O Mclanche Feliz E O Pudim escrita por Paola Mellark Valdez Weasley, BRENA


Capítulo 9
Isso é um encontro?


Notas iniciais do capítulo

POR FAVOR, NÃO ME MATEM!
Eu demorei para postar, não é?
Ok, mas olha o capitulo enorme que eu fiz.
E ele ficou incrivelmente sentimental :p demorou para escrever tá?
Então deixem comentarios.
Beijos



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Luna foi me levou para dentro do castelo e foi me mostrando os lugares.

Sala de poções, sala de DCAT (seja lá o que isso for), entre outros aí. Eu mal prestei atenção. Quase me perdi naquele lugar. Vocês já viram quantas escadas tem aquela coisa? Elevadores existem por uma razão, por favor.

Ou vai ver os Ingleses gostam de andar. Oh, povo estranho...

Mas enfim, eu e os outros alunos da Sonserina fomos levados ao nosso salão comunal pelo professor Horacio Slughorn. Ele era o diretor daquela casa.

Olha que injustiça. O salão da Grifinoria e da Corvinal ficam em torres. O da Lufa-Lufa fica perto da cozinha. E o da Sonserina? Nas masmorras!

Como uma criança de onze anos dorme aqui sem se sentir traumatizado?

Se bem que, pior que o chalé 13 não deve ser.

O professor Slughorn me disse que, como eu não entrei no primeiro ano e sim no quinto, não havia mais vagas para dormitorios no quinto ano. Então eu teria que dividir o meu dormitorio com três garotos do ultimo ano. Eram quatro, mas um deles morreu e aí sobrou uma vaga. Sabe o que isso significa? EU VOU DORMIR NA CAMA DE UM MORTO!

Ah, nada que eu já não tenha feito antes.

Mas como vocês sabem que eu tenho uma sorte incrivel...

Advinhem com que vou dividir o quarto?

Se você disse “O garoto oxigenado que você conheceu no salão principal.” Infelizmente, você está certo.

E eu não sei como eu não ganhei na loteria ainda.

–Draco Malfoy? – Eu perguntei com desprezo ao ve-lo sentado em uma das camas.

–Garoto que eu não sei o nome? –Ele falou me encarando com um olhar de nojo. – O que faz aqui? Não divido dormitorios com cabelos-cor-de-graxa.

–Que coincidencia. – Eu falei. – Porque eu não divido dormitorios com loiros-oxigenados.

Draco se aproximou mais de mim e parecia que podia lançar laizer pelos olhos.

–Este dormitorio é pequeno demais para nós dois.

Serio que ele disse isso? Esse garoto tá vendo muitos filmes de faroeste.

–Draco, não tô com paciencia para suas idiotices tá? – Eu disse. Draco me encarou chocado como se dissesse “Como você ousa?” – Podemos por favor tentar conviver em paz e harmonia como dois colegas de quarto?

Ele pareceu pensar na profundidade emocional na qual eu disse isso. Talvez possamos virar amigos.

–Não. – Draco respondeu.

Ok, não podemos virar amigos.

–Então vamos no minimo nos suportar e aí você reclama de mim para seus amigos e vice-versa. Que tal? – Eu propus,

–Fechado. – Ele apertou minha mão. – Ah, mas se vou reclamar de você preciso saber seu nome.

–Nico Di Angelo.

–Nico? Sério mesmo? Que nome estranho.

–Estranho? Cara, seu nome é dragão em latim!

–Meu nome é top, tá? – Ele disse jogando os cabelos para trás. Eu não sei se fico enojado por ele ter dito “top” ou por ter jogado o cabelo para tras feito uma garota.

–Vocês ingleses são tem um pessimo gosto para nomes. E balas, E decoração. Fala sério, verde e prata é tão demode.

Draco olhou para mim como se pensasse “Cê tem merda na cabeça?”

–Enfim, você tem que conhecer os outros qua vão dividir o quarto conosco. – Draco disse. – Eles são Blásio e Goyle.

–Goyle? – Eu perguntei. – Eu não vou nem comentar sobre isso.

Draco apenas revirou os olhos e me ignorou.

Uau! Vai ser otimo passar o ano aqui.

~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

–E aí ele tentou me convencer de que o cabelo dele era natural. – Eu falei para Harry, Rony e Hermione enquanto saimos da aula de Poções. – E depois me acertou com uma coxa de peru! Qual o problema de vocês, ingleses? Sempre saem acertando pessoas com uma coxa de peru?

–Quem desperdiçaria um coxa de peru desse jeito? – Rony perguntou pondo a mão no coração como se estivesse chocado. – Isso é um absurdo!

–Ok, mas fora o Draco, você conheceu mais alguém aqui? – Harry perguntou. – Alguém que seja... Uma pessoa normal?

–Ah, eu conheci a Luna. – Eu falei. – Mas não sei se ela é o tipo de normal que você tá falando.

–Você conheceu a Luna? – Hermione perguntou animanda. – Ela é incrivel, não é? Super simpatica.

–É, eu percebi isso. – Falei. – Mas agora eu vou indo. Tenho aula de DCAT. E vocês?

–Feitiços.– Harry respondeu. – Até mais, Nico.

Acenei para eles com a cabeça e fui andando.

No caminho encontrei Luna. Ela estava saindo das estufas.

Ela estava linda, como sempre. Seus olhos cinzentos tinham aquele brilho sonhador e seus cabelos loiros caiam como uma cascata sobre suas costas.

Uau! Essa descrição foi tão... gay. O que está havendo comigo?

Eu reparei que tinham umas meninas atrás de Luna. Elas cochichavam entre si e soltavam risadinhas. Pareciam hienas.

–Narguiles. – Uma delas riu. – Só mesmo a Di-Lua para ver isso.

Elas estavam rindo de Luna. Por que? Mas ela parecia não ligar para aquelas meninas.

–Ei, Luna. – Chamei.

Ela se virou para mim e sorriu. Cheguei mais perto dela e passei a mão pelos meu cabelos nervoso.

–Aquelas menians incomodaram você? – Perguntei. Ela fez que não com a cabeça.

–Por que incomodariam? – Ela perguntou.

Não sabia o que responder. Luna era tão... inocente.

Meus pensamentos sumiram quando senti ela tocar minha mão.

–Me encontra depois do horario de recolher? – Ela pediu segurando minha mão. – Quero te levar a um lugar.

~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

–Aonde vai, Di Angelo? – Draco cruzou os braços parado em frente a porta do meu dormitorio.

–Sair. – Respondi dando de ombros. Fui andando até chegar a porta mas Draco impediu minha passagem.

–Não pode sair a essa hora.

–Quem vai me impedir? – Dessa vez eu cruzei os braços e encarei ele.

–Se sair, eu conto a Minerva. – Ele retrucou.

“Droga.” Pensei. “Ande, Nico. Não pode se atrasar. Pense em algo para convencer o Draco.”

–Se não contar eu te dou pote de água oxigenada novinho. – Eu propus.

Draco me encarou como se dissesse “Sério? Acha mesmo que vou aceitar?”

–Gel pra cabelo? – Tente mais uma vez.

Os olhos cinzas de Draco brilharam.

–Fechado. – Ele falou.

Sai do dormitorio e peguei a capa da invisibilidade que Harry havia me emprestado. Por que ele me emprestou? Eu falei para ele que ia tentar assustar Draco enquanto dormia. Obvio que Harry concordou.

Fui andando até a torre da Corvinal onde Luna me esperava na porta. Tirei a capa da invisibilidade e sorri para ela.

Ela usava um vestido e uma sapatilha. Parecia bem arrumada para apenas uma noite normal.

Espera, eu acho que isso é... Um encontro!

AI, MEU SANTO HADES! EU VOU SAIR EM UM ENCONTRO!

AHAM, AHAM! ENCONTRO! AH É. ENCONTRO! YEAH, BABY!

–Nico, por que você está dançando? – Luna perguntou.

Droga! Eu tenho mesmo que parar de fazer a dança do Nico.

–Por nada não. – Eu respondi rapido. – Aonde vamos?

Luna sorriu e respondeu:

–Apenas me siga.

Ela pegou a capa da invisibilidade e usou-a para cobrir nós dois.

Estavamos tão perto um do outro. Normalmente eu não gosto que as pessoas toquem em mim (Jason sabe disso) mas com Luna era diferente. Eu não sei. Eu queria ela perto de mim o tempo todo.

Luna parou de andar e tirou a capa. Logo percebi onde estavamos. Na torre de Astronomia.

–Por que me trouxe aqui? – Perguntei.

Luna deu de ombros.

–As vezes eu venho aqui. – Ela respondeu se sentando no chão. – Sabe? Para ficar sozinha.

Eu me sentei ao lado dela. Luna apenas encarava o nada enquanto falava.

–Mas ficar sozinha com você é mais divertido. – Ela respondeu sorrindo para mim.

Acho que minhas bochechas estão vermelhas. Tipo, muito vermelhas.

–Você é tão legal, Nico.- Luna respondeu. – Eu gosto de ficar com você. É como se eu estivesse com um amigo.

Amigo? AMIGO? Sabe as palavras? Elas doem.

É como o livro que a Annabeth me falou. Jogos Vorazes. Eu sou como o personagem que tem o nome da doninha peidoreira da Hazel. O Gale. Aquele lá da friendzone. Sabem qual é?

Acho que vou pedir uns conselhor para o Rony sobre como sair da friendzone. É foda, cara.

–Você é meu amigo, Nico? – Ela perguntou.

Eu abri a boca mas falei algo como “Hã... Hm... É... Gã... Hãm... Sou?”

Luna riu. Mas não vou um riso tipo: “Você é tão estupido que estou rindo da sua cara” foi um riso mais como “Isso foi fofo e por isso eu vou rir. Porque fofo faz a gente rir”.

Eu acho. Sei lá. Eu já tô muito confuso agora.

–Ei, Nico, veja. – Ela falou se levandando. – Olhe, as estrelas.

Ela apontou para o céu. Esvamos nós dois apoiados na janela da torre.

–Qual sua constelação favorita? – Ela perguntou.

–Eu não sei.- Dei de ombros. – Qual seria a sua?

–A caçadora. – Ela respondeu olhando sonhadora para o céu. – Eu não sei porque. Ela é tão linda.

Olhei para o céu. Eu nunca fui bom em ligar as estrelas para formar desenhos. Mas agora eu vi. A figura de uma garota segurando um arco e flecha.

–Zöe... – Sussurei.

Luna me olhou confusa.

–Quem? – Ela perguntou.

–Ah, ninguém.- Respondi. – Uma amiga. Da minha irmã.

Luna me olhou surpresa mas feliz.

–Nunca me disse que tinha irmã. – Ela falou. – Qual o nome dela?

–Bianca. – Respondi ainda com os olhos fixos nas estrelas. – Ela morreu.

O sorriso de Luna sumiu. Ela me olhou com pena.

Eu pude sentir uma lagrima se formar no canto do meu olho. Não, eu não podia chorar. Não na frente da Luna.

–Eu sinto muito. – Luna disse. Ela se aproximou de mim mas não fez mais nada.

–Não sinta. Não é culpa sua. Nem de ninguém.

Uma lagrima percorreu meu rosto. Não a impedi. Apenas fiquei parado encarando o céu.

Sai de perto da janela. Já não queria mais olhar as estrelas. Passei o braço em frente aos olhos. E me senti no chão de um modo que eu pudesse abraçar meus joelhos e esconder minha cara ali.

Luna se sentou ao meu lado. Ela passou o braço por cima de meus ombros. Eu levantei a cabeça e a olhei.

Ficamos assim um tempo. Sem dizer nada. Apenas nos olhando e compartilhando nossa dor. Eu sabia que Luna havia perdido a mãe. Então ela sabe como doi. E sabia também que dizer coisas como: “Eu entendo” não ajuda. Porque a pessoa não entende. Só você sabe o que você realmente sente. Sabe como doi perder alguém que você ama. Eu sei como é isso. E Luna havia perdido a mãe. Eu não podia entender a dor dela, assim como ela não entendia a minha.

Nessas horas, um abraço vale mais do que mil palavras.

E então, estavamos só nos dois lá. Abraçados. E caimos no sono.

Mas é claro, que só fomos perceber isso no dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

*-*