– ta zoando né??? Nãããão. roubo roubo – gritei desesperada enquanto Rafael ria

– aceitou 5 pontos, faltou só 5 companheira de quarto – ele disse rindo da minha cara

– moça. Seu bicho. – o homem da barraca me entregou um urso rosa.

– idiota – disse para Rafael.

– supere e vamos procurar mais coisas para fazer.

Fomos em mais alguns brinquedos, cansados nos sentamos no banquinho e do nosso lado tinha uma mulher com uma criança que não parava de olhar pro meu urso.

– já volto – disse para Rafa que me olhou sem entender

Caminhei ate a moça com a menininha e a ofereci de presente. A mulher agradeceu e a menininha pulou em meu colo de alegria. Fiquei feliz por isso. Voltei para o meu banco e Rafa me olhava admirado

– foi lindo – ele disse

– só dei um urso para ela

– você leva jeito com criança.

– éé... eu gosto... então vamos fazer o que agora? – perguntei

– to pensando

– milagreeeeee. – gritei sorrindo

– o que??

– você pensa

– ra ra. Espera ai – ele disse e saiu correndo com o urso.

5 minutos depois ele volta sem o urso e com uma sacola na mão

– onde foi? Cade meu panda? – perguntei com bico

– guardei seu panda no carro. Vamos vandalizar – ele disse sorrindo e puxou de uma sacola duas mascaras horríveis.

– an? – ainda não entendia, mentira, entendi sim. só não acreditava.

– vamos assustar. Vem – ele disse e me puxou ate atrás da árvore.

Colocamos as mascaras . Ficamos incrivelmente assustadores, ainda mais porque tava escuro. Saímos correndo feito duas crianças e nos escondemos atrás de um banco onde havia um casal se beijando. Contei nos dedos e quando deu três eu e Rafa gritamos com tudo e o casal ao nos ver deu um pulo e saiu correndo.

– isso foi demais. – disse rindo

– muito mesmo – ele respondeu e colocamos as mascaras.

Estava tudo muito legal, eu estava me divertindo mesmo. Sem brincadeira, corríamos atrás de velhinhos, casais se pegando, pessoas andando atoa. Todas assustavam. Então vi um casal praticamente se comendo num canto mais escuro, liguei o flash do celular e joguei apenas na frente da mascara, gritei sozinha pois Rafa estava descansando mais para traz. O homem levou um susto e deu um pulo, a mulher gritou e ao me ver começou a chorar. Eita, o cara era fortão, tipo, o triplo do Rafa, e olhe que o Rafa é forte. O homem começou a vir pro meu lado com uma cara não tanto agradável

– acho bom ter uma explicação – ele disse me intimidando. Eu ia morrer

– bye big guy – disse e sai correndo

– corre – gritei para Rafa que se assustou e logo viu o cara atrás.

– meu deus doida. –e ele disse rindo e me puxou para uma fila imensa, olhei para traz e o homem procurava agente.

Quando fui parar para raciocinar ao certo vi que estávamos na roda gigante. Merda merda merda. Comecei a tremer e me agarrei no Rafael

– o que foi? – ele disse preocupado

– roda... gi....gigante – disse e lagrimas escorreram

– tem medo?

– si...sim. – disse e ele me abraçou

– não precisa ter comigo. baby.

Com esse abraço eu me senti ainda mais uma criancinha, mas não quis sair, ele me tranquilizava. Acho que pela primeira vez fui numa roda gigante e vi o tempo passar rápido. Foi ate legal, eu não olhei para baixo, apenas para frente. E como já estava escuro, la de cima se via as luzes dos prédios acesas, era lindo. Rafa me puxou para um beijo e eu retribui. Depois de 3 voltas na roda gigante ela parou e descemos. Olhamos para os lados e vi que o cara não estava mais lá. Sorrindo guardei minha mascara de recordação no casaco e caminhamos ate o carro.

– fudeu – disse Rafa quando chegamos no carro

– por que? – perguntei e nesse momento escutei algo atrás de mim

– É AQUELA BAIXINHA ALI GUARDA. A MENINA QUE ASSUSTOU A MIM E MINHA MULHER - disse o homem fortão e vinha acompanhado com um guarda e a esposa

– finge que to doente – disse rápido para Rafael que deu a volta no carro e abriu a porta para mim.

– com licença senhores – disse o guarda

– pois não? – Rafael disse enquanto me “ajudava” a entrar no carro

– este senhor, alega que essa mulher o assustou. Com uma mascara. – disse o guarda

– é isso ai. Minha mulher ate chorou. – o grandão disse

– seu guarda, acho que esta confundindo. Por que eu e minha namorada acabamos de chegar mas ela esta passando mal e vou leva-la para casa. Nem entramos no parque direito – disse Rafa, eu não via nada pois estava com cara de dor e olhos fechados.

– tem certeza? – o guarda disse

– Amorr.. Amo..... eu quero vomi...... – disse e fingi uma ânsia de vomito no pé do guarda

– com licença senhores. Mas preciso mesmo leva-la. – Rafa disse e entrou no carro rápido

– espera. Espera. – o grandão gritou quando Rafael arrancou o carro.

– isso foi demais. – disse sorrindo e liguei o som. Daylight. Começamos a cantar juntos. abri a janela, liguei o som alto e ficamos lá, cantando e sorrindo um para o outro. Posso dizer que aquele momento foi perfeito.

Why am I holding on?

We knew this day would come, we knew it all along

How did it come so fast?

This is our last night but it's late

And I'm trying not to sleep

'Cause I know, when I wake

I will have to slip away

And when the daylight comes I'll have to go

But tonight I'm gonna hold you so close

'Cause in the daylight we'll be on our own

But tonight I need to hold you so close

Ooh-woah, ooh-woah, ooh-woah

Ooh-woah, ooh-woah, ooh-woah

Here I am staring at your perfection In my arms, so beautiful The sky is getting bright the stars are burning out Somebody slow it down

This is way too hard

'Cause I know, when the sun comes up

I will leave, this is my last glance

That will soon be memory

I never wanted to stop

Because I don't wanna start all over, start all over

I was afraid of the dark

But now it's all that I want, all that I want, all that I want

Ooh-woah (Yeah), ooh-woah (Yeah), ooh-woah (Yeah)

Ooh-woah (Yeah), ooh-woah (Yeah), ooh-woah

– perfeito – ele disse sorrindo e pegou minha mão quando paramos no sinal

– sim. perfeito – sorri e o puxei para um beijo.

– jesus que ilumine a cabeça desses pobres jovens que já estão indo para o caminho da perdição. – disse uma velinha que parou o carro do nosso lado

– olha – disse e comecei a chupar meu dedo e passar a língua pelos lábios. Ela fez sinal da cruz e o sinal abriu. Rafael arrancou cantando pneu e começamos a rir novamente

– isso foi covardia – Rafa disse rindo.

– velhinha intrometida pô. – disse rindo

– não com ela. comigo. – ele disse e fiquei sem entender

– an?

– sempre que passa a língua pelos lábios me deixa louco menina – ele disse e meu sorriso foi na lua e voltou.

– hmmmm.. PARA O CARRO – gritei e ele freou bruscamente

– o que?? – perguntou assustado

– algodão doce. Eu quero. Da ré. – pedi e ele começou a rir. – do que ta rindo?

– você, arrumou um escândalo todo, para comprar um algodão doce? – ele perguntou dando a ré

– sim. quero do rosa – pedi e ele desceu do carro para comprar no moço parado na calçada.

Chegamos rápido em casa, tava tudo escuro e um silencio danado. Olhei o relógio e. putz, já eram 21:40. Subi rápido pro meu quarto para me preparar para dormir né. Amanha tinha aula... tomei um banho relaxado e so conseguia ter lembranças boas, eu me diverti bastante, nossa. ainda mais com os sustos.. Rafa podia ser bem gentil e legal. Estava terminando de arrumar minha mochila e minhas roupas para amanha quando Max entra no quarto.

– Bia, onde você estava? – disse sério e se sentou na cama

– por ai – respondi sem olha-lo

– ta amiguinha do Rafael já?

– sim. a vida da voltas, e ele provou que é melhor do que aquilo

– então quer seguir em frente? – ele perguntou debochado e me virei para encara-lo

– sim. algumas pessoas seguem. Por que eu não?

– isso foi uma indireta né?

– se a carapuça serviu.. – disse e ele se aproximou de mim

– ta bravinha? Por que? Ciúmes? Da Anne? – ele disse colocando as mãos na minha cintura e me cercando na parede

– não é ciúmes amorzinho. Até porque pra sentir ciúmes tem que ter algum tipo de afeto positivo, e por você so tenho raiva. – dei uma joelhava no meio de suas pernas e ele gemeu se escorando na parede

– amo quando você se estressa. – disse sorrindo mas ainda com expressão de dor.

– quem se estressa? – perguntou Rafa entrando no quarto.

– ninguém. O que faz aqui? – perguntou Max se recompondo

– vim buscar a minha nova companheira de quarto – ele disse sorrindo e fui abraça-lo

– me ame menos – disse rindo e Max ainda estava sem expressão.

– perdeu a língua Max? – Rafa disse rindo

– como é que é? – ele pediu

– ficou surdo. Tadinho – disse e fui para a porta

– a Bia é minha nova companheira de quarto

– por uma semana... – disse rindo

– O QUE??? NÃO QUERO PUTARIA NESSA CASA. – Max gritou dando sinal de vida.

– então não traga Anne aqui só para come-la. – me levantei com raiva

– não é so para comer ela. – ele disse me encarando com ódio

– a não? Pra que? Pintar a unha do seu pé? – debochei

– VAI.SE.FUDE.PIRRALHA. – ele disse e saiu bufando de raiva pela porta.

– que?. – me sentei na cama sem entender muita coisa

– acho melhor deixar quieto. Vem. – Rafa me colocou nas costas e fomos de cavalinho para seu quarto.

Nos deitamos na cama de Rafa e dormimos sem mãos bobas, sem saliência alguma. Acordei do nada ás 04:00 e me remexi para tudo que era posição na cama, não conseguia dormir. Devia ser nervosismo da aula. Olhei Rafa que dormia tranquilo e com biquinho, me levantei com cuidado da cama e fui na cozinha beber agua. Da escada escutei sorrisinhos vindos da cozinha. Cheguei com cuidado e vi que estava tudo escuro, duas sombras sob o balcão, uma menina e Max? . yeah. Me lembrei de uma coisinha que agora sim teria utilidade, pregaria uma peça nesses dois. Ou melhor, daria um susto. Subi rápido ate meu quarto e a peguei. Agora quero ver o grito da vadia que esta com ele. E eu sei que não é Anne, porque mesmo com raiva sei que ela não é vadia. E a mulher na cozinha tinha cabelo curto. Desci as escadas com cuidado e analisei o melhor lugar para ficar..

NEXT....