A Caçadora escrita por Swiper
Notas iniciais do capítulo
Gentee, desculpa, eu sei que demoro bastante para postar outros capítulos.
Foi mal.
Boa leitura!
Um mês se passou e Nina já estava acostumada com sua nova rotina. Ia para o colégio, estudava, treinava sua habilidades físicas e depois ia para seu emprego de garçonete em uma loja de sorvetes.
Quanto a Quinn, Nina descobriu que ela era uma Humana. Pelo o que Nina percebeu, ela não tinha nenhum poder especial, mas podia resistir a certos ataques de outros Humanos, como a revista de memórias que Lucy fizera em Louis. Decidiram por fim, orientá-la naquele mundo que Quinn ainda não conhecia. Não a treinariam para ser uma caçadora, mas a ensinariam sobre os astonianos e como evitá-los e combatê-los em casos mais extremos. Quanto a isso, Louis não poderia ter a mínima ideia.
Na manhã de uma quarta-feira, Nina ao chegar no colégio foi abordada por Kate.
– Olá – disse ela sorrindo.
– Oi. Como tem ido o treino das líderes de torcida?
– Bem cansativo – disse Kate suspirando – Elas estão fazendo os treinos praticamente sete dias por semana.
– Quem mandou gostar de dar piruetas pelo ar.
Kate deu de ombros.
– Meu DNA.
– Por que você gosta tanto de fazer isso?
– Ah sei lá, é algo que gosto muito. Nunca fez nada que você gostasse muito, mas não sabia explicar o porquê?
Nina pensou um pouco.
– Não.
– Você é muito estranha, sabia?
– É, já me disseram isso – disse Nina com um sorriso.
No final do dia, Nina recebeu uma ligação do seu emprego. A loja fecharia temporariamente por causa de problemas nas máquinas de sorvete. Nina suspirou e seguiu seu caminho.
– Hey – disse Louis aparecendo de repente.
– Oi.
– Tem algum compromisso hoje?
– Hoje não vou ter trabalho, então não.
– Ótimo, quer ir participar da corrida de São Francisco?
– Aquela corrida bicicletas?
– Aham e como é de duplas eu achei minha querida amiga super forte iria querer participar. Sabe, Ryu e Josh estão ocupados.
– Empregos?
– Aham. Topa?
Nina pensou um pouco.
– Eu vou.
– Legal, então vamos logo, já já vai começar.
Louis pegou o pulso de Nina e saiu correndo. Ao chegar no local da partida, tamanha era o número de ciclistas, juntando adultos, jovens e idosos.
– Venha, vamos nos inscrever e pegar uma bicicleta.
Após se inscreverem e receberem capacetes com o mesmo número, 14, Louis disse:
– Acho que você conhece as regras. Mesmo se um da dupla estiver lá atrás, se o outro ganhar, os dois saem vitoriosos. Caiu na pista, adeus. Sem esbarrar em ninguém, nem puxar cabelo.
– Certo e o prêmio?
– Uma medalha e uma blusa da corrida. Grande coisa, eu sei, mas eu meio que apostei que iria ganhar a corrida.
– Que pessoa nesse mundo faz apostas idiotas como essa?
– Eu. E aliás, se me lembro bem, você é bem rápida numa bicicleta.
Nina ponderou a ideia.
– Vamos – disse Louis.
Eles se posicionaram e ao soar o apito, pedalaram a toda velocidade. Nina adorava pedalar e tinha um bom fôlego para isso. Logo ela estava em décimo lugar, mas resolveu esperar o melhor tempo para ultrapassar o resto.
– Você pedala rápido – gritou Louis do outro lado.
Ela deu um sorriso rápido e voltou a atenção para a corrida. Como tempo, outras competidoras começaram a perder velocidade, o que fez Nina e Louis ficaram entre a quarta e quinta colocação. Na frente deles tinha apenas um idoso com cabelos brancos e uma dupla de rapazes que pareciam ser profissionais. Até tinha patrocínio em suas camisas.
“ Fala sério, isso não é nem um campeonato importante” pensou Nina.
Perto da chegada, Nina e Louis se entreolharam. Determinados, aumentaram sua velocidade, mas não foram os únicos. O velho as suas frentes tinha a mesma determinação. Nina achou surpreendente uma pessoa daquelas pedalar tão rápido. Pedalou ainda mais rápido, afinal estava acostumada com aquelas corridas, uma vez que participava muita nas escolas e em Nova Iorque. Ultrapassou o velho e um dos rapazes e emparelhou com o outro. Louis não devia estar muito atrás.
Eles ficaram se encarando, um querendo vencer o outro. Entretanto, o rapaz, desonesto, empurrou Nina para o lado. Antes de levar um bela queda, no entanto, Nina chutou a bicicleta do rapaz, uma vez que estavam muito próximos.
Os dois se esparramaram no chão da pista.
Nina rolou para fora da pista e conseguiu ver o resultado da corrida. O velhinho tinha vencido Louis. Nina ficou com raiva do rapaz que a derrubou, mas pelo menos tinha algo para implicar com Louis para o resto da vida.
Ela se levantou e empurrou o garoto de volta para o chão.
– Trapaceiro.
O garoto falou algo, mas Nina não entendeu. Talvez fosse um estrangeiro. Um estrangeiro bem idiota. Nina empinou o nariz e deu as costas para o rapaz. À medida que se aproximava de Louis, seu semblante mudava de raivoso para divertido. Ela ia falar algo, mas Louis a interrompeu.
– Nem comece – resmungou.
Nina não se aguentou, deu uma gargalhada alta. Nina se dobrava de rir enquanto Louis lutava para manter a calma.
– Vamos logo – disse Louis agarrando o braço de Nina, que ainda ria.
– Ah senhor – gritou Nina divertida – Parabéns.
O idoso deu um sorriso simpático e acenou.
– Vamos – ralhou Louis.
Louis a levou para um café próximo. Quando se sentaram, percebeu que Nina estava apenas com um sorriso no rosto.
– Parou?
Nina respirou fundo e mordeu o lábio.
– Parei.
– Ótimo. O que você quer?
– Só um café está ótimo.
– Tem certeza?
– Sim.
– Você não é anoréxica, é?
– Óbvio que não, seu idiota.
– Tá bom, tá bom – disse erguendo os braços.
Ele chamou o garçom e pediu dois cafés.
– Então – disse Nina com o rosto nas mãos com os braços apoiados na mesa – Você é anoréxico?
– Você está ficando muito irritante, sabia?
Nina sorriu.
– Na verdade eu estava pensando em outra coisa. Quer ir ver o cartão postal de São Francisco?
– A ponte Golden Gate?
– Isso.
– Da última vez que fui, você quase me jogou lá.
– Eu já falei que não foi minha culpa – disse Louis revirando os olhos – Eu estava pulando com Peter e sem querer esbarrei em você.
– E por causa desse sem querer eu quase morri.
– Mas não morreu, não é ótimo?
Nina levantou uma sobrancelha.
– Ora, vamos? Vai lá, Nina.
– Vai demorar para chegar lá.
– Vamos, por favor.
Nina uma olhada desconfiada para ele, mas aceitou. Louis pagou a bebida e foram caminhando. Demorou um bom tempo, mas finalmente chegaram lá. Uma estrada de terra um pouco isolada de frente para a ponte vermelha. Ela continuava imbatível como sempre.
– Cara, eu tinha me esquecido como aqui é incrível – disse Nina.
Louis ficou olhando para ela. Pela primeira vez, Louis viu realmente com Nina ficara bonita. Seu cabelo preto esvoaçava e tinha um semblante alegre. Ele sentou-se e chamou Nina.
– Hey, sente.
Ela obedeceu e ficaram em silêncio.
– Então, posso fazer uma pergunta? – disse Louis.
– Sim.
– O que houve no dia em que você sumiu?
Nina no mesmo instante ficou atordoada. Droga. Como não queria falar sobre isso. Mesmo assim, ela sentia que devia contar. Ela abriu a boca para falar, mas Louis interveio.
– Se não quiser contar não tem problema.
– Não, tudo bem. Ahn – disse ela coçando sua nuca – Sabe, naquele dia, eu fui pra casa normalmente. Quando cheguei, vi minha mãe ser assassinada.
Louis no mesmo instante pareceu se sentir desconfortável.
– Foi assustador – continuou Nina – Então o assassino se virou para mim e tentou me matar.
– É sério, se não quiser...
– Então eu o matei.
Louis abriu a boca e tentou falar várias vezes, mas não conseguia. Nina não sabia o que a fazia ser tão sincera com ele. Podia ter dito que um policial invadira a casa e o prendera, mas por alguma razão desconhecida não o fez. Ela esperou que ele saísse correndo dali e a denunciasse, ou a olhasse com desprezo, ou ambos.
– Er, se quiser correr, por mim tudo bem.
Nina esperava que ele fizesse exatamente isso, mas ele simplesmente riu. Simplesmente riu.
– Olha não sou covarde ou traíra. Sou estou surpreso que você naquela época, uma pirralha fracote, conseguiu derrubar um assassino.
– Sinceramente? Nem mesmo eu sei.
Nina imediatamente sentiu alívio. Não esperava aquela reação, muito menos que Louis fizesse piada sobre isso.
– Louis.
– Hum.
– O que houve com Ben?
Louis ficou desconfortável. Ele não queria confessar aquilo, se sentiu envergonhado. Mas se lembrando que Nina havia confidenciado algo como aquilo, se sentiu um pouco covarde
– O que eu vou contar é meio chato e um pouco vergonhoso. Tem mesmo paciência pra ouvir?
– Tenho.
– Ok. Sabe, uns três anos depois de você ir embora, eu e Ben nos metemos com coisas perigosas.
– Que tipo de cois...
– Drogas.
Ok. Aquilo havia realmente surpreendido Nina.
– Ahn, se não quiser contar também, não me im...
– Não, você teve coragem de me contar o que houve naquele dia. Não vou ficar para trás, não quero ser chamado de maricas depois,
– Eu nunca o iria chamar de maricas por causa de algo como isso.
– Eu sei – disse ele com um sorriso envergonhado – Mas se eu não contar, eu mesmo vou me sentir assim. Posso contar?
Nina assentiu e Louis respirou fundo.
– Começamos como experiência em festas, mas logo se tornou um vício. Nos evolvemos com traficantes, entramos fundo nisso. Agora, provavelmente ele deve ser um traficante.
– Ah meu Deus – disse Nina enterrando o rosto nas mãos – Que merda. O que houve com todos?
– Nós crescemos, Nina. A puberdade não é fácil.
– Todos estão todos separados, você e Peter estão meio brigados e Ben está envolvido com drogas. Quando foi que isso aconteceu?
– Bom, hã, você meio que unia a gente.
– Como assim?
– Você era amiga das patricinhas de agora, do solitário que se acha o gostosão e de dois idiotas inconsequentes. Você era o que unia todas essas diferentes pessoas. Quando sumiu, bem, começou a desandar um pouco.
Nina gemeu – Droga, eu não queria isso.
Eles ficaram em silêncio. Nina não queria acreditar em como tudo havia mudado.
– Como foi que você saiu disso? Sabe, das drogas.
– Bom, quando eu tava lá no fundo do poço, eu tentei me afastar. Um amigo meu, heh – disse Louis coçando a parte de trás da cabeça – morreu de overdose. Isso me fez cair a ficha. Ver no que eu estava me metendo. Eu tentei largar, fiquei muito mal, devido a dependência, mas as meninas me ajudaram.
– As meninas?
– A Natália e Giselle.
– Oh. E sua mãe?
– Er, no começo ela ainda não sabia, talvez desconfiasse. Mas foi só quando eu sumi que teve certeza.
– Você sumiu?
– É, mais ou menos por uns dois meses, já por volta dos quatorze anos.
– É... Definitivamente você é um lesado.
Louis riu.
– Quer saber, vamos parar de falar nisso. Quer saber uma das minhas maiores qualidades?
– Ham – disse Nina descrente.
– Meu bom gosto para diversão.
– É mesmo?
– Claro. Não gostou de ter vindo aqui?
– Gostei, me dá um pouco de nostalgia.
– Viu?
Nina riu um pouco.
– Tudo bem, você tem sim bom gosto para diversão.
– Mas agora, eu daria tudo por um X-burguer.
– Eu também e está ficando tarde. Vamos voltar.
Assim, eles voltaram e Louis acompanhou Nina até sua casa.
– Devíamos fazer isso mais vezes – disse Louis.
– É.
– Ei, que tal fazermos isso com a galera?
– A galera?
– Sabe, Ryu, Josh, Margareth, seus amigos.
– Ai ai, um monte de garotos e só nós duas de meninas? Não vai prestar. Eu acho que vou chamar a Melinda.
– Melinda?
– Fala sério, garoto. Ela está na sua sala desde os tempos do balanço no parquinho.
– Hein?
– Desde a sua infância, idiota.
– Ah tá. Bem, eu ainda não me lembro.
– A garota cega da sua sala.
– Ah tá. Ih, foi mal, conheço ela por Mel.
– Hum, até mais Louis.
– Até.
Nina deu um último aceno a Louis e entrou na casa. Entretanto, ao abrir uma fresta da porta, viu que tudo estava escuro e silencioso. “Lucy já estaria em casa numa hora desses e se fosse se atrasar, teria me avisado” pensou Nina. Ela também teve um mau pressentimento. Algo que ela ganhou ao longo dos anos fazendo emboscadas em astonianos, era a capacidade de perceber quando algo está errado.
Entrou na casa silenciosamente e sorrateiramente se esgueirando pelas paredes. “Se alguém estiver aqui, tomara que não tenha me ouvido abrir a porta”. Ela andou silenciosamente até o corredor, que estava muito silencioso, mas Nina sentia uma presença ali. Quem estivesse ali, sabia se esconder muito bem, mas Nina ainda podia percebê-lo. Ela esperou pelo momento certo. Escutando passos quase inaudíveis. Seu coração batia forte. Esperou e atacou.
Ela se jogou em cima daquele alguém esperando imobilizá-lo, mas ele também sabia lutar. Nina conseguiu derrubá-lo, mas a pessoa, que aparentemente estava de frente para ela, empurrou sua barriga com os pés para cima e Nina deu uma cambalhota para frente.
Nina se levantou rapidamente e ouviu algo bem rápido. Como Nina não sabia de onde o ataque viria, abaixou-se e cobriu a cabeça com os braços. Aproveitando que não foi atingida, avançou. Fez um movimento rápido com os braços, para se assegurar que a pessoa não tinha nada nas mãos, e empurrou a pessoa com o ombro, jogando seu peso contra ele. Ambos caíram no chão. Nina forçou seu antebraço contra o pescoço da pessoa, mas ele subiu suas pernas e prendeu o pescoço de Nina e virou de posições. Nina ia se defender, mas sentiu a presença de outro ser. Logo que percebeu, a pessoa que a estava prendendo a soltou e Nina se levantou. Como a pessoa não a atacou depois, Nina resolveu arriscar.
– Lucy/Nina? – sussurraram.
– É.
– Um astoniano? – perguntou Nina.
– É e um perigoso, mas aí você e resolve me ata...
Lucy foi interrompida por uma explosão e ambas são jogadas para trás.
– Ai – disse Nina.
Lucy se levantou e com seus poderes, acabou com o astoniano.
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E aí??