Obliviate escrita por Fabiih, Fabiih Pink


Capítulo 17
16.Ever this spell


Notas iniciais do capítulo

Bom, desculpem a demora. Eu ia postar semana passada, mas eu não consegui terminar de escrever por isso estou postando hoje. Espero que gostem...



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Capítulo XVI – Ever this spell

Draco Malfoy

As férias de fim de ano nunca foram tão longas para mim.

Tive que passar as festas em Hogwarts mesmo, pois mamãe havia ido viajar na casa de uns parentes nossos, e como eu não estava a fim de passar as férias em casa não pedi que ela ficasse para que pudéssemos passar o Natal e Ano Novo juntos.

Porém eu estava muito solitário já que Blásio e Pansy haviam resolvido passar o Natal com a família Parkinson, e eu estava feliz com os dois juntos e Pansy já quase não implicava com Hermione, o que era muito bom. Mas, por falar em Hermione, eu sentia uma saudade imensa dela. Era como se houvesse passado anos desde o nosso beijo de despedida.

Mas, graças ao meu bom Merlin, amanhã ela já estaria de volta e eu poderia vê-la novamente, abraça-la novamente.

Hermione Granger

Iríamos embarcar de volta para Hogwarts na manhã seguinte, como era a última noite n’A Toca, todos estavam aproveitando ao máximo os últimos minutos. Exceto eu.

Eu estava muito pensativa nos dias, e isso se devia ao fato de minha memória não estar cooperando comigo, eu estava revoltada comigo mesma, havia noites em que eu ficava chorando com raiva até adormecer. Eu simplesmente não me conformava de não conseguir me lembrar das coisas. Eu já havia conseguido se lembrar de algumas coisas, por que eu não me lembrava de tudo logo?

Falta de tentativa e vontade não era!

Obliviate! Que feitiço mais ridículo era esse? Quem havia sido o gênio que o inventara?

Quanto mais eu pensava nisso, mais frustrada comigo mesmo eu ficava, e ultimamente eu pensava nisso o tempo todo.

— Hermione? – Gina colocou a cabeça para dentro do quarto – Posso entrar?

— O quarto é seu. – a lembrei e ela entrou de mansinho.

— Por que não está lá embaixo aproveitando a última noite? – questionou sentando-se na ponta da cama.

— Não estou com animo para isso. – respondi sem emoção.

— Está tudo bem?

— Está. – menti. Mas, é claro que ela não havia acreditado, ela me conhecia bem demais para isso. – Bem, não exatamente.

— O que está te perturbando? – indagou com preocupação no olhar – Não é aquela história do Obliviate de novo, é?

— Sim. – lamentei. – Esse feitiço me assombra.

— Como assim? – perguntou sem entender.

— No ano da guerra, eu o usei nos meus pais para que eles não fossem interrogados por Comensais sobre mim e acabassem morrendo, se lembra? – ela assentiu com a cabeça – Quando enfim a guerra havia acabado e o nosso mundo estava em paz novamente eu voltei para a minha antiga rua onde eles andavam alegremente a fim de reverter o feitiço, mas eles estavam tão felizes com o novo bebê que estava a caminho que fiquei incapacitada de reverter o feitiço...

— Oh, Hermione! Eu sinto tanto... – Gina disse triste.

— Eu também, Gina. Eu também. – respirei fundo tentando não chorar e prossegui – E então lançaram esse feitiço em mim acabando com a minha vida, e quando olho para o Draco se lembro de mim quando voltei para casa e os encontrei, eles passaram por mim como se eu fosse uma completa estranha e como eu me senti... Senti-me tão sozinha, tão perdida, me senti insignificante e tão... Substituível. – naquele momento as lágrimas romperam e caiam como cachoeiras – E saber que é assim que o Draco se sente com relação a mim é tão... Tão perturbador!

— Hermione... – Gina tenta, mas eu interrompo-a.

— Eu sou um monstro! – gritei chorando desesperadamente – Ele não merece isso, eu não o mereço! Ele mudou tanto, mudou por mim e é assim que eu o retribuo?

— Hermione você não tem culpa! – Gina me sacode pelos ombros – Não foi você que escolheu isso! Foi um bruxo idiota que lançou esse maldito feitiço em você, você não tem culpa de nada! – tentava convencer-me. – Você não tem culpa! – sussurrou abraçando-me e deitando-me em seu colo enquanto afagava minha cabeça.

— Sempre esse feitiço! Sempre esse feitiço! – eu sussurrava entre as lágrimas.

— Sabe qual é a diferença entre o caso dos seus pais e o do Draco? – Gina perguntou para mim, sussurrando.

— Qual?

— Você se lembra dele, e está conseguindo recuperar sua memória. Mesmo que seja aos poucos.

— Tem razão. – funguei.

Fiquei daquele jeito, deitada com a cabeça no colo de Gina, até que adormeci e comecei a sonhar com Draco.

Estávamos em um corredor de Hogwarts discutindo por causa da Pansy Parkinson, eu a pegara dando em cima dele descaradamente e quase o beijando. Havia saído correndo aos prantos e ele seguiu-me dizendo que não era nada daquilo que eu estava pensando e que ele podia explicar, uma frase clichê de quando se apanha o namorado em saia justa.

— Não quero saber, Draco! Eu vi! – eu gritava entre os soluços – Eu vi! Não foi ninguém que me contou!

— Hermione, eu não ia beijá-la! É você quem amo, é você quem quero estar pelo resto da minha vida... E...

— E o que Draco? E o que? – gritava de raiva.

Naquele momento ele olhou no fundo dos meus olhos e com suas mãos segurou meu rosto com um gesto carinhoso afagando minhas bochechas, e então disse:

— Mantenha-se firme, com o sorriso na sua face mesmo que tenha vontade de franzir o cenho. Nós dois sabemos o que fazer, e contanto que você me ame, poderemos passar fome, sem casa e sem dinheiro, contanto que você me ame eu serei a sua platina, sua prata e seu ouro. – e então eu parei de chorar e tensão que havia em meus ombros se dissipou – Serei seu soldado e lutarei dia e noite pelos seus sonhos, serei o seu mundo inteiro. Então não chore, não precisamos de asas para voar. Apenas segure minha mão... – disse segurando a minha – Sei que não faz sentindo, mas você é a minha visão. E estamos, juntos, no topo do mundo, pois você costumava-me dizer que o céu é o limite e teremos problemas até chegarmos lá, mas prefiro enfrentar todos com você. E sabe por quê? Porque você é a única que eu amo e a única que eu enxergo.

Naquele momento eu acordei, acordei assustada e Gina assustou-se comigo.

— Calma, foi só um pesadelo. – disse-me.

— Não, Gina. Não foi um pesadelo. – sorri para ela.

— Foi o que?

— Uma lembrança.

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Notas finais do capítulo

Obrigada por continuarem acompanhando e não desistir de mim