Para Sempre escrita por Myla Oliveira


Capítulo 23
O jogo


Notas iniciais do capítulo

Okay, o título é uma merda, mas acho que vocês vão gostar do capítulo, então até os comentários ;)



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“Para onde vão os nossos silêncios quando deixamos de dizer o que sentimos? – Eu me chamo Antônio.”

POV – Rose Weasley

Fazia quase mês desde o incidente com Clove e desde então ela não aprontara nada, soube que Scorpius lhe deu um fora digno no Salão Comunal da Sonserina naquela mesma noite e disse para ela me deixar em paz, só que isso estava estranho demais. Não que eu não estivesse feliz por estar tudo bem e ela não atrapalhar mais, é só que ela com certeza iria aprontar algo mais tarde ou mais cedo, e bem, da última vez que ela demorou muito para aprontar algo, aconteceu tudo aquilo. Primeiro ela ter revelado para todos no baile sobre meus “problemas” e depois avisar aos meus pais sobre minha amizade com Elle e me ameaçara dizendo (escrevendo, mas okay) que se eu não me afastasse de Scorpius o próximo que minha família descobriria que eu estava andando era ele.

Depois desse dia, tivemos que controlar a Elle por quase uma semana para garantir que ela não batesse em Clove e eu tive que mandar uma carta para meus pais dizendo que era mentira sobre eu estar andando com uma Dolohov e que eu nunca faria uma coisa dessas, o que me destruiu por dentro, e eles acreditaram graças ao meu irmão mais novo, Hugo, que mandara outra carta confirmando tudo o que eu disse e dizendo que não se podia acreditar nos boatos ocorridos em Hogwarts. Eu teria uma dívida eterna com ele, mas ele disse que a única coisa que importava para ele era minha felicidade e que eu não estava com o sobrenome de Scorpius e sim com o próprio, e que ele até podia ser um cara legal, mas que se me magoasse se arrependeria pelo resto da vida. Scorpius recebeu essa ameaça de toda a parte masculina da minha família que estudava em Hogwarts e eu acho que ele já estava se acostumando com ele, mas Fred o assustava.

– Nervoso para jogo? – perguntei a James que bebia seu suco de abóbora, mas poderia se ver que estava tenso.

– Corvinais não são de nada – disse ele e eu revirei os olhos.

– Nossa prima Lucy é da Corvinal.

– Exatamente – disse ele dando de ombros e revirando os olhos.

– Babaca.

– Hey, não fale assim comigo, isso magoa – disse ele fazendo bico – Você já não vai me ver jogar hoje.

– Quem disse? – perguntei e ele sorriu de lado – Dominique!

– Ela estava ansiosa – disse ele rindo – E também com medo, seus pais vão vir ver Hugo jogar, é o primeiro jogo dele e eles estão ansiosos.

– Eu sei – disse revirando os olhos – Só que eu vou falar que prometi ficar com Magie e Alvo, eles vão acreditar em mim, por que eu sempre fico com eles mesmo.

– Tudo bem – disse ele bagunçando meus cabelos e se levantando.

*****

– Rosinha! – gritou meu pai ao me ver e eu dei um sorrisinho.

– Olá, papai – disse indo em sua direção lentamente.

– Como está bonita – disse ele me abraçando – Você não sabe o susto que deu no seu velho ao receber aquela carta que dizia que estava se metendo com a menina Dolohov.

– Eu não mereço desculpas? – perguntei erguendo as sobrancelhas, ele já havia me soltado.

– Claro que não – ele disse rindo – Eu fiz o certo, se você tivesse se metendo com os filhos de comensais não iria ser merecedora do sobrenome que tem, não acha? Seria uma vergonha não só para nossa família, como para todo o mundo bruxo, imagina só? Uma Dolohov e uma Weasley sendo amiguinhas, faça-me o favor, não é Rose? Mas irônico que isso seria uma Weasley e um Malfoy apaixonados, isso sim, seria a gota d’água!

– Se é o que diz – disse me abraçando com a voz fraca.

– Claro – disse ele sorrindo – Vamos para as arquibancadas, sua mãe está te esperando lá.

– Claro – disse dando de ombros – Eu te acompanho até lá e comprimento a mamãe, só que assistirei o jogo com Magie e Alvo, pois prometi aos dois.

– Em que arquibancada? – perguntou ele sério.

– A dos leões é claro – disse forçando um sorriso – Alvo ficará lá conosco.

– Esse é um bom menino – disse ele rindo – Alvo não deveria ter ido para Sonserina, não mesmo. Que eu saiba ele só tem um amigo Sonserino que também é um bom rapaz, o Marco, estou certo?

– Sim, senhor – disse o acompanhando para arquibancada.

Segui em silêncio até lá, escutando, ou pelo menos fingindo, sobre como Alvo era um bom menino por não se misturar com as cobras ou como as pessoas d Sonserina eram isso ou aquilo e blablabla.

– Olá mamãe – disse sorrindo fraco para ela e a abraçando.

– Oh, querida – disse ela surpresa – Desculpe pela carta que seu pai mandou, foi um pouquinho exagerada.

Um pouquinho?!

– Mas ele só fez isso por ser o certo, ele não quer ver seu sobrenome e seu sangue sujos.

– Eu entendo – disse arranhando os dedos por trás das costas – Mas agora, irei me juntar a Alvo e Magie. Se me dão licença.

– Claro, vá – disse meu pai – Nos vemos depois do jogo?

– Provavelmente não – disse mordendo os lábios - Tenho trabalhos demais para semana que vem e tenho que começar logo, então provavelmente passarei a noite na biblioteca.

– Tudo bem – disse minha mão beijando minha bochecha – Até o Natal então.

– Até – disse saindo dali o mais rápido possível. Fui até onde Magie e Alvo estavam e me sentei ali por alguns segundos, só até as arquibancadas encherem e eu poder sair sem se percebida por ninguém.

– Vai lá – disse Alvo rindo e eu revirei os olhos descendo da arquibancada com dificuldade para passar por aquele turbilhão de pessoas.

Quando consegui descer caminhei o mais rápido possível para os jardins procurando por Scorpius. Fazia um mês que estávamos namorando e eu não sei se ele lembraria, mas não me importo muito com isso.

Pelo visto ele ainda não aparecera por ali, então fui até uma árvore e me encostei nela esperando por ele.

– Ah! – soltei um gritinho levantando quando alguém segurou minha cintura e sorri ao ver aqueles olhos azuis acinzentados – Você quer me matar? – reclamei ainda sorrindo e dando um tapa em seu braço.

– Não – disse ele rindo e se sentando encostado na árvore com as pernas dobradas, puxando-me para que eu sentasse ao seu lado.

– Meus pais estão na escola – disse encostando minha cabeça em seu ombro.

– Sério? – perguntou assustado e eu balancei a cabeça afirmativamente – Onde eles pensam que você está.

– Alvo e Magie.

– Não está preocupada? – perguntou ele me encarando – Com eles descobrirem?

– Não – disse dando ombros – Eles não fazem nem ideia de onde estou e Alvo e Magie vão confirmar toda a história.

– Certeza?

– Aham – disse dando de ombros e ele passou a mão pelo meu ombro – Tenho uma coisa para você.

– O que? – perguntei assustada.

– Um mês – sussurrou ele rindo.

– Não achei que você fosse lembrar – disse no mesmo tom e ele balançou a cabeça.

– Como eu iria esquecer? – perguntou ele beijando meus cabelos.

– É que... sei lá – disse dando ombros.

– Feche os olhos – disse ele me soltando e eu o encarei por alguns segundos, ele se sentou de frente para mim – Feche, Ross.

– Tudo bem – disse rindo e fechei os olhos.

Senti ele respirando pesadamente a minha frente e me mandando abrir os olhos. Eu abri e l´s estava ele com duas alianças na mão.

– Merlin – sussurrei, era quase impossível escutar minha voz.

– Não é um pedido de casamento – disse ele rindo – Pelo menos, não ainda.

– Eu sei – disse nervosa.

– Mas, é para ser oficial – disse ele se aproximando de mim – Posso?

– Pode – disse sorrindo feito uma boba e o observando enquanto ele colocava a aliança de prata no meu dedo. Peguei a outra aliança e fiz o mesmo.

– Gostou? – perguntou ele me encarando e eu sorri.

– Isso faz eu me sentir uma idiota por ter te dado aquele livro bobo – disse passando a mão pelos cabelos.

– Mas era o que eu queria – disse ele sorrindo e brincando com as nossas mãos entrelaçadas – E o maior presente eu já tenho, que é você.

– Você é perfeito – sussurrei e ele negou com a cabeça.

– Não, você é perfeita – eu sorri para ele e ele voltou a se encostar na árvore, me sentando em seu colo dessa vez.

– Eu amo você – sussurrei encostando minha cabeça em seu ombro novamente.

– Eu te amo mais.


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