Só Um Mês escrita por Sophia Furtado
Notas iniciais do capítulo
mais leitoras.. ♥
BIA
Acordei com um toque de celular que não era o meu. Quando abri o olho vi que não estava no meu quarto, ou melhor, não estava em casa. Me sentei na grande cama onde me encontrava e minha cabeça doía demais. Olhei minhas roupas e estranhei ainda mais, estava com um blusão da nike e uma cueca box. PERA, UMA CUECA? Wtf?... Olhei o quarto, era bonito e moderno. Quando olhei para baixo vi um menino moreno lindinho. com os olhos abertos e um meio sorriso.
– bom dia – ele disse
– oo que?..... onde eu to?... QUEM É VOCÊ? – perguntei levantando da cama mas acabei caindo. Estava com uma fraqueza e minha dor de cabeça matava.
– ta tudo bem? – ele perguntou chegando ate mim
– não. Me responde caramba – disse e me sentei na cama com sua ajuda.
– eu te encontrei ontem no bar. Você estava bêbada, ofereci te levar para casa mas você não quis. Então te trouxe para a minha. – ele disse calmo
– sai de perto de mim. Nem te conheço – respondi me afastando
– calma. Não vou fazer nada. Sou amigo do Max, te conheço apenas de vista– ele disse e pude ver em seus olhos que não era mentira.
– eu...eu tenho que tomar banho – disse me levantando da cama – qual seu nome?
– Ben. suas roupas estão sujas, você se vomitou toda. Pega algo meu no closet. Vou arrumar algo para comer. e um remédio – ele disse saindo e fui para o banheiro.
Retirei as roupas do tal Ben que vestia e entrei no Box. A água quente da ducha me trouxe as lembranças e motivos de eu ter bebido. Me lembro da noticia sobre a aposta. Como eles puderam? E eu achando que Rafael estava mesmo gostando de mim. Mas eu fui apenas um objeto, um meio para eles ganharem dinheiro. Por que tudo de ruim acontece comigo?. essa vida é complicada, e confusa e horrível.
Agora eu estava na casa de alguem que não conheço, mas não sei que merda tenho na cabeça e acho que acredito que ele quer apenas me ajudar. Ele cuidou de mim. E isso me fez lembrar de Alex, quando ele cuidava de mim
– princesa, você já sabe que não é boa com bebidas- ele disse enquanto segurava meus cabelos para eu vomitar.
– me desculpa. – eu disse e mais um jato saiu
– não se desculpe amor. – ele disse sorrindo e beijando minha cabeça
– arruma algo para mim comer – eu pedi e ele saiu do banheiro.
Depois de muito vomitar tomei um banho e ate melhorei. Me vesti com um blusão dele e fui ate a cozinha. Meu Alex. So MEU estava fazendo algo cheiroso no fogão. Fui ate ele e o abracei por tras.
– o que faz? – perguntei beijando suas costas
– brigadeiro – ele disse rindo
– obrigado
– por?
– cuidar de mim. Me aturar, ser meu guarda, me vigiar, estar comigo quando preciso e ate mesmo quando não preciso. Obrigado por estar na minha vida. – disse e ele se virou para mim
– eu é que agradeço por você estar comigo. se fiz tudo isso que você diz, é porque te amo. Você é minha vida Bia. So não é o ar que respiro porque ele é poluído. – ele disse rindo e me carregou ate o sofá.
– eu te amo. – sorri e dei um selinho nele.
– eu te amo mais ainda – ele disse e começamos a nos beijar
– o brigadeiro – disse rindo ao me afastar e ele saiu correndo
Voltei a mim quando escutei batidas na porta, então me lembrei de onde estava e do porque novamente
– to indo – gritei e as batidas pararam.
Peguei o condicionador para passar no meu cabelo e vi uma lamina. A peguei e fiquei olhando ela e minhas marcas escondidas na coxa. Marcas que me lembravam da dor que sentia. E essa dor só saia com meu ferimento. Eu queria de algum modo sentir a dor de ser rasgada ou furada, assim como Alex sentiu.
Fiquei analisando a lamina e então a guardei. Aquilo era meu passado. Alex não gostaria que eu fizesse aquilo. Enxaguei meu cabelo e sai do banho. vesti a mesma roupa ao qual dormi e fui para as escadas que davam para a sala. Era uma bela casa. Enorme e muito bem mobiliada.
Cheguei na sala e o vi colocando alimentos na mesa.
– melhor? – ele disse vindo ate mim e me entregando um comprimido e um copo com água
– sim. – respondi e o tomei
– sei que ainda tem medo de mim porque não nos conhecemos , mas fica fria. Eu quero apenas ajudar ok. – ele disse e nos sentamos na mesa cheia de comidas
– obrigado . Por tudo – disse sorrindo e peguei a panqueca no centro da mesa
– claro. – ele disse e serviu um copo de suco para mim. – quer falar o motivo de beber tanto ontem?
– descobri que ninguém é como pensamos – disse triste
– nunca são. Temos que conhecer bem as pessoas que queremos confiar.
Depois de tomar o café ficamos jogando Xbox. Ben era legal, nos divertimos. Não contei a ele sobre a aposta, preferia assim. aos poucos ele me lembrava de Alex, o modo despojado, de andar, mexer no cabelo, sorrir... quando deu 12:00 fomos ao bar que ele me encontrou e peguei meu carro.
– mais um vez. Obrigado por tudo – disse e o abracei.
– não agradeça linda. Sempre que precisar, tem meu numero e meu endereço – ele disse e me abraçou mais forte. – o que quer que tenha acontecido, seja forte e passe por cima.
– sempre – disse e entrei no meu carro.
À caminho de casa. Não queria nem olhar para Rafael ou Scott, caso contrario não responderia por meus atos. Assim que entrei na garagem, estava apenas o carro de Max. Ainda bem. Entrei em casa e fui direto para meu quarto, não sei porque, mas foi automático, assim que entrei la, me veio Rafa na cabeça e lagrimas escorreram. Corri ate o closet e fiquei la. Sentada e deixando as lagrimas virem.
Nunca havia sido usada, nunca. E agora o menino que dizia gostar de mim fez isso. Acho que como Mel diz, eu sou ingênua às palavras dos outros. Eu confio neles, esse é o meu problema. Eu só queria sair desse pesadelo. Eu queria mudar. E é isso que faria. Levantaria meu muro que estava rachado. Eu o reforçaria. Ninguém passaria das barreiras ate meu coração facilmente.
Quando vi meu estado, a blusa de Jace estava molhada pelas lagrimas que pareciam nunca acabar. E então escuto barulho vindo da minha porta. Fiquei tensa. Não queria ver Rafael nem se ele estivesse pintado de ouro.
– Bia? – era Max. Sequei algumas lagrimas.
– no closet – respondi e ele apareceu rapidamente
– Biazinha – ele disse e me puxou para si. – calma amor
– eu fui usada – disse chorando mais, agora nos braços de Max
– calma amor. Tudo se acerta.
– acerta porra nenhuma. Eu não quero mais essa vida. Por que tudo é difícil?
– não diga que não quer essa vida. Calma. Tudo tem seu tempo. Eu não tiro a razão de voce. Mas voce também tem que escutar o Rafa. Ele tem muito a dizer
– sim. jogar na cara que ganhou dinheiro pelas minhas costas né. – disse e chorei ainda mais. Mas agora não só pela aposta, mas pelas lembranças de Alex
– pare de chorar pela Cristina. Se ela fosse mesmo sua amiga, ela não teria dito tudo aquilo na frente de todos.
– você ta insinuando que sou idiota? Eu sei que ela não era minha amiga mesmo, mas poxa. Eu ao menos imaginava que ela era melhor. E pare de me achar idiota – disse chorando mais
– longe de mim achar que você é idiota – disse rindo
– então o que você quer que eu faça? – disse já irritada
– e não ta na cara?
– NÃO. Explica logo caralho.
– a vida não é fácil Princesa. Ta na hora de tirar a coroa e colocar a armadura, daqui pra frente às coisas só serão mais confusas. – ele disse me abraçando – esquece disso e siga em frente, não deixando que ninguém te rebaixe.
– mas o que faço se as coisas piorarem?
– ai você vai sorrir. Ninguém tem que saber que aquilo te afetou. Só nunca chore, se não eles pensaram que ganharam a batalha.
– você estará ao meu lado nessa batalha?
– claro. Quem você acha que será seu fiel escudeiro? – ele disse sorrindo.
– obrigado Amor
– nem sempre nossa vida é fácil – ele disse enquanto me levantava em seus braços.
– aonde vai me levar? – perguntei quando saímos de meu quarto
– meu quarto – ele disse e logo entramos.
– por que você disse que eu deveria escutar o Rafael? Não quero nem olhar para ele mais.
– por que, antes de julgar você tem que conhecer o lado dele também. oras – ele disse e se deitou do meu lado
– como quer que eu o escute? Se eu olha-lo é capaz de eu voar para cima dele – disse com raiva. – EU.FUI.USADA. se voce não entendeu
– mas ele não queria. Foi obrigado. – disse Max me puxando contra si.
– aram. Obrigado a apostar – disse irônica.
– com quem você estava? Ou melhor onde? – perguntou Max
– com uma amigo seu.
– quem? – ele perguntou sério.
– Ben.
– O QUE???? TEM MERDA NA CABEÇA PIRRALHA? – ele disse estressado. Eita.
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por que esse Stress do Max? kkkkk