Seeking Shelter escrita por MrsHepburn, loliveira


Capítulo 31
Despedidas e Festas


Notas iniciais do capítulo

ok, primeiro, uns comentários me fizeram perceber que a fic tava meio parada e eu percebi que era hora de botar um pouco de ação nisso aqui então: AQUI VAI YAY
outro aviso é que a fic tá na reta final (vai ser mesmo a maior fic que eu já escrevi) e tem mais uns dez capítulos, eu acho.
segundo: obrigada a Ana Clara (você mesmo) pelo comentário que me fez bOOM abrir os olhos e pra Candace Else (Bianca?) por ler esse capítulo e me impedir de ir me matar de dúvida OBRIGADA e pra todo mundo que comentou OBRIGADA DOU UM PEDAÇO DO MEU CORAÇÃO PRA VOCÊS (não interpretem isso do modo nojento tá)
enfim, boa leitura e eu espero muito que gostem



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Depois de uma semana de pressão enorme em todos os alunos da escola, com as férias de verão chegando, as provas finais para os alunos do último ano E a competição daqui a três semanas, foi bem merecido quando, na sexta-feira, Connor aparece na aula de música, lá pelas quatro horas e diz para a banda e eu:

–Peguem suas coisas, vamos ter uma noitada. -E foi meio estranho ver meu irmão falando noitada, mas o mais preocupante foi ele ter chamado todo mundo. Um dia antes do casamento, a despedida de solteiro do meu irmão já estava pronta.

–E a Ashley?

–Ela vai junto. -Connor responde, animado.

–Não é uma despedida de solteiro se a noiva vai junto.

–A minha é. -Ele passa um braço em volta do meu ombro. -Encontro vocês às sete, no Kyoto. Você vem pra casa, mocinha.

–Eu não vou poder ir. -Clark diz. -Mas se divirtam por mim.

A viagem para casa é silenciosa, como sempre, mas a animação de Connor pode encher o silêncio com euforia, e de repente eu estou tão ansiosa que tenho que falar alguma coisa.

–Está tudo preparado?

–Tudo preparado. Amanhã, vou precisar que você pegue o tio Dave e os outros no aeroporto e os leve até o hotel. Depois explique como chegar...

–Já sei, Connor.

–Tá. Nosso voo sai às onze horas, então eu e Ashley temos que sair da praia dez e meia. -Avisa. Um aperto no coração vem quando eu penso na ideia de ele ir embora, mas mantenho minha... profissionalidade.

–Dez e meia. Tá. -Repito, para ter certeza que decorei.

–Seu vestido está em casa e a mãe de um amigo meu vai chegar no nosso apartamento umas três horas pra maquiar vocês.

–Já sei. -Ashley, na noite anterior, me passou todos esses pequenos detalhes do casamento em uma folha de caderno, como se estivesse me ajudando a decorar algo para alguma prova.

–Ótimo.

–Cadê a Ashley? -Ele estaciona na frente de casa.

–Lá dentro. Veste uma coisa bonitinha, tá? -Quase me ofendo, se a probabilidade de eu querer usar um moletom não fosse alta.

–Vou ver o que eu posso fazer.

–Falo sério. Vamos para um clube, e você vai poder se divertir. Então, vista algo legal. -Assinto. Subo as escadas, dou um oi para Harvey e Fletcher no corredor e jogo minha mochila no sofá, enquanto Ashley me puxa para o meu quarto. Por um segundo, eu fico sem saber o que falar da roupa que ela está usando. Um vestido vermelho que faz os seios dela parecerem bem maiores e com um comprimento até o joelho. Não parece mesmo a noiva certinha do meu irmão.

–Você... pegou pesado, hein. -Comento, e ela sorri, o batom vermelho fazendo com que os dentes fiquem reluzentes de tão brancos. Vai até meu guarda roupa e joga alguns vestidos em cima da cama. Depois analisa cada um deles enquanto eu fico parada no meu lugar, esperando o veredito. Como eu sei que não adianta discutir com ela, quando Ashley me estende um vestido justo preto, tento esconder minha careta enquanto vou até o banheiro e troco de roupa.

Me sinto uma stripper.

–Você está elegante! -Ashley responde, quando digo a ela o que eu pensei. Me vejo no espelho, percebo que o vestido tem os mesmos poderes mágicos para fazerem meus peitos parecerem maiores do que realmente são e as curvas de trás também. Sem contar que ele é apertado e vai até a minha coxa.

–Não, por favor. -Sussurro, sentindo como se alguém estivesse me torturando.

–Ah. -Ela levanta um dedo, num sinal que indica que eu tenho que ficar quieta. -Você está linda. E fabulosa. E nós vamos nos divertir muito hoje.

–Eu não vou beber, tudo bem pra vocês? -Ela arruma meu cabelo, me olhando pelo espelho.

–Não tem problema. Não ia querer minha dama de honra de ressaca amanhã.

–Mas e quanto a vocês? Vão beber?

–A gente pode.

–Mas e a ressaca? -Ela me dá seu olhar travesso.

–Ninguém vai saber. Confie em mim. -Vai correndo até a porta e abre, encontrando Connor lá fora. Saio depois, quando consigo formular minha expressão de animada. Meu foco vai para as caixas com os DVDs, que Max trouxe hoje para a escola para me dar. Fico tentada a ficar em casa, mas eles me matariam se eu dissesse isso, então boto meu sorriso no rosto enquanto Ashley passa seu batom vermelho na minha boca, em seguida espirra perfume em mim.

–Vamos pra festa! -Ela dá um gritinho e eu vejo pelo canto do olho que Connor está sorrindo, igualmente animado.

Você consegue, Carter.

Você consegue.

O clube está cheio quando a gente chega. Surpreendentemente, a maioria das pessoas grita quando vê Connor e Ashley, levantando seus copos. Estão divididos em duas multidões: a do bar e a da pista de dança, lado a lado, separados por um corredorzinho.

–Vocês conhecem essas pessoas? -Grito, tentando passar pelas pessoas sem morrer asfixiada.

–Claro! É a nossa festa! -Olho para o lado e vejo uns caras que estudaram com Connor. Na minha frente, um grupo de meninas vem correndo e gritando em direção a Ashley. A música eletrônica bate no mesmo ritmo das luzes que piscam coloridas no escuro, fazendo o lugar parecer menor. Vou até o bar.

–Você pode me dar um suco de laranja? -Grito para o barman. -Sem álcool.

–Senhoritas e cavalheiros, os donos da festa chegaram! Com vocês, Connor e Ashleeeeeeeeeeeeeeeeey! -O DJ se demora no nome de Ashley, e eu grito com todo mundo quando eles acenam, extasiados.

–Carter?! -Me viro e encontro Naomi, Max e Marco me encarando. Marco encara meu corpo. Bato no queixo dele, de leve.

–Aqui em cima, amigo. -Marco está com uma camiseta branca, limpa e calças jeans lá embaixo, com um cinto e um perfume muito forte. Max, no meio, é uma mistura da surpresa de Naomi e o que quer que Marco esteja sentindo agora, e está usando uma daquelas jaquetas pretas clássicas de cantores antigos, o que deixa ele muito legal. Naomi segura seu casaco branco, que combina com o vestido roxo escuro, um pouco mais solto que o meu, e mais comprido e comportado também.

–Você está...

–Gostosa. -Marco elogia. Todo mundo olha pra ele. -Sem ofensa. -Tento não parecer vermelha.

–Você parece confiante. Jesus Cristo. -Naomi complementa e eu sorrio.

–Ai meu Deus. -Max diz tão baixinho que não tenho certeza se ouvi direito.

–BEBIDAS POR CONTA DA CASA, SOLTEIROS. -O DJ diz, e outra música começa a tocar. Tomo um gole do meu suco, verificando se não tem álcool, e Ashley aparece na multidão para me chamar para a pista de dança. Eu vou, hesitante e fecho os olhos para não pensar aonde estou. Só danço de novo, e de novo, e de novo. Quando eu abro os olhos, Ashley está tomando o maior gole de uísque que eu já vi, em uns trinta segundos. Enquanto as amigas dela gritam, caio na risada com a cara de perdida dela. Meu irmão está tomando doses, com Max e uns amigos. Eles repetem isso três vezes e dão um passo para trás, meio tontos. Rio mais ainda. Termino de tomar meu suco e volto imediatamente para a pista de dança. Marco pega minha mão e me rodopia, e depois ele dança com Naomi, logo antes de começarem a se beijar e eu parar no lugar, em puro choque. Uma hora já se passou e tenho certeza de que eles estão bêbados, mas vai ser bem constrangedor pela manhã, quando se lembrarem do que aconteceu. Por enquanto, eles parecem bem confortáveis e ansiosos pra isso enfiarem a língua na boca do outro.

Danço sozinha, com as amigas de Ashley, Marco e Naomi, e até com Max, que está um pouco zonzo dos drinques. Para piorar, ele pega um cosmo e toma em gole só, depois pede outro e começa a rir quando deixa escorrer pela boca. Levo ele até um sofá na parte mais calma, onde a música não é tão alta e faço ele sentar para recobrar o fôlego. Ele pende para o lado.

–Uau. -Diz, meio sem foco, então apoia a mão no apoio do sofá e pisca. -O.K. Não estou TÃO bêbado. Ótimo. Uh. -Ele respira fundo. Olha para cima, para mim. -Você está maravilhosa. Não foi a parte bêbada que pensou nisso. Mas foi a parte bêbada que falou. Ai meu Deus. -Ele esfrega os olhos. -Carter?

–Sim, Max?

–Onde é que está a porta? -Aponto para a entrada até a pista e o bar. Ele se levanta, pega minha mão e me tira dali, de volta para toda a agitação. Já consigo sentir o familiar cheiro de bebida e suor, e fico até contente por não ser uma das pessoas desorientadas. Peço outro suco de laranja e enquanto o barman faz, danço com Max de novo. Depois tomo meu suco, ele sai para tomar mais bebida e eu só fico observando Ashley e Connor darem amassos no meio da pista de dança, enquanto todo mundo rebola para lá e para cá.

–Homens! Hora de achar uma moça bonita e ir para a pista, porque essa é a hora da conquista. -Eles gritam. -Os homens agora devem impressionar as belas garotas e se ganharem o coração de qualquer uma, levam cem reais pra casa, em bebida. Não percam suas chances, cavalheiros! -Rapidamente, as mulheres e os homens vão para a pista e se dividem em dois grupos. Os garotos tentando impressionar as garotas enquanto as garotas mostram seus "atributos". Não vou pra lá, porque isso não é mais minha praia, mas tenho que admitir que é bem divertido ver todo o pessoal passar vergonha. E nem estou com dor de cabeça por causa das luzes. E estou muito, muito contente por não estar bêbada e me divertir mais ainda por causa disso. Passam uns quinze minutos fazendo isso, se mostrando, se fazendo de difícil e arrancando algumas risadas do público, quando eu sinto uma mão nas minhas costas.

–Max? Você tá bem? -Pergunto, quando vejo quem é. Ele só me encara.

–Você é tão linda que me dói. -Tento não levar pro lado pessoal, porque ele está bêbado, mas é diferente ouvir isso de... Max.

–Quer ir pra casa? Já são... duas da manhã.

–Não. -Ele balança a cabeça e bota uma mão na minha bochecha. -Por que você foi embora? Eu não entendo. -Ele parece um bebê aflito e eu fico surpresa com a pergunta.

–Você está bêbado. Vamos lá. -Seguro seus ombros, pra dar estabilidade.

–Não. Eu tenho um monte de coisas que eu preciso perguntar. -Seus olhos mostram quão conflituoso ele está, apesar de tomado pelo efeito do álcool. Ele parece... triste, e isso é meio triste.

–Calma, respira. -Tento acalmá-lo.

–Não. -Ele fala, com a voz a beira do choro, e bota as mãos na minha bochecha. Então ele me beija. Não é um beijo do Max inocente de dezesseis anos. Ele me pressiona quando a parede e agarra minha coxa, e eu escuto um gemido bem baixinho. É... quente. E eu não consigo parar de beijá-lo, mesmo que não estejamos juntos há dois anos e ele esteja bêbado. A situação é errada mas ainda assim, parece certo. A sensação que eu estou sentindo se iguala a embriaguez de Max, mas tem uma diferença...

Max não vai nem se lembrar disso. Provavelmente.

–Acho que temos nosso vencedor! -O DJ grita, e paramos de nos beijar quando a luz branca forte aponta para nós. -Qual é o nome do moço logo ali?

–Max! -Marco grita antes de gargalhar com Naomi em seus braços.

Estou ferrada.

–Parabéns, Max. Vamos lá, suba aqui! -Mas ele não sobe. Ele larga minha cintura e corre para o banheiro, com certeza tendo uma reação a bebida. Olho para a expressão de todos que estão ali e me conhecem. Estão em choque. Ao mesmo tempo, sinto borboletas no estômago pelo que aconteceu, e por outro lado, eu só consigo pensar que eu estou MUITO ferrada.


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Notas finais do capítulo

isso, gente, muda bastante coisa. e o próximo, como devem imaginar, é o do casamento e vai ser o melhor até agora porque envolve TUDO que eu já escrevi nessa fic, enfim. o que acharam?