Para Sempre escrita por Myla Oliveira
“Não importa a cor do céu lá fora. Quem faz o dia bonito é você.”
POV – Rose Weasley
Os dias pareceram se arrastar desde o dia em que Scorpius dormira aqui e que tudo acontecera, seu cheiro ainda estava impregnado em minha cama e ainda me lembro de como me senti a garota mais feliz e completa do mundo naquela noite, o bilhete que ele havia deixado em minha cama antes de partir e me deixar dormindo estava no fundo da minha gaveta e o peguei apenas para ler novamente os dizeres:
“Devo ir e viver ou ficar e morrer”
Sorri com o bilhete e o guardei no malão junto com a foto que ganhei de amigo oculto de Alvo e o resto das minhas coisas. O bom de Alvo ter me dado algo que meus pais não podiam nem sonhar em ver era que eu podia fingir que o cordão que Scorpius me dera, foi presente de Alvo.
Coloquei o cordão e guardei a aliança no bolso do jeans.
– Rose, querida. Temos que ir – chamou minha mãe e eu respirei fundo apertando o cordão em meu pescoço e descendo os degraus arrastando o malão.
– Deixa eu te ajudar – disse meu pai vindo em minha direção e pegando meu malão.
– Obrigada – disse descendo os últimos degraus, ele levou meu malão para o carro e eu peguei um pedaço de pão na mesa.
– Está pronta? – perguntou minha mãe e eu assenti com a cabeça indo em direção ao carro e entrando no banco traseiro.
A viagem foi tranquila até a estação, meu pai estava fazendo piada de tudo e todos no carro riam.
Quem visse essa cena agora, diria que éramos a família mais feliz do mundo e que eu era apenas uma garotinha mimada com problemas que não tinham fundamento algum.
Mas não era sempre assim, não riamos sempre e eles não sabiam da minha vida tanto quanto achavam saber. Eles só sabiam o que queriam saber, que eu era a menininha perfeita, com notas altas e que nunca se misturaria com filhos de comensais da morte, que sempre honraria meu sobrenome.
Mas aqui estava eu, dois dos meus melhores amigos tinham o sobrenome taxado pelo passado dos pais e o amor da minha vida, o único garoto pelo qual eu já senti algo e a qual eu me entreguei era um Malfoy.
Atravessamos a plataforma e me deparei com o grande expresso, sorri ao ver todos aqueles alunos e meus olhos correram pela plataforma procurando por Alvo e Magie.
– Hey, Rose! – chamou Alvo e eu sorri indo até ele.
– Como vai? – perguntei o abraçando.
– Bem – disse ele – E você?
– Também – disse me afastando dele – Onde está Magie?
– Não chegou ainda – disse ele fazendo careta e eu sorri.
– Olá, Alvo – disse meu pai chegando atrás da gente.
– Olá, tio Rony – cumprimentou Alvo e meu pai foi desembarcar meu malão – Como foram esses dias?
– Tediosos – disse revirando os olhos – Por quem não foi lá em casa ontem?
– Sei lá, não tenho motivo especifico – disse ele dando de ombros e eu bati em seu braço e ele riu – O que?
– Idiota – disse revirando os olhos mas ri também.
– Olá meninos – disse tio Harry para gente, minha mãe tia Gina também estavam ali.
– Oi – cumprimentei e meu pai veio se juntar a gente.
– Está na hora – disse minha mãe quando o apito soou pela plataforma.
– Pois é – concordei a abraçando – Até mais.
– Tudo bem – disse meu pai me abraçando também – Sentiremos sua falta.
– Também sentirei falta de vocês – disse e esperei Alvo se despedir dos pais para irmos juntos para o trem.
Andamos pelos corredores abarrotados de gente a procura de uma cabine vazia, agora meu coração foi a mil. Eu veria Scorpius hoje depois de três dias, acho que é isso, e eu não sei como ele iria reagir, pois a ultima vez que nos vimos foi aquela noite e bom... Eu não sabia como eram essas coisas.
– Tudo bem? – perguntou Alvo.
– Aham – assenti com um sorriso fraco.
Achamos uma cabine com Magie e Dominique e entramos.
– Oi – cumprimentaram e eu sorri.
– Oi – disse Alvo se sentando ao lado de Magie e sorrindo.
Eles ficaram abraçados conversando, enquanto Dominique escutava musica num aparelho trouxa que ganhara de Natal e eu fiquei olhando para o nada.
– Rose – chamou uma voz da porta e eu olhei me deparando com Scorpius, ele estava sério e eu segurei a respiração – Podemos conversar?
– Ta – disse engolindo um seco e me levantando – Tudo bem?
– Tudo – disse ele dando de ombros no corredor – Mas precisamos conversar.
– Sobre o que?
– Calma – disse ele e eu o segui até uma cabine vazia.
– Scorpius? – pedi quando entramos e nos sentamos, um de frente para o outro.
– Oi – disse ele com um sorriso fraco.
– É sobre a outra noite? – perguntei mordendo o lábio e ele me encarou.
– Sim – disse ele assentindo.
– Me desculpe se eu fiz algo errado – disse em voz baixa – Eu não sei como são as coisas, mas eu não quero que você se afaste de mim por isso, você disse que gostava de mim e...
– Hey, hey, hey – disse ele vindo para o meu lado – Não é nada disso, eu amo você Rose, acredite em mim! Nunca, nunca mais fale uma coisa dessas e nem pense, está me escutando? Pode esperar eu falar primeiro?
– Ta – disse mais tranquila.
– Aquela foi a noite mais importante da minha vida, só para deixar claro. Tudo bem?
– Tudo bem – sorri e ele beijou minha testa.
– Eu amo você – disse ele me encarando os olhos – Você não deve desconfiar disso jamais, eu quero te pedir algo Rose...
– Qualquer coisa – sussurrei a ele que sorriu e acariciou meu rosto.
– Eu quero trocar essa aliança em seu dedo – disse ele tirando a aliança do meu dedo e colocando no banco.
– Como assim? – perguntei e ele sorriu e tapou meus olhos com uma das mãos – Hey, o que esta fazendo?
– Espera – pediu ele rindo – Okay, não abra.
– Tudo bem – disse e ele tirou as mãos do meu rosto.
– Pode abrir – disse ele e eu abri os olhos curiosos me deparando com ele ajoelhado a minha frente e uma caixinha com duas alianças de ouro, engoli um seco e o encarei.
– O que é isso? – perguntei com a voz trêmula.
– Rose Weasley, você me daria a honra de se casar comigo?
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