A Filha Do Kazekage escrita por Lina Scarlett


Capítulo 10
Ciúmes.




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Lin abriu os olhos e suspirou estava muito chateada. Virou-se para o outro lado da cama e novamente suspirou. Era como se o seu plano perfeito tivesse ido riu a baixo, junto com suas expectativas e sonhos.

O que tinha dado errado? Por que será que seu plano tinha dado errado? Será que seu plano seria tão errado que tudo sairia do contrário? Será que Naruto ama tanto Sakura que seu plano seria tão sem pé nem cabeça? Será...

Ela bufou irritada e sentou – se na cama, jogando as cobertas para fora da cama. Ela não estava irritada por seu plano ter ido rio a baixo, mas indignada por Naruto fazer seu plano ir rio abaixo.

Naruto era um idiota, isso ela sabia, mas ele era tão tapado assim? Teria que enfiar na fuça dele o que ela via?

Quer dizer você sempre consegue notar que uma pessoa gosta de você ou que o ama... E Hinata o amava... Ama e Sakura gosta dele, mas gostar não era amar.

Ela jogou os braços para cima e caiu na cama.

Ser adulto era assim... Tão problemático?

Agora entendia o seu tio Nara. Quer dizer todos faziam as coisas serem tão problemáticos.

“Quando crescermos será tão problemático quanto Shikamaru – senpai fala sobre os adultos?”

Seus olhos arregalaram ao ouvir as palavras em sua mente.

— Tokya – Kun... – ela deixou as mãos caírem em seu colo. _ Tokya – Kun...

Ela olhou para a janela onde seu olhar se prendeu ao incrível céu azul, fazia apenas dois dias que estava na vila da folha, mas por alguma razão sentia que era muito mais. Quando decidiu fugir de casa, a única coisa em que pensava era de se afastar o mais rápido e longe possível da vila da areia e de seu pai, pensava que assim deixaria de ser o monstro que a tão querida Ino a tinha chamado.

Mas ao sair de sua tão querida casa, havia deixado para traz grandes amigos. Seus amigos tão queridos.

Era incrível como cada um deles tinha um toque diferente de ver a vida e de saber curtir ela. Lin havia aprendido com cada um deles e isso ela nunca esqueceria, jamais.

Sorrindo ela abriu as portas das enormes janelas da casa da família Uchiha. Se apoiando no parapeito seu olhar era melancólico.

Todos pareciam querer cuidar tanto dela, sempre se preocupando com seu bem estar e suas preocupações. Mas o que mais a surpreendia era que quando ela tinha ensinado a todos a se localizarem através dos sons eles tinham aprendido em poucas horas, mas Tokya foi diferente em uma coisa, ele a ouviu cantando e em dois dias já a localizava em questões de segundos.

Quando o grupo se perdia, eles cantavam para mostrar a sua localização com mais facilidade, claro que muitas vezes usavam isso somente para atrair os inimigos a suas armadilhas. O que raramente dava errado.

Respirando fundo ela fechou os olhos aproveitando o momento de paz e harmonia.

 Estava decidida iria fazer de tudo para que Sakura e Sasuke ficassem juntos e para isso teria que juntar Naruto e Hinata.  E dessa vez não teria como desculpas o sonho que havia tio com Itachi.

Itachi... Estava demorando muito para voltar... Não! Ele voltaria no tempo certo, ela tinha certeza. E quando ele volta se ela iria dizer o que sentia por ele, que ela o amava muito e que gostaria de estar sempre ao lado, mesmo que ele não corresponda a este sentimento.

—Bom, não é hora de pensar nisso... neste momento eu quero... – ela foi até o guarda roupa e pegou uma grande blusa azul com o emblema dos Uchihas nas costas, vestiu juntamente com um short que havia trazido da casa de Hinata. Amarrou o longo cabelo vermelho em um rabo de cavalo e estava pronta, mas ao olhar o espelho notou que duas mexas de seu cabelo estavam pretas, quase a mesma cor de Sasuke.

Ela arregalou os olhos e corou, seu corpo havia decidido copiar o Uchiha mais novo, sem que ela notasse, no fim da semana estaria com metade do DNA dos Uchiha no corpo... Novamente.

Ela saiu correndo do quarto e atravessou o grande corredor, pulando para a sala, onde o Nara adormecido se encontrava, sem parar ela foi até a porta e saiu, sem notar que um moreno vinha andando do outro lado com algumas compras nos braços.

Este paralisou ao ver a garota sair correndo pela rua com o emblema da sua família nas costas, mas que o fez sorrir foi ouvir os risos dela.

—Ela volta logo – e entrou em casa, seguindo para a cozinha.

Correndo pela rua, Lin puxava pela mão um Konohamaru muito sonolento e meio grogue, ate agora ele não entendia se estava tendo um sonho em que era arrastado pela cidade, ou se estava mesmo sendo arrastado pela cidade. Seu subconsciente havia preferido à primeira, por isso estava com um sorriso bobo e esquisito no rosto.

Lin parou na margem do rio e sem aviso jogou o garoto para dentro da água. Ela sentou na grama e esperou alguns segundos.

Konohamaru pulou para fora das águas, respirando com dificuldade e tremendo de frio. Olhou irritado para os lados até notar a jovem ruiva sorrindo para ele de olhos fechados.

—Bom dia Konoha – kun _ ele corou ao notar que estava de pijamas e que ela sorria.

—Idiota, por que não acorda os outros de uma forma mais normal? – Ela abriu os olhos e seu sorriso era irônico.

Ela se levantou e jogou para ele uma mochila que havia trazido junto com ela, assim que havia passado pela casa dele.

—Se vista logo, teremos muita coisa a se fazer hoje...

Ele a viu se virar de costas e aproveitou para se trocar.

—Sabe Kono – Kun... Estive pensando sobre você e a Moegi... – ele parou e a olhou preocupado, não gostava quando ela tinha este tom de voz.


Terminado de se vestir ele tocou no ombro dela que se virou e sentou na beira do riu ao lado dele.

—O que vem pensando? – ele jogou uma pedrinha dentro da água.

Ela o olhou por um tempo, mas logo desviou o olhar para o céu. Uma suave brisa passava por ali enquanto os pássaros cantavam para alegrar aquela manhã.

—O jeito de você conquistar a Moegi. – Ela se levantou e esticou a mão para ele que aceitou.

—O que você quer dizer Lin – Chan? – Eles andavam pela vila sem preocupações.

Eles chegaram até o Karaokê do outro dia e entraram, o palco estava do mesmo jeito que Lin havia deixado e mais limpo.

—Vou cantar para ela e você vai se declarar – Ela o olhou com determinação.

—Por que eu não posso cantar? – ele se sentia ofendido.

—Por que sua voz é horrível e da última vez que você cantou eu quase tive um ataque do coração ou não se lembra? – ela pulou no palco e o olhou.

—Ta bom, então se você já decidiu tudo, o que iremos fazer? – ele arregalou os olhos ao notar que ela segurava um grande chicote em suas delicadas mãos.

—Vamos treinar a sua declaração. – e levantou o chicote.

Mais tarde naquele dia

Naruto, Sasuke, Sakura e Hinata  estavam a caminho do karaokê para ver se estava tudo bem, já que a Hokage havia informado que Lin estava ali e não poderia ficar sozinha.

Assim que Naruto empurrou a porta, seu queixo caiu e ele ficou petrificado na porta. Sasuke o empurrou para dentro sem olhar para onde o amigo tinha o olhar fixo, mas Sakura e Hinata coraram ao olhar para o mesmo lugar, coisa que fez o moreno seguir o olhar e seu queixo quase caiu, se ele não tivesse torcido o pescoço um pouco.

Lin segurava um chicote com força, sua respiração irregular e se podia jurar que em seu rosto havia um sorriso muito estranho. Os funcionários do local estavam espalhados e olhavam tudo impressionados.

Os quatros olhavam enquanto Lin erguia o chicote e o estalava com força contra um Konohamaru muito machucado.

—Repita querido... Repita Kono – Kun – seu sorriso era tão sarcástico que deixava o moreno assustado. _REPITA KONOHAMARU!

O som do chicote foi ouvido com força contra o chão. Lin arregalou os olhos ao ver que seu amigo havia saído do lugar, mas que logo a aborreceu.

—Kono... – ela olhou em volta e seu olhar parou em seus quatro “protetores” que seguravam um machucado Konohamaru._ Kono – Kun o que está fazendo?

Ele olhou aborrecido e respirou fundo se soltando dos seus amigos que o seguiu preocupado.

—O que vocês estão fazendo? – Naruto tinha um olhar irritado em direção a Lin, que por sua vez ignorava calmamente.

—Treinando – responderam os dois adolescentes com caras de anjos.

—Vamos acabar logo com isso Konohamaru, estou usando muito chakra e isso esta acabando comigo. – Ela se virou de costas, fez alguns movimentos com as mãos e o local todo, pois se a tremer. Konohamaru arregalou os olhos e gritou ao sentir seu corpo ser erguido em uma enorme cama de ferro que prendia seus pés e mãos com força.

Ao se virar Lin tinha dois chicotes e se preparava para dar a primeira chicotada, quando o prisioneiro gritou com força.

—LIN, PARE!PARE!PARE! _ele chorava e gritava enquanto tentava se soltar. Lin apenas observava. _O QUE VOCE QUER QUE EU FALE LIN? O QUE EU SINTO POR ELA É SEGREDO, EU NÃO POSSO DIZER A VOCE... Eu não posso dizer algo que somente ela pode ouvir. – Ela respirou fundo e caiu sentada no palco.

Konohamaru foi solto e Naruto o pegou no colo.

—Obrigada Lin, por você ouvir o que tenho a dizer. – Ela não olhou para ele apenas confirmou com a cabeça.

—Vá Kono – Kun, vá descansar você precisara de forças para a noite – Ele concordou e se mexeu, meio mancando foi até a porta, mas ao chegar lá, uma pequena cobra o aguardava, ela se enroscou nas pernas dele e ambos foram transportados.

Naruto se virou para ela muito irritado, mas antes que pudesse fazer algo, Sasuke se meteu no meio.

—Lin, você está bem? _Ela confirmou com a cabeça, mas não se mexeu. _Lin?

—O que você quer que eu fale Sasuke? – sua voz estava rouca e sua fala meio cortada.

—Se machucou? _ Ela não respondeu. _ Você se machucou Lin? – ela levantou a cabeça, mostrando que estava chorando.

—Lin – Chan! – Hinata correu até a jovem a pegando em seus braços. _Oh Lin, calma, vai ficar tudo bem.

—Ele não me disse. – a ruiva fungou e mordeu o lábio.

—O que ele não disse? – Sakura sentou ao lado das duas, em seu interior não gostava do jeito que sua amiga, abraçava a sua menina.

—Konohamaru não me disse o que vai falar para a Moeg hoje. – ela continuou a chorar apenas as lagrimas caiam.

—Mas... O que ele vai dizer, não deveria ser segredo para ela, quer dizer você poderia acabar dizendo para a Moeg. – Lin o olhou por um tempo e, pois se a chorar mais que antes.

Sasuke esmurrou a cabeça do Naruto que não entendia o que tinha feito de errado.

—Lin, pare de chorar, Lin, por favor – Sasuke não sabia o que fazer e pelo jeito nem Sakura.

Hinata a abraçou com força e beijou sua testa.

—Lin, por que fez este treinamento com o Konohamaru? – a jovem a olhou por um tempo curto e suspirou.

—Ele disse que queria mostrar que não importava o tipo de sofrimento que eu o infligisse ele nunca me diria o que sente pela Moeg, então fomos colocar isso a prova. _ Ela deu um sorriso de canto _Em pensar que eu só queria fazer parte da vida do meu melhor amigo.

—Lin...

—Eu estive sempre sozinha de certa forma, Otou – San e Temari – Sama, nem sempre podiam estar comigo e mesmo tendo Zoye – chan, eu estava sozinha. Todos tinham seus deveres e suas obrigações. Dificilmente eu tinha permissão para sair, pois não eram muitos que haviam me aceitado como a filha do senhor da areia.

Todos que estavam em volta ouviam atentamente a cada palavra.

—Poucos me olhavam com bons olhos e muitos cochichavam sobre a minha vinda. No entanto quando Obaa – Chan foi à vila da areia junto com Kono – Kun e Udon – Kun, eu tinha finalmente encontrado pessoas que eu poderia chamar de amigos. – Ela se abraçou com força._ Mas com o tempo tudo muda, certo?

Sasuke respirou fundo e tocou na cabeça de Lin, fazendo um leve carinho.

—Konohamaru havia me prometido que nos dias seguintes iria trazer a Moeg para que eu conhecesse, já que ele me falava muito dela. Mas o tempo passou e ele não voltou ate a outra primavera trazendo a Moeg, no começo fiquei contente em conhece la, mas pouco a pouco notei que fui deixada de lado. Os dois preferiam sair juntos pelos meus jardins, enquanto Udon ficava em minha biblioteca e eu? Eu voltava a ficar sozinha, poucas vezes conseguia tempo para Oba – Chan treinar comigo, pois ela estava ocupada com o hospital._ Respirou fundo_ Depois de um tempo, Moeg voltou para a vila da folha e Kono – kun havia me dito que gostava dela e muito. Apesar de estar noiva de outra pessoa eu fiquei chateada, me senti trocada de certa forma, afinal deveria ser eu a escolhida.

Sakura não conseguia tirar os olhos da jovem ruiva.

—Mas eu engoli, este sentimento e resolvia ajudar ele a ficar com a Moeg, para que ele pudesse se declarar, mas isso nunca acontecia. Até que me foi proibida a visita de Konohamaru pelo meu pai, no começo Kono – Kun ia me ver sempre que conseguia, isso era de uma a duas vezes na semana, ele aproveitava quando estava em treinamento para poder me ver, mas com o tempo ele foi parando de me ver e imaginei que suas missões estavam em outra área. Talvez seja pena de mim mesma, mas voltei a ficar sozinha, esperando até que eu pudesse voltar a ver o meu tão querido amigo.

—Mas Lin você não tem outros amigos? – Hinata perguntou enquanto secava as lagrimas da jovem.

—Eu fiz sim, mas foi muito tempo depois e acabaram se tornando meus colegas de equipe, talvez até amigos.

—Lin, sabe eu... – Naruto sentou um pouco mais perto dela. _ Eu também estive sozinho por um tempo, mas agora meus companheiros, são os meus amigos. E agora Konohamaru não vai te deixar mais sozinha. Eu te... – ela tocou os lábios dele, o impedindo de continuar com a frase.

—Não prometa pelos outros Onii – chan, se Konohamaru não quis me contar o que sente realmente pela Moeg e não quis minha ajuda para saber o que vai falar quando se declarar então tudo bem. O que me machuca realmente é que talvez, a única pessoa que tenha levado essa amizade seriamente, tenha sido eu. – Ela se levantou e se afastou arrumando sua roupa. O símbolo do clã Uchiha nas costas.

—Lin?

—Sim?

—Você está bem?

Ela parou no meio do caminho e se virou, em seu rosto as lagrimas caiam, seu rosto corado e seus lábios um pouco inchados e rosados.

—Não, eu não estou bem.

Ela respirou fundo indo para a sala que sua Oba – Chan tinha feito para ela, em casos especiais. Ela parou entes de seguir para o corredor e sem se virar sorrindo disse.

—Eu estou com ciúmes da Moeg, estou me roendo de ciúmes por dentro.


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