Vingue-se Ou Morra. escrita por Holden


Capítulo 4
Leitinho da mamãe.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro: Eu não faço a mínima ideia dos nomes que eu dou pro capítulo, mas se sua mente for malvada, eu garanto que não tem nada a ver com besteiras kkkkkkkk

Segundo: Desculpem a demora T-T Discutam com meus professores que tiram provas e trabalhos até do... É. E também a minha falta de criatividade, abri o word umas quinhentas vezes e merda nenhuma saia.

Terceiro: Lotthy Logan é uma gostosa por ter me dado uma recomendação :3 (não levem isso a sério, não sou uma funkeira que manda todo mundo abrir as pernas) Enfim, valeu fofa ♥ O capítulo é dedicado a tu u.u

Ahn... Não sei mais o que colocar .-. Aliás, se tiver algum leitor aqui pule logo pro capítulo pois ele vale a pena (acho)



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Hum... Ok.

Definitivamente alguém deve ter rogado uma praga muito grande pra cima de mim... Ou sei lá, talvez só seja a maior azarada do planeta terra mesmo.

Porque estar perdida em uma rua deserta, com o tempo chuvoso, suando até as tripas e mal-encarados olhando pra você não é pra qualquer um.

Apressei o passo com a mochila pesando em minhas pobres costas acabadas, entretanto só dava de cara com mais e mais ruas desconhecidas.

- Por favor, que seja uma pegadinha.- murmurei enquanto olhava para os lados a procura do carro de Carter.

Nada.

É, não era uma pegadinha.

Os pingos de chuvas começaram gradativamente e logo o céu estava quase caindo sobre minha cabeça. Que droga Elisa, como você foi se meter nisso sua lesada? Aliás, como Carter descobriu seu segredo? Será que ele estava apenas me testando e eu acabei entregando o jogo?

Argh! Malditos sejam os pais deles que não usaram preservativos e originaram essa criatura sem coração!

Não que eu tenha algum... Mas não deixo pessoas sozinhas em ruas desertas com o perigo de serem estupradas.

E também porque eu não tenho um porsche preto.

- Ei, senhor!- chamei um moço de roupa preta e alto. Podia perceber sua palidez à distância, e olhos tão negros quanto uma noite sem estrelas. Cabelos castanhos claros e uma boca carnuda de um vermelho exagerado.

Caminhei até aquela obra-prima, sentindo-me segura, pelo menos nem um mal-encarado iria...

- Ei gatinha, passa tudo!- o mesmo homem gritou enquanto tirava algo de seu bolso.

Um revólver.

Que legal.

- O-o que? M-mas eu...

- Perdeu guria, anda, passa tudo!- falou de forma tão embolada que mal o entendi.

Que mundo injusto.

Suspirei alto sentindo as grossas gotas de água da chuva, rolar sobre meu corpo deixando-me completamente arrepiada. Abri a bolsinha da frente de minha mochila e tirei de lá o dinheiro do lanche, o delinquente mal deixou com que eu erguesse as notas e as tomou de minha mão, correndo feito um louco logo em seguida.

Maldito! Desprezível!

E agora? Como iria sair dessa enrasca...

Lembrei do celular em meu bolso e rapidamente movi minha mão até a parte de trás de minha calça, segurando firme o aparelho móvel entre os dedos trêmulos.

- Por favor... Atende... Atende...- rezava baixinho enquanto os malditos “tuu’s” soavam do outro lado da linha.

Três eternos “tuu’s.”

- Alô?- a voz masculina soou séria após o terceiro toque.

- Will?- quase gritei.- Pelo amor de deus garoto, me tira daqui!- implorei mesmo não percebendo a confusão que eu mesma criava.

- Tirar daí? Quem está falando?

- perguntou confuso.

- ELISA!- ta, dessa vez eu gritei.- PELOAMORDEDEUSWILLEUQUASENÃOTEPEÇONADAHELP!!

- Hã? Olha, pra falar comigo você tem que respirar calmamente e..

- Escuta, eu fui abandonada em uma rua qualquer, uma chuva começou bem na hora da minha desgraça, estou ensopada e fui assaltada... E você ainda quer que eu respire?

Uma gargalhada alta soou do outro lado.

Uau, como eu amo meus amigos.

- Onde você está?- perguntou após se recompor.

- E eu vou saber?- rebati.

- Tudo bem, tudo bem, eu rastreio a ligação, mas você vai me dever uma nova aula de química!

Fim da ligação.

Eu já disse que amigos nerds são um saco?

**

Intervalo. Dez horas da manhã.

Will havia conseguido me resgatar, e pelo menos cheguei a tempo da segunda aula. O que não me impediu de levar uma baita advertência e voltar a assinar o livro negro (como eu carinhosamente o titulei apesar da capa ser azul).

Geny falava alguma coisa que eu não conseguia prestar atenção enquanto comia seu pão com manteiga de amendoim, Will mexia em seu notebook tentando me ajudar na redação do tal Mart... Martin... Como era mesmo o nome do cara? Bem, tanto faz, não impediu com que eu fosse roubada. E meu olhar se dirigia até a mesa dos riquinhos de olhos claros que se achavam o último cu da humanidade.

Ou só populares.

Algo me corroía por dentro no momento em que o maldito bronzeado riu junto de seus amigos cuzados. E por seus fios loiros bagunçados e enormes estarem cobrindo aquelas órbitas azuladas, e... Aqueles lábios robustos e vermelhos entreabertos de maneira sexy ou talvez...

- Elisa.- uma voz ecoou ao fundo.- Ei Elisa!- de repente um tapa atinge minha testa em cheio fazendo com que eu soltasse um grito histérico de dor no momento seguinte.

- Que droga Geny!- gritei enquanto massageava as têmporas atingidas.

- A culpa não é minha de estar babando feito um cachorro no sil!

- Babando...?- sim, eu estava babando.- Ah vá se lascar!

Levantei colocando meu suco de laranja de lado com certa violência (porque sou uma pessoa extremamente rebelde) e caminhei com receio até aquela mesa cheia de serventias dos capetas.

- O que está fazendo sua maluca?- ouvi Geny E Will sussurrando ao mesmo tempo em minha direção, contudo não dei ouvidos.

Eu nunca dava.

Tudo bem, ninguém tinha prestado atenção em mim até então, mas conforme fui me aproximando da mesa os olhares foram se tornando tortos e me senti queimada pela radioatividade que eles transmitiam.

Não importa! Como Carter poderia estar feliz e de consciência limpa sendo que sabia que havia me abandonado em uma rua deserta e mal frequentada? E se eu tivesse sido raptada por espiões da CIA? Ou melhor, da MIB?? Não estava fim de ter minha memória apagada pelo Will Smith após presenciar presenças extraterrestres, droga!

Portanto iria dar o troco.

Na frente dos seus amigos cus frescos!

Deixa eu te contar uma coisa, as pessoas só se aproximam dali quando (1) são ricos, ou (2) são ricos e bonitos, (3) são molambentos mas são bonitos e estão dispostos a dar alguma coisa para eles (de todas as formas possíveis) e também quando (4) erram o caminho, só que é pego a tempo de ter sua cabeça entupida no vaso (sujo, eca!)

Agora, perceba que eu não me encaixo em nenhuma das regras. Talvez a 4... Não sei.

Enfim! Caminhei até lá e parei em frente do diabo enquanto suas amiguinhas peitudas e os machões me encaravam com confusão e talvez uma leve indignação. Movi minhas mãos até o leite de caixinha de um moreno e tirei a tampinha. Tudo lentamente e com elegância, sério.

Em um movimento brusco, todo o leite de lá de dentro já estava sobre os fios loiros e desgrenhados do nadador ensopando-os. Por um momento, todos ficaram em choque.

- Da próxima vez, é melhor mamar nos peitos da sua mãe se quiser leite.- falei.

Mentira, eu não falei isso. Só soltei um leve:

- Idiota!- e voltei a minha mesa.

O sinal bateu uns cinco minutos depois, e fiquei aliviada por isso.

Pelo menos não teria minha cabeça enfiada no vaso por eles.

Não agora.

Todos já voltavam as suas respectivas classes, e eu já havia perdido Will e Geny de vista, quando ia entrar na sala do 2° ano uma palma grande e violenta toma meus pulsos imediatamente. Iria gritar, mas a outra mão se infiltra na minha cara, abafando-a e me puxa de lá com força.

Tentei me debater e chutar suas partes genitais, mas cara, eu já disse que sou uma mera perdedora?

Fui colocada (atirada praticamente) na parede que dava acesso a quadra, suas duas mãos se encostaram próximas do meu rosto e aquela muralha ficou de frente pra mim. Dei de cara com aquele azul cintilante, mas sem nenhum rastro de compaixão (vish). E o cheiro de leite sobre seu corpo havia sumido.

- O que você está pensando sua bastarda?- a voz rouca e grave do playboy soou por todo o local, e se alguém estivesse ali, provavelmente já teria chamado a polícia.

E eu não gritei por socorro.

Por sinal, ri de sua cara ruborizada.

- Quer dizer que só você pode brincar?- alfinetei-o após parar com meu riso maquiavélico.

- Ninguém está brincando aqui, querida Elisa. Eu mando e você obedece, quem tem as cartas na manga sou eu.- e sorriu com o canto dos lábios, aproximando-se mais de minha face.- Mas você pode mudar de ideia, terei o prazer de informar todos de seu blog, será uma festa e tanto! Você não acha?

- Escuta aqui! Se você está achando que pode me chantagear desse jeito! Está muito... Muito...

Calei a boca quando seu rosto virou para o lado e me dei conta de que ele não me ouvia mais.

Como ousa? Ninguém nunca ignora Elisa Borns Wel! Maldito! Filho de uma...

Meus pensamentos também foram interrompidos, quando cruzei com o olhar de uma garota. Pra falar a verdade, a guria era linda. O uniforme que parecia de um ajudante de açougue pra mim, ficava perfeito modelado em suas curvas quase que esculpidas e aquela calça jeans deixava seu bumbum firme (sempre tive invejinha dessas garotas que acertam nas calças) e lindo. Seus cabelos lisos e escorridos eram de um ruivo vivo e intenso batendo até um pouco a baixo de sua cintura, e pude perceber de longe os olhos mais verdes e claros que alguém poderia ter (a não ser Carter, mas os dele era azul).

Os punhos do garoto se fecharam com raiva, assim que um outro garoto entrou em cena, pra falar a verdade era um aluno comum, mas bem bombadinho, tinha cabelos repicados e castanhos, e um belo sorriso tomavam seus lábios de um rosado inacreditável.

Ãh... Por que eu deveria estar ali mesmo?

A garota puxou a manga da camiseta do moreno e os tomou em seus lábios, logo estavam em uma sincronia perfeita. Mãos loucas por todos os lados e ele quase que engolindo a menina.

- Carter, eu realmente tenho que voltar pra...

Não tive oportunidade de terminar a frase. O motivo ? Seus lábios macios e um pouco trêmulos também se encaixaram junto aos meus. Tentei relutar, entretanto a sensação não era nada ruim. Minhas pernas tremularam e tive a obrigação de fechar os olhos e aproveitar o momento (quantas vezes alguém gostoso vem e te beija?) para entrelaçar meus braços em seu pescoço largo, sentindo o contato de sua pele quente com a minha, arrepiando-me. Uma de suas mãos se fixou em minha cabeça e enterrou-se em meus cabelos castanhos, enquanto a outra passeava de minha barriga até a cintura, brincando com a minha blusa. E meu deus! Que boca! O gosto de hortelã era visceral, e sua boca explorava cada canto da minha com... hum... Profissionalidade. Meu coração palpitava tão violentamente que tive medo de ter um ataque cardíaco na hora, e sua colônia masculina impregnou minhas narinas.

Meu deus ² Onde estou? E por que diabos Carter Singleton está me beijando?

Não faço à mínima ideia, contudo, também não reclamo.


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