A Menina de Olhos Cinzentos II escrita por almofadinhas


Capítulo 15
Uma Noite Cheia de Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, sei que demorei mas estou feliz por postar aqui de volta. Tive uns problemas com meus materiais escolares e fiquei pendurada com meu problema de estomago que tenho.
Quero agradecer imensamente Yasmin Lopes por recomendar está história, eu tão feliz em ler que você não tem ideia do tamanho do sorriso que eu dei. Queria agradecer aos comentários também, vocês são incríveis!.



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No outro dia acordei mais cedo que o normal, e fiquei conversando com Silene, Rosemary e Chester, era meio anormal ver os dois agindo normalmente, nem pareciam que acabaram de descobrir que eram irmãos. Chester parou de me ameaçar sobre o assunto de Draco o que me deixou bem aliviada.

– Deveríamos ir passear.- propôs Silene ajeitando seu óculos.

– Poderíamos ir visitar Hagrid, soube que ele voltou.- digo.

– Não acho uma boa idéia Susie, depois do que você falou, que Dolores está agora te interrogando sobre seu pai. Ela vai ficar seguindo você ou pior.

– Isso está acabando comigo, ele é inocente, não fez nada de errado, por que eles simplesmente não acreditam?.

– Porque são muito burros Susie, eu acredito em você, e se ele fosse mesmo um assassino teria matado Harry, ou qualquer um de nós. O Ministério só quer alguém para quem colocar a culpa.

– Silene está certa Susie, não percebem que querem abafar o caso de Você-Sabe-Quem e taxar o Harry de louco?.- Rosemary assenti com a cabeça sobre a opinião de Chester e completa:

– Se duvidar, Umbridge vai fazer a mesma coisa com você e vai dizer que você sabe a localização de seu pai, o Ministério vai vir atrás de você.

– Vocês todos deveriam trabalhar no Ministério no futuro, poderiam mudá-lo e fazê-lo melhor.

Silene, Rosemary e Chester soltaram gargalhadas e eu sem conseguir me conter também ri.

Passar o tempo com eles era muito bom, e melhor ainda com o pessoal da AD. Rosemary tentou convencer Harry a deixar Chester entrar, mas ele negou, Harry não confiava em nenhum sonserino inclusive em Chester.

A neve começou a aparecer e fomos obrigados a colocar luvas e cachecóis, o natal estava próximo e eu estava tão animada para rever Sirius, Lupin e Tonks que eu não conseguia me concentrar nas aulas direito. Por um milagre dos céus, consegui terminar os meus deveres e praticar o feitiço Silencio que eu não conseguira executar na aula de Flitwick.

Enquanto eu arrumava minhas malas, mesmo ainda faltando alguns dias para eu ir, encontrei um antigo bilhete que eu recebera a alguns anos. Era do Ministério. A carta dizia que eu era a última herdeira dos Mckinnon e que eu tinha direito a herança. Me lembrei do que Chester dissera que quando todos morreram a herança havia ficado para Dominique e Rosemary, pois eram as únicas ainda vivas com o sobrenome Mckinnon, na época meu tio fez questão de colocar o sobrenome Black. Aquilo era estranho, como eu podia ter a herança e ao mesmo tempo não?.

– Susie, você está aí?.- olho para trás e vejo Gina, seus leves cabelos ruivos agora estava soltos como de costume.

– Olá Gina, o que ouve?.

– Eu queria, dar uma palavrinha com você.

– Claro.

Gina se senta no chão a minha frente, meu coração começa a palpitar rápido e eu logo deduzo o que ela queria falar comigo.

– Bem eu, queria fazer uma pergunta – ela analisa minha mala e depois volta seus olhos, antes normais, agora carregados de ódio.- Você e o Harry estão namorando?.

– Não.

– Vi vocês se beijando, na primeira reunião da AD.

– É, eu sei que você viu, mas nós não estamos namorando, eu não sei o que sinto por Harry.

– Não sabe?.

– Não, não sei, não sei se o considero como amigo, irmão ou como outra coisa – olho para Gina que mantinha os braços cruzados e me analisava.- Eu sei que você gosta dele Gina, não adianta negar, sei disso a mais tempo que você mesma.

– Parabéns, você acaba de ganhar o premio de sabidinha do ano.

– Não venha ser irônica ou sarcástica comigo Weasley, eu já disse, não tenho nada com Harry, eu amo ele tanto quanto você ama, mas não sei ao certo o que eu realmente sinto.

Gina se levanta e se senta na minha cama, ficando mais alta do que eu e me observando por cima.

– Tudo bem, desculpa então.

– Não quero suas desculpas, afinal você gosta dele, mas ainda não entendo o porque você sai com outros garotos.

– Porque eu tento esquecer, Hermione diz que eu tenho que esquecer um pouco disso e aproveitar, não podemos ficar esperando um milagre a vida toda.

Encaro Gina, até que em um ponto ela estava certa.

– Mas ainda somos amigas não é?.- Gina dá um sorriso quase que debochado e irônico mas responde.

– Mas é claro.

– Gina olha, sério, não quero esse “problema” entre nós. Eu já disse, não sei ainda o que sinto por Harry. Mas seja qual for o que sentimos um pelo outro, só quero dizer que isso não tem nada haver com você.

– Eu sei que não.

Ela dá um sorriso forçado e sai do dormitório, eu sabia que isso não ia ser fácil.

Mas aquela era a verdade, eu não sabia o que sentia por Harry, éramos amigos por muito tempo e eu o considero como um irmão, mas de uns tempos para cá eu não sabia se agora eu o que queria como um irmão.

Depois de arrumar um pouco minha mala desci as escadas e encontrei Dino e Simas, os dois como sempre discutindo sobre quadribol.

– Oi Susie.

– Oi Dino, oi Simas.

Dino pega a moeda de seu bolso e joga a moeda para cima e pegando em seguida rapidamente, ele dá um piscadela e eu sorrio. Eu sabia o que ele queria dizer. Simas pelo contrario olha para nós dois desconfiado mas me lança um sorriso sem jeito quando percebo seu olhar.

Passear pelos corredores da escola a tarde era bom, ainda mais quando se tinha neve. Me sentei na grama consumida pelo gelo fino e deixei que a neve caísse sobre mim, era tão bom aquela sensação de liberdade, uma sensação que eu queria que meu pai experimentasse um dia.

– Susie?.

– Draco? – viro-me para frente e cruzo os braços, minha sensação de liberdade acabara de passar.- O que você quer?.

– Por favor não fique brava comigo, eu sinto muito ter machucado você.

– Eu já disse, não é a mim que você tem que pedir desculpas.

– Você acha mesmo que eu vou pedir desculpas para o Weasley e o Potter?.

– Então nada de falar comigo.

– Qual é Susie? Por favor!.

– Você sabe que estamos no meio do pátio e várias pessoas podem nos ver conversando não é?.

– Acredite eu não me importo mais com isso, e metade da Sonserina está na sala da Umbridge, ela está recrutando alguns para espionar o pessoal das outras casas, ela acha que vocês estão fazendo um grupo secreto.

– Como e que é?.

– Só estou dizendo o que eu ouvi – Draco fechou a cara e cruzou os braços.- Agora você só vai voltar a falar comigo por causa disso?.

– É isso aí, é o mínimo que você pode fazer por ter feito aquilo com o Rony e o Harry, sem contar os gêmeos.

– Tudo bem então – ele passa as mãos sobre os cabelos loiros e olha para os lados, provavelmente procurando por alguém olhando.- Dolores vai mandar uma pessoa investigar você, todos estão loucos por isso inclusive Pansy, ela está louca pra pegar você em flagrante e entregar a Umbridge.

– Sentimento recíproco.- Draco gargalhou e eu tapei sua boca olhando para os lados.

Eu tinha a sensação de que estávamos sendo vigiados.

E isso não era boa coisa.

(....)

Nossa primeira aula era com Hagrid, ele havia voltado e eu estava animada para revê-lo tanto que fui a primeira a chegar na aula.

– Susie, que bom revê-la.- o abracei, ele me deu um largo sorriso.

– Hagrid como...- parei e analisei seu rosto.- O que ouve com você?.

– Eu...veja, os alunos estão chegando.

Hagrid me empurra em direção a Hermione que sussurra para mim que iria me explicar depois o que tinha acontecido.

– Bom alunos hoje teremos uma aula um tanto interessante. Me acompanhem.

Todos os alunos seguiram Hagrid até algumas árvores escuras, ele parou de costas para as mesmas e sorriu para todos nós.

– Prontos? — perguntou Hagrid animado, olhando para os alunos.- Bom, então, estive guardando uma viagem à Floresta para o seu quinto ano. Pensei em irmos ver os bichos em seu habitat natural. Agora, o que vamos estudar hoje é bem raro. Calculo que eu seja a única pessoa na Grã-Bretanha que conseguiu domesticá-los.

– Você tem mesmo certeza de que eles estão domesticados?.- perguntou Malfoy, o pânico em sua voz era ainda mais pronunciado.- Não seria a primeira vez que você traz bichos selvagens para a aula, não é?.

Os alunos da Sonserina murmuravam concordando, e alguns da Grifinória também pareciam achar que Malfoy tinha uma certa razão.

Por incrível que pareça, até eu dava um pouco de razão a ele.

– Claro que estão domesticados.- garantiu Hagrid, fechando a cara e erguendo um pouco a vaca morta para ajeitá-la no ombro. Aquilo me deixou um pouco enjoada

– Então, que foi que aconteceu com o seu rosto?.- quis saber Malfoy.

– Cuide da sua vida!.- disse Hagrid, zangado.- Agora, se acabaram de fazer perguntas bobas, me sigam!

Ele se virou e entrou na Floresta Proibida. Ninguém parecia muito disposto a segui-lo. Eu não queria segui-lo. Harry olhou para Rony, Hermione e logo para mim, nós suspiramos, e nós quatro entramos atrás de Hagrid, liderando o resto da turma.

Caminhamos uns dez minutos até chegar a um ponto em que as árvores cresciam tão juntas que era sombrio como ao anoitecer, e não havia neve no chão. Com um gemido, Hagrid depositou a metade da vaca no chão, recuou e se virou para olhar os alunos, a maioria dos quais se esgueirava de árvore em árvore em sua direção, espiando para os lados nervosamente como se esperassem ser atacados a qualquer momento.

– Cheguem mais, cheguem mais - encorajou-os Hagrid.- Agora eles vão ser atraídos pelo cheiro da carne, mas de qualquer maneira vou chamá-los, porque vão gostar de saber que sou eu.

Ele se virou, sacudiu a cabeça desgrenhada para tirar os cabelos do rosto e soltou um grito estranho e agudo que ecoou por entre as árvores escuras como o chamado de uma ave monstruosa. Ninguém riu: a maioria estava apavorada demais para emitir qualquer som. Eu provavelmente era uma dessas pessoas pois estava gélida.

Hagrid deu novo grito agudo. Passou-se um minuto em que a turma continuou a espiar nervosamente sobre os ombros e por trás das árvores para avistar o que quer que estivesse a caminho.

Dois olhos vidrados, brancos, brilhantes, foram crescendo na penumbra, depois surgiram a cara draconina, o pescoço e, em seguida, o corpo esquelético de um enorme cavalo alado negro emergiu da escuridão. O animal correu os olhos pela turma por alguns segundos, balançando a longa cauda negra, então começou a arrancar pedaços da vaca morta com seus caninos pontiagudos.

Sem querer fui tomada por uma sensação de alivio. Ali, finalmente, estava a prova de que não imaginara esses bichos, de que eram reais: Hagrid conhecia a existência deles também.

A maioria dos outros alunos expressava no rosto uma ansiedade confusa e nervosa, como a de Rony e Silene, e continuava a olhar para todos os lados, exceto para o cavalo, a pouco mais de um metro deles. Havia apenas mais duas pessoas que pareciam capazes de vê-los: um garoto magricela da Sonserina, parado logo atrás de Goyle, que observava o cavalo comer com uma cara de intenso nojo, e Neville, cujo olhar acompanhava o balanço da longa cauda negra.

– Ah, e aí vem mais um!.- anunciou Hagrid orgulhoso, quando viu aparecer do meio das árvores escuras um segundo cavalo, que fechou as asas contra o corpo e mergulhou a cabeça para devorar a carne.

– Agora levantem as mãos quem consegue vê-los?.- cinco pessoas levantaram a mão, eu era uma delas.– Sim, sim, eu sabia que você seria capaz de vê-los.- disse sério para Harry.- E você também, Neville, é? E, Susie também?.

– Com licença - perguntou Malfoy com a voz desdenhosa.- mas que é exatamente que eu devia estar vendo?.

Em resposta, Hagrid apontou para a carcaça da vaca no chão. A turma inteira contemplou-a com espanto por alguns segundos, então várias pessoas exclamaram, e Parvati soltou um grito agudo. E eu entendei por quê: os pedaços de carne se soltando dos ossos e desaparecendo no ar deviam parecer realmente estranhos.

– Que é que está fazendo isso? - perguntou Parvati aterrorizada, recuando para trás da árvore mais próxima.- Que é que está comendo a vaca?.

– Testrálios - disse Hagrid, orgulhoso.- Hogwarts tem um rebanho deles aqui na Floresta. Agora, quem sabe...?

– Mas eles realmente trazem má sorte! - interrompeu Parvati, parecendo assustada.- Dizem que dão todo o tipo de azar às pessoas que os vêem. A Profª Trelawney me contou uma vez...

– Não, não, não — contestou Hagrid rindo.- isso é pura superstição, isto é, eles são muito inteligentes e úteis! É claro que esses daqui não trabalham muito, só puxam as carruagens da escola, a não ser que Dumbledore vá fazer uma viagem longa e não queira aparatar, e aí vêm mais dois, olhem.

Mais dois cavalos saíram silenciosamente de trás das árvores, um deles passou muito perto de Parvati, que estremeceu e se encostou mais perto da árvore, dizendo:

– Senti alguma coisa, acho que está perto de mim!.

– Não se preocupe, ele não vai machucar você.- disse Hagrid paciente.- Certo, agora, quem é capaz de me dizer por que alguns de vocês vêem os Testrálios e outros não?.

Hermione ergueu a mão.

Eu poderia estar surpresa, mas apenas ri.

– Diga, então.- pediu Hagrid, sorrindo para a garota.

– Só podem ver os Testrálios - respondeu ela.- as pessoas que já viram a morte.

– Exatamente - disse Hagrid, muito solene.- dez pontos para a Grifinória. Agora, os Testrálios...

– Hem, hem.- todos olharam para trás e alguns tinham um olhar surpreso e outros nem tanto.

A Profª Umbridge chegara.

Essa mulher agora estava perseguindo todo mundo?.

Umbridge estava com uma prancheta na mão, provavelmente indo inspecionar a aula de Hagrid, eu sentia que aquilo não ia acabar em coisa boa.

Ela começou a fazer perguntas a Hagrid, ele parecia nervoso mas respondia mesmo assim, o som de Dolores anotando tudo em sua prancheta me fazia ter arrepios na espinha.

– O que você acha que vai acontecer com Hagrid?.- pergunta Silene logo atrás de mim.

– Eu não sei, mas espero que nada de ruim.

Umbridge começa a fazer perguntas para os alunos relacionados a Hagrid, o problema era que ela estava fazendo perguntas para pessoas que ela já sabia que daria respostas maldosas, como Pansy:

– Você acha que é capaz de entender o que o Profº.Hagrid fala?.

– Não...porque...bom...muitas vezes...parece grunhidos.- Pansy dizia as gargalhadas.

Eu não consegui me controlar, joguei minha mochila no chão em fui em direção a Parkison, coloquei o dedo em sua cara e ela parou de rir em um instante.

– Olha aqui sua cobra estúpida, tenha mais respeito com o Hagrid, ou já sabe que dá próxima vez os dois olhos vão ficar roxos.

– Srta.Black, isso não é jeito de se tratar uma colega.

– A senhora quer que eu chame essa coisa de colega?.- alguns alunos soltam risadinhas, Malfoy foi uma delas, Pansy o olhou com reprovação.

– Bem, acho que hoje a noite a senhorita estará muito ocupada.- ela dá um risinho forçado, eu sabia que aquilo era um “convite” para uma detenção.

Volto para o meu lugar, mas antes uso o feitiço Lacarnum Inflamare em Pansy. Espero que ela tenha outra roupa porque aquela estava completamente ferrada.

Alguns comentários a meu favor me fizeram sorrir, Harry me deu um cutucão e sussurrou no meu ouvido:

– Você podia se ferrar menos, sabe que Dolores quer com você.

– Eu sei Harry, obrigada pelo aviso.- tento parecer sarcástica mas não consigo, ele estava preocupado comigo.

Depois da aula de Hagrid não consegui ir para mais nenhuma aula, eu só queria fugir de tudo e de todos, queria fugir de Umbridge, queria fugir de meus sentimento confusos obre Harry, queria fugir de Draco, queria fugir do mundo.

Por que eu estava tão confusa?.

Vou em direção a Sala Precisa e me escondo lá. Ficar treinando alguns feitiços ajudou bastante meu desempenho na AD. A sala estava decorada para o natal, Dobby, o elfo, pendurou um cartaz escrito “HARRY CHRISTMAS!”, sorri para aquilo.

Já era quase noite e alguns alunos foram chegando para dentro da sala, Silene e Rosemary riam sem parar, Andrew e Dino conversavam sobre assuntos aleatórios, enquanto Harry explicava o que iríamos fazer hoje.

O problema era que eu não iria participar da aula hoje.

Tento ir embora sorrateiramente mas Andrew me para na porta e me olha confuso.

– Aonde está indo Susie?.

– Tenho detenção com Umbridge hoje.

– Boa sorte.

– Eí Susie.- Harry grita, mas eu o ignoro e saio andando da Sala Precisa para a sala rosa irritante de Dolores Umbridge.

Não era ainda o horário para eu comparecer a minha detenção então fiquei andando pelo pátio e pelo castelo, e pensei que estava com muitas saudades de meu pai e Lupin, e por incrível que pareça Tonks e Sra.Weasley, saudades da Ordem e de conversar animadamente com meu pai.

– Perdida?.

– Só se for em sentimentos.

– Estou apenas cumprindo o meu dever.

– Draco, se você quisesse me entregar já teria feito isso.

– É você está certa, mas não vou fazer isso porque sei que ficara chateada com isso e é a última coisa que eu quero.

– Você consegue ser fofo as vezes.

– Acredite eu sou bem mais do que isso.

– Eu acho que seu ego não cabe mais em você.

Eu e Draco caímos na gargalhada, era bom ver alguém sorrir por minha causa.

– Dolores já escolheu quem vai ficar vigiando você.

– Oba, vamos saber quem é o felizardo.

– Obrigada pelos parabéns adiantado.

– Foi você?.

– Eu tinha uma carta na manga, eu disse que nós éramos parceiros de turma e que eu podia tirar algumas informações de você.

– Espero que você enrole bastante aquela megera, em por falar nela, preciso ir para...Onde está minha mochila?.

– Não sei, você veio sem ela.

– Devo ter deixado na...- paro de falar, se eu contasse a Draco onde estávamos nos reunindo eu não sabia se ele iria contar, porem era melhor deixar passar.

– Eu preciso ir, a gente se vê amanhã, se eu estiver viva.

– Até mais Susie.- Draco me dá um beijo na bochecha e eu congelo no tempo.

Fico parada vendo ele se afastar e depois eu penso “O que deu em mim?”.

Vou andando para a Sala Precisa pensando no meu pequeno transe sobre a atitude de Draco e tentando entender o porque fiquei parada feito uma estatua.

Quando entro na Sala Precisa eu estava desejando que abrisse um buraco no meio da terra e eu enfiasse minha cabeça lá. Harry e Cho Chang estava aos beijos de baixo de um visco, minha mochila estava a alguns metros de mim, tentei ser o mais discreta possível mas acabei deixando cair um livro meu no chão.

Os dois olharam para mim imediatamente.

– E-Eu é que e-eu, bem...tchau.- pego a mochila e saio correndo da sala o mais rápido que eu consigo.

Meu coração estava estranho, acelerado e com um ar de despedaçado. Droga, eu gostava de Harry? Eu estava triste? Mas porque eu não estava chorando ou fazendo qualquer coisa do tipo que uma menina apaixonada faria?.

Quando chego na sala de Umbridge meus sentimentos mudaram para um ódio quase sego. Eu me sento na cadeira de frente para ela e escrevo novamente a frase “Não devo ser mal educada”, aquilo doeu mais do que nas outras vezes.

Segundos, minutos, horas escrevendo aquela maldita frase enquanto Umbridge me interrogava e eu tinha um prazer enorme de dar foras nela.

– Sabe Susie, você é sangue-puro e eu admiro isso, precisamos de mais gente como você, mas preciso de sua colaboração, o Ministério lhe dará uma grande recompensa.

– A melhor recompensa que eu podia ter será o dia em que vocês pararem de serem burros e enxergarem que meu pai é inocente.

O rosto de Dolores passa de branco para vermelho e em uma fração de segundos minha bochecha está queimando com o tapa que ela havia me dado.

– Não estou brincando garota, diga-me agora onde ele está.

– NÃO.- grito e cuspo no chão, fazendo Umbridge tremer de raiva.

– Saia daqui agora, e se prepare Srta.Black, isso aqui ainda não acabou.

– Pode ter certeza professora, ainda não acabou. Boa noite.

Pego minha mochila e antes de ir bato a porta com toda força possível.

Saio correndo pelos corredores, já se passava da meia noite e eu estava cansada, tão cansada que vejo Rony e Harry com Minerva.

Espera, eram eles.

– Rony!.

– Susie, o que está fazendo aqui?.- pergunta Minerva.

– Detenção, com Dolores, mas o que ouve com você?.- pergunto apontando para Harry, que estava todo suado.

– Venha logo.

– O que está acontecendo?.

– Explicamos depois, vamos.- Rony puxa minha mão machucada, ela começa a sangrar e eu faço uma careta de dor.

Em poucos minutos, minha cabeça girava, era muita informação. Estávamos na sala do diretor Dumbledore analisando a situação do Sr.Weasley que foi atacado por uma cobra fazendo uma missão para a Ordem, e quem viu foi Harry, segundo ele foi uma espécie de visão, Fred, Jorge, Gina e Rony estava preocupados, Dumbledore resolvia tudo falando com os quadros.

– Profº.Dumbledore, creio que depois precisaremos conversar com a Black.

– Logo, logo Minerva, agora precisamos levá-los ao Largo Grimmauld.

– O que, por que?.- pergunto nervosa.

– Professor, Susie tem que ir conosco.- diz Rony e eu me alivio um pouco.

– Sim ela ira, não se preocupe.- confirmou Dumbledore.

– Como é que nós vamos? - perguntou Fred, abalado.- Pó de Flu?

– Não, no momento o Pó de Flu não é seguro, a rede está sendo vigiada. Vocês vão usar uma Chave de Portal.- Dumbledore indicou para um velha chaleira que descansava inocentemente sobre a escrivaninha.- Estamos apenas aguardando as informações de Fineus Nigelus, quero ter certeza de que não há perigo para despachar vocês.

Apareceu uma labareda bem no meio do aposento, depois uma única pena dourada que flutuou suavemente até o chão.

– É o aviso de Fawkes.- disse Dumbledore, recolhendo a pena quando caiu.- A Profª Umbridge já deve saber que vocês estão fora de suas camas, e que Susie provavelmente não foi para seu Salão Comuna, Minerva, vá distraí-la, conte-lhe qualquer história...

A Profª McGonagall saiu e eu acho que vi um sorriso em seu rosto antes de ir.

– Ele diz que ficará encantado - disse uma voz cheia de tédio atrás de Dumbledore, o bruxo chamado Fineus reaparecera diante de sua bandeira da Sonserina.- Meu trineto sempre teve um gosto esquisito em termos de hóspedes.

– Trineto? – pergunto, Sirius era parente daquele cara?.

– Venham aqui, então.- falou Dumbledore para nós.- E depressa, antes que mais alguém apareça.

Nós nos agrupamos em torno da escrivaninha de Dumbledore.

– Vocês já usaram uma Chave de Portal antes?.- perguntou ele, todos confirmaram com a cabeça, cada um esticando a mão para tocar em alguma parte da chaleira enegrecida.- Ótimo. Quando eu contar três, então...um...dois...três.

O chão sumiu sob meus pés, colidi com os outros enquanto avançavam velozmente em uma voragem de cores e uma lufada de vento, a chaleira puxando-os para diante, era bem diferente da última viajem que eu fiz para a Copa Mundial de Quadribol. Quando meus pés bateram no chão meus joelhos foram forçados a se dobrar, a chaleira caiu no chão, e em algum lugar ali perto alguém falou:

– De volta, os pirralhos do traidor do sangue. É verdade que o pai deles está morrendo?.

– FORA!.- vociferou a segunda voz.

Olho para cima e vejo meu pai, ele me dá um sorriso largo, me levanto com um pouco de dificuldade e vou abraçá-lo, eu sentia muita falta dele.

– Como está se sentindo? O que ouve com a sua mão?.

Não conseguir ouvir as perguntas de Sirius.

Acabei dormindo em seus braços.


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Notas finais do capítulo

comentários?