A Menina de Olhos Cinzentos II escrita por almofadinhas


Capítulo 33
"Que Comece os Mistérios"


Notas iniciais do capítulo

Galera, sei que demorei demais pra postar, e nem tem como explicar minha ausência, sério, acho que feliz natal e ano novo atrasados nem vão compensar meu atraso!!
Espero que gostem!!

PS: Leiam minha nova fanfic, Escape!!



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Acordei bem cedo pela manhã para deixar minha carta com Rustie, minha coruja, fazia quase um ano que ela havia sido torturada e me surpreendi com sua melhora rápida. Eu fiquei enrolado para entregar a carta, mas decidi que era o certo.

– Vamos lá Rustie, você tem que levar isso a Lupin.- Rustie pega com bico a carta e sai voando para bem longe.

Silene estava me esperando na porta com seus cabelos presos e sua franja toda bagunçada. Ela não parava de reclamar um segundo.

– Susie, está frio, vamos logo, só você mesmo pra me arrastar até aqui em cima do corujal.

– A culpa não é minha, é uma carta importante.

– Vamos logo à Hogsmeade, estou doida por uma cerveja amanteigada.- Silene me puxa e descemos a escada conversando sobre as aulas.

Posso dizer que nesse ano consegui manter minha promessa de dois anos atrás quando decidi sentar e estudar, pois está funcionando e minhas notas e meus trabalhos não estão sendo mais uma droga completa. Sem contar que Hermione tem me ajudado fazendo várias questões e resumos pegando os pontos importantes na matéria. Segundo Silene e Simas, eu tomei juízo.

– Você viu aquilo Susie?.

– Desculpe, não estava prestando atenção.

– Claro que não – Silene revira os olhos.- Eu estava falando que Draco Malfoy acabou de passar por aqui com uma cara de quem ia aprontar, ele nem olhou pra você.

Silene não havia falado por mal, mas tive vontade de arrastar a cara dela pelo asfalto gelado e chutar aquelas bochechas coradas. Mas apenas revirei os olhos forçadamente, fazia um tempo em que eu não falava com Draco e eu estava preocupada no que ele ia fazer, agora que eu sabia de seu segredo o máximo que eu podia fazer era me preocupar.

– Uma coisa me deixou muito curiosa sabe? É essa coisa que ele tem com você, me lembro de que ele sempre te odiou, o Draco, e de uma hora pra outra vocês viram amigos. Como isso aconteceu?.

– Sabe Silene, certas coisas acontecem por simples acaso, destino, chame do que quiser, virei amiga do Draco porque vi seu lado bom.

– Só você, parece que ele não deixa ninguém mais ver esse seu lado bom.- Silene estava começando a me irritar.

Por uma fração de segundos eu iria dar uma resposta muito grosseira a Silene, mas depois vejo o porquê de suas respostas um tanto grosseiras e de sua chatice. Dino e Gina estavam passando na nossa frente de mãos dadas e rindo muito. Desde o primeiro minuto em que Dino falará que estava namorando com Gina Weasley deu para todos perceberem a cara de tristeza de minha amiga Silene, ela ainda gostava de Dino. Pego sua mão, coberta pelo tecido grosso das luvas, e isso a surpreende.

– Sabe, acho que deveríamos ir ao Três Vassouras, e quem sabe na Zonko’s.- Silene sorri, e me sinto honrada de poder deixa-la feliz. – Não deveríamos ligar pra coisas que não nos fazem bem.

– Você tem razão. – Silene dá um sorriso aberto.

Enquanto andávamos em direção ao Três Vassouras, Andrew e Simas estavam atrás de nós conversando como se eu e Silene não estivéssemos andando a frente dos dois.

– Então Finnigan, acho que estamos andando na mesma direção que a Black.

– Pois é meu caro amigo, vamos ter que chamar a atenção de nossa amiga.

– Se fizeram alguma coisa mato vocês. – digo aos risos, enquanto Simas, Andrew e Silene riem.

– Podem nos acompanhar se quiser meninos, estamos indo ao Três Vassouras. – Silene ergue a mão em direção a Andrew o mesmo ri e pega na mão coberta pelas luvas de minha amiga.

Os dois andam na frente enquanto eu e Simas conversávamos sobre as aulas e riamos a toa sobre qualquer coisa que falássemos ou nos lembrasse da época em que namorávamos. No inicio, não negarei, que para ambos, nós tivemos nossos problemas, brigas, desentendimentos, entre outros. Mas agora superamos tudo e Simas tenta seguir em frente, mesmo às vezes exagerando no quesito “ajudar a Susie”.

– Lembra-se daquela vez em que você tingiu o dormitório todo da Sonserina de rosa?.

– Correção, eu tingi os cabelos deles, e até que ficaram bonitos. – nós dois voltamos a rir novamente.

– Lembro também que no dia seguinte eles estavam doidos atrás de você?!

– Aquilo sim foi uma experiência inesquecível. – eu e Simas voltamos a gargalhar muito alto e isso fez algumas pessoas em volta olharem assustadas.

Quando chegamos ao Três Vassouras fiquei surpresa ao ver Harry gritando com alguém, Rony e Hermione estavam ao seu lado tentando impedi-lo de fazer alguma burrada.

– Simas, espere um segundo.- o mesmo apenas assenti enquanto ando em direção ao trio.

Vi Hermione colocar as mãos no ombro de Harry, o mesmo fez um movimento forte que fez quase minha amiga cair para trás, Rony a segurou.

– EÍ!.– grito para os três...quatro?.- O que está acontecendo aqui?

– Susie é melhor você...

– O que é isso? Esse é o Mundungo Fletcher?. – pergunto assustada, Harry o segurava pela garganta.

– Ao seu dispor madame, eu...- Harry o aperta mais pela garganta e Fletcher para de falar.

– Susie, esse homem roubou as coisas da sua casa!.- Harry grita.

– O que?

– Acho melhor você ir Susie, nós...- Hermione começa a falar mas eu a interrompo.

– O que ele roubou Harry posso saber?.

– Olhe você mesmo, na sacola.- Harry não tirava os olhos de Mundungo por um segundo.

Abaixo-me e mexo na sacola, havia uma taça com o brasão da família Black e alguns pratos que eu conhecia. Olho furiosamente para Mundungo, pronta pra lhe dar uma azaração, mas me acalmo.

– Quero todas essas coisas na casa dos Black, do jeito que deixei quando sai de lá, ou você terá consequências, muito séria.- faço com que meus olhos fiquem vermelhos, Mundugo se estremece todo e aparata na nossa frente.

– Susie, juro pra você, pensei que fosse mata-lo.- Rony diz com um tom um pouco assustado.

– E eu juro pra você Rony, contei até três para não fazer isso.- dou um sorriso de lado e olhos para Harry, ele estava furioso.

– Hermione, acho melhor você tentar acalmar Harry.

– Susie você sabe que eu...

– Confio em você.- digo entre seus ouvidos, e ela sorri de lado.

Hermione e eu já havíamos tido uma conversa a respeito de Harry, eles eram melhores amigos, e mesmo nosso amigo Potter quase sempre tendo seus surtos de fúria, Hermione tenha que ajuda-lo.

Simas estava parado, estático, olhando para onde estava a confusão.

– O que aconteceu?.

– Apenas um contratempo – dou de ombros, ajeitando meu gorro. – Vamos entrar?.

Quando eu e Simas entramos parecia que todos os alunos de Hogwarts decidiram olhar para nós. Senti como se todo o peso do mundo fosse jogado novamente em meus ombros.

– Susie, fique calma – Simas diz baixo, quase em meu ouvido.- É só não ligar, quando você sabe a verdade os rumores e mentiras acabam virando sussurros finos e sem valor.

– Mas às vezes eles podem ser ensurdecedores.

Simas solta uma risada e andamos juntos até a mesa onde Silene e Andrew já estavam sentados.

– Onde vocês se meteram? Demoraram.

– Silene, os deixe, Susie tem sempre assuntos pra resolver.

– Sempre deduzindo o certo Andrew?.- o mesmo solta uma risada.

– Se é o que você diz.

Conversamos animadamente, sobre quadribol, Silene zoando os professores e até Simas falando às coisas que explodiu o que me fez gargalhar ainda mais. Pedimos cervejas amanteigadas, Andrew e Simas desafiaram um ao outro quem bebia mais, e aquilo obviamente não ia acabar bem. Já estavam no quinto copo enquanto eu ficava me perguntando como eles ainda conseguiam agir normalmente.

– Esses garotos vão acabar se matando.

– Contanto que não me interroguem eu ficarei feliz.- Silene solta uma risada e volta a beber um gole de sua cerveja.

Harry estava a algumas mesas a frente, às vezes trocávamos olhares rápidos e umas risadas, ele já estava vendo Andrew e Simas beberem como dois doidos, quando finalmente decidi levantar-me para falar com Harry, dois meninos, bem conhecidos, decidiram entrar em minha frente.

– Olá Black. – Scott e Ian falam juntos.

– Scott e Ian, o que os trazem aqui?.

– A boa cerveja e whisky de fogo. – Ian diz levantando um copo.

– Podemos? – Scott perguntando olhando para as duas cadeiras vazias.

– Claro, por que não?. – respondo, e os deixo sentar.

– Por que exatamente esses dois estão fazendo isso?.- Ian perguntando apontando para Simas e Andrew.

– Bem, não pergunte pra mim, a única resposta plausível é que eles sejam loucos.- faço uma careta e Ian ri.

– Acho que Scott gostou de sua amiga Silene.- olho para o lado e vejo minha amiga rindo demais com o amigo de Ian, os dois pareciam bem felizes.

– Pode ser, mas espere só quando algumas pessoas ficarem com ciúmes.- eu e Ian rimos.- Minha amiga é bem disputada.

– Não mais que você.

Olho para Ian surpresa, ao mesmo tempo envergonhada, mesmo Chester já tendo falado tudo a meu respeito, tanto para Scott quanto Ian, o lufano se decidiu a meu respeito. Mas não era o certo.

– Ian eu...- estava pronta para dizer alguma coisa para Ian, mas me distrai quando vi Tonks, ela estava confusa e atordoada, sentou-se em uma mesa vazia, queria muito ter levantado e ido falar com ela, mas era difícil quando seus amigos estava fazendo uma batalha de quem bebe mais cerveja, minha amiga estava paquerando um lufano e quanto o outro tentava fazer o mesmo.

– Acho que vou pedir mais uma cerveja.- diz Scott e Silene ri, enquanto reviro os olhos.

– Vamos lá, seja mais alegre.

– Estou tentando. – digo um pouco pausadamente.

Vejo uma movimentação de Katie Bell e uma menina, as duas pareciam discutir uma com a outra, Rosemary estava atrás falando com a menina. As três, na verdade, pareciam estar discutindo.

– Ian, fique com os outros.

– O que ouve?. – o garoto pergunta.

– Vou resolver uma coisa.- levanto-me ajeitando meu gorro e vou em direção a Rosemary, Katie e a menina.

O granizo caia rápido, e estava bem mais frio do que antes, seguro firme a barra de meu casaco contra meu corpo e vou andando em direção a Rosemary. Desde o dia, no inicio das aulas que falei com Chester e seus amigos, ela tem tentado me evitar, mas não só a mim como também Silene e o resto do grupo.

– Rosemary! – grito e ela se vira como se tivesse tomado um susto.

– Black.- Rosemary sorri convencidamente, como se tivesse dito algo importante.

– O que está acontecendo? – pergunto abrindo os braços.- Até alguns dias eu e você nos falamos, o que ouve? Eu fiz alguma coisa? É o Chester?

Rosemary ri com desdém e apenas cruza os braços.

– Não tem nada haver com você nem com o energúmeno do Chester, estou tentando resolver meus problemas como você, sozinha.

– Rosemary, o Chester é seu irmão, até ano passado os dois agiam como tais, e você sabe quem nem sempre resolvo meus problemas sozinha. – digo enquanto ela olhava para trás, preocupada com algo. – Eu tenho amigos.

– Mas eu não.

– Eu sou o que pra você afinal?. – finalmente grito.

Mas meu grito em vão foi o mais alto, um grito muito alto vinha atrás de nós, eu e Rosemary nos olhamos e corremos em frente, na direção onde vinha o grito. O granizo que caia não fazia nenhum efeito, se alguém estivesse machucado espero que não seja tarde demais.

Mais alguns passos a frente, Hagrid segurava uma menina no colo, era Katie Bell, ao seu lado Harry, Hermione, Rony e a menina que estava com Rosemary e Katie.

– O que aconteceu com a Katie, ela está bem?

– Não sabemos muito bem, mas acho que Katie Bell foi enfeitiçada. – Harry diz olhando para Hermione, enquanto a mesma concordava.

– O que? – pergunto boquiaberta.

– Acho que aquele pacote também esta enfeitiçado. – diz Hermione.

Um pacote rasgado no chão mostrava um colar, que eu já havia visto em algum lugar, mas não me recordava onde.

– Susie, quando chegarmos ao castelo precisamos conversar.- Harry sussurrou em meu ouvido e eu apenas assenti.

Alguns passos atrás de mim despertam minha atenção, Rosemary estava atrás de mim, escutando tudo, ela e cruzou os braços, como se estivesse esperando alguma coisa, e disse uma coisa que me deixou muito “curiosa” a respeito de seu significado.

– Que comece os mistérios em Hogwarts.


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Notas finais do capítulo

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