Para Sempre escrita por Myla Oliveira


Capítulo 21
Refúgio


Notas iniciais do capítulo

Obrigadaa pela recomendação perfeitaa Júlia Lovegood Valdez!!!



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"Imagine sorrir depois de levar um tapa na cara. Agora imagine fazê-lo vinte e quatro horas por dia - A menina que roubava livros."

POV - Scorpius Malfoy

Combinei com Rose que iria buscá-la as oito para irmos para o Salão Principal juntos.

Cheguei das aulas e tomei um banho relaxante, depois fiquei com Luke, Elle e Alvo conversando e quando deu oito horas fui para frente do Salão Comunal da Grifinória. Magie estava aflita, assim como Dominique e Roxanne.

– Scorpius! - gritou ela vindo até mim no fim do corredor.

– Oi - disse confuso, olhando para o semblante assustado de cada uma e encarando Magie - O que aconteceu?

– Scorpius, a Rose... - choramingou ela.

– O que aconteceu com a Rose?! - perguntei assustado, nervoso, mil sentimentos de uma só vez - Responda, Magie! Onde está a Rose, o que aconteceu com ela?

Magie me entregou um bilhete, já com os olhos lacrimejando e eu o peguei, minhas mãos tremendo.

– O que é isso? - perguntei ates de abri-lo.

– Um bilhete - disse Magie - Da Clove...

Parei no mesmo momento que escutei o nome da irmã gêmea de Luke. Olhei do papel em minhas mãos trêmulas para Magie e respirei fundo, abrindo o bilhete em seguida.

Eu avisei para ficar longe de Scorpius não é, sangue ruim?

Agora arque com as consequências, o próximo será Scorpius, se for esperta se afastará dele. ou então já sabe.

Clove Zabini.

Terminei de ler com o coração apertado, ele já estava na boca e minha respiração falhava.

– O que Clove fez? - perguntei num sussurro.

– Avisou aos pais de Rose - disse Magie entre soluços - Avisou a eles, sobre a amizade dela entre a amizade dela com Elle. Eles surtaram sobre ela estar amiga de uma Dolohov e disse que ela agora era motivo de vergonha em toda família, que ele e tia Hermione estavam decepcionados em relação a Rose e que ela devia terminar essa amizade com Elle, de qualquer maneira e que ela tinha sorte de não estar se aproximando de você, pois se não já estaria longe do colégio.

Ela disse tudo de uma vez só, quando ela terminou soltei a respiração, ela falhava vez ou outra e eu encarei o nada até conseguir controlar minha respiração novamente.

– Onde ela está, Magie? - perguntei a olhando e Magie balançou a cabeça negativamente.

– Eu não sei - disse ela - Ela saiu correndo assim que a carta berrante explodiu e ninguém sabe onde ela foi. Já procuramos nos jardins, no Salão Principal, nas salas de aula, até na Sala Precisa, mas nada! Nem sinal de Rose!

– Eu já sei onde encontra-la - disse me lembrando do incidente do baile, para onde ela fugirá após ser humilhada daquela forma por Clove - Obrigada Magie.

– Só traga-a de volta - disse ela e eu assenti correndo para a Torre de Astronomia.

Atropelei várias pessoas pelo caminho, mas não me importava. Tudo o que me importava era ela, mas nada. Corri desesperado até a Torre de Astronomia, cheguei lá já ofegante e abri a porta.

– Me deixa - resmungou Rose sentada em um canto. A olhei por alguns segundos, mas não pude ver seu rosto. Ela estava abraçando os joelhos que estavam dobrados e sua cabeça estava apoiada deles.

– Rose - pedi baixinho me aproximando dela - Vem comigo.

– Não - resmungou ela - Não quero ver ninguém.

– Para a Sala Precisa, então - pedi e ela levantou o rosto, mas ainda não me encarava - Vem.

– Você já sabe? - perguntou ela encarando os meus sapatos.

– Magie me contou - disse e ela se encolheu mais ainda - Ela está desesperada, assim com Domi e Roxy. Rose, eu sinto muito, não queria que isso tivesse acontecido.

– Claro que não.

– Vem comigo - pedi me aproximando dela e lhe estendendo a mão. Ela encarou minha mão e vi seus olhos, eles estavam mais escuros que o normal. Expressavam magoa, medo. Seu rosto estava marcado pelas lágrimas já secas e ela respirou fundo e então pegou minhas mãos.

– Desculpe - disse ela e eu não entendi. A ajudei a se erguer e então segurei a respiração, entendendo o pedido de desculpas.

– Por Merlin, Rose - disse olhando para seus braços, haviam cortes espalhados por todo ele, desde o pulso até o cotovelo. Ela seguiu o meu olhar e então puxou as mangas do uniforme branco para baixo, o manchando. Encarei o chão e vi a lâmina ensanguentada ao lado de onde ela estava sentada e fui até ela, a peguei e fui até a beira da Torre de Astronomia a jogando.

– Sabe que isso não vai adiantar - disse ela do mesmo lugar e eu virei-me para ela, percebendo que seu rosto estava mais branco que o normal, também.

– Quem dera se resolvesse - disse indo até ela e parando em sua frente.

– Está com raiva de mim? - perguntou ela baixinho apertando os braços, fazendo a camisa se manchar mais ainda.

– Não - disse afastando suas mãos dali e as segurando - Vem.

Ela não disse nada, apenas foi comigo em silêncio, ninguém nos viu. Todos deveriam estar no Salão Principal para o jantar. Chegamos a frente da Sala Precisa e visualizei um lugar qualquer, onde pudéssemos ficar em paz. Segundos depois, uma porta se materializou a nossa frente e nós entramos.

– Desculpe, Scorp - sussurrou ela e eu a olhei, seus olhos estavam cheios de lágrimas e aquilo me destruiu. Aproximei nossos rostos e a beijei.

– Eu te amo, minha Rosa - disse com nossas testas coladas.

– Eu te amo - disse ela também, as lágrimas escorrendo livremente pelo seu rosto - Eu estou com tanto medo.

– Eu também - disse a ela - Eu também estou. Mas nada nesse mundo, fara eu deixar de te amar, você é minha vida.

A puxei até o sofá e a sentei em meu colo. Levantei as mangas de seu uniforme e olhei para os cortes fazendo uma careta.

– Quando começou com isso?

– Quando decepcionei Alvo - disse ela e eu a encarei - Ele sempre foi meu melhor amigo e quando descobriu sobre a bulimia surtou comigo e eu me cortei para me punir.

– Ele viu?

– Sim - disse ela - E me fez prometer que não faria nada, mas se tornou um vício e eu não consegui parar.

– Eu sinto muito - sussurrei para ela - Dói?

– A dor interior é a que mais dói - ela me respondeu - E no começo doía mais, só que agora eu já me acostumei.

– Eu vou te proteger - disse beijando seus cortes.

– Eu sei que vai.


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