Quando chegou 7:30, todos já estavam acordados, Carol estava mais desesperada do que nunca, queria encontrar Sophia logo, ela estava culpando toda hora Rick e dizendo que devíamos ir atrás dela logo, ela não ver que todos estão preocupados? Que não e só Sophia sozinha numa floresta com medo? Darla tem mais medo que Sophia, ela deve está desespera e confusa, mas eu sei que ela está viva com Sophia.

Deste que dormir, pensava na Angel, não acreditei que era ela ao meu lado, assim que acordei ela não estava, mas sentia a presença dela perto de mim.

Todos tinham se reunido e explicamos oque íamos fazer, ficaríamos por perto e continuaremos a seguir o rastro de sangue, tínhamos que aproveita enquanto estava seco agora. Todos estão preparados, eu, Rick e Shane ficaríamos com armas de fogo, Rick queria que Lori também pra segurança de Carl então ela ficou, mas isso causou muitos problemas, Andreia não parava de reclamar que queria a arma dela de volta.

Dale e T-Dog ficariam no trailer pra segurança deles e seguimos o mesmo caminho na floresta onde vimos o rastro de sangue.

Chegamos ao local e lá estava o sangue, um pouco fresco mas visto, Carol pensou que era de Sophia e segurou o choro, Carl não agüentou, esse garoto está mesmo preocupado com Darla.

– Escutem todos, sempre fiquem juntos, não se separam ok? Não podemos perde ninguém hoje – Disse Shane e seguimos o rastro.

Quanto mais andávamos, mais eu via sangue e mais pegadas, eram do tamanho exato de Darla, eu sabia de tudo dela, até das coisas que o pai dela faz, eu queria dá várias flechadas na testa dele sempre que ouvia mas Darla impedia, sempre dizia que se ele descobrisse, mais ela apanhava.

Continuamos a seguir o rastro até ouvimos gemidos de zumbis, uma quantidade grande, muito grande.

Dei um sinal pra pararem e eles me olharam confusos.

– O quê houve? – Sussurrou Rick

– Escuta – Respondi sussurrando e eles conseguiram ouvir. Rick e Shane pegaram suas armas e todos se aproximaram do local, eu com a besta em punho e fomos até o som. Assim que nos aproximamos não acreditamos, doze zumbis estavam arranhando uma arvora alta enquanto tentavam pegar uma coisa, era Darla, ela estava deitada de bruços inconciente na árvore acima de 1 metro dos zumbis, sua camisa branca estava toda suja de terra e sangue junto com seu rosto pálido machucado, sua calça jeans toda surrada e suja, seu braço direito estava caído e com sangue seco, era muito sangue, isso deve te chamado os zumbis.

Todos estavam com olhos arregalados que nem eu, todos sabiam que ela fez, ela chamou vários zumbis só pra salvar Sophia, todos ficaram olhando até eu sacudi a cabeça e acabar com os zumbis, Rick e Shane me ajudaram, junto com Glenn, eram muitos zumbis pra acabar e não sabíamos como tantos zumbis tinham vindo.

Terminamos com os zumbis e fui até Darla, ela estava totalmente apagada, deve está cansada. Subi a árvore e fui com calma até Darla, ela não se mexia, se não tivesse respirando acharíamos que ela estava morte. Peguei ela com cuidado e botei ela no meu ombro, tive que ter bastante cuidado pra ela não cair enquanto descia da árvore, botei ela no chão e dei tapinhas no rosto dela pra tentar acordá-la, ela estava com febre muito alta, todos estavam olhando pra ela preocupados e Carol a olhava sem preocupação nos olhos, parecia que não queria encontrar ela e sim Sophia.

– Anda Darla, acorda – Falei dando tapinhas no rosto dela, ela estava sobre total consciência, não se mexia, não tinha reação nenhuma e não abria os olhos.

Tentei acordá-la, a sacudi, dei tapinhas e nada, só tinha uma coisa e isso ia doe.

Levantei minha mão e todos sabiam oque eu ia fazer, eu nunca quis levantar a mão pra Darla, mas era preciso.

Mordi os lábios com força e dei um tapa bem forte na bochecha de Darla, ficou até vermelho. Pelo menos, isso a acordou meio confusa e gemendo de dor.

– O quê? O quê aconteceu? Sophia? Daryl? Pessoal? O quê estão fazendo aqui? Ai! Por quê minha bochecha está doendo? - Ela acordou desesperada e um pouco tonta, segurei seu braço esquerdo com cuidado e nos levantamos – O quê estão fazendo aqui? A Sophia voltou? Ela está bem? Ela...

– Vai com calma mini caipira, você acabou de acorda e não está nada bem – Falei impedindo dela anda, estava muito tonta

Darla olhou um pouco em volta e se lembrou onde estava, quando alguém ia pergunta alguma coisa, foi interrompido

– Oh Droga – Foi Rick olhando chocado pra nossa frente, Lori e Carl a mesma coisa, não entendi oque estava acontecendo

– Meu deus, eu não acredito – Disse Lori

– Ele nunca desiste mesmo – Disse Shane agora

Olhei pro onde eles estavam olhando e fiquei do mesmo jeito que eles, chocados.

Era um zumbi, não um zumbi comum, era Thomas James White, o babaca que acabou com a vida de Angel e de Darla, eu pensava que ele estava morto, isso quer dizer que quando fui na casa dela, a porta foi quebrada por ele. Darla olhou e ficou sem reação, ficou com medo, estava com os olhos arregalados e chorava, parece que ela não conseguiu mata ele.

Todos ficaram sem entender direito oque se passava, Darla chegou mais perto do zumbi chorando, sua boca estava ensangüentada e suas roupas também, ele estava terrível. Darla não aquentava isso, estava desabando em lágrimas e soluçando, Thomas só se aproximava dela enquanto ela ficava parada chorando vendo ele se aproxima.

– V-você nunca desisti né? – Perguntou abaixando a cabeça - Mesmo sendo um zumbi, nunca desiste de me atormenta, de me humilhar e me tortura...você nunca foi um pai perfeito, dizia coisas pra mim e me deixava triste, falava o quanto minha mãe era uma vagabunda e eu era uma estúpida mimada...- Continuou Soluçando – Eu sempre quis paz, por culpa tua, eu nunca tive uma vida que uma menininha queria...você me deixava morrendo de fome enquanto bebia e eu...só sobrevivendo...mas agora que estou conseguindo fazer o certo, você vem me mata...você já matou várias pessoas por minha maldita culpa...não tive coragem pra te mata naquele dia...mas agora... – Disse levantando a cabeça – Eu vou acaba com isso! Não quero ver meu pai mata mais pessoas e fazer elas sofrerem como você fez comigo! – O zumbi estava bem perto, eu ia atirar nele mas ela empurrou ele – Sai! Sai daqui! Me deixa em paz! – Gritou ela desesperada e com raiva nos olhos – AAAH!! – Ela não parava de soluçar e ficava chorando de cabeça baixa – Eu era só uma criança naquela época, eu não tive esperanças de fazer oque eu queria....mas agora...eu não vou mais te ver na minha frente!! – Ela gritava mais e o zumbi se aproximava.

Do nada, ela se jogou no zumbi, fazendo os dois caírem no chão, nós íamos acabar com o zumbi mas Rick nos impediu. O zumbi tentava morder Darla e arranhá-la, ela impedia isso. Ela não parava de grita de medo e angustia, sabia oque ela estava sentido, ela esticou a mão até uma pedra do tamanho da mão dela e a pegou.

– TE VEJO NO INFERNO DESGRAÇADO!! – Gritou e ficou batendo a pedra milhares de vezes, ela estava botando toda a sua raiva matando o zumbi, não dava nem pra ver o rosto dele direito, isso já estava piorando, não era coisa pra ela, não pra ela.

Fui até ela e a peguei pela cintura a tirando de cima de Thomas, ela gritava e me dava socos pra eu soltara.

– Me Solta! Daryl Me Solta! Me Soltaaa!! – Ela gritava e chorava muito – Não! – Falei alto e firme pra ela, balancei ela pra ela se acalma, em pouco tempo ela se acalmou, toda sua fúria se foi mas seu medo não foi.

Me sentei com ela e botei ela no meu colo, ela estava chorando no meu peito enquanto eu a abraçava e fazia um carinho em seus cabelos loiros, todos ficaram nos olhando sem saber de nada, Rick, Lori e Shane ficavam de cabeça baixa e Carl também, eles sabiam o que ela passava, eles sabiam oque ele fazia com ela e nunca falaram nada.

Darla não parava de soluçar e chorar no meu colo, eu tentava acalmá-la mas ela estava totalmente com medo e angustia

– Shii, já passou, calma, agora ele está morto pequena – Fiz carinho nela enquanto ela chorava

– E-ele me maltratava Daryl...ele deixou cicatrizes nas minhas costas deste que tinha 6 anos – Soluçou – Ele...ele falou pra mim que eu não era filha dele, dizer que eu era uma vagabunda... – Continuou chorando e apertei mais

– Calma, tudo aquilo já passou, não vai acontecer mais nada...

– Ele me estuprou...Daryl, ele me machucou quando tinha 6 anos...- Me contou baixinho pra ninguém ouvir - E-ele começou a me estuprar todas as noites á três dias depois que você me achou na floresta...e-eu tenho tanto medo de alguém me machucar de novo...

– Isso nunca vai acontecer, não vou permiti, eu sei que nunca falei isso pra você mas não vou deixa ninguém te machucar, ok? – Ela assentiu e secou as lágrimas – Agora vamos, temos que encontrar Sophia – Falei me levantando com ela no colo, ela botou seus braços finos em volta do meu pescoço e as pernas em volta da minha cintura, escondendo seu rosto no meu ombro para ninguém ver seu rosto, voltei até o grupo e eles nos olhavam, não ligava pra isso, eles que se ferrem com isso.

Carl e Glenn olhavam Darla preocupados, espera, Glenn? Carl tudo bem mas Glenn? O quê esse japa quer?

Carol nem olhava pra Darla, não estava nem ai pra ela, aposto que a cena dramática de Darla fez ela pensar que a coitada é assassina e que podia fazer isso com os outros.

Carl queria fala com ela, dava pra ver nos seus olhos mas eu impedi, ela precisava descansar, passou por muita coisa depois daquilo.

Então, continuamos nossa buscar por Sophia.

(...)

Pov Darla James

Eu me sentia sem chão, depois de tudo que passei, ele volta pra me atormenta, me humilhar e pra me tortura. Por minha culpa, ele matou gente, ele devorou várias pessoas, e tudo isso por minha culpa, culpa de eu não ter matado ele na hora que sai de casa, eu queria tanto fugir, queria tanto sumir do mundo, agora, todos acham que eu sou assassina só porque matei um zumbi daquele jeito, eles viram meu lado sombrio, eu me sinto sozinha numa escuridão sem fim, eu não quero que sintam medo de mim ou que me querem ir embora, Carol nem olha pra minha cara e os outros? O quê eles pensam?

Estava caminhando sozinha, pedi pra Daryl me bota no chão na hora que ele foi ver se era Sophia numa barraca, não era ela, era um cara que encontrou o caminho que o Jenner falou, eu precisava andar um pouco, queria ficar sozinha e sem ninguém por perto, me sinto culpada por tudo, ainda mais pela minha briga com Carl, eu não devia ter brigado com ele, queria ele feliz e contente ao meu lado mas agora, depois do que eu falei e do que eu fiz, com certeza ele tem medo de mim, Carl merece coisa melhor, não uma menina burra e assustada que se arrepende de matar seu pai zumbi.

Todos caminham seguindo Daryl, eu também sei rastrear mas de cabeça cheia de pensamentos não consigo me concentrar. Enquanto caminhava, Glenn se aproximou de mim me olhando, ele queria fala alguma coisa, dava pra ver isso.

– Eu...sinto muito pelo seu pai – Disse de cabeça baixa – Eu sei que se sente culpada

– Como sabe disso? – Falei olhando pra ele

– Dá pra ver nos seus olhos, você não pode demonstrar como o Daryl mas dá pra ver direitinho. Não precisa se sentir assim, você fez a coisa certa, ele merecia aquilo

– Mesmo assim ele era meu pai, eu fazia de tudo pra ele se sentir orgulhos mas eu nunca fui boa em nada

– Não diga isso, você é muito forte, você tentou proteger Sophia, a deixou em cima de uma árvore pra não pegarem ela e os levou pra bem longe dela, você é muito corajosa e devo admitir, isso me deixa louco – Disse ele vermelho de vergonha

Não sei se isso foi uma cantada ou palavras de verdade, Glenn é mesmo um fofo, aquele jeito coreano dele me deixa sem fôlego e me deixa vergonhada, como ele podia ser fofo e ao mesmo tempo engraçado?

– Own! Obrigada Glenn, você é mesmo uma boa pessoa – Falei e dei um beijo de estalo na sua bochecha, isso fez ele ficar mais vermelho do que antes, ele botou a mão na bochecha onde beijei e deu um sorriso largo, me afastei e continuei andando.

Enquanto andava, tomei um susto com uma pessoa ao meu lado.

– O quê o Glenn queria? – Era Carl, de onde ele veio?!

– Nada, ele só dizer pra mim não me sentir culpada pela morte do meu pai

– Não foi isso que eu vi – Negou – E aquele beijo na bochecha? Por quê deu nele? Ele pediu pra você...

– Espera aí, está com ciúmes? – Disse com ar divertido, nunca vi Carl com ciúmes mas estava muito na cara

– Ciúmes? Eu? Por quê eu sentiria ciúme? Eu nunca sentiria ciúmes, ainda mais de você que é só uma irmã pra mim – Ele dizer desesperado e nem tocava nas palavras, por que ele me magoa tanto?

Carl percebeu o que tocou nas palavras e ficou arrependido.

– E-eu não quis...

– Eu já entendi Carl. Podia ter me falado que gosta de mim como irmã, deste o inicio, assim, você não teria me feito sofrer tanto – Disse com cara baixa e fui andando mais rápido, queria fica longe de Carl, longe de todos, na verdade, queria fugir disso tudo isso.

Precisava esfriar a cabeça, me concentrar direito, mas como? Sou um peso morto pra todos, agora que eles me viram matar meu pai daquele jeito, com certeza vão querer se afasta.

Decidi que iria rastrear com Daryl, ele está se dando bem procurando por pegadas, mas acho que não vou servir, quando estou com mente cheia, não consigo me concentrar.

Do nada, ouvi um barulho de sino, era alto, dava pra chama os zumbis, até mesmo a Sophia.

– Estão ouvindo isso? – Perguntei e todos ouviram

– Isso é som de sino, pode chama os zumbis

– Até mesmo a Sophia – Falei sorrindo pro Daryl e comecei a correr o som, todos me seguiam e gritavam pra eu esperar ou pra eu parar de correr, eu nem estava aí, só queria encontrar Sophia logo, ela com certeza vai ouvir o sino.

Continuei a correr até sair da floresta e encontrar um igreja, eu já ia correr até lá mas o pessoal tinha me alcançado e me pediram pra parar de correr, eles estavam ofegantes que deu vontade de ri

– Menina...tu corre muito...meu deus acho que vou morrer aqui – Disse Glenn ofegante, dei de ombros, voltei a correr e fui até a igreja, todos já tiram se recuperado e estava na porta da igreja, não sabíamos onde estava o sino, ele não parava de toca alto

Rick, Shane e Daryl entraram na igreja na frente, eu fiquei ao lado do Glenn olhando ao redor, qual foi a última fez que entrei numa igreja? Acho que quando tinha 7 anos e meio, quando fiquei desidratada e não tinha água em casa, só garrafas de cervejas, tinha entrado na igreja e tinha roubado a água de lá, fiquei anos sem entrar pelo erro que cometi, roubei em frente de Jesus Cristo. Prometi a mim mesma que nunca mais ia entrar numa igreja, pensando que Jesus ia me fazer alguma coisa por te roubado a água

Só tinha três zumbis, Rick cuidou da esquerda, Shane da direita e Daryl com o último

–Ela não está aqui. - Glenn comentou baixinho.

E o sino começou a tocar denovo. Daryl passou correndo por nós, e fomos seguindo ele e foi quando do lado não tinha absolutamente nada.

– Um temporizador. Está programado. – Disse Daryl, após Glenn ter desligado.

– Vou entrar um pouco. – Disse Carol, e foram seguindo ela.

– Darls você quer entrar? – Perguntou Glenn

– Não, eu não posso entrar – Respondi olhando pra baixo e ele chegou perto de mim

– Por quê? Se me dizer, eu posso te ajuda, só precisa me fala – Disse Glenn implorando pra mim, ele estava me olhando com aqueles olhos puxados castanhos quase pretos

Dei um suspiro e fechei os olhos

– Deste pequena, meu pai saia todas as noites pra beber e me deixava sozinha, ele nunca fazia compras porque ele comia fora, ele nunca me levava então eu passava fome todos os dias, ele me deixava com fome, um dia, eu desmaiei de fome e fiquei três dias desmaiada, ele nem ligou pra mim, eu só fiquei naquele quarto escuro desmaiada no chão e ele nem ligava. Quando acordei, eu estava com muito fome, ai...eu não pensei direito e comecei a roubar nas casas mais próximas. Passou um ano e eu fazia as mesmas coisas, comida, água sempre roubava nas casas próximas, as vezes em bares e supermecados, nunca me pegaram. Mas, um dia, eu fiquei com sede, eu estava decidida que não iria roubar mais, eu fiquei sem beber água durante dois dias até que eu caminhei pelas ruas até uma igreja, eu vi água e então entrei lá e peguei uma garrafa, nem ninguém me ver, eu roubei a água de lá mas eu me arrependi, eu fiz isso em frente de Deus, pensei que ele nunca mais ia me perdoa, então prometi que nunca mais ia entrar numa igreja – Contei a ele e abri meus olhos, olhei pra ele e ele estava quieto, só me olhando, com certeza com medo de mim.

Suspirei e abaixei minha cabeça olhando pro chão, até que senti uma mão macia tocar na minha mão, me fazendo olhar rapidamente pra pessoa, era Glenn.

– Não importa oque fez, fez isso pra sobreviver, pra viver, era por isso os olhares feios? – Assenti – Isso nunca ira acontecer, pelo menos você parou, isso que importa. Deus com certeza te perdoou, ele sabe pra que fez isso, e se não estivesse perdoado, ele ai te deixaria naquela escola infestada de zumbis. Vem comigo, fica perto de mim que isso passa rapidinho – Disse me puxando calmamente até dentro da igreja, onde todos estavam rezando, como sempre, Daryl e suas brincadeiras pro JC.

– Então JC ainda fazendo pedidos?

– Você faz suas brincadeiras até com JC? – Disse sarcástica com ele e ele me olhou

– Darla James na igreja? E aquele papo todo de...

– Eu disse pra ela vim, não queríamos ela lá fora sozinha né? – Disse Glenn e eu sorri

– Acho melhor eu nem pergunta nada – Disse Daryl que, com certeza, com ciúmes. Meu deus, primeiro Carl e agora Daryl, Jesus Cristo me ajude aqui!

Todos ficaram rezando, até Glenn. Ficamos meia-hora aqui até todos decidirem sair, enquanto todos saíram, eu fiquei no meio da igreja olhando pra estatua de Jesus Cristo, será que Glenn tem razão? Que Jesus Cristo tenha me perdoado?

– Eu sei que as coisas que eu fiz foi errado, que eu não devia ter feito aquelas coisas mas, eu precisava sobreviver, eu...eu queria viver...você me botou no mundo por um motivo e eu preciso descobrir, por favor Jesus Cristo, cuide da Sophia e a traga de volta viva, e-eu estou atrás dela porque ela me lembra muito de mim, ela só é uma garotinha assustada e sozinha, ela não merece isso. Por favor a traga de volta. Amém – Rezei e fiz um símbolo da cruz pra ele, sai da igreja e encontrei os outros, eles estavam decididos em voltar pra estrada e Shane e Rick procurar Sophia, Carl decidiu ir, partiu meu coração.

Eu não queria que ele fosse, não mesmo, mas como Rick não sabe ler minha mente, ele aceita já que Lori também aceitou.

Decidi não ir, mesmo querendo ficar ao lado de Carl, estava exausta e ferida, ia atrapalhar muito o pessoal, então fui caminhar ao lado de Daryl.

A caminhada estava longa, Andreia ficava toda hora olhando a arma de Lori, com certeza, não deixaram ela usar, nem eu queria, já sonhei com ela atirando e não foi nada bom, o tiro foi em mim mas foi de raspão, NO OLHO!! Espero que isso não aconteça.

Ai então, como estava pensando, rolou briga entre as duas, Andreia queria a arma e Lori queria dá a dela, mas á mulher não aceitou, fiquei que nem o Daryl, encostada na árvore olhando a briga, pelo menos, finalmente, Andreia aceitou pegar a arma sem fala nada, mas de novo, não ajudou em nada, tem alguém pra se meter e Daryl foi um desses, ele falou isso:

– Então irei falar qual é o problema aqui Lori. Vou começar por você Carol, eu sinceramente posso imaginar como você está se sentindo no momento, mas cara para de ficar culpado o Rick por causa disso e a Darla. Nem adianta me olhar com essa cara, pois está toda hora escrito no seu olhar ou melhor na sua testa que você está culpando ele pela sumiço da Sophia e a Darla que só ajudou. Ele já explicou umas mil vezes de como aconteceu tudo, ele disse que a deixou em um local pra cuidar dos zumbis e achar Darla que foram atrás dela e dele quando estavam procurando por ela, ele voltou ela estava, achando que ela tinha ido para a estrada e desde daquele momento ele não parou de procurá-la, ainda mais Darla que está conosco, ela salvou á vida da sua filha de 5 zumbis que estavam atrás dela e você ainda á culpa, ela não merece isso, ainda mais pelo que ela fez – Disse Daryl com suas palavras firmes. Então foi isso que aconteceu, Rick foi atrás de Sophia e de mim.

Fiquei de cabeça baixa pensativa, ela foi atrás de mim, estava preocupada comigo e me seguiu, com certeza uns zumbis notaram ela e foram atrás dela.

Do nada, acordei dos meus pensamentos e vi a briga de Lori e Andreia, as duas estavam quase rolando no chão, elas são malucas? Isso pode chama os zumbis.

Nem liguei pra eles e fui até ela, pequei a pistola de Lori rapidamente e atirei pra cima, chamando a atenção de todos. Todos ficaram me olhando com cara de “Você é Louca Menina?”

– Gente! Meu deus, dá pra parar com tudo isso? Estamos no meio da floresta e em vez de salvar a vida de Sophia, estamos brigando, os mortos-vivos estão vagando por aí atrás de carne e podem até está atrás de Sophia, enquanto ela está sobrevivendo nós estamos aqui, sem fazer nada e brigando, qual motivo? Por uma simples pistola de sei lá das quantas que só serve pra fazer barulho e chamar a atenção dos zumbis. Não sei vocês, mas eu estou indo pra estrada, arrumar umas armas e depois ir atrás de Sophia, com ou sem vocês, adeus – Fiz sinal de paz e joguei a pistola pra Andreia, assim que dei uns passos, ouvi Daryl falando também, depois de suas palavras, todos andaram atrás de mim, acompanhando meus passos até a estrada.

Estávamos caminhando de novo, eu no meio de Daryl e Glenn, eu escutava os passos e a conversa das mulheres com atenção, as vezes não, mas escutava.

– Ótimas palavras – Disse Daryl

– Obrigada só falei oque pensava, andei muito com Dale – Dei um sorrisinho

A caminhada estava longa, continuamos até ouvimos um barulho de tiro, isso me aterrorizou, tá eu também dei um tiro mas isso podia ser alguma coisa, estou preocupada com Carl, mesmo que meu coração esteja partido ainda quero ele vivo. Todos ficaram falando do tiro até que desistimos e continuamos a caminhar, estávamos poucos quilômetros da estrada, queria descansar e beber água logo, mas paramos com gritos, eram de Andreia.

Ela estava sendo atacada por um zumbi, ele tentava morde-la mas ela o impedia, ela estava muito longe do grupo, corremos até ela até uma garota de cabelos curtos castanhos aparecer com um cavalo e matou o zumbi.

– Lori? Qual de vocês é a Lori Grimes?

– S-sou eu? Eu sou a Lori

– Seu marido, Rick, me pediu pra te chamar, seu filho Carl levou um tiro

Assim que ela falou que Carl levou um tiro, eu fiquei apavorada, Carl, meu Carl levou um tiro, não, não pode ser, ele não pode.

Não sei o quê aconteceu, não senti minhas pernas e me senti cair no chão mas alguém me segurou, minha visão estava turva e não ouvia nada, só via duas pessoas me olhando e mais nada, então não consegui ouvir, não queria ouvir mais nada, não via mais nada, só vi a escuridão me consumir e ver o sorriso de Carl...meu amor