Para Sempre escrita por Myla Oliveira


Capítulo 28
Arriscando-se


Notas iniciais do capítulo

Status: aceitando recomendações de presente atrasado de Natal!!!



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“Boa noite é um tão doce pesar, que eu diria boa noite até o sol raiar – Romeu e Julieta.”

POV – Rose Weasley

Elle e Luke haviam se beijado e depois haviam brigado, depois Luke beijou Elle e depois ficaram de bem, mas já estavam brigados de novo. Eu nunca entenderia eles, mas estava feliz pela minha Dolohov favorita, e também a única que eu gosto e conheço, estar feliz.

Meu pai foi buscar eu e Domi quase duas da madrugada e ainda teve que deixar a loira em casa.

– Boa noite – disse ela ao sair do carro e ir tocar a campainha da própria casa.

– Boa noite – respondi. E ela sorriu, tio Gui abriu a porta e acenou para gente.

– Boa noite Ross – disse ele sorrindo para mim e eu retribui – Boa noite, Rony.

– Noite, Gui – disse meu pai e ele entrou em casa, junto com Domi – Então como foi a festa?

– Foi bem legal, Alvo me tirou no Amigo Oculto e eu tirei a Domi – comentei enquanto via a casa da minha prima ficar distante.

– Ah, o vestido era para ela? – perguntou ele eu murmurei um uhum – Ela gostou?

– Sim, bastante, era o que ela queria – disse dando de ombros.

– Foi Alvo quem te deu esse cordão? – perguntou meu pai olhando para mim pelo retrovisor.

– Foi! – respondi rápido.

O resto da viagem foi em silêncio, cheguei em casa e me joguei na cama do jeito que estava, apagando na mesma hora.

Legal, agora ficaria quatro dias sem ver Scorpius, pelo menos eu acho. Porque seria bem difícil conseguir ir a Hogsmeade sem meus pais para vê-lo.

– Bom dia – cumprimentou minha mãe quando eu desci para o café, com um banho tomado e a primeira roupa que encontrei no armário.

– Bom dia – disse sentando ao lado de Hugo.

– Como foi a festa ontem?

– Foi legal – disse mordendo uma torrada; não coma Rose, não coma.

– Dominique gostou do vestido? – perguntou ela sorrindo.

– Sim, era o que ela queria – disse me levantando da mesa.

– Não vai comer mais nada? – perguntou ela preocupada, mesmo que não soubesse de nada.

– Eu comi demais na festa ontem mamãe e também estou com um pouco de dor de cabeça, acho que vou ler um pouco – disse subindo os degraus.

– Tudo bem – disse ela – Depois, peço a Hugo para que te chame para o almoço.

– Obrigada – gritei antes de fechar a porta do quarto e me jogar na cama.

Como eu queria estar em Hogwarts nesse momento, apenas para poder vê-lo e poder abraça-lo.

Qual seria a reação de meus pais se descobrissem? Ficariam com raiva, decepcionados? Me deixariam ficar com ele mesmo não aprovando ou me mandariam para França?

Balancei a cabeça como se pudesse afastar aqueles pensamentos da minha cabeça e peguei um livro qualquer em minha estante.

POV – Scorpius Malfoy

Nunca achei que diria isso, mas tudo que eu queria agora era voltar para escola. Por que eu tinha que me apaixonar logo pela filha do maior inimigo de meus pais? E por que o sobrenome tinha que valer tanto entre as duas famílias? Afinal, havia me apaixonado por Rose e apenas Rose, não pelo sobrenome dela.

– Scorpius, desça já está na hora do almoço! – gritou minha mãe batendo na porta do meu quarto e revirei os olhos.

– Eu já vou – disse de volta e ouvi seus passos se afastando.

Será que Rose estava comendo? Será que estava deixando sua comida no estômago e será que em seus pulsos só haviam cicatrizes antigas?

Respirei pesadamente e desci as escadas para o almoço.

– E a festa ontem?

– Foi boa – disse a meu pai.

– Luke gostou do presente?

– Claro que sim, tanto ele quanto Elle.

– Que bom – disse ele rindo e colocando uma garfada na boca.

Comi em silêncio, estava preocupado com Rose, queria saber se ela estava bem e acabei de decidir que a veria esta noite.

POV – Rose Weasley

Já era tarde e eu não conseguia dormir, estava com fome, não havia comido praticamente nada hoje.

– Você não está com fome, Rose, não está – disse a mim mesma.

Todos já deviam estar no décimo sono e eu era a única que não conseguia pregar os olhos. Alvo não me entregou mais nenhuma carta de Scorpius, então ele devia estar bem.

Abri a porta do meu quarto o mais silenciosamente o possível e desci as escadas a procura de um copo d’água.

Eu podia ouvir os roncos do meu pai aqui de baixo, sinceramente como minha mãe aguentava e conseguia dormir com aquela barulheira toda eu não sei.

Descansei o copo em cima da pia e voltei para o meu quarto tão silenciosamente quando sai, abri a porta bem a tempo que escutei um barulho na janela e segurei a respiração. Fui até lá e afastei um pouco as cortinas apenas para ver a rua.

– Merlin – sussurrei ao ver que era Scorpius, levei as mãos a boca e abri a janela que graças a Merlin não fez nenhum barulho – O que está fazendo aqui?

– Quis te ver – disse ele sorrindo.

– Já viu – disse baixo olhando para trás hora ou outra – Agora vá, antes que te peguem aqui.

– Não vai me deixar subir? – perguntou ele e revirei os olhos me afastando da janela para que ele subisse pela árvore.

Alguns segundos depois ele apareceu na janela com um sorriso e saltou dentro do quarto, fazendo barulho.

– Shiu! – pedi com o dedo na boca e ele sorriu.

– Desculpa – sussurrou ele tirando o tênis e a mochila das costas.

– Você é maluco – disse no mesmo tom.

– Só por você – disse ele me beijando e eu me assustei, mas retribui.

– Você não pode ficar aqui – avisei em meio a beijos.

– Por que não?

– Se te pegarem aqui, estamos mortos – disse a ele.

– Tudo bem – disse ele se separando de mim – Mas, eu precisava saber como você está.

– Eu estou bem – disse dando de ombros.

– Mesmo? – perguntou ele e eu assenti, ele pegou meus pulsos para ver se estavam limpos.

– Eu também não vomitei – prometi, era verdade.

– Você comeu?

– Aham – disse encarando o chão.

– comeu o suficiente? – pediu ele levantando meu queixo.

– O que é o suficiente? – pedi o olhando, apenas para despistar.

Ele olhou no fundo dos meus olhos e no momento em que iria responder, meu pai roncou alto e nós nos separamos, ambos assustados.

– Putz – disse ele me soltando e levando a mão ao peito.

– É melhor eu trancar isso – disse indo até a porta e girando a chave.

– Eu trouxe alguns doces – disse ele sorrindo e eu forcei um sorriso.

– Vai passar a noite? – perguntei me sentando na cama.

– Eu só queria saber como você estava – disse ele abrindo a mochila e tirando alguns doces – E te entregar isso. Mas eu tenho que ir embora.

Ele deixou os doces na cama e aproximou seu rosto do meu me dando um selinho e indo em direção a janela, mas eu não queria que ele fosse, não queria ficar ali sozinha.

– Scorpius! – chamei indo em direção a janela.

– Oi? – disse ele suas pernas já estavam para fora da janela.

– Fica – pedi a ele que fechou os olhos com força e jogou a cabeça para trás.

– Rose... – sussurrou ele baixinho.

– Por favor, por favor – pedi me aproximando dele e o abraçando de lado, já que metade do seu corpo estava para fora.

– Você me mata – sussurrou ele e abriu os olhos – E se pegarem a gente?

– Eu fujo – disse confirmando com a cabeça e ele riu baixinho.

– Você não existe – disse ele colocando as pernas para dentro novamente e voltando a tirar o tênis.

– Eu te amo – sussurrei e ele me encarou.

– E eu amo você – confirmou ele com a cabeça.

Levei minhas mãos a sua nuca e acariciei seus cabelos, sentindo sua nuca arrepiar e ele fechar os olhos.

– O que? – perguntei sorrindo e ele balançou a cabeça.

– Você não tem medo que nos peguem?

– Tenho – admiti em voz baixa – Mas eu não me importo, desde que esteja com você está tudo bem. Eu não tenho mais medo das coisas com você aqui.

– Então ficarei aqui para sempre – sussurrou ele sorrindo e me beijou.

Eu retribui e fui andando para trás até batermos na minha cama e começarmos a rir.

– Desculpa – disse ele rindo e eu balancei a cabeça tirando os doces da cama e colocando na gaveta na mesa de cabeceira.

– Tudo bem – disse rindo e sentando na cama, ele sentou ao meu lado e me abraçou.

– Terei que ir embora antes de o sol nascer – disse ele e eu confirmei com a cabeça.

– Por mim ficaria para sempre.

– Por mim também – confirmou ele e eu deitei.

– Será que seria tão difícil assim para eles aceitarem? – pedi baixinho e ele deitou ao meu lado.

– Não sei, mas não sei se quero correr o risco de te perder.

– Você nunca vai me perder – prometi a ele, que sorriu fraco e beijou minha testa.

– Não é só por nossas famílias nos separando Rose – ele disse olhando no fundo dos meus olhos e vi que ele estava preocupado – Se você continuar se cortando, vomitando e ficando sem comer eu corro mais riscos de te perder do que nossas famílias nos separando Rose e eu não posso permitir que isso aconteça, eu não posso...

– Eu estou bem – disse a ele com meus olhos lacrimejando – Eu vou ficar bem.

– Você tem que me prometer melhorar – disse ele e seus olhos também estavam molhados.

– Eu prometo – sussurrei mesmo sem saber se aquilo era certo.

Eu limpei as lágrimas dele com meus dedos e ele me abraçou deixando nossos rostos colados.

– Promete que nunca vai me abandonar? – pedi a ele.

– E prometo, prometo que sempre vou te amar e prometo sempre estar aqui para te proteger e cuidar de você – disse ele acariciando meu rosto – Está tudo bem?

– Está – sussurrei para ele que sorriu.

– Está na hora de dormir – disse ele beijando minha bochecha e me virando de costas para ele para poder me abraçar pela cintura.

– Você não estará aqui quando eu acordar – disse a ele que beijou meu pescoço de leve.

– Eu sempre estarei aqui – ele disse rindo contra meu pescoço.

– Você me entendeu – disse emburrada virando para ele - Estou falando sério.

– Eu também – prometeu ele puxando-me para ele e me beijando. Minhas mãos foram para seus cabelos e nesse momento não nos importamos com o nosso sangue, o que a sociedade iria achar disso e nem que meus pais estavam no quarto ao lado e que se acordassem e fossem me ver estaríamos mortos, de verdade. Nesse momento éramos um só.


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