A Caçadora escrita por Swiper


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa mesmo ter demorado tanto para escrever. Eu não sei se os próximos vão demorar tanto quanto este, mas vou tentar ao máximo escrever logo. Só não esperem para a próxima semana, pois estarei em período de avaliações.
Boa Leitura!



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No fim da aula, Nina despediu-se de seus amigos e seguiu em direção à base da Ordem (dos caçadores). Estava se mordendo de curiosidade. O que será que o astoniano disse?

Quando chegou ao local, bateu na porta. A pessoa a atender foi Jorge.

– Olá Nina, enfim você chegou. Entre!

Nina caminhou até a sala acompanhada de Jorge e se deparou com Lucy e mais dois homens sentados em um sofá. O mesmo baixinho carrancudo do dia anterior estava lá e um garoto que parecia ter uns dezessete.

– Olá – disse Nina.

– Venha Nina, deixe-me lhe apresentar ao John e ao seu aprendiz.

– Ex – corrigiu o garoto. Ele tinha os cabelos lisos um pouco grandes e usava óculos.

– Ex- aprendiz chamado Derek.

– Olá – disse Nina novamente.

– Certo, certo, agora temos discutir o que faremos – disse John – Sente-se.

Nina localizou uma cadeira perto do sofá e sentou-se.

– Não seria melhor me informar sobre o que está acontecendo, não? – perguntou Nina.

– O maldito preso lá atrás, disse que haverá mais um ataque daqui a três dias.

– Qual o nome da pessoa?

– Não sabemos.

– E o que planejam fazer?

– Apenas ficar de olho nos Humanos, se conseguirmos tirar mais alguma coisa daquele astoniano, eu avisarei vocês. É o seguinte, cada caçador e seus aprendizes serão designados para proteger certos Humanos. Durante a manhã não precisaram se preocupar, mas a noite terão de ficar vigiando – disse o velho John.

– Certo, e a quem nós seremos designadas? – perguntou Lucy.

–Ahn, deixe-me ver – disse John. Levantou-se e foi até uma grande mesa próxima ao sofá. Em cima da mesa havia diversas pastas e John pegou uma delas. Vasculhou alguns papéis, tirou um de lá e virou-se para Nina e Lucy.

– Vamos ver. Lucy e aprendiz irão proteger Clark Wible e Tom Loki.

– Quem é esse Loki? – perguntou Nina.

– É um amigo próximo de Wible – informou Lucy – Nós faremos uma visita aos dois e informaremos a atual situação. Eu vigiarei um e você o outro.

– Não seria melhor se, sei lá, ficassem em um mesmo apartamento? – perguntou Nina – Pelo menos teríamos duplo poder contra eles, se caso o alvo dos astonianos for um deles.

– Não, não é melhor – disse Derek – Pois se caso o alvo deles for um desses caras e ambos estiverem em um mesmo local, terão a mesma vantagem de vocês, duplo poder e se vencerem vocês, matarão o outro como brinde.

– Mas já se estiverem separados, se perder o combate, ainda terá o outro Humano vivo. E não é muito do tipo deles matarem dois Humanos em uma só noite.

– O.k – disse Nina um pouquinho envergonhada.

– Bem, então vamos Nina, falaremos com Wible e Loki ainda hoje – disse Lucy.

– Certo.

Elas despediram-se e partiram. Quando estavam na calçada Nina teve uma dúvida.

– Eu espero que você saiba onde é a casa desse Loki, porque eu não sei.

– É óbvio que eu sei, Nina. Sei o endereço da maioria dos Humanos ainda em São Francisco.

Nina assentiu e não fez mais perguntas. Andaram por vários minutos até Lucy indicar a casa de Loki. Tinha muros altos, cercas elétricas, câmeras de segurança e provavelmente muitos outros aparelhos.

Assim, eles explicaram a situação para Wible e Loki, que compreenderam e aceitaram algumas restrições impostas durante os próximos dias, como sair do trabalho antes de anoitecer, não marcar nenhum compromisso e não sair de dentro da casa qualquer que fosse o problema.

No dia seguinte, acordou normalmente. Não estava muito preocupada com os próximos acontecimentos, já que era acostuma a fazer esses tipos de vigília.

Ao chegar na escola, Nina foi logo procurar Maggie.

– Hey, Maggie.

– Hã, oi Nina – disse Maggie sorrindo – E aí?

– É que, bem, eu não vou poder te ensinar Física durante esses dias, pelo menos não depois da escola.

– Por quê?

– Eu vou ficar no trabalho da Lucy.

– Mas por que ela quer tanto que você fique por lá?

– Para me acostumar com o trabalho dela. Ela quer que eu siga sua profissão.

– Qual é a profissão dela?

– Contabilista.

– E ela vive sendo transferida?

– Aham.

– Nossa, mas tudo bem, você pode me ensinar depois, ou quem sabe matamos a aula de economia doméstica e você me ensina.

– O.k

– Ah, e eu te contei que o Carl agora vai fazer abstinência de garotas?

– O quê?

– É, ele disse que pretende ficar sem paquerar nenhuma garota por um período de um mês.

– É, melhor um mês do que nada. E o que o fez fazer isso?

– Seu irmão fez uma aposta com ele. Se passasse todo esse tempo sem paquerar ninguém, o irmão dele vai comprar um carro pra ele. E se ele tiver um carro, isso significa que não vou mais precisar ir a pé ou pegar um ônibus para vir ao colégio, então...

– Você vai ajudá-lo nisso.

– Com certeza - disse Maggie com seu sorriso travesso.

– E se ele perder?

– Além de não ganhar um carro, terá de vir um dia pro colégio vestido de mulher – Maggie não se agüentou e começou a rir. Nina também começou a rir.

– E aí meninas – disse um voz.

As garotas se viraram e viram um Carl esquisito. Estava de calças cáqui, bem estilo nerd, camisa social abotoada até a gola, com uma gravata borboleta, e o cabelo cheio de gel, mesmo tendo o cabelo curto. Ao virem ele, as meninas começaram a rir ainda mais.

– Querem parar, por favor?

– É que você tá muy estraño – disse Maggie ainda rindo.

– E você só sabe essa frase em espanhol.

– Ai ai, então, o que te fez vir vestido assim? – perguntou Nina.

– Bem, minha cara, não sei se você sabe, mas eu estou em busca de motivação espiritual.

– Não está nada, fez uma aposta para ver se conseguia um carro.

– Bem, bem, bem, vejo que a senhorita está muito bem informada. É exatamente isso, e justamente por isso vim vestido a caráter.

– Quer dizer, um careta?

– Eu sei que vou ter que fazer um esforço fenomenal para segurar meus hábitos, mas com essa aparência, as garotas vão parar de olhar para mim, o que é combustível para o motor da paquera.

– Certo, então vamos, nerd.

– Só faltou o óculos – disse Nina divertida.

– Não consegui encontrar.

Quanto mais os amigos iam avançando, mais as pessoas iam rindo dele. Fred e Kenan, assim que o avistaram, também não seguraram o riso. Ele estava ridículo.

Os dias se passaram, Carl foi alvo de chacota, Nina se enturmou ainda mais com seus novos amigos, conversou com Louis, conheceu Kate...

Na tarde de sábado, exatamente o dia marcado para um ataque astoniano, Nina já estava alerta, logo ela iria vigiar a casa de Loki.

Louis, por sua vez havia acabado de sair do jogo de basquete contra o West Tigers, que havia perdido para o time de Louis. Ele estava vibrante, mas teve que se conter e foi tomar banho. Após vestir-se encontrou Ryu no vestiário.

– Aehh, bela jogada Louis – disse Ryu.

– Você também foi ótimo – disse Louis cumprimentando Ryu com as mãos.

– Então, vai junto com a gente comemorar?

– Não, tenho que pegar a Quinn no colégio.

–É mesmo, me esqueci que ela volta nos fins de semana. Bem, uma próxima vez quem sabe.

– É, até mais – disse Louis se despedindo do amigo.

– Até.

Louis pegou sua mochila e dirigiu-se para o colégio.

Quando chegou, o local já estava lotado de alunos. Só depois de muito procurar, encontrou uma certa baixinha magricela.

– Hey Quinn – chamou Louis.

– Louis – Quinn abriu um enorme sorriso e foi abraçar seu irmão.

– Muito bem, vamos logo baixinha, estou morrendo de fome.

– Você está sempre morrendo de fome – disse Quinn e virou-se para trás – Tchau meninas.

Assim eles saíram das propriedades do colégio e rumaram para a casa.

– Então como foram as aulas?

– Legais apesar de um garoto idiota ter puxar minhas chiquinhas.

– E quem foi esse moleque? – perguntou Louis com raiva.

– Não se preocupe tanto, eu já tenho dez anos, sei me defender.

– É mesmo? – perguntou Louis divertido – E o que você fez?

– Primeiro eu o empurrei, depois dei um soco nele – nesse momento, Quinn já estava encenando o ocorrido – Então os amigos deles vieram tirá-lo de lá, mas ainda dei um último aviso. Disse que se ele puxasse minhas chiquinhas novamente, meu irmão de dezesseis anos iria dar uma surra nele.

– É isso aí – disse Louis batendo sua mão na dela – Mas vem cá, você não ta a fim de comer Tacos?

– A mamãe que está fazendo? Que tal Nachos?

– Na verdade que eu saiba, ela ainda não chegou do trabalho, então por que não vamos em uma lanchonete?

– Claro!

Louis e Quinn continuaram caminhando e conversando, quando ela parou de súbito.

– Que foi? Esqueceu alguma coisa no colégio? – perguntou Louis.

– Este caminho – disse Quinn apontando o caminho deserto – Eu estou com um mau pressentimento. Vamos para casa, lá a gente faz um sanduíche.

– O.k, vamos.

Uma coisa que Louis havia aprendido nos quatro anos de convivência com Quinn, é que ela não errava com seus pressentimentos. Sua história com Quinn é um pouco esquisita. Só veio saber que tinha uma irmã aos onze anos, quando seu pai e sua madrasta morreram em um acidente de carro e deixaram uma filha bastarda para sua mãe criar.

Apesar de tudo, Louis sempre gostou de Quinn. Adorava brincar com ela. Mas ele só veio conhecer sua anormalidade salva-vidas, como Louis chama, no ano seguinte. Eles estavam passeando pelas redondezas da cidade quando Quinn previu que algo de ruim ia acontecer e foram para casa. No dia seguinte, descobriram que havia ocorrido um assalto.

Ao lembrar-se de tudo o que Quinn já previra, não hesitou em tomar um caminho mais longo para casa.

– Quinn – chamou Louis após chegarem em casa.

– Quê?

– Como é que é esse pressentimento? Tipo, você vê algo sinistro? Sente alguma coisa.

– Bem – disse ela com uma ruginha na testa – E-Eu não sei exatamente como eu sei, eu só sei? Entende?

– Ah, claro. Óbvio.

– Você sabe que odeio quando usa sarcasmo.

– Você sabe que odeio quando não responde direito.

– Mas eu não sei como eu sei dessas coisas.

– Tente um pouco, como se sentiu na hora?

– Eu não sei, eh – disse Quinn tentando achar alguma resposta plausível – Eu quando cheguei a certo ponto da rua, senti um receio,um tipo de medo, tipo aquele que sentimos quando estamos escalando uma montanha, por exemplo. Você tem medo que dê algo errado, só que eu sabia que realmente ia dar errado.

– Você nunca escalou uma montanha. Nem mesmo uma árvore.

– Não importa, estava tentando comparar as emoções para te explicar, mas você não dá valor – Nessa hora, Quinn fez biquinho e empinou o nariz.

– Ah, fala sério Quinn, para com essa birra. Eu vou fazer cosquinhas no seu pé – ameaçou Louis.

– Não vai não – disse Quinn parando imediatamente.

– Vou sim – disse Louis sorrindo e correu atrás da irmã.

Quinn correu, gritou, pulou pela casa toda, mas não conseguiu escapar do irmão. Quinn adorava seu irmão, mas tinha horas que ela o achava mais infantil que ela mesma.

Mais tarde, curvada sobre sua escrivaninha, desenhando, Quinn sentiu uma coisa estranha. Era da mesma origem dos seus pressentimentos, era um sentimento angustiante e fora do comum. Mas dessa vez não era como um aviso de perigo, era mais como uma chamada. Uma chamada de socorro. Essa angustia começou a se impregnar em Quinn, assim como toda vez que acontece em seus pressentimentos. O que quer que fosse, ou quem fosse, devia ser resgatado urgentemente.

Não aguentando mais sentir aquilo, Quinn se levantou e foi atrás do irmão.

Ela batia na porta do irmão incansavelmente

– Louis, Louis abre essa porta, Louis.

– Que foi? Não precisa quebrar a porta – Louis abriu a porta do quarto só com uma toalha enrolada no corpo e os cabelos ainda úmidos.

– A gente precisa ir pra aquele caminho na lanchonete.

– Você está doida? Já é tarde da noite e tem comida no armário.

– Eu não quero ir pra lanchonete, quero ir para o caminho que leva até lá.

– Por quê?

– Eh, um tipo de pressentimento.

– Se tem perigo lá, por que quer ir até lá?

– Não, esse pressentimento foi mais uma chamada de socorro, entende?

– Ah, ta, e essa pessoa pediu para você salvá-la telepaticamente? – disse Louis com uma sobrancelha levantada.

– Não, foi que nem o que eu sinto como o perigo, só que agora alguém está em perigo. Anda Louis, vai se arrumar.

– O que?

– Vai logo – apressou Quinn empurrando seu irmão de volta ao quarto.

Louis, mesmo de mau gosto e achando uma loucura, a levou para onde ela queria.

Após vários minutos andando, Louis avistou algo ao longe. Era algo preto.

Foi quando se deu conta de quem era.

– Nina!


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Notas finais do capítulo

E aí??



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