Vingue-se Ou Morra. escrita por Holden


Capítulo 17
Tentando superá-lo.


Notas iniciais do capítulo

Heei o/ Eu sei que demorei, mas foi por uma boa causa... Olhem o tamanho do capítulo =D

Enfim, gente eu queria levar um lero com vcs (meu deus, quem usa lero?) *ajeita o óculos* eu não gosto de parecer desesperada e nem uma chata encrenqueira, mas é que certas coisas magoam poxa... Eu tenho 27 favoritos, 62 acompanhamentos e só uma quantidade de 10/11 comentam (não estou criticando as pessoas que comentam, pelo contrário, sou eternamente grata) mas sim as que não comentam! Poxa gente, eu fiquei a manhã e a tarde inteira bolando o capítulo só pra vcs, passando pro word, revisando e etc... Para os fantasminhas de plantão só lerem e deixarem a história como se nada tivesse acontecido? Magoa, e como! Bom, não quero atrapalhar a leitura de vocês, só quero que certas pessoas (as que leem e não comentam) tomem consciência de suas atitudes e percebam que ninguém gasta menos que 1 minuto pra comentar. É isso... Desculpem o desabafo. Boa leitura



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— Elisa! — escutei um Carter me chamar em meio à multidão, desviando de algumas criançinhas que choravam por algodões doces, finalmente chegando até mim. — O que voc...

— Eu quero! — interrompi-o, puxando sua camiseta azul clara como uma menininha de oito anos molambenta com os olhos brilhando, apontando para uma barraquinha de churros deliciosos, que me chamavam a atenção para serem devorados.

Ele revirou os olhos, movendo os dedos largos para a parte de trás da calça, onde se encontrava sua carteira de couro.

— Você me da muitas despesas. — aproximou-se do carinha magricelo da barraquinha e lhe entregou uma nota de cinco dólares. — Me veja dois churros, por favor.

— Como quiser. — indagou se levantando, deixando a revista que lia de lado. — Algum sabor especial?

— Doce de leite! Dã. — murmurei como se aquilo fosse óbvio. E era. Doce de leite é vida.

— Certo, e o rapaz? — seus olhos negros viraram-se para o diabo ao meu lado (bem, nem tanto, ele estava pagando minha comida cof cof) que parecia mais entediado que homens acompanhando suas namoradas em compras de roupas femininas.

— Você não entendeu meu caro, os dois são para esse poço sem fim! — apontou para minha imagem patética, que aguardava ansiosamente aquele mar de carboidratos.

— Ei! — alguém tinha que me defender, certo? — Você está certo, coloque bastante cobertura! — e esse alguém certamente não era eu. — Coloca granulado também? Parece uma delícia! — sorri, tentando não parecer uma esfomeada. O que de certa forma, eu era.

O carinha riu e acenou a cabeça positivamente, adicionando minha exceção. Após alguns minutos, agarro os dois churros com vontade, começando a devorá-los ali mesmo.

— Vamos logo, garota. — senti a palma enorme da mão de Singleton, envolvendo meu pequeno pulso direito, puxando-me para longe dali. Tentei prestar atenção no caminho, enquanto mordia incansavelmente minhas guloseimas calóricas.

Ao longe, avisto uma placa de aviso colorida, informando que daqui a poucos minutos o espetáculo e magia do circo começariam. Era só pagar o ingresso e adentrar no enorme barracão listrado de laranja e azul, onde várias crianças, adultos e idosos percorriam animados.

— Ei, Carter! — chamei sua atenção, ainda mordiscando os doces.

— O que é? — sua voz agora era de impaciência. Virou-se em minha direção, com aqueles inegáveis olhos azuis, que agora não pareciam tão escuros, esperando que eu me pronunciasse.

— É que... Bem... — suspirei. — Sabe... Eu queria taaanto assistir o espetáculo. — sorri de maneira travessa, igualando-me a um pestinha.

— Sabe Elisa, eu não sei como sua família te atura. — vociferou. — Olha, se você quiser ir sozinha eu...

— Ah, tudo bem! Talvez aquela dupla dinâmica queira me fazer companhia. — cortei-o, enquanto apontava para uma grande quantidade de jovens (a maioria de nossa escola) que estava passeando sobre o local. Principalmente aquela cabeçinha ruiva falsa juntamente de um moreno bocó apaixonado. Quem não sabe que é Judy e Steve dãã...

O loiro ao meu lado suspirou de forma entediada, bagunçando os fios rebeldes com agonia.

— Acho que esse nosso namoro falso não está adiantando porra nenhuma. — ouvi-o murmurar, dessa vez, zangado.

Virei para a lixeira ao meu lado, jogando os papeizinhos que envolviam os churros, e logo, cruzo meu olhar com os de Singleton. Curiosa.

— Ei, você está desistindo? — choraminguei, no mesmo tom de voz. — Acho que é um pouco cedo, ainda.

— Certo, certo! E quer que eu fique aturando aquilo? — apontou para o horizonte, onde os dois, agora esfregavam o nariz como dois esquilinhos. Que. Nojo. Argh!

— Ela ainda gosta de você. — falei, quase que desesperadamente.

— Como tem tanta certeza disso? — trovejou, agora com a raiva estampadas em seus olhos.

— Aonde você quer chegar?- pergunto indignada.

— Essa é a questão.— agora, a maldita se virá pra mim, com um sorriso estranho nos lábios.— Eu quero voltar pra ele. Digo, pro Carter. E ninguém vai me impedir. Nem uma vadiazinha estúpida como você.”

Burra! Idiota! Por que eu ainda continuava insistindo?

Por que eu ainda não contava que a maldita ainda morria tesões por ele? Por que continuar com essa mentira? Por que, Elisa?

Talvez eu estivesse... Gostando de agir como sua namorada. Era algo novo, nunca havia vivido algo assim antes. Eu sorria mais, me divertia mais e as pessoas pensavam que estávamos realmente juntos! Era mágico, não, melhor! Era gratificante! Pensar que eu era útil para alguma coisa... Mesmo sendo uma namorada de mentirinha, era realmente gratificante.

E mais do que isso. Talvez eu gostasse da presença do gorila bombadão... Tudo bem que nem sempre era a mais agradável possível, mas o seu cheiro já ficou impregnado em minhas narinas! A imagem de vê-lo treinando era uma rotina. E eu sabia muito bem que seus olhos se tornavam mais amenos, ou mais claros, quando ele ficava com raiva. Estranho não é? Normalmente eles tinham uma tonalidade meio acinzentada com azul...

Ei! Por que diabos estou discutindo a cor da porra dos olhos dele com meu subconsciente?

— Olá. — dedos se estralaram na frente do meu rosto, fazendo com que eu andasse um pouco para trás, assustada. — Você está aí? Pode responder minha pergunta?

— Que... Que pergunta? — balancei a cabeça negativamente, tentando voltar para o “agora” e esquecer esses pensamentos inúteis.

— Como tem tanta certeza que Judy ainda gosta de mim? — rolou os olhos, de maneira que demonstrava sua irritação.

— Eu... Bem... Intuição feminina! — respondi de prontidão, quase me assustando com aquela segurança toda. — Agora vamos! Hoje eu descubro o segredo da mulher cortada ao meio!

**

Já havia se passado quase meia hora dentro daquela tenda gigante barulhenta. Crianças gritavam querendo ser assistentes dos mágicos; garotos assoviavam para as bailarinas equilibristas; os pais precisavam sair correndo atrás dos filhos; todos se animavam com os malabaristas e o grupo da escola só fazia algazarras na parte de trás. Nem preciso comentar a zoação que foi quando a mulher barbuda se apresentou.

— Ainda acha que foi uma boa ideia vir? — ouvi o timbre rouco, mas alto de Carter ao meu lado. Nem um pouco satisfeito.

— SIM — gritei eufórica, mesmo achando que ele não me ouvia. — Descobri o segredo! Há duas mulheres! Ninguém é cortado ao meio! Haha!

— Uau! — retrucou com aquela voz irônica. — Genial, eu realmente não havia percebido isso antes.

Não tive tempo de responder, pois o apresentador voltou fingindo entusiasmo e as pessoas começaram a soltar gritinhos histéricos novamente. Permaneci de pé, tentando acompanhar o ritmo das crianças ao meu lado que me chamavam de “tia” e pulavam como pipocas na panela enquanto gritavam “UHU”. Sinceramente? Eu era velha demais pra isso. Mas continuei com as tentativas.

Carter estava sentado ao lado, com os braços cruzados, e as pernas esparramadas, olhando feio para quem ousasse contestar sua “Posição”, parecia emburrado e nem um pouco... hã... Feliz por estar ali.

— Galerinhas de todas as idades! Gente de todos os tamanhos! Pessoas de todos os tipos! — anunciou o apresentadorzinho de meia idade, parecendo meio cansado, mas ninguém estava nem aí pra isso. — Chegou à hora mais esperada, o momento mais pedido! Com vocês, os palhaços: Salmão e Tenebroso!

Podiam-se ouvir um coro de gritos sem fim ao fundo, e os malditos capetinhas pulando mais alto ainda.

Mas dessa vez, minha figura permaneceu estática. Completamente amedrontada.

Horror. Medo. Pânico. Fobia.

Não tenho palavras pra expressar minha agonia por palhaços. São seres do demônio. Que no fundo só querem comer seus órgãos.

Tudo começou com meus doze anos, e um Nick com seis. Com essa idade ele já conseguia dominar qualquer computador, CPU, invadir sistemas... O que tivesse pela frente! E bem... Eu havia quebrado o teclado de estimação dele “sem querer” o deixando mais que puto.

Não foi uma decisão muito inteligente minha.

Como sempre fui uma garota ingênua, e acreditei em uma historinha dele de “assistir um filme online divertido sozinho é chato” e bem... Acabei o acompanhando no filme depois de muita insistência.

Não foi nada divertido.

It, Uma Obra Prima Do Medo, foi à escolha do maldito!

Passei quase três semanas, batendo na porta dos meus pais na madrugada e pedindo para que me deixassem dormir entre os dois. E mesmo assim tinha pesadelos constantes.

Nick pode não se lembrar, mas arruinou minha infância. — exagerada novamente, oi.

— Muito bem, muito bem! — uma voz demasiadamente alegre, acordou-me de meu sofrimento passado. De repente me dei conta de que era Salmão (um dos palhaços) escolhendo um ajudante do palco. Só aquela maquiagem exagerada me causava um frio na espinha terrível.

— Nosso ajudante tem que ser beeem alegre! — continuou Tenebroso, arrancando mais risadas das crianças. — E ficar de pé o mais tempo possível! — forçava uma voz fininha e engraçada.

Assim, toda aquela gritaria de antes foi substituída por um mar de silêncio. Um mar de silêncio bem assustador. Não sabia o motivo.

Quando olhei para Carter, percebi que ele estava sentado (avá), e assim que me virei para o resto do salão, aquela enchente de gente de mais cedo, também estavam em seus respectivos lugares.

Olhei para baixo para me certificar de que estava sonhando.

Não estava. Nem um pouquinho.

Eu era a única de pé ali.

— Muito bem! — os palhaços continuaram juntos. — Já que a garotinha insiste...

— O-o que? — gaguejei. Não. Aquilo definitivamente não estava acontecendo.

— Não sabia que você gostava de palhaços. — o loiro maldito sussurrou ao lado, zombando da minha desgraça.

— Queira me acompanhar senhorita. — o apresentador surgiu ao meu lado, segurando meu braço, com a intenção de me levar para aqueles seres monstruosos/demoníacos/estupradores que sorriam de maneira atrapalhada.

— E-eu não... N-não... — tremia a cada palavra, e mais ainda com aquele vadio segurando meus braços.

— Vamos logo! — me puxou com mais força, vendo que eu não saía do lugar.

— NÃO! – gritei tentando ir pro outro lado, ouvindo as pessoas cochicharem e rirem. – Eles vão me matar! Eles vão sim! Me larga!

— Ei, calminha aí garota eu...

— Solta! Solta! — não deixei o cara continuar, tentando acertá-lo com tapas de uma pessoa sedentária, ou seja, perdedora. — AAAHHH! — percebi que os palhaços se aproximavam com caras zangadas.

Ahá! Eu sabia que eles eram do capiroto.

— Quer parar com isso? — Salmão eu acho, chegou perto de nós de forma impaciente, enquanto Tenebroso tentava desviar a atenção da platéia para outra coisa que não fosse meu “show”.

— SOCORRO! — me desesperei ainda mais com a proximidade do palhaço laranja e assassino. — Não chegue perto! — coloquei minha mão na frente de meu corpo, protegendo-me de qualquer perversidade/atrocidade daquele ser do diabo.

— Você está acabando com nosso show! — alterou a voz em minha direção, de forma violenta.

— Ei, ei! — finalmente Carter resolveu se levantar, colocando-se entre nós. Não queria saber se ele era mais do mal do que a dupla sem coração, mas me agarrei em seu braço, colocando-me o mais longe possível do Serial Killer. — Nós iremos embora senhor, hã... Salmão. Lamentamos o incidente.

O palhaço grunhiu algo que não consegui ouvir, e nem tinha interesse, pois saímos dali rápido demais para perceber qualquer coisa.

A tarde estava bonita hoje. O céu estava tingido em diferentes tons de laranja, enquanto uma brisa leve e gelada batia sobre o local. Poderia ficar horas admirando... Se não estivesse tendo um quase ataque cardíaco.

— Você viu não viu? — sussurrei. — Eles queriam me matar! Tenho certeza que sim!

— Elisa, ninguém queria te matar, caramba! — o Singleton vociferou com aquela voz rouca e sem paciência. Ainda estava agarrada ao seu braço sentindo sua respiração quente e ritmada de encontro a minha cabeça. — Ah não ser eu, e isto está perto de acontecer.

— Vamos embora, por favor. — senti algumas gotas quentes atravessando meu pescoço e pingando em minha blusa. Passei os dedos ali, assustando-me comigo mesma... Eu estava chorando? Chorando mesmo? Ai meu deus, sou uma negação para o mundo.

— Carter! Elisa! — uma voz feminina surgiu ao longe, fazendo com que olhássemos instintivamente pra ela.

Lá estava o pequeno grupinho de fdp’s. Judy, Matt e Steve. Bem... Matt um pouco, pelo simples fato de ter quebrado metade de meu quarto, dividindo o cargo com o gorila ao lado aqui.

Limpei as gotas com ódio, tentando não deixar ninguém perceber minha fraqueza de momentos antes.

— Viemos ver se você está bem. — Steve começou, direcionando suas falas a mim, entrelaçando seus dedos nos da ruiva.

— Sim... Obrigada. — funguei minimamente colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha tentando sorrir. Ai que ódio! Elisa sua perdedora de merda!

— Eu trouxe água… Parece que estava nervosa lá dentro. — Matt se aproximou um pouco, entregando-me um copo de plástico, olhando diretamente em meus olhos.

— Valeu. — peguei o copo dando longos goles nele. — Já estou melhor, não se preocupe. — respondi um pouco sem-graça.

— Não parece, pelo jeito que saiu de lá... — o ruivo tornou a se preocupar, com as sobrancelhas arqueadas.

— Eu…

— Ela já disse que está melhor, Hagen. — dessa vez a voz do Singleton trovejou entre nós, fazendo com que eu me encolhesse um pouco. — Nós já estávamos indo mesmo.

— Já? — Judy questionou com certa raiva. — É muito cedo ainda!

— Estamos. Indo. — indagou pausadamente, virando-se para mim. — Vamos?

Assenti timidamente, enquanto me despedia dos outros. Quando terminei, percebi que o garoto já estava lá na frente, destravando o carro.

Corri para alcançá-lo, sentindo gotas de suor gotejarem em minhas costas.

— Nem pra esperar?! — reclamei.

— Não tenho culpa da sua lerdeza. — retrucou, com certa ironia na voz.

— Qual seu problema? — revirei os olhos.

O gorila bufou quase que me fuzilando com aquelas imensidões azul celeste.

Claro que eu deveria mostrar meu dedo médio pra ele por toda aquela antipatia, contudo, é quase impossível desviar o olhar quando Carter Singleton olha pra você. Sei lá, é como se metade de mim quisesse ficar ali admirando o mar dentro dos olhos dele, e a outra, espetar/mutilar/trucidar sua face com um facão de churrasco.

Ai. Meu. Deus.

O que está havendo comigo hoje?

— A Senhorita Perda de Tempo vai ficar viajando no espaço ou vai entrar de uma vez no carro? — sua voz finalmente interrompeu minha estupidez humana, fazendo com que eu desviasse de seu olhar na hora e olhasse para o chão, envergonhada.

— Talvez eu peça carona pro Matt. — murmurei sem pensar, com a voz baixa, mas mesmo assim segura. Qual era o meu problema, afinal?

Eu me odeio.

Eu me odeio².

Senti seus passos firmes em minha direção, quase que violentos. Era como se ele quisesse deixar sua marca registrada no chão. O que era bem a cara do diabo loiro.

— Você não vê à hora não é? — murmurou com uma calma impressionante na voz. Sentia seu corpo parado em minha frente. Com sua respiração quente de um aroma de menta inconfundível batendo sobre meu rosto. Sua testa quase colada na minha. Seus lábios quase colados nos meus.

— Do que? — sussurrei ainda brava.

O maldito riu ao escárnio.

Eu deveria ter chutado sua intimidade com todas as forças que meu corpo me proporcionava (o que não era muitas), porém não conseguia mover nenhum músculo sequer. Minha mente parava de funcionar nos momentos mais importunos possíveis.

— Ficar com Matt. — sentenciou com uma palma em meu pescoço, e os lábios quase grudados na minha orelha. — Abraçar o Matt. Beijar o Matt. — outra risada. — Matt. Matt. Matt. — seu timbre ia ficando mais baixo, contudo mais roucos a cada momento. Meus braços se arrepiavam com a respiração no pé de meu ouvido, e minhas pernas bambeavam com suas palavras.

— Carter… — seu nome escapou sem querer de meus lábios, e eu senti um sorriso safado se formando em sua boca.

— Será que esse Hagen é tão bom assim. — continuou na mesma posição. Com o mesmo tom. — Que possa me superar?

Oh-ou. Algo me diz que estou perdida.

Foi então que o maldito segurou minha cintura com força quase me tirando do chão, colando minhas costas em seu carro fazendo com que eu soltasse um pequeno grunhido de dor no momento seguinte.

Não tive tempo de me opor, ou fazer qualquer coisa. O garoto colou seus lábios nos meus com tamanha agressividade, que minha boca chegou a doer. Tentei me desvencilhar de seus braços, contudo foi inevitável.

Eu o correspondi.

Movi minhas mãos até sua nuca, apertando seus fios com força, enquanto ele me colava mais ainda a si com seus braços definidos e quentes. O mesmo empurrava meu corpo com violência no carro, deixando-me completamente desnorteada.

Era como se ele tivesse medo que eu fugisse dele. De seus braços. De seu mundo.

Sua boca parecia valsar perfeitamente com a minha, entretanto sua língua parecia invadir todo o meu espaço com vontade, com fogo, com… Paixão. Seus lábios macios eram minha perdição, e sua boca era exageradamente deliciosa. Tentei entrar em seu ritmo, o que era totalmente impossível, Carter não conseguia se controlar, ele movia suas mãos até minha blusa, passando os dedos lentamente sobre minha barriga, fazendo com que calafrios desnecessários surgissem em minha espinha, e mesmo assim, conseguia “controlar” sua boca de encontro com a minha. Aquele com certeza era o melhor beijo da minha vida.

Era rápido, violento e desesperado. Como se eu estivesse esperado minha vida toda por ele.

Infelizmente o ar se fez necessário, e nossas bocas foram se descolando lentamente. Preferia morrer com falta de ar, do que pausar aquele momento. Mas mesmo assim o maldito continuava distribuindo mordidas um pouco dolorosas sobre meus lábios, que agora estavam exageradamente vermelhos. Ele colou sua testa com a minha. Ambos ofegantes.

— É… Parece que aquele ruivo não sabe fazer um bom serviço. — murmurou, ainda com a respiração pesada.

Sorri, sentindo meu coração quase saltar do meu peito.

— Não como você.


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