A Menina de Olhos Cinzentos II escrita por almofadinhas


Capítulo 28
Zabini vulgo Problemas


Notas iniciais do capítulo

Acho que agora vai!!!
Meu Deus, eu poderia usar essas notas do capítulo só para agradecer as pessoas que me apoiaram nesses dias, eu nem demorei tanto para postar na verdade, pois decidi que vou tentar esquecer um pouco de meus problemas e seguir em frente. Em questão de escola, acho que tenho que me focar mais, mas claro não vou largar isso daqui, afinal vocês pra mim são minha motivação de continuar seguindo em frente!!.
Quero agradecer ao Mateus Ribeiro, Almofadinhas, Lady Cinis, Lady Riddle Malfoy e a UmaGarotaQualquer pelos lindos comentários!!
Vocês são demais!!.
Agora, sem mais delongas o capítulo tão aguardado.

OBS1: Esse capítulo tem algumas dicas então fiquem atentos.
OBS2:Erros de ortografia serão corrigidos depois!!.
Espero que gostem!



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NOTAS PASSÁVEIS
Ótimo (O)
Excede as Expectativas (E)
Aceitável (A)
NOTAS REPROVÁVEIS.
Passável (P)
Deplorável (D)
Trasgo (T)
–-------------------
Susie Black

Astronomia (A)
Trato de Criaturas Mágicas (O)
Feitiços (A)
Defesa contra as Artes das Trevas (O)
Adivinhação (E)
Herbologia (P)
História da Magia (E)
Poções (P)
Transfiguração (O)

Desde que eu ganhara meu boletim com minhas notas dos N.O.M.s eu não parava de fita-lo, eu havia apenas tirado duas notas ruins, claro que eu podia ter ido melhor mas aquilo para mim era a melhor coisa que eu podia ter ganhado nas férias inteiras.

Eu estava torcendo para chegar em Hogwarts logo e poder me esconder naquele enorme castelo. Queria me esconder de tudo e todos. Todos os problemas, todas as pessoas, de Harry, tudo. Depois naquele dia na Travessa do Tranco, Harry havia cismado de que Draco era um Comensal da Morte, isso fez o mesmo começar a me interrogar por horas depois que voltamos. Hermione pedia o tempo todo para ele parar mas Harry insistia de que eu sabia de alguma coisa.

Será que ele havia visto minha reação naquele dia? Ou eram apenas suspeitas certas? Isso eu não sei, mas fez com que Harry, novamente, se afastasse de mim.

Meu vagão nunca esteve vazio, aquela era a primeira vez. Todos que passavam me encaravam ou apenas passavam, sem dizer nada. Mas eu não ligava, estava ocupada demais encolhida perto da janela lendo o resto do diário de minha mãe e as cartas que meu pai escrevera para mim enquanto eu estava em Hogwarts. Gostava de rele-las.

Por uma fração de segundos senti alguém abrir minha cabine. Mas não era uma sensação, alguém realmente havia aberto minha cabine. E esse alguém foi Simas.

– Olá Susie.

– Olá Simas.- disse, mesmo ainda fitando algumas palavras do diário.

– Cortou o cabelo, está mais bonita.

– Obrigada.- sorrio, mas ainda não estou olhando para ele.

– Olha eu queria...- Simas respira fundo.-... queria dizer que, sinto muito pelo seu pai.

Silêncio.

– Eu sei que não deve estar sendo fácil, mas, sabia que você tem à mim, e também tem o Dino, a Silene e a Rosemary.

Finalmente olho para Simas, meus olhos estavam um pouco marejados, mas conseguia ver, um pouco embaçado, o quanto ele havia mudado. Seu corpo agora estava um pouco mais atlético e suas feições mais para adulto. Sorri para o mesmo.

– Obrigada Simas, de coração.

– Bem...- Simas abre a porta da cabine e eu estranho um pouco.- Pode entrar pessoal.

Em minutos, uma menina de cabelos longos com franja e óculos retangulares entra quase pulando, enquanto é acompanhada por um menino moreno grande e um pouco magro, uma menina com cabelos de fogo escuro com corpo de mulher e uma menina de olhos esbugalhados e cabelos loiros.

– Susie! - a morena pula em mim.- Que saudades de você.

– S-Silene, e-está m-me sufocando.

– Oh Merlin, me desculpe.- ela ajeita o óculos e arregala os olhos.- O que você fez com o seu cabelo?

– Quis mudar o visual.

– Eu amei.

– Eu gostei mas, vai se difícil acostumar.

– Então como foram de férias?.

Silene, Dino, Rosemary, Luna e Simas conversavam animadamente, eu participava algumas vezes da conversa, mas acho que não seria interessantes contar para eles que minha férias foram resumidas em ficar desacordada minhas férias todas, ir ao enterro de meu pai, ter intrigar com Harry Potter e descobrir que um de seus melhores amigos é um Comensal da Morte.

Eles realmente não estavam interessados em saber disso.

Bem, na verdade, eu e Luna ficávamos apenas observando. Ela havia trocado algumas palavras comigo sobre “perda de parentes” e mesmo ela tentando me ajudar, não estava conseguindo muito.

Alguém bate no vidro da cabine e todos viram. Andrew estava parado na porta da cabine nos encarando com as mãos enfiadas no bolso do casaco.

Simas se levanta e abre a porta.

– Oi Andrew.

– Oi...- ele então olha para mim.- Gostaria de falar com a Susie.

Um silêncio paira e todos olham para mim, me levanto calmamente e vou até Andrew. Quando saio fecho a cabine.

– Olá Susie.

– Oi Andrew.- ele sorri, amigavelmente.

– Sinto muito pelo seu pai.

– Espero não ter que ficar escutando isso o trajeto inteiro até Hogwarts.

Andrew solta uma risada abafada, pigarreia e volta a ficar sério e de cabeça abaixada, com suas mãos enfiadas no bolso do casaco.

– Não entendo o porque disso – digo logo.- Até alguns meses atrás, você, Dino e Simas me excomungavam por eu ser amiga de um sonserino, agora querem voltar a falar comigo como se nada tivesse acontecido?

– Eu tentei avisar, tentei dizer onde você estava se metendo.

– Não quero sua ajuda, agradeço mas sei bem onde estou me metendo.

– Tudo bem, eu sinto muito.

Andrew vira as costas e sai andando, reviro os olhos e bufo.

– Se quiser ficar aqui na cabine...

– Mas não tem espaço.

– A gente dá um jeito.

Nós dois sorrimos ao mesmo tempo, andei em sua direção e enlacei meu braço esquerdo sobre seu pescoço e ele gargalhou, andamos até nossa cabine e quando entramos todos nos olharam sorridentes, claro que com uma exceção.

– Onde é que ele vai ficar Susie?.- pergunta Simas.

Olho em volta, realmente não havia mais espaço.

Mas eu prometi que ia dar um jeito.

– Silene, levanta.

– O que? Por que?.- ela me olha curiosa.

– Apenas levante.

Silene levantou um pouco desconfiada, empurrei Andrew e ele se sentou no lugar dela que era no canto ao lado de Luna. Sento-me na ponta perto da janela, onde era um lugar, Silene me olha irritada e pergunta.

– Agora onde eu vou sentar?

– Oras, no seu lugar.

– Mas o Andrew...- quando Silene realmente entendeu o que eu quis dizer ela bufou de raiva, fazendo todos rirem na cabine, inclusive eu e Andrew.

– Mas nem pensar, sem chances que eu vou sentar no colo dele.

– Vamos lá Silene, eu não mordo.- Andrew pisca para ela, mas a mesma cora e eu rio.

– Acho que vejo a boa e velha Susie de volta.- diz Dino rindo.

– Acredite, eu sempre estive aqui.

Enquanto conversávamos, Silene realmente cedeu e se sentou no colo de Andrew, os dois pareciam confortáveis e conversavam animadamente. Dino era o que mais tinha novidades, ele e Gina estavam namorando, mas ele gostava mais de usar a palavra “ficar”. Eu não gostava dessa palavra, se você quer realmente algo sério, namore, não fique. Mas eu não podia dizer nada porque supostamente fiquei com Harry Potter.

Alguns minutos antes de chegarmos a Hogwarts, Neville bate na porta da cabine.

– Neville, que surpresa! - exclamo com um sorriso.

– Olá Susie, seu cabelo...- ele balança a cabeça como se precisasse recobrar a memória e eu sorrio.- Bem, o professor Slughorn quer dar uma palavrinha com você.

– Ah, claro tudo bem.

Eu já havia ouvido falar dele nas férias, Harry e Dumbledore haviam ida a casa desse tal de Slughorn para ele voltar a dar aulas em Hogwarts de Poções. O que eu não entendo era o que ele queria comigo.

Neville me leva até uma cabine grande, onde tinha uma mesa com alguns alunos em volta, um deles me fitava com uma seriedade que me assustava. Pelo que me lembro esse aluno era Blásio Zabini, um dos amigos de Malfoy.

Blásio me olhava de uma maneira estranha, e eu fui obrigada a me sentar ao seu lado, o que me deixava desconfortável.

– Bom, agora que está quem eu gostaria, muito obrigada por vi Srta.Black.

– B-Bem, por nada.- digo sem graça.

Gina e Harry também estavam na cabine/sala. Harry bem a minha frente. Ele sorria e as vezes ficava sério, trocávamos olhares, quase o tempo todo enquanto o professor conversava com os alunos. A maioria era da Sonserina.

– Susie Black, devo admitir que estou surpreso.- o professor comenta me pegando de surpresa.

– Com o que professor?

– Sua aparência me lembra bastante seu pai Sirius, e um pouco o de sua mãe claro.- o professor dá uma pausa e continua com um peso na voz.- Sinto muito por você senhorita, por perder entes tão queridos.

– Eu aprendi que, aquilo que amamos sempre será parte de nós.- Harry olha para mim eu sorrio, ele sabia quem havia dito aquilo.

– Que observação maravilhosa senhorita, mas não querendo mudar de assunto, com quem está morando?

– Bem, com meu tio Remo Lupin, ele cuida de mim desde que eu era bebê, mas com a chegada de meu pai fiquei dois anos e meio morando com ele, e agora, novamente, moro com meu tio.

– Ouvi dizer que ele é um lobisomem.- uma menina comenta.

– Sim ele é.- respondo seca.

– Que horror, como consegue morar com um lobisomem?

Olho em fúria para a menina, ela se encolhe na cadeira, eu já a tinha visto em Hogwarts, eu sabia que ela era da Sonserina.

– Ele é me tio, ele nunca iria me machucaria, ele é minha única família.

Hesitei um pouco, me lembrando do meu terceiro ano quando meu tio me machucou, até hoje tenho a cicatriz em meu braço. Mas ele não havia tomado a poção, por isso havia perdido o controle. E eu o perdoava por aquilo.

O Clube do Slugue, como era conhecido, era composto pelos alunos que faziam o interesse do professor Slughorn. Segundo ele, tenho uma coisa que nunca conseguiu ter, lecionar para Sirius Black, ou pelo menos algum descendente, segundo ele, Slughorn apenas lecionou para meu tio Regulo Black, irmão de meu pai que morreu.

Eu e Harry olhávamos sempre um para o outro e trocávamos algumas risadas, ele deveria estar pensando a mesma coisa que eu. Que aquilo era ridículo e sem nexo algum, mas ao mesmo tempo eu sabia que ele só estava fazendo isso a mando de Dumbledore.

Quando o professor liberou todos nós, esperei alguns irem embora para eu poder sair, mas Harry continuou lá, então decidi não espera-lo.

Mal sai da cabine quando eu braço me puxa fortemente e me coloca contra a parede, eu iria gritar mas a pessoa foi mais rápida colocando a mão em minha boca.

– Quero que preste muita atenção Black, eu não estou brincando.- era Blásio, ele me olhava com certa fúria que me deixava assustada, e eu logicamente comecei a tremer.- Não quero que fique mais andando por aí com algum sonserino, nem mesmo aquele seu amiguinho boboca o tal do Motclair, temos uma reputação e não queremos mais sermos chamados de bobos apaixonados e nem nos igualar a vocês grifinórios nojentos.

– Acredite Zabini, eu nunca gostaria de ser igualada a uma cobra feito você.- Zabini me empurra com mais força contra a parede e eu sinto minhas costas arderem.

– Alguns sonserinos podem ter medo de você Black, mas eu não, conheço seu jogo, a menininha indefesa que perdeu o papaizinho criminoso e vai se fingir de durona e sair botando o terror em Hogwarts.

Comecei a querer bater em Blásio mas ele me segurava com muita força, nem chutando seus pés ele me largava.

– Não precisa lutar – Zabini passa a mão pelo meu rosto e eu faço careta fazendo ele ficar irritado.- Agora entendo porque Draco gosta tanto de você, mesmo sendo uma grifinória imunda consegue ser a mais linda de toda Hogwarts.

– Me larga seu filho da puta ridículo.- o empurro, finalmente. Mas começo a pensar nas coisas que Blásio faria comigo. Eu não tinha mais minha força, mesmo tentando me soltar eu não conseguia.

O Zabini iria fazer alguma coisa comigo, e eu iria evita-lo ou confronta-lo, mas até lá precisaria de um jeito inteligente para fazer isso, força bruta está fora de cogitação.

– Blásio eu preciso...- a cabine dos fundos se abre e Malfoy sai de lá, meus olhos provavelmente com lágrimas me entregaram, viro o rosto e saio de lá sem dizer nada.

Esbarro em Rosemary sem querer e acabo deixando seu caderno e cartas caírem no chão.

– Susie, meu Deus, sinto muito.

– Tudo bem, eu te ajudo com isso.

Ajudo Rosemary a pegar as cartas e seu caderno, ela me agradece e nós começamos a conversar sobre as férias, novamente, mas desta vez conto para ela o que aconteceu durante esse tempo. Mas não cito nada sobre Malfoy, apenas seu comportamento estranho na Travessa do Tranco. Não digo a ela o que eu sei.

– Bem, acho que, a loja é estranha, ele é estranho, as coisas se encaixam.

Acabo rindo da observação de Rosemary e isso faz todos a nossa volta nos olhar. Parecia um pouco exagerado, mas até que Rosemary tinha razão.

– Meninas, acho que temos que trocar nossas roupas.- diz Luna, chegando com suas vestes na mão.

Eu, Rosemary e Luna trocamos nossas vestes, demorei um pouco para trocar pois meu colar havia prendido nas vestes.

– Anda, colar idiota desprende daí!

Quando o trem parou sem querer o pingente escorrega da minha mão fazendo ele escorregar para de baixo da porta. Ajeito minhas vestes e abro a cabine, mas o pingente não estava lá.

– Eí Almofada, acho que esqueceu isso!.

Olho para a frente e vejo Zabini com meu pingente rindo com Pansy e com os Goyle.

Draco se mantinha na frente de cabeça baixa. Quando ele passou na minha frente já do outro lado do trem, na plataforma, ele se vira e me olha. Seu olhar parecia uma eternidade e levava um pouco de culpa com ele. Aquilo não importava agora.

Era questão de honra arrancar aquele sorriso frouxo de Zabini e pegar meu pingente.

A única coisa mais próxima da minha família que eu tinha.


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Notas finais do capítulo

comentários??