Riddles Riddles escrita por themuggleriddle


Capítulo 2
Wool's Orphanage




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 "O tempo não tem preço, ele é de graça. Você não pôde tê-lo para si, mas pode usá-lo. Pode gastá-lo. Mas não pode guardá-lo. Uma vez perdido, você nunca o terá de volta."

- Audrey Niffenegger (A Esposa do Viajante do Tempo)

***

Já havia se passado uma hora desde que eles entraram no porão. Hermione olhou para os amigos, o moreno olhava em volta apreensivo, parecendo estar procurando alguém no meio das pessoas que estavam no aposento... Já Ron estava olhando apavorado para o teto, ouvindo o barulho das explosões desaparecerem aos poucos do lado de fora.

- Acho que já podemos sair... – disse a mulher que os havia ajudado na rua para a Sra. Cole – A sirene parou.

- Sim, sim... – a senhora murmurou, levantando-se do banquinho onde estava sentada – Crianças, vamos indo... Acho que já podemos sair.

Assim que a mulher mais nova abriu a porta do porão, as crianças se amontoaram no batente, se empurrando para sair o mais rápido possível daquele buraco escuro e abafado. Ron saiu praticamente correndo, puxando Harry e Hermione com ele.

- Se acalme! - a menina resmungou, arrumando o vestido que agora estava cheio de poeira e rasgado em alguns lugares – E você, Harry... Pare de ficar com essa cara de preocupado... Tente parecer mais normal.

- Mione... – o rapaz começou, mas se calou ao ver a Sra. Cole se aproximar.

- Com licença – a mulher chamou a atenção deles – Vocês podem vir comigo?

Os três a seguiram até entrarem no prédio do orfanato e irem até uma sala bem organizada. A Sra. Cole sentou-se na cadeira atrás da escrivaninha e olhou para os adolescentes por um bom tempo.

- Martha me disse que os achou na rua... – ela começou – Disse que vocês estavam parecendo perdidos. Me digam, onde estão os seus pais?

Harry e Ron se entreolharam, preocupados... O que eles diriam para a diretora do orfanato?

- Estávamos em uma festa – começou Hermione, fazendo a melhor expressão de tristeza que conseguia – E... Uma bomba caiu perto... Quando nos demos conta... – ela fez uma pausa tentando parecer dramática – Todos estavam... Mortos.

- Oh, meu bem! – a mulher olhava para eles com os olhos cheios de pena agora – Outros familiares? Vocês não tem?

- Era uma família pequena... Estavam todos na festa – a menina murmurou – Não sei como nós conseguimos sair vivos... Não temos aonde ir...

- Meus queridos... – a Sra. Cole se levantou e foi até eles, dando uns tapinhas consoladores nas costas de Hermione, que havia escondido o rosto entre as mãos agora – Acho que... Vocês podem ficar aqui, afinal... Isso é um orfanato, queremos ajudar todo mundo que precisa.

- Ah, ! – a bruxa sussurrou, sorrindo tristemente – Você não sabe como ficaríamos agradecidos!

- Muito bem... Vou pedir para que Martha mostre seus quartos – a mulher sorriu – Vocês podem ir tomar um banho e descansar, deixem a papelada comigo. Mas antes... Quais os nomes de vocês, queridos?

- Ahm... – a garota hesitou, olhando para os amigos – Esses são... Harry Pevensie e Ronald Purkiss... Eu sou... Hermione Granger.

- Muito bem... – a senhora falou gentilmente – Esperem aqui, vou chamar a Martha...

Não demorou muito para que a ajudante da diretora aparecesse, com os cabelos ainda despenteados da corrida que havia feito até o orfanato durante o bombardeio e os olhos azuis arregalados, como se estivesse com medo de outro bombardeio, e guiasse-os pelos corredores do orfanato, mostrando-lhes os banheiros e os quartos.

- Vocês dois podem ficar com esse quarto – ela apontou para um pequeno cômodo com duas camas – E você... Tem um quarto ao lado do deles, se você não se importar de não ter uma companheira...

- Por mim está tudo bem – a garota sorriu.

Martha falou mais algumas coisas sobre o local antes de deixá-los a sós.

- O que foi aquela história que você inventou? – perguntou Ron.

- Eu tinha que falar alguma coisa! Vocês dois ficaram calados... - a garota suspirou - É melhor nós irmos dormir agora, já aconteceu tanta coisa conosco hoje... Deveríamos descansar.

****

O refeitório do orfanato estava cheio de crianças comentando sobre o ataque da noite anterior. Harry e Ron já estavam sentados em uma mesa no canto, recebendo olhares curiosos dos outros moradores do local, quando Hermione apareceu e se juntou à eles.

- Bom dia – a garota falou, sentando-se ao lado deles e colocando o prato de comida na mesa.

- 'Dia, Mione... – resmungou o ruivo - Precisamos descobrir o que aconteceu e onde nós estamos.

- Terminem de comer e depois eu falo sobre isso – a menina murmurou, voltando sua atenção para a comida.

Os três terminaram o café rapidamente e depois seguiram Hermione até o jardim do orfanato, o mesmo lugar onde ficava o abrigo anti-bombas. A bruxa olhou em volta, vendo se não havia ninguém que pudesse ouvir a conversa, e puxou de dentro de sua blusa a corrente dourada com o vira-tempo pendurado na ponta.

- Quebrou quando fomos atacados – ela explicou, mostrando para os dois a pequena ampulheta, que agora tinha o vidro quebrado e a estrutura de metal meio torta, para os dois – E como estávamos com a corrente... Bom... Viajamos no tempo.

-Foi o que eu pensei – disse Harry – Mas então em que ano nós estamos exatamente?

- 1944.

- E o que foi aquilo tudo ontem? – Ron sussurrou, apontando para a porta do porão onde eles haviam se escondido no dia anterior.

- Uma guerra, Ron – foi o rapaz moreno que respondeu – Bombas... Mas tem coisas mais importantes para nós nos preocuparmos agora.

- Ele está certo... – disse Hermione, voltando a esconder o vira-tempo dentro da blusa - Precisamos descobrir como vamos voltar para o nosso tempo...

- Eu estava me referindo à outra coisa importante... – murmurou Harry.

- Harry, do que você está falando? – Ron perguntou, olhando para o amigo como se ele fosse louco – Não podemos ficar presos nesse inferno cheio de explosões! A coisa mais importante agora é voltarmos para casa...!

- Vocês não estão entendendo...

- É, não estamos. Nossa prioridade é voltar para o nosso tempo e destruir as horcruxes para podermos derrotar Voldemort! – a garota cruzou os braços no peito e encarou o amigo.

- Ano passado, quando Dumbledore me mostrou as memórias sobre Voldemort, ele me mostrou algumas coisas sobre a infância dele...

Os outros dois resmungaram algumas coisas que pareciam ser "Nós já sabemos disso!" e "Harry, isso não importa agora...!".

- Deixem eu terminar! – disse o rapaz, tentando fazer os amigos se calarem – Ele me mostrou o lugar onde Voldemort cresceu...

- Harry, nós sabemos disso tudo... Você já nos contou que Voldemort cresceu em um orfanato... – Hermione começou, irritada, mas logo parou e olhou para o prédio antigo atrás deles – Um orfanato trouxa...

- Mas pode ser qualquer orfanato trouxa de Londres! – resmungou Ron.

- Eu me lembro da aparência do lugar e também lembro do nome da diretora – o outro garoto retrucou – E não é coincidência que esse orfanato seja tão parecido com o da memória e o nome daquela senhora...!

- Sra. Cole – a bruxa sussurrou – Eu lembro que você falou dela... Como eu não percebi isso antes?

Os três ficaram em silêncio. Harry olhava para os amigos orgulhoso por ter provado a sua teoria, Hermione estava com os olhos fixos no nada, pensando sobre tudo o que o outro havia dito, e Ron olhava para o prédio com os olhos arregalados.

- Harry... O que você quer...? – o rapaz perguntou.

- Quero impedir que Voldemort torne o mundo bruxo no inferno que ele virou – o moreno falou decidido.

- Harry! Você não pode! – a menina começou a falar, com a voz esganiçada – Coisas...!

- Coisas horríveis aconteceram com bruxos que mexeram com o tempo – o garoto completou, olhando sério para a amiga – Mas, Hermione... O que está em jogo é a felicidade de todo mundo do nosso tempo! Pense... Meus pais, Sirius, Dumbledore, Moody, Cedric... Todos estarão vivos! Não terá ninguém para assombrar todo mundo...!

- E o que você vai fazer, hein? – Hermione perguntou, irritada com a idéia absurda do outro.

- Qualquer coisa! Farei qualquer coisa para impedir que ele saia por aí destruindo vidas!

- Cara... Eu concordo com ela. É loucura demais...

- Você não gostaria de ter a sua família em segurança de novo? – Harry perguntou, se virando e encarando o ruivo – Se nós não fizermos nada, as chances de vocês continuarem sendo perseguidos como traidores do sangue é enorme!

- E se nós mudarmos o passado as chances de tudo o que nós conhecemos mudar também são muito grandes! – a garota bufou – Ouça o que você está falando, Harry! Mudar toda a história do mundo bruxo...!

A bruxa se calou ao ouvir a porta que dava para os jardins ser aberta. Hermione viu como a expressão de Harry mudou rapidamente. O rapaz estava com o rosto tenso, os olhos tinham um brilho de raiva e os punhos estavam cerrados.

Virando-se para ver quem havia chamado tanto a atenção de Harry, a garota se deparou com um rapaz que devia ter a altura do garoto de óculos, com cabelos escuros bem penteados e olhos azuis muito claros e frios. Ele devia ter a mesma idade que eles e agora os encarava com uma expressão séria em seu rosto, como se tentasse adivinhar o que eles estavam falando naquele momento.

- Harry...? – a menina chamou baixinho.

O amigo tirou os olhos do outro garoto, hesitante, e se virou para os dois.

- Voldemort – ele sussurrou.

***

Desenho do cap....

Minha versão da Martha (:


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Notas finais do capítulo

N/A: Tcharam, o segundo cap. repostado


1- Como eu escolhi o nome da Martha foi engraçado... Eu pedi para uma amiga minha falar alguns nomes, ela falou Martha porque é o nome da mãe do menininho que faz o Tom pequeno em HBP (Hero Fiennes Tiffin), dai eu gostei e coloquei o nome dela de Martha... depois, eu fuçando um site lá, descobri que, no livro, a mulher que ajuda a realmente se chama Martha lol


2- Os sobrenomes inventados do Harry e do Ron vem de Crônicas de Nárnia (Pevensie) e da minha outra fic Just Another Year (Purkiss, o nome de solteira de Alice Longbottom... mas esse nome tem nos livros também, só não lembro direito QUEM que tem esse nome ._.')



3- Eu não quis mudar o sobrenome da Mione porque, por mim, ela pensou mais nos garotos, que tinham famílias mais conhecidas naquela época e tals... na hora de falar o nome dela, meio que escapou o Granger



4- 1944, Segunda Guerra Mundial. O único problema que eu, idiota, só fui perceber depois de escrever um monte de cap. é que os bombardeios na Inglaterra cessaram lá por 42' Mas tudo bem *respira*


(e eu mudei a capa de novo, pq...não parece certo colocar outra capa)



Betada pela Prímula/Mary



O que acharam? Reviews são sempre bem vindos, vocês sabem disso


Beijos ;*
Ari.