The Billionaire And The Homeless escrita por Ana Hoechlin


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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Espreguicei-me e senti uma dor de cabeça como se alguém me tivesse espetado algo. Tentei abrir os olhos mas a claridade do sol bateu em minha cara.

–Merda de sol – resmunguei mal-humorado.

Quando aguentei a claridade reparei que meus lençóis tinham uma mancha vermelha, sangue acho. Mas o quê? Então reparei num aroma diferente, algo saboroso e familiar. Tentei lembrar de onde conhecia esse aroma mas as dores de cabeça interromperam e comecei a ter flash’s.

Lembro-me de bater num rapaz que se aproveitou de Bella, depois de a levar para casa e finalmente de fazermos sexo. Eu fiz sexo com ela? Um sorriso brotou de meus lábios ao lembrar-me de seu corpo, de seus gemidos e de seus beijos. Mas o que aquela mancha tinha a haver?! Isso só acontecia quando a mulher tinha período ou então era…

–Virgem – murmurei embasbacado olhando para a mancha.

Então arrependimento, desilusão e muita culpa se aproveitaram de mim. Como eu não percebi? Ela era demasiado apertada mas pensei que não tivesse tido sexo recentemente. Que idiota, se não estivesses tão fora de controlo isto não teria acontecido! Num relâmpago levantei-me, mas desequilibrei-me e cai dando de cara no chão.

–Hoje o dia não me vai correr muito bem – grunhi, levantando-me.

Procurei-a – como um desesperado - na casa de banho, depois na sala, biblioteca, ginásio, sala de jogos e finalmente na cozinha mas nada. Sentei-me numa cadeira e abaixei minha cabeça furioso comigo. Que se passava comigo? Nunca me tinha sentido desta maneira na minha vida toda e não estava a gostar de estar fora de controlo. Nunca estive fora de controlo! E na primeira vez que estive fora dele, correu tudo mal.

Ao levantar minha cabeça avistei um papel e uma nota de cinquenta que não me lembro de ter posto ali. Fiz uma careta de confusão e estiquei-me apanhando-o na outra ponta do balcão. Mais arrependimento veio para cima de mim como um camião. Merda, ela tinha deixado a nota de cinquenta por uma comida?! Não me fazia falta nada daquilo, será que ela não percebia isso logo pela minha casa?

Comecei a ficar preocupado com Bella. E quando acabar o dinheiro? Onde é que ela estava? E agora?

Várias perguntas vieram à minha cabeça mas quando olhei lá para fora soube a resposta a uma. Eu vou encontrá-la nem que tenha de atravessar o oceano!

Com esse pensamento levantei-me e corri para meu quarto – nu -, ao abrir a porta senti outra vez o aroma que agora sabia ser de Bella. Naquele momento apetecia-me colocar minha cabeça na sua almofada e ficar o dia todo a cheirá-la. No entanto precisava de procurar Bella.

Vesti-me e sai num dos carros a toda velocidade. Parei na estrada por onde tinha a rua onde a encontrei pela primeira vez e sai do carro – já que não havia estrada para conduzir – e avistei a minha empresa do outro lado. Esta era a única maneira de ir para o meu trabalho. Avistei também o prédio onde tinha visto Bella entrar quando lhe dei o dinheiro. Admito que a observei escondido, por isso é que pedi a indicação de uma boate que nunca fui nem iria.

Mas em vez de ficar aliviado por saber onde ela estava, fiquei mais desesperado e preocupado ao ver que ele estava em construção.

Meu coração começou a bater mais rápido e apertado ao pensar que ela estava na rua neste frio, a congelar. Caminhei rapidamente pela rua olhando para todo o sítio à procura da minha morena de olhos chocolate. Ao ver um cabelo moreno num beco com uma manta à sua volta, corri até lá. Quando me aproximei tive a certeza que era ela, Bart estava enrolado nas suas pernas. Suspirei de alívio e reparei que seu corpo estava demasiado pálido, mas tremia, isso de certeza era sinal de vida, certo? Certo.

Coloquei Bart na mochila e pus-lha às costas, peguei no corpo pequeno de Bella e coloquei-o junto com o meu que se arrepiou com o frio – pelo menos era a única explicação para me arrepiar – e tentei aquecê-la com meu corpo.

Quando passei pelas pessoas, elas olharam para mim surpresos e alguns com olhares repugnantes vendo Bella em meus braços, era isto que ela passava todo o dia?

Fiquei furioso com essa descoberta e caminhei mais rápido e com passos pesados. Coloquei gentilmente Bella na cadeira de meu carro e sua mochila atrás, liguei o aquecedor ignorando se iria ficar demasiado quente para mim. Naquele momento, o mais importante era a vida de Bella. Dirigi até casa com uma mão no seu pulso verificando sempre se tinha movimentos e quando cheguei a casa suspirei aliviado por ver que seu corpo tinha parado de tremer.

Quando a levantei, desta vez, reparei que seu corpo estava abaixo do peso. Ou então eu estou bastante forte. Fui até meu quarto e a pus na cama - que já tinhas lençóis novos trocados por mim mais cedo. E agora? Ela deveria tomar um banho quente ou trocar de roupa e dormir? Iria mais pela segunda, não estava com vontade de acordar aquele anjo. Senti um soco no meu estômago ao pensar em anjo, anjo é como pureza, inocência que eu tirei dela sem qualquer cuidado. Mas não me arrependi totalmente, porque consegui marcá-la como minha. E por isso valeu a pena, mas arrependi-me de estar fora de controlo.

Comecei por tirar suas roupas velhas e sujas, abri meu armário e retirei uma calça de fato de treino e um blusão. Ignorei minha parte masculina ao vê-la de lingerie e vesti-a rapidamente antes que minha sanidade acabasse.

Lembrei-me de Bart e corri para buscá-lo. Estava no carro ainda a dormir. Perguntei-me se ele só dormia porque sempre que o vi ele estava ronronando. Trouxe também a mochila e levei tudo para meu quarto.

Quando pus Bart no chão, ele caminhou e começou a cheirar tudo como se estivesse a procurar algo. Finalmente, foi até sua dona e fez algo esquisito. Ele parecia estar a massagear a cama. Era muito engraçado de se ver.

Era também muito estranho ver uma mulher, a mulher que neste momento parecia não sair de meu pensamento, estar na minha cama e desejei que ela nunca mais saísse de lá. Como é que isto aconteceu tão rápido? Parecia que ela tinha-me lançado um feitiço.

Então desencostei-me da porta e caminhei até à cama onde estava minha bela mulher, levantei o cobertor e deitei-me a seu lado. E – pelo menos eu acho – num impulso ela se virou e encostou sua cabeça no meu peito preenchendo meu estômago com borboletas. E eu pensando que isto não poderia se tornar mais lamechas.

Entrelacei minhas pernas nas suas e coloquei meus braços à sua volta impedindo-a de fugir se acordasse antes de mim, mesmo que já fosse de tarde e eu tivesse um emprego. O lado bom de ser dono de uma empresa é que posso entrar e sair quando quiser sem ninguém saber porquê e me impedir, porque se o fizesse era logo despedido.

E adormeci com meu anjo nos meus braços.


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