha que Tom desejou ter desde que lera o livro pela primeira vez.

– Pena que é tudo um conto de fadas – Riddle murmurou, fechando o livro e analisando a capa antiga – Aonde foi que você encontrou essa velharia, Hermione?

O sonserino sorriu de leve, olhando em volta novamente. Era um típico quarto grifinório... Paredes vermelhas escuras, roupa de cama vermelha e pôsteres com o famoso leão da Grifinória espalhados pelas paredes.

Enquanto olhava o cômodo, um pequeno porta-retrato chamou-lhe a atenção... Era uma foto trouxa, imóvel, de um casal e uma garotinha. Tom reconheceu a menina na hora. Era óbvio que aquela garota de cabelos castanhos armados, que abraçava o casal com tanto amor, era Hermione... Era o mesmo sorriso, a única diferença eram os dentes da frente que, na época, pareciam bem maiores do que eram atualmente.

– Você continua a mesma – o rapaz sussurrou – Aposto que já era a sabe-tudo quase irritante que é hoje em dia...

*****

– Avery? Lestrange?

– Boa noite, Granger – Canopus Lestrange sorriu desdenhosamente, fazendo com que a menina sentisse um calafrio.

– O que vocês querem? – a garota perguntou, levantando-se do chão e tirando a sua varinha do bolso.

– Por que tão desconfiada, Granger? – Alphard Avery riu – Não confia em nós?

– Tenho meus motivos para não confiar, Avery – Hermione respondeu – Estupefaç-!

EXPELLIARMUS!

A menina arregalou os olhos ao ver a sua varinha ir voando na direção da mão do futuro comensal. Ela estava encrencada... Sem uma varinha e na presença de dois comensais.

– O que vocês querem!?

– Nada, Granger, nada... Só queremos nos divertir um pouco – o mais alto, Avery, falou – CRUCIO!

A mesma dor terrível que ela sentira quando fora torturada pela primeira vez pelos comensais invadiu o seu corpo. A garota podia ouvir a risada debochada dos dois sonserinos e, mesmo querendo se levantar e azará-los até morrer, não podia fazer nada, apenas continuar a gritar de dor.

– Um dia você se acostuma com isso, Granger – ela ouviu Lestrange rir quando ele parou a maldição.

– Alguém... Alguém vai ouvir! – a menina murmurou.

– Sabe, sangue-ruim, andar com o seu namoradinho nos ensina muita coisa – Avery se aproximou dela – Riddle sempre toma cuidado para que ninguém escute as nossas reuniões... Acabamos aprendendo isso com ele.

– Falando em Riddle – disse o outro – Ele não vai aparecer aqui para te salvar dessa vez, Granger...

Antes que ela pudesse falar alguma coisa, o punho de um dos rapazes bateu com força em seu rosto. Hermione sentiu a dor do soco e levou a mão à boca, vendo como o local agora estava sangrando.

A grifinória olhou para os dois sonserinos. Avery havia largado a varinha da garota em cima de uma caixa velha que havia perto dele... Certo, ela tinha que dar um jeito de pegar a sua varinha e fugir dali.

– Sabe Granger, nós estávamos tentando descobrir a razão do Riddle começar a namorar com você – Lestrange comentou – Você não faz o tipo dele...

– Não é puro sangue e nem mestiça, mas sim uma maldita sangue-ruim... E Riddle odeia sangues-ruins – disse Alphard – E você, Granger, nem ao menos é bonita.

Nesse ponto, a garota não conseguia mais segurar as lágrimas.

– Chegamos à conclusão de que você deve ter feito alguma coisa que satisfez o Riddle... E satisfez muito.

A grifinória encarou os dois rapazes que se aproximavam dela. Ela não podia fazer nada, estava desarmada e ninguém podia ouvi-la...

– E nós queríamos que a senhorita nos mostrasse o que satisfez tanto o Lord das Trevas...

“O Lord das Trevas... Não,não,não! Ele ainda não é o Lord das Trevas!”

Imperio!


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