The Billionaire And The Homeless escrita por Ana Hoechlin


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora :s Mas estou a ficar um pouco sem imaginação e acho que me ando esquecendo de detalhes e prontes.
Além de que já ninguém recomenda por vontade própria, eu tenho sempre de 'ameaçar' e isso coloca minha auto-estima de autora para baixo.
Comentários não posso reclamar porque tenho leitoras exemplares! São mesmo muito queridas! Preocupam-se e são fieis a mim :D
Espero que gostem, tentei fazer maior que o anterior.



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–Pai, o que é esse monte na sua calça? – Jake perguntou assustando-nos. Afastei-me bruscamente, e vermelha por termos sido pegos.

–Ahm? O quê? – Edward perguntou dando uns passos para trás e olhou para suas calças.

Abafei meu riso ao reparar no seu monte, ou melhor, na sua excitação.

–Merda – murmurou sem saber o que responder, alternando olhares entre mim e Jake.

–É que hoje o teu pai decidiu utilizar umas cuecas diferentes para proteger … proteger os seus órgãos privados – eu expliquei inventando algo que saiu mais como uma frase sem sentido.

–E porque ele precisa de proteger seu pau?

Edward olhou chocado para ele.

–Eu também sou homem, também tenho um! Querem ver? – questionou começando a abaixar suas calças.

–Não! – Edward gritou alarmado e foi até seu filho puxando as calças para cima – não é necessário, Jake.

Eu olhava para aquela cena com lágrimas nos olhos tentando vencer o meu riso de sair.

–Mas eu já mostrei para umas meninas – libertei meus risos ao ver o cara pálida de Edward.

–Aonde? – perguntou nervoso ao agarrar os ombros de Jake.

–Na escola, a professora disse que os meninos eram diferentes das meninas então na casa de banho, eu e umas meninas decidimos ver quais eram as diferenças. Reparei que elas têm um buraco no meio das pernas. Será que se pusermos a mão lá dentro conseguimos arrancar seu estômago?

Tentei inspirar mas era difícil enquanto ria. Meu corpo ficava cada vez mais mole com meus risos.

–Alguém além delas viu?

–Não, acho que não – Jake respondeu pensativo.

Um suspiro de alívio saiu de Edward e mandou um olhar furioso para minha direcção.

–Não olhes assim para mim – não sei se deu para perceber o que disse pois as minhas palavras saíram finas devido às gargalhadas – acho que esse monte já deve ter desaparecido.

Ele grunhiu.

–Amanhã vamos escolher o teu anel de noivado – parei de rir no instante que suas palavras saíram da boca, foi uma mudança de assunto bastante brusca. E que assunto!

–O quê? Já?

–Sim, se fosse por minha vontade já estávamos a casar ou talvez já estivéssemos em nossa lua-de-mel mas Alice disse que cortava meus órgãos reprodutores se não deixasse ela planear o casamento – deu de ombros.

–Mas não preciso de anel, já vais gastar no casamento – murmurei.

–É necessário anel, os homens tem de ver que estás comprometida embora que isso não lhes proíbe de sonhar contigo – um rosnado baixo ecoou pelo quarto.

–Está bem – falei sem saber o que responder. Ciúme aparecendo nos olhos de Edward colocou várias faíscas de felicidade em mim e algumas de esperança.

–Bella? Queres jogar comigo na Xbox?

–Sim, claro – sorri pegando na mão de Jake para me guiar.

Ao passar por Edward ele colocou uma mão no meu braço. Desviei meu olhar de Jake para Edward.

–Daqui a um ano podes começar a trabalhar cá em casa como minha secretária.

Ofeguei surpresa. Então eu poderia pagar a ele! Mas como posso ser uma secretária que trabalha em casa? E foi isso que perguntei a ele.

–É só necessário marcar reuniões, avisos, encomendas e coisas assim, recebe muito e faz-se pouco.

–Mas só daqui a um ano? – perguntei ainda relutante.

–Sim, depois do nosso filho nascer – a palavra ‘nosso’ colocou um sorriso em meu rosto. Borboletas assaltaram meu estômago. Esta sensação nunca parava. Seus olhos eram preenchidos por carinho, e algo viciante que atraia meus olhos.

–Podemos passar a parte dos olhares e irmos logo para a Xbox? – Jake resmungou ao nosso lado.

Corei um pouco desviando meu olhar de uns olhos esverdeados para outros olhos esverdeados.

–Qual é o jogo? – Edward perguntou e Jake puxou minha mão que nunca saiu da sua.

Edward seguiu-nos até ao quarto de Jake.

–GTA V, trouxe-o de minha casa – respondeu sorridente.

–Espera!? – parou abruptamente e olhou chocado para seu filho – tu estás a falar daquele que eu te vi jogar outro dia?

Nós que tínhamos parado por causa de Edward, voltamos a andar.

–Sim – afirmou e deu de ombros.

–Mas eu proibi-te de jogar!

–Mas eu gosto do jogo!

–Mas eu sou teu pai!

Paramos de novo no meio do corredor.

–Mas a mãe deu-me o jogo!

–Mas …

Interrompi Edward.

–Parem com os mas! É assim, Jake tens de respeitar teu pai – Edward deu um sorriso zombador para seu filho quando eu desviei o olhar para ele – e tu, tira esse sorriso da cara porque ele é teu filho e tens de respeitar seus gostos!

–Mas… - Edward parou quando viu meu olhar assassino e cruzou os braços amuado.

Quando olhei para Jake reparei que ele estava a fazer a mesma posição. Engoli um riso.

–Podemos ir jogar agora? – Jake perguntou chateado.

–Claro – disse e dei um sorriso inocente como se não tivesse gritado para nenhum deles há alguns segundos.

Sentia Edward resmungando nas minhas costas e fazendo caretas.

–Pára com isso Edward! – ordenei enquanto Jake abria a porta.

–O quê? – ele perguntou espantado.

–Bem-vinda ao meu quarto – anunciou saltando para cima da cama alta e bastante larga. Olhei para o plasma, para as grandes colunas e para outras tecnologias demasiado avançadas para uma criança de oito anos.

Seu quarto era de cor verde como a relva, á frente da sua cama tinha o plasma e ao lado uma secretária com um computador, além de ter uns desenhos e canetas. No outro lado da cama tinha duas janelas cada uma na ponta da parede e no meio delas havia um espelho com um móvel abaixo, provavelmente onde tinha as suas roupas.

Porque é que eu nunca tinha visto este quarto enquanto fiz as limpezas? Era só mais alguns quartos de distância do de Edward.

–Porra – murmurei e tapei minha boca no instante que me apercebi do que disse pedindo desculpas para Edward. Esse só deu de ombros como se não fosse nada demais.

Antes que alguém falasse ouvimos a campainha pela segunda vez naquele dia.

–Eu vou lá – Edward avisou e caminhou rapidamente para a escada no fundo do corredor.

–Queres jogar primeiro ou preferes observar? – Jake perguntou sentando-se confortavelmente na cama olhando para mim.

–Primeiro observar, em seguida jogar – sentei-me a seu lado.

Ele ligou a Xbox vermelha pelo comando e no ecrã apareceu um homem com tatuagens no meio de uma cidade. Reparei como se controlava o homem e como se mudava de arma.

–Tenho de fazer missões – Jake explicou concentrado no ecrã.

–O que envolve nessas missões?

–Mortes principalmente, mas depende das missões. Em umas vezes tens de roubar carros, ou iates, em outras tens, simplesmente, ir a festas e descobrir pistas para roubares lojas.

Nem parecia ser um jogo assim tão mau.

–Bella! – Alice gritou entusiasmada na porta e correu até mim abraçando-me. Caímos as duas para trás na cama.

–Essa visão é algo que um homem sonha em toda a sua vida – Jasper murmurou para Edward que estavam parados na porta nos observando.

–Idiotas – Alice murmurou e saiu de cima de mim dando um beijo na testa de Jake, enquanto esse murmurou um olá e continuou em seu jogo.

–Olá Bellinha – cumprimentou-me Jasper na porta e eu acenei.

–Olá.

–Olá Jake – cumprimentou desta vez o menino ao meu lado.

Ele deu um abano com a cabeça ignorando-nos completamente.

–Tens de tirar esta tecnologia daqui ou então mandar sair deste quarto por umas horas, senão ele com o tempo nem fala connosco – Alice falou com as mãos nas ancas já um pouco afastada de mim.

–Podes tentar, eu já lhe ordenei várias para deixar os jogos antes de ficar viciado.

Alice deu um sorriso malvado e caminhou para trás do plasma. Não sei o que ela fez ali atrás mas o ecrã com o carro, tornou-se preto.

–O quê? – gritou escandalizado um Jake.

–Ups, acho que parti algo aqui atrás, teu pai vai ter de telefonar agora a alguém que irá demorar alguns dias para o arranjar – Alice disse inocente e com um olhar arrependido, não é preciso de dizer que era tudo falso.

Jake bufou e olhou para o pai com uma cara de cachorrinho abandonado.

–Não, esse olhar comigo não funciona, depois hei-de ligar.

–Tás tramado amiguinho – Jasper atiçou-o com um sorriso maroto.

–O que faço agora? – Jake perguntou chateado.

–Tu não sei, mas eu e a Bellinha iremos planear o seu casamento – Alice disse saltando em seus saltos altos.

–Agora? – murmurei com os olhos arregalados.

–Claro ou vais esperar até o dia de casamento? – bufou.

–Mas eu nem sei quando é o casamento! – falei como se fosse óbvio.

–E é por isso que vamos começar a trabalhar – falou e agarrou meu braço puxando-me para fora do quarto. Olhei para Edward e Jasper pedindo ajuda.

Eles simplesmente fingiram que não viram meu olhar e um olhou para o teto e outro para o chão.

–Falsos – murmurei baixinho, indignada, enquanto era levada para o inferno.

–Então, qual a cor para o vestido? Branco, bege, vermelho? Talvez um dourado! – Alice sugeriu.

–Branco – decidi ao entrar no escritório de Edward. Fiz uma careta – o Edward não se importa de ficarmos aqui as duas no seu escritório?

–Ele que experimente reclamar – ela bufou. Estremeci ao saber que ela teria coragem de fazer algo contra ele.

–Dia? Talvez no dia um, de julho! Falta seis meses até lá e apanhamos sol mas não demasiado, tem flores mais bonitas naquela altura e ninguém passa frio – ela falou com um sorriso a alagar-se cada vez mais.

–Edward concorda com isso? – eu questionei nervosa pela opinião dele.

–Se fosse por Edward, vocês a esta altura já estavam casados – ela grunhiu – ele não concorda com nada do que eu digo!

–Oh – olhei para ela sem saber o que dizer. Ela não parecia magoada, pelo contrário, até estava relaxada mas da maneira que ela disse não parecia feliz.

–Quantos convidados? Eu estive a fazer as contas do lado de Edward, amigos, conhecidos, família, primos, tios, etc. E no total fica mais de dois mil pessoas.

–Dois quê? – engasguei com minha saliva.

–Mais do que dois mil – corrigiu.

–Não podemos fazer um casamento só com amigos mesmo próximos e família? – perguntei pálida ao imaginar mil pessoas a olhar para mim com as suas mil opiniões. Minha respiração começou a acelerar e o ar a faltar-me. Náuseas assaltaram-me

–Bella? Isabella? O que se está a passar? – Alice perguntou alarmada com minha reacção.

–Pânico – falei entre inspirações bruscas.

Alice parecia ter ficado mais pálida e nervosa.

–Eu já li isto, ataques de pânico. O que é que se faz? Eu devo dar-te água? Claro que não, ela iria se engasgar idiota! Pensa! Ai meu deus, tenho de chamar Edward! – gritou e correu até á porta alarmando Edward.

Senti um aperto no meu peito a aumentar.

–Bella? - a voz preocupada de Edward soou.

Minha visão estava embaciada e eu coloquei minha cabeça entre meus joelhos. Tentei controlar minha respiração e relaxar meu corpo. Senti Edward ajoelhado á minha frente com suas mãos em minhas costas. Fiquei preocupada com o bebé, ele não deveria sentir este pânico, faz-lhe mal.

–E-eu estou bem e o bebé também, eu acho – falei ao conseguir controlar meu ataque. Levantei minha cabeça e olhei para Edward. Seus olhos estavam lacrimejados e sua boca entreaberta.

–Isto é normal acontecer? – questionou ao abraçar-me com força contra seu peito.

–Ás vezes – murmurei.

E era verdade, acontecia na rua quando ouvia tiros e gritos. Havia muitos roubos naquela rua onde ficava e tinha medo de ser estrupada ou morrer. O medo assolava-se de mim e eu tinha estes ataques de pânico. Não me lembro do primeiro que tive mas sempre lidei com eles sozinha.

–Merda – a respiração de Edward continuava rápida quando me largou. Olhou para Alice – o que aconteceu?

–Eu estava a perguntar quantos convidados para o casamento existia e mencionei que do teu lado havia mais de dois mil com conhecidos e amigos – ela disse assustada com lágrimas a descer pelo seu rosto – e ela ficou nervosa.

Edward voltou seu olhar para mim.

–Tens medo de multidões?

–Não gosto de ser observada por elas – sussurrei constrangida.

–Mas quando estavas no salão … - ele falou confuso.

–Eles não estavam olhando para mim – dei de ombros tentando mudar de assunto.

Silêncio profundo entrou no escritório. Alice era consolada por Jasper, Edward olhava para o chão e Jake deveria estar lá em cima. Sentia-me envergonhada por confessar isto e por Alice ter visto.

–Desculpa, Alice – pedi embaraçada.

–Desculpa porquê? – pelo seu tom de voz ela parecia espantada.

–Por teres assistido a este momento – murmurei sem querer olhar para seus olhos. Devia estar com raiva de mim por eu não poder controlar meu próprio corpo.

–Não, não comeces a rebaixar-te. Isso é normal. Muitas pessoas sofrem de ataques! Olha eu, se beber muita cafeína fico descontrolada e demasiado faladora do que sou! Além de que começo a fazer loucura – ela confessou.

Suas palavras surpreenderam-me. Quando olhei para ela, tinha um sorriso amarelo em seu rosto. Sorri tentando aliviar a tensão no quarto.

–Devo te levar para o hospital – Edward avisou.

–O quê? Não, eu já lá estive, não vou uma segunda vez! – falei mal humorada por ter de voltar ao hospital.

–Pensa no bebé! – ele avisou com um olhar duro.

–Ele está bem! Se eu sentir algo estranho dir-te-ei! Ele também é meu filho, não quero a sua saúde prejudicada – respondi indignada.

–Eu nã…

–Calma gente! Ela se sentir algo estranho avisa-te! Essas discussões também não são boas para ele – Alice interrompeu Edward.

Desviei meu olhar de Alice para Edward que me observava com uma carranca mas que se foi desfazendo ao ver meu sorriso. Ele parecia uma criança como Jake.

–Não têm piada! – ele tentou conter um sorriso.

–Acho melhor planearmos o casamento com Rosalie, ela vai bater-nos se continuarmos a planear sem ela – Alice disse.

–Também acho – concordei.

–Quero pizza – Jake falou ao chegar no escritório.

–Eu telefone – Jasper disse e saiu.

–Vou colocar os pratos e os sumos na mesa – Alice se foi.

–Mas vocês só comem fast food? – perguntei fazendo uma careta. Comemos pizza há poucos dias!

–Nunca perde o sabor – Jake deu de ombros e saiu do escritório.

–Como é que ele não é uma bola? – questionei chocada virando minha cabeça para Edward que continuava de joelhos á minha frente.

Ele simplesmente deu de ombros. Mas essa família só sabe dar ombros?

–Meu coração parecia sufocado por algo ao ouvir os gritos de Alice – ele sussurrou aproximando-se de meu rosto – eu morreria sem ti, bebé.

Seus lábios quentes colaram-se aos meus. Sua língua macia infiltrou-se em minha boca explorando-a. Seu hálito estava fresco. Umas das suas mãos colocaram-se atrás de minha cabeça aproximando-a para ele e a outra mão foi colocada em minhas ancas. Um gemido saiu de mim ao sentir ela subindo, subindo e subindo até meu seio. Não resistir á tentação de massagear seus cabelos e colocar minha mão na sua bunda.

Afastamo-nos ofegantes e seus lábios estavam vermelhos além de que seu cabelo parecia ser um campo de batalha. Minhas bochechas com certeza estavam coradas e meu cabelo rebelde.

–Precisamos de descer antes que eu me lembre de que eu te tinha dito algo antes de sermos interrompidos por Jake há momentos atrás.

Levantei-me rapidamente para não correr esse perigo mesmo que minha vontade fosse de arrancar minhas roupas e gritar para ele me comer duro e forte.


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Notas finais do capítulo

Se me esquecer de algo avisem-me. Eu sou uma merda a lembrar-me de detalhes!
Adoro-vos e desculpa pelos erros :)