A Menina de Olhos Cinzentos II escrita por almofadinhas


Capítulo 14
Uma Rainha com Problemas


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, acho que eu não demorei muito como eu imaginei.
Recebi poucos comentários no capítulo anterior e eu acho que vocês não gostaram, eu queria que aquele capítulos transparecesse um pouco como é a Susie Black de verdade, afinal nos primeiros anos ela ficou quieta apenas procurando respostas sobre seus pais agora ela vai mostrar para que veio realmente hahaha!!.
Espero que gostem desse capítulo.Como vocês deverem ter reparado estou me guiando agora um pouco pelos livros e eu estou gostando muito, espero que realmente gostem!.



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Eu tinha a sensação de estar carregando o maior segredo do mundo. A Armanda de Dumbledore estava resistindo debaixo do nariz de Umbridge e do Ministério, a maior coisa que eles temiam.

As aulas da AD eram muito legais, mas Hermione achou melhor nós não repetirmos aquele acontecimento fatídico da outra aula, onde nós fizemos literalmente uma farra. Harry e eu não nos falamos muitos, apenas quando eu errava algum feitiço ou sem querer acertava Zacarias Smith, e talvez não fosse tão sem querer assim. Hermione nos entregou um galeão falso para cada membro do grupo, Rony logo ficou animando mas tirei sua alegria em minutos dizendo que a moeda era falsa. Segundo Hermione nas bordas iriam aparecer o dia e a hora de quando seria a próxima reunião da AD e nos explicou como ela havia feito, Feitiço Proteu.

Aquela garota deveria estar da Corvinal, aquilo era nível do N.I.E.M.

Era o dia do jogo da Grifinória contra a Sonserina e eu não podia estar mais animada. Harry estava com uma disposição incrível, o que me incomodava era que ele sempre tocava no nome de Draco e eu sempre o ficava olhando nas aulas, ele parecia normal, sempre com seu sorriso arrogante e o seu jeito superior, mas em alguns momentos ele abaixava os olhos e olhava para o nada. Eu precisava falar com ele, mas por causa das reuniões, os deveres de casa que Hermione insistia que eu fizesse e os treinos eu não tinha tempo nem para pensar em mim.

Como era dia do jogo fomos tomar café animados e vimos que todos estavam comentando sobre Rony ser o novo goleiro, mas é claro que por ter tantos comentários positivos tinha também seus comentário negativos.

– Temos que reservar um lugar pro Weasley na ala hospitalar.

– Hoje o dia está difícil para o Weasley não é?.

– Weasley significa derrotado na língua que eu acabei de inventar.- Pansy finalmente comentou e eu não pude deixar de responder:

– Harry me ajuda aqui porque eu não entendo língua de cobra.- Parkison logo se calou e não disse mais nada, alguns que estavam em volta começaram a rir.

Tentei fazer Rony se descontrair mas estava cada vez mais difícil, seus orelhas ficavam vermelhas a cada comentário de algum sonserino, e ele nem conseguia comer direito. Coisa que não era muito comum para ele.

– Eu devia estar maluco quando eu fiz isso – disse em um sussurro rouco.- Maluco.

– Não seja tapado, você vai ficar ótimo é normal se sentir nervoso.- diz Harry.

– Está reagindo melhor do que eu, lembra que eu saí correndo pelos corredores porque eu não queria ir?.- Harry me cotovelou e sussurrou em meu ouvido.

– Não dá ideia.

Solto um riso e Rony nos olha desconfiados.

Enquanto eu e Harry tentávamos convencer Rony de que ficaria tudo bem e que ele iria defender todas as bolas, Gina veio ver o irmão o que eu achei que seria até bom pra Rony.

– Como ele está?.- Gina pergunta olhando para Rony por de trás dos ombros de Harry.

– Nervoso.

– Horrível.- Harry me lança um olhar de reprovação.- Qual é? É a verdade.

– Isso é um bom sinal, ninguém consegue passar em um exame se não estiver nervoso.

– O que?.- pergunto, aquilo não fazia sentido.

– Olá.- cumprimentou uma voz vaga e sonhadora às nossas costas.

Nós olhamos e era Luna Lovegood que viera da mesa da Corvinal. Muitos estudantes a seguiam com os olhos, alguns davam gargalhadas e a apontavam sem disfarces, Luna conseguira arranjar um chapéu em forma de cabeça de leão em tamanho natural, e o colocara precariamente na cabeça.

– Estou torcendo pela Grifinória - disse, apontando desnecessariamente para o chapéu. - Olhem só o que ele faz.

Ela ergueu a mão e deu um toque de varinha no chapéu. O leão escancarou a boca e soltou um rugido extremamente real, que sobressaltou todos que estavam por perto. Eu levei um baita de um susto.

– Uau! - exclamo.- Que demais Luna!.

– É ótimo, não é? - disse Luna, feliz.- Eu queria que ele estivesse mastigando uma cobra para representar a Sonserina, entendem, mas o tempo foi pouco. Em todo o caso...boa sorte, Ronald!.

Ela se afastou como se flutuasse. Ainda não tínhamos nos recuperado do choque que fora o chapéu de Luna.

Angelina se aproximou correndo, acompanhada por Katie e Alicia.

– Quando vocês estiverem prontos - disse ela.- vamos direto para o campo, verificar as condições e trocar de roupa.

– Vou com vocês.- digo e Angelina segura minha mão.

Fomos andando até a porta do Grande Salão mas antes de ir eu tinha que fazer uma coisa. Subi em cima da grande mesa da Grifinória, todos em volta pararam de falar e olharam para mim, era isso.

– Aí pessoal, só quero dizer que nosso time vai acabar com vocês – digo apontando para a mesa da Sonserina.- É podem zoar o Rony o quanto quiser, ele é o melhor goleiro que a Grifinória já teve. NÓS VAMOS GANHAR!.

– É isso aí.- Fred se levanta e logo todos começam a gritar em aprovação.

Alguns alunos de outras casas, como Lufa Lufa e Corvinal assobiavam e gritavam meu nome. Joguei beijinhos no ar em direção a Rony e ele sorriu, acho que eu havia conseguido faze-lo se descontrair. Katie me puxou de cima da mesa e fomos em direção ao vestiário nos trocar.

– Vamos rezar para que tudo de certo.

– Vai dar Angelina, se acalme, Rony vai detonar aquelas cobras.- eu e Katie batemos nossas mãos como um cumprimento e Angelina gargalhou.

– Com essa sua confiança toda Susie, tenho certeza de que vamos ganhar.

– Pode apostar que sim.- pego minha vassoura e andamos em direção ao campo.

Conseguimos encontrar o time e revermos nossas táticas de jogo, me lembro que eu sempre ficava do lado de fora quando Olívio era o capitão, nunca gostei de seguir muitos as regras.

– Tudo bem pessoal, acabei de descobrir a escalação final da Sonserina - disse Angelina, consultando um pedaço de pergaminho.- Os batedores do ano passado, Derrick e Bole, saíram, mas parece que o Montague os substituiu pelos gorilas de sempre, em vez de escolher alguém que saiba voar particularmente bem. São dois caras chamados Crabbe e Goyle, não sei muita coisa sobre eles...

– Nós sabemos.- eu, Harry e Rony dissemos juntos.

– Bom, eles não parecem ter inteligência suficiente para diferenciar as extremidades da vassoura...

– Jura?.- pergunto irônica, Harry solta um risinho.

–...mas, por outro lado, eu sempre me surpreendi que Derrick e Bole conseguissem encontrar o caminho do campo sem precisar de placas de sinalização.- continuou Angelina, embolsando o pergaminho.

– Crabbe e Goyle são iguais.- garantiu-lhe Harry.

Ouviam-se centenas de passos subindo as arquibancadas do campo. Alguns espectadores cantavam.

– Está na hora - avisou Angelina com a voz abafada, consultando o relógio.

– Vamos, galera... boa sorte.- diz Andrew.

– Vamos acabar com umas cobras.- o time inteiro riu quando eu disse.

Nós nos levantamos, colocamos nossas vassouras nos ombros e saímos em fila indiana do vestiário para a claridade ofuscante do dia. Foram saudados por um grande clamor. A equipe da Sonserina já os aguardava formada. Seus jogadores usavam distintivos em forma de coroa que estava escrito “Weasley é nosso Rei”.

– Mas que palhaçada.- digo e Harry concorda, acho que ele sabia o que eu estava tentando dizer.

O novo capitão, Montague, tinha braços maciços que lembravam presuntos peludos, isso me fez gargalhar baixo. Atrás dele, rondavam Crabbe e Goyle, quase tão grandes como ele, piscando idiotamente no céu, balançando os bastões novos de batedores, eu estava louca para pegar aqueles bastões e enfiar em um luagr agradável deles. Draco estava parado de um lado, a cabeça louro-prateada refletindo o sol. Seus olhos encontraram os de Harry, e ele deu um sorriso debochado, batendo no distintivo que levava ao peito.

Eu teria uma conversa com ele depois.

– Capitães, apertem as mãos - ordenou Madame Hooch, quando Angelina e Montague se aproximaram. Pude ver que Montague estava tentando quebrar o dedos de Angelina, embora ela nada demonstrasse.- Montem as vassouras.

Madame Hooch levou o apito à boca e soprou.

As bolas foram soltas no ar, e os catorze jogadores dispararam para o alto, eu fui uma deles.

Os gritos de todos da minha casa foram a loucura quando eu fui a primeira a pegar a goles, Lino Jordan o nosso comentarista de jogo não deixou de fazer uma piada.

"Susie Black a baixinha dos Weasley acabou de pegar a bola e nossa como ela é rápida.”

As coisas estavam indo bem, eu desviava de todos da Sonserina com uma velocidade inexplicável, meus passes para Katie e Angelina eram muitos rápidos, mas perdemos a bola para o tal de Warrington. Enquanto eu tentava desviar do balanço e pegar a goles daquela cobra miserável uma música começou a ser cantada.

Weasley não pega nada

Não bloqueia aro algum

Ei, Ei, Ei, Ei, Weasley é o nosso rei.

Weasley nasceu no lixo

Sempre deixa a bola entrar

A vitória já é nossa, Weasley é o nosso rei.

Olhei para trás e tentei ver a expressão de Rony, acredite, não foi uma das melhores.

– SUSIE, FAÇA ALGUMA COISA.- Angelina grita e foi quando me dei conta que eu estava parada no meio do campo e que a Sonserina acabara de faze rum gol.

Ei, Ei, Ei, Ei, Weasley é o nosso rei.

Weasley nasceu no lixo

Sempre deixa a bola entrar

A música já estava me dando nos nervos, empurrei Warrington com toda a força que tinha e peguei a goles, os gritos da Grifinória não conseguiram abafar a cantoria do pessoal da Sonserina.

Com toda a força que eu tinha arremessei a goles e fiz o primeiro gol da Sonserina.

A cantoria da Sonserina diminuía um pouco e um novo grito de guerra misturado com batentes de pés e aplausos sincronizados estava começando a aparecer:

Black é nossa rainha ela joga pra valer

Vamos, vamos, vamos a Grifinória vai vencer!.

Mesmo sendo apenas de pequenos versos eu fiquei totalmente sem reação depois daquilo, eles fizeram uma pela parodia da música dos Sonserinos

– É ISSO AÍ SUSIE!.- Rony grita do outro lado do campo e eu grito de volta:

– TODA RAINHA PRECISA DE UM REI.

O jogo volta e Angelina consegue pegar a bola, mas por pouco tempo, Montague pega a bola dela e passa para Warrignton, Crabbe tenta lançar um balaço em direção a mim mas eu desvio rápido, mas não consegui desviar da pancada que Warrigton acabara de me dar no ombro.

Eu estava pendurada na vassoura.

– SUSIE.- grita Angelina que para de correr atrás da goles.

– VÃO, PODEM IR EU VOU DAR UM JEITO.

– VOCÊ É NOSSA MELHOR ARTILHEIRA.- grita Katie.

Weasley nasceu no lixo

Sempre deixa a bola entrar

A vitória já é nossa, Weasley é o nosso rei.

A música voltou com mais força.

Ei, Ei, Ei, Ei, Weasley é o nosso rei.

Com muito mais força e determinação daquelas cobras.

– VÃO LOGO.- Katie e Angelina voltam para tentar pegar a goles, mas acabamos tomando um gol, acho que Rony não estava fazendo um bom trabalho.

O grito de guerra da Grifinória não estava fazendo nenhum efeito em mim, eu ainda estava pendura na vassoura sem forçar para levantar.

– Acho que nossa rainha caiu.- Warrigton grita e eu sinto meu cabelo ficar rosa, eu estava completamente nervosa.

Dou um impulso para trás e outro para frente e consigo me lançar para frente, e novamente eu estava em cima da vassoura, indo em direção ao idiota do Warrigton. Pego a goles de sua mão e consigo desviar do empurrão que Montague iria me dar.

– Acho que a rainha não caiu.- grito debochada para os dois e os gritos de guerra volta com muita, muita força.

Black é nossa rainha ela joga pra valer

Vamos, vamos, vamos a Grifinória vai vencer!

Jogo em direção ao aro e faço o segundo gol, Angelina voa em minha direção e bate em minha mão, fazemos nosso cumprimento enquanto escutávamos Fred e Jorge gritar de alegria.

Estávamos empatados, vinte a vinte e eu tinha certeza de que eu já avistara o pomo de ouro, e eu estava rezando para Harry já ter o visto também.

A cena seguinte passou como uma câmera lenta.

O pomo de ouro.

Harry indo em sua direção pega-lo.

Crabbe lançando o balaço em direção a Harry.

E eu mergulhando e caindo uns 2 metros em direção ao chão.

Eu conseguia escutar os gritos de vitória de Lino Jordan eu sabia, nós havíamos ganhado.

– Susie do céu, você está bem?.- Angelia chega frenética.- NÓS GANHAMOS.

– Gostaria de comemorar mas não sinto minha barriga.

– Claro, você tomou o maior balaço que eu já vi.- diz Jorge risonho.

– Pelo menos não desmaiou como nas outras vezes.- chega Fred com um sorriso maroto.

– Ajudem ela a levantar seus malucos.- Jorge e Fred me ajudaram a levantar, eu sentia uma forte pontada nos rins.

Harry estava logo ao meu lado, nós ouvimos um bufo às nossas costas, Draco Malfoy pousara ali perto. O rosto branco de fúria, ainda assim conseguia desdenhar, o melhor disfarce que ele podia ter, pois escondia seu olhar de preocupação.

– Salvou o pescoço do Weasley, não foi? Nunca vi um goleiro pior, mas também, nasceu no lixo... gostou da minha letra, Potter?

Harry não respondeu. Virou-se para nos acompanhar novamente até a ala hospitalar.

– Queríamos acrescentar mais uns versos! - gritou Malfoy, enquanto Katie e Alicia abraçavam Harry.- Mas não encontramos rimas para gorda e feia, queríamos cantar alguma coisa sobre a mãe dele, sabe...

– Inveja mata.-disse Angelina, lançando a Malfoy um olhar enojado, dei um risinho.

–... também não conseguimos encaixar "fracassado inútil" para o pai dele, sabe.

Fred e Jorge perceberam o que Malfoy estava dizendo. A meio caminho de apertar a mão de Harry, eles me largaram com Katie e Angelina e ficaram encarando Malfoy.

– Deixa para lá!.- disse Angelina na mesma hora, segurando o braço de Fred.- Deixa para lá, Fred, deixa ele gritar, ele só está frustrado porque perdeu, o metido.

– Fred, Jorge, se acalmem, não tem porque brigarem com o Malfoy.- tento acalmar os dois, mas em vão.

– Mas você gosta dos Weasley, não é Potter? - continuou Malfoy, caçoando.- Passa as férias lá e tudo, não é? Não sei como você aguenta o fedor, mas suponho que para alguém criado por trouxas, até o pardieiro dos Weasley cheira bem.

Harry agarrou Jorge. Entrementes, eram necessários os esforços conjuntos de Angelina, Alicia e Katie para impedir Fred de pular em cima de Malfoy, eu não conseguia conte-los, se fosse por mim eu daria um soco em Draco e depois eu acertava minhas contas com ele, mas estava sem forças para fazer qualquer coisa. Draco ria abertamente. Harry olhou para os lados procurando Madame Hooch, mas ela ainda estava brigando com Crabbe por seu ataque ilegal com o balaço contra Harry que acabou me acertando.

– Ou vai ver - disse Malfoy, recuando com um sorriso debochado.- você se lembra como a casa da sua mãe fedia, Potter, e o chiqueiro dos Weasley faz lembrar dela.

Harry não percebeu que largara Jorge, só percebi é que um segundo depois os dois estavam atracados com Malfoy. Esquecera-se completamente de que todos os professores estavam assistindo, consegui correr mesmo com dor em direção aos três, tentei para-los mas Draco sem querer me deu um soco no rosto, provavelmente tentando acertar Harry ou Jorge, fui arremessada para trás e Katie me segurou para eu não me machucar mais.

– Harry! HARRY! JORGE! NÃO!.- Angelina gritou e me ajudou a levantar.

As garotas gritando, Malfoy berrando, Jorge xingando, um apito tocando e os urros do público, mas Harry e Jorge não pararam. Até alguém próximo gritar Impedimenta, e eles serem derrubados de costas no chão por força do feitiço.

– Que é que você acha que está fazendo? - berrou Madame Hooch, quando Harry se levantou de um salto. Aparentemente fora ela quem o atingira com a Azaração de Impedimento, a juíza segurava o apito em uma das mãos e a varinha na outra, largara a vassoura a alguns passos de distância. Malfoy estava dobrado no chão, choramingando e gemendo, o nariz ensanguentado, Jorge exibia um lábio inchado, Fred ainda estava sendo contido à força por três artilheiros, eu estava com meu estomago dolorido e com meu nariz sangrando (novamente) e Crabbe dava gargalhadas mais atrás.- Nunca vi um comportamento igual, já para o castelo, os dois, e direto para a sala da diretora de sua Casa! Vão! Agora! Levem a Black para a ala hospitalar agora!.

Angelina e Katie saíram de lá as pressas, olhei para trás e vi Harry e Jorge indo para o outro lado. Nossos passos estavam muito acelerados, Angelina não parava de reclamar que os dois acabaram de fazer uma bela de uma burrada.

– Aqueles dois estão ferrados, Minerva vai expulsa-los do time.

– Acho difícil, Minerva não faria isso porque sabe que Harry e um bom apanhador mas...- Katie não completou a frase e olhou para mim com medo.

– Mas o que Katie?.

– A Umbridge pode, ela é alta inquisidora, ela pode expulsar os dois e provavelmente a Susie.

– Eu? Por que eu?.

– Porque você entrou na briga e sendo filha de quem é, é uma bela desculpa.

– Droga.- Angelina chuta um balde qualquer que estava no chão.

Madame Promfey chega em minutos me dando um xarope e gelo para o nariz.

– Esse nariz é bem sensível Srta.Black.

– Pode acreditar, ele é.- Angelina e Katie se entreolham.

As duas foram embora pra saber o que tinha acontecido com os meninos, Malfoy chegou alguns segundos depois que elas foram embora, o nariz totalmente sangrando e ele gemia de tanta dor.

Ele mandou Crabbe e Goyle embora e os dois patetas obedeceram, Madame Pomfrey deu o mesmo xarope que me dera a alguns minutos para Malfoy, ele estava deitado na cama ao meu lado.

– Então, gostou de apanhar?.- pergunto sem encará-lo e Malfoy me olha surpreso.

– Desculpa pelo...

– Draco não quero suas desculpas, você percebeu a merda que você fez?.

– Você está falando palavrão.- ele diz colando o pano no nariz.- Seu cabelo ta rosa.

– Foda-se o meu cabelo, foda-se se eu to falando palavrão a questão e que eu estou chateada com você, muito chateada.

Ficamos mais alguns minutos em silêncio, um silêncio totalmente constrangedor.

– Nós já havíamos falado sobre isso, pensei que você tinha entendido. Que idéia foi aquela da música para o Rony? Draco você falou mal da mãe do Harry.

– Eles mereceram, o Weasley é um traidor de sangue, todos eles, Harry também.

– Agora na sua cabeça todos eles são traidores de sangue? Eu pouco me fodo se eles são ou não, eu não vou pedir um exame de qual o tipo sanguíneo deles pra eles serem meus amigos.

– Eu...

– Draco, fecha o bico que eu vou pensar cuidadosamente no caso se vamos voltar a nos falar ou não o.k?.

– O.k.

– Eu não mandei você fechar o bico?.

– Hem, hem.

Draco olha para a porta da ala hospitalar com certo pavor e surpresa, quando me viro também vejo Umbridge parada nos olhando divertida.

– Vejo que já está melhor Srta.Black.

– Meu estomago ainda dói. Mas afinal, o que atrás aqui professora? Não foi para ver se eu estava bem não foi?.

– Como ousa dizer isso? Claro que eu vim para ver você, mas o Sr.Malfoy também e vim discutir alguns assuntos.

– Que tipo de assuntos?.

– Sua saída no time da Girifnória.

– O QUE?.- grito.

– Você se meteu no meio da briga entre o Sr.Malfoy, o Sr.Potter e os senhores Weasley, logo será punida, seus amigos de casa foram expulsos para sempre de jogar, mas como a senhorita está debilitada vou ser mais cordial, você não ira mais ao treinos e não irá jogar no próximo jogo, e fará um favor de me acompanhar até minha sala agora.

– Mas isso é uma palhaçada, uma completa de uma palhaçada.- digo revoltada, eu quase grito mas consigo conter minha voz.

– Professora, não precisa fazer isso com a Black, ela não teve nada haver.

– Draco, você está a defendendo? Esperava mais de você, acho que seu pai não iria ficar nada feliz.- Dolores solta um risinho que me faz ter náuseas.

Draco abaixa a cabeça e olha para o lado oposto de onde eu estava, Umbridge anda até a porta e olha para mim.

– Vamos até minha sala querida.

Me levanto da cama com um pouco de dificuldade, meu estomago dava pontadas e eu sentia dores a cada degrau que eu subia para sua sala nojenta cor de rosa. Quando chegamos ela me fez sentar em frente a ela.

– Bom Srta.Black lhe chamei aqui para fazer algumas perguntas.- Dolores dá um risinho e toma um gole da sua xícara de chá.

– Que tipo de perguntas?.- pergunto um pouco amarga.

– Sobre seu pai.

Eu gelo, eu não tinha saída. Tonks estava certa, eles sabiam e era uma questão de tempo até Dolores vir falar comigo sobre isso.

– Não tenho nada pra falar, eu não vou dizer nada.

– Não vamos usar violência Srta.Black, vamos apenas conversar – ela solta outro risinho, mas desta vez fraco.- Onde ele está?.

– No inferno.

– Você fala com ele com frequência?.

– Falaria se a senhora não revistasse a minha coruja.

– Você mora com ele?.

– Interessa?.

– A senhorita não está cooperando.

– Eu não vou cooperar com você ou com quem seja do Ministério, eu não vou entregar o meu pai, ele é inocente.

– Eu sei que ele deve ter feito sua cabeça, coitadinha, mas acredite ele é um assassino, não acredite nele.- Dolores pega a minha mão onde ela havia feito sua "marca" e a acaricia, tiro-a de suas mãos nojenta e ela me olhar surpresa.

– Eu não acredito é em você.

Dolores permanece em silêncio me encarando e depois solta uma risadinha nervosa, ela tentava parecer calma mas nada adiantava. Umbridge se levantou calmamente e veio em minha direção, ela colocou suas duas mãos em cada braço da cadeira e ficou frente a frente a mim.

– Pode me responder o quanto quiser menina, mas eu vou descobrir aonde ele está e seu pai irá apodrecer na cadeira.

Eu estava nervosa, tremendo de raiva, mas eu sabia que se fizesse alguma coisa contra Umbridge as coisas sairiam do controle e eu podia ser expulsa de Hogwarts.

– Eu estou pagando para ver.- me levanto da cadeira a fazendo recuar para trás, antes de sair e fechar a porta da sala nojenta de Dolores eu olho para minha mão e fito a mensagem gravada nas costas de minha mão e antes de ir digo debochada para Dolores.

– Boa noite professora.

Bato a porta e vou correndo para meu salão comunal. O quadro da Mulher Gorda estava parado diante de mim e eu tive que me esforçar muito para saber a senha:

– Joelho de gnomo.

E o quadro se abriu me dando passagem para sair correndo em direção ao dormitório feminino.

– Susie?.- tomo um susto ao ver Hermione.

– Deus, você me deu um susto.- digo tentando não parecer tensa.

– Está tudo bem? Nós vimos o jogo.

– Nem me fale nisso, não fale a palavra jogo.

– Por que?.- pergunta Rony.

– Não vou jogar na próxima partida.

– Merda.

– Angelina vai morrer.- Hermione ainda não tinha se dado conta de que Rony acabara de falar um palavrão e quando percebeu o mesmo tomou um tapão daqueles.

– Não acredito nisso, é verdade você não vai mais jogar?.- pergunta Fred.

– Mas o que foi que você fez?.- dessa vez Jorge pergunta.

– Ainda estou tentando descobrir.- digo com amargura.

Todos começam a discutir sobre o jogo, Fred e Jorge tocam no assunto da música:

– Susie nossa rainha, essa foi boa.

– Queria saber quem foi o santo que fez isso.

– Foi de última hora, estávamos tentando fazer eles parar de cantar a música do...- Hermione para de falar e olha pra Rony que se culpará pelo que aconteceu ao time.

Hermione para descontrair diz que Hagrid voltou, Harry e Rony logo ficaram com um pouco de felicidade e eu também mas não queria vê-lo agora.

Fui para o dormitório das meninas, troquei de roupa e me deitei em minha cama tentando fazer minha cabeça parar de se preocupar com Sirius e desejando que esse dia que se passava virasse apenas uma lembrança ruim.


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Notas finais do capítulo

comentários??!