Faltava apenas um dia para eu, Gina, Hermione, Harry, Rony, Fred e Jorge voltarmos a Hogwarts, e eu estava normal enquanto os outros estavam euforicos, Hermione e Rony ganharam o distintivo de inspetores da Grifinória e eu não podia estar mais feliz por Hermione, mas nunca esperei isso vindo de Rony.

— Rony, nunca esperei isso de você, está se sentindo bem?.

— Claro que sim.- e todos começaram a rir.

A mãe de Rony comprou uma vassoura nova para ele e tivemos até uma comemoração para Hermione e Rony, eu fiquei feliz pelos dois mas eu, Fred e Jorge concordamos com uma coisa nossos dias de desrespeito a lei finalmente tinham acabado.

Eu e Harry, depois do pequeno incidente com os comensais, não recebemos nenhuma carta de expulsão de Hogwarts, Hermione disse que provavelmente Fudge não queria ver Dumbledore de novo pois se o ministro soubesse que dois Comensais estão soltos por aí procurando suas antigas vitimas seria a comprovação de que Voldemort havia voltado e Fudge seria dado como idiota, se assim posso dizer, por não ter escutado Dumbledore.

Rosemary acabará ficando com nós da Ordem e tivemos que explicar a ela o que estava acontecendo, Sirius não pareceu muito animado quando Gina e eu propomos a contar para Rosemary mas ela não demonstrou muita surpresa quando contamos a ela, Rosemary disse que a Ordem era antiga e alguns dos Mckinnon já haviam participado, com exeção de sua mãe é claro. Nas noites que se seguiam Hermione vinha ao meu quarto de madrugada e nós duas ficamos escutando os soluços abafados que Rosemary produzia a noite, e de manhã lá estava ela sorrindo como se nada tivesse acontecido.

Tonks me ensinou tudo o que eu podia aprender e acabamos descobrindo que eu não sou totalmente metamorfomaga, eu apenas troco a cor do meu cabelo, segundo Tonks meu metabolismo é meio lento e por isso se eu um dia me transformar totalmente metamorfomaga vai ser quando eu provavelmente tiver 30 anos.

Eu estava sentada na mesa comemorando os novos monitores da Grifinória quando Moody chamou eu e Harry para mostrar alguma coisa.

— Harry e Susie, tenho uma coisa pra mostrar aos dois.- eu e Harry nos olhamos e fomos em direção a Moody.

De um bolso interno das vestes, Moody tirou uma velha foto-bruxa muito danificada.

— A Ordem da Fênix original - mostrou.- Encontrei-a à noite passada quando estava procurando a minha capa de invisibilidade sobressalente e, como Podmore ainda não teve a boa educação de devolver a minha, pensei que o pessoal talvez gostasse de ver isso.- Harry apanhou a foto e eu consegui ver um pequeno grupo de bruxos, alguns acenando, outros erguendo os copos.

Moody começou a explicar quem era quem e eu quase gritei quando ele mencionou o nome de minha mãe.

— Está é Marlene Mckinnon, foi morta duas semana depois da foto, mataram toda a família dela, todos nós ficamos muito tristes com a morte dela, ela era uma bruxa incrível, só depois de quase dois anos descobrimos que ela tinha uma filha.

Harry olhou para mim e eu virei a cara, não queria mostrar minhas lágrimas, subi as escadas e fui para o meu quarto, mas eu não me taquei na cama e comecei a chorar sem parar eu peguei meu álbum de fotos e comecei a folhea-lo, sim, poder ser uma coisa estranha de se fazer do nada mas aquilo iria me distrair. Tonks me deu uma bela tática. Fiquei no quarto vendo as minhas primeiras fotos-bruxas em Hogwarts com Harry, Rony, Hermione, Gina, Silene e algumas com Rosemary e Chester, aquilo me dava saudades e provavelmente daqui a algum tempo eu também sentiria falta. A única foto que eu tinha com meu pai era a foto mais linda que eu tinha da álbum inteiro, eu estava sentada no sofá sorrindo quanto ele ria sem parar, eu me lembro daquele dia, nós dois estávamos falando das história dos Marotos.

— Susie?.- a porta do meu quarto se abre e Sra.Weasley aparece com os olhos cheios d'água.- Você está bem?.

— Sim, obrigada Sra.Weasley mas, o que aconteceu com a senhora?.

— Não é nada querida, só vim avisar que é melhor ajeitar as malas para amanhã.- ela dá um sorriso de leve, mas percebe que isso não faz mudar sua aparencia triste.

— Eu já arrumei tudo, só vou colocar alguns livros.- Sra.Weasley assenti e sai do meu quarto.

E eu fico me perguntando o que será que havia acontecido.

(....)

— Almofadinhas é louco, como ele pode?.

— Deixa ele Hermione, o cara não vê a luz do sol direito a anos.- Rony rebate e Hermione fica em silêncio.

Ir a estação de King's Croos com seus familiares e amigos e a coisa mais divertida certo? E seria ainda mais divertido se seu pai não fosse um procurado da justiça e ele tenha que se disfarçar de cachorro.

As pessoas olhavam em volta o porque de um cachorro estar andando do meu lado e ao lado de Harry, uma menininha parou até para acaricia-lo e bom, digamos que eu fiquei com um pouco de ciúmes.

— Droga.- resmunga Moody.

— O que ouve?.- pergunto confusa olhando para trás mas uma mão toca meu ombro.

— Malfoy.- diz Lupin me virando de costas rapidamente.

Rosemary estava conversando com Gina e ela parecia estar bem melhor depois da conversa que eu e ela tivemos noite passada, a chamei para ir morar comigo, Harry e Sirius, mas eu sabia que primeiro teria que conversar com meu pai.

— Vamos logo queridos, o trem já vai partir.- diz Sra.Weasley.

Harry se abaixou e falou com Sirius, então eu fiz o mesmo.

— Vou sentir saudades Almofadinhas.- Sirius abana a calda e começa a latir.- Se cuida.

Quando eu ia levantar Sirius se joga em mim e começa a me lamber eu começo a rir e todos a minha volta me olham surpresos.

— Para, Almofadinhas, hahaha, eu também amo você.

Sirius para e eu mexo em sua cabeça, me levanto com minhas malas e dou adeus a todos, Lupin e Tonks me abraçam e antes de ir Tonks me dá uma especie de diário ela diz que é para eu me sentir mais livre e leve caso eu estivesse muito nervosa, parte do exercicio de controlar os meus ''poderes''.

Quando entro no trem quase sou derrubada no chão mas alguém me segura.

— Nossa, obrigada.

— Susie?.

— Andrew? Que surpresa.

— Sempre esbarrando em mim!.- ele brinca e eu começo a rir, sem graça.

— Então, em que cabine vai ficar?.- pergunto.

Pode ser aquela.- Andrew aponta para a quarta cabine e nós entramos nela.

Silene estava sentada lá, sozinha.

— Silene!.

— SUSIE, AÍ MEU DEUS, SUSIE!.- Silene se joga em cima de mim eu eu quase caio de novo para trás.

— Adoraria.....que.......você.....soltasse.....o meu......pescoço.

— Desculpe, olhe só pra você, está linda e cresceu.

— Por que todo mundo fala que eu cresci? Eu era tão baixinha assim?.- Silene ri e Andrew solta uma risadinha.

Só ficamos nós três na cabine, ficamos conversando sobre as férias e o que fizemos e acabei contando a eles sobre Harry mas não era novidade nenhuma já que eles sabiam.

— Eu acredito em Harry e em Dumbledore, sobre Você-Sabe-Quem.- diz Silene.

— E você Andrew?.- pergunto e ele afunda na cadeira, com os braços cruzados.

— Bom, eu não sei, meu pai trabalha no Ministério ele não confia muito em Dumbledore e no Potter.

— Quer dizer então que acha Harry um mentiroso?.

— Espera, eu não disse isso, só disse que meu pai acha sobre o assunto.- Andrew se explica.- Eu apenas acho que está muito confuso, Harry foi o único que viu Cedrico morrer, não estou dizendo que ele é mentiroso só que eu não consigo acreditar, pode ter sido um acidente.

— Andrew, você não tem percebido as coisas que estão acontecendo? Comensais da Morte estão atacando, a na última Copa Mundial de Quadribol conjuraram a marca negra e a mãe de Rosemary foi morta, por um Comensal.- quando digo isso Silene coloca as mãos na boca chocada.

— Eu não sabia.

Andrew não diz mais nada.

Enquanto eu e Silene conversamos uma pessoa passa bem perto da minha cabine, era Chester. Me levanto sem dizer nada para Andrew e Silene que me olham confusos. Quando saio da cabine sigo Chester, de costas dá para ver o quanto ele mudou, antes seu cabelo era cheio e cachiado agora ela curto e com um pequeno topete, ele havia crescido e parecia mais corpulento, ele entra dentro de um vagão e eu paro assim que percebo aonde ele havia entrado.

O vagão da Sonserina.

Mas aquilo não me impediu, eu precisava ter um acerto de contas com o Chester, entrei sem cerimonia e quando perceberam minha presença todos pararam para me olhara, Pansy e uma menina de cabelos loiros começaram a rir e um menino de braços cruzados ria em minha direção.

— Susie, o que está fazendo aqui?.- quando me viro me surpreendo era Chester, sua voz antes um pouco fina e abafada agora era grossa e brava.

— Chester, preciso falar com você.

— Fale.- ele cruza os braços e se apoia em uma das cadeiras do vagão.

— Preciso mesmo, falar com você, a sós.

Chester me leva até uma mesa no fundo do vagão e percebo um olhar em minha direção enquanto nós íamos, era Draco, ele parecia um tanto curioso e ao mesmo tempo com raiva.

— O que você quer?.

— Você sabe muito bem o que eu quero.

Chester levanta as mãos em rendição e depois ri.

— Se veio aqui para agradecer só digo que...- o interrompi.

— Não vim aqui só para agradecer Chester, vim aqui para saber, como você sabia que era uma armadilha? Como conseguiu contar a Harry?.

— Fiquei os observando eu sabia que depois que eles foram embora da minha casa eles iriam atrás de você, eu os escutei, sabe eles não são muito discretos, enfim, um deles o careca, eu o escutei falar do pacto que ele fez com meu pai, fiquei observando tudo da minha casa, e quando eu vi você e a Weasley chegando tive que avisar a Harry, eu sabia que eles não iriam fazer nada com ele.

— Por que?.

— Harry é problema de Você-Sabe-Quem, não dos Comensais, está foi a ordem dada por ele.

— Se não fosse por Harry eu estaria morta.- sussurro mas Chester escuta e se vira para mim ofendido.

— Se não fosse por MIM você estaria morta, Potter nem sonharia que você fugiu da Ordem.

— Como sabe da Ordem?.- pergunto quase sussurrando.

— Ouvi um deles falando.- Chester dá de ombros.

— Você está diferente, quero dizer, não só a aparência.

— Isso o que acontece quando se foge de casa.

— Você fugiu de casa?.- pergunto boquiaberta.

— Fugi, não aguentava mais minha mãe, depois que fomos no Beco Diagonal comprar meus livros eu fugi de casa, veja bem eu tenho dinheiro guardado e arranjei uma casinha no centro de Londres bem perto de King's Croos, eu me viro sozinho.

Depois daquela revelação de Chester eu não sabia o que dizer e não sabia como reagir.

— Bom eu vou indo.- me levanto e passo pela mesa de Malfoy.

Draco parecia chateado eu queria ter parado para falar com ele mas eu não poderia, iria levantar suspeitas. Antes de eu ir, Pansy solta uma piadinha.

— Nossa Black, você é mesmo burra, trocar o Malfoy pelo Motclair? hahaha.

— Se estamos aqui para falar de burrice Parkison por que não começamos a falar de você?.

Pansy levanta e coloca a varinha no meu rosto, ela estava fervendo de raiva.

— Vamos lá Parkison, eu não tenho medo de você.

Por um segundo eu achei que Pansy iria me atingir com algum feitiço, não eu não achava, ela iria me acertar mas Draco se levantou e se colocou no meio de nós duas.

— Será que devo lembrar toda hora a você Pansy que eu sou o novo monitor da Sonserina?.

— Não.- Pansy responde seca e volta para o seu lugar.

Draco se vira para mim, não diz nada apenas abre a porta do vagão para eu sair, abaixo a cabeça e sussurro.

— Precisamos conversar.- ele me segura pelo braço e responde sorridente.

— Precisamos mesmo.- e depois me solta.

Depois que voltei tive que trocar de roupa pois já estávamos chegando em Hogwarts, Rosemary estava conversando com Silene e quando me sentei do lado das duas não deixei de reparar que alguém estava do lado de Andrew.

— Simas?.

— Susie?.

Depois disso não falávamos mais nada um pro outro até chegarmos em Hogwarts.

Quando chegamos reparei numa coisa estranha, Hagrid não estava recebendo os alunos do primeiro e do segundo ano e sim a professora Grubbly-Plank.

— Onde está Hagrid?.- pergunta Rosemary, talvez ela tenha percebido a mesma coisa que eu.

— Não sei, mas espero que ele esteja bem.- digo e andamos atá a carruagem.

Enquanto esperávamos a próxima carruagem para irmos ficamos conversando, Simas nem se deu ao trabalho de ir comigo e com seu amigo Andrew, eu conversava com Silene sobre as minhas férias com Rose enquanto Andrew brincava com Rustie na gaiola dela, foi quando senti alguma coisa atrás de minhas orelhas, como se alguém a estivesse cheirando, e quando viro me deparo com um cavalo horrendo, seus olhos brancos sinistros me fitavam.

— Que cavalo é esse?.

— Que cavalo Susie?.- pergunta Rosemary.

— Esse aí, puxando a carruagem.

— Você está bem Susie? Não tem nada puxando a carruagem.- Andrew diz cruzando os braços e rindo.

— Tem sim, um cavalo horrendo, estão de brincadeira comigo?.

— Claro que não Susie, mas, o que você está vendo? Não tem nenhum cavalo aí.- diz Silene calmamente.

Todos me olham achando que sou louca, e ao mesmo tempo seus olhares procuram alguma coisa, eles realmente não estavam vendo nada. Quando íamos entrar na carruagem Harry passa com os outros, e uma menina de cabelos loiros meios sujos e olhos saltados para do meu lado segurando Pichí a coruja de Gina e Rony.

— Eí, eu também os vejo, os cavalos.- ela diz.

— Você os vê?.- pergunto esperançosa.

— Desde o meu primeiro ano eu os vejo, não se preocupe, você é tão normal quanto eu.

Ela anda em direção a Harry e Rony e vai com eles dentro da carruagem.

— Quem é ela?.- pergunto a Silene.

— Aquela é Luna Lovegood, também conhecida como Di-Lua.

— Por que a chamam assim?.- pergunto olhando para ela.

— Eu não sei, ela é da Corvinal, está no mesmo ano que a Gina, vi ela ano passado algumas vezes, as pessoas dizem que ela não bate muito bem da cabeça.

Quando entramos na carruagem Silene, Andrew e Rosemary não paravam de falar.

E eu não conseguia tirar da cabeça aquela tal de Luna.