– Criatura - O menino loiro ao meu lado dirigiu a palavra a mim. O BULLING JÁ COMEÇOU. APOSTO QUE É POR CAUSA DA CORUJA - Vai com calma ai. Tem comida até no seu nariz.

Olhei para ele tirando o pedaço de pudim do meu nariz. Ninguem me diz como comer.

– Como é seu nome? - Perguntei a ele.

– Eu sou Draco Malfoy, filho de Lucio e Narcisa Malfoy, nobre e de...

– Cara, eu perguntei seu nome, não sua historia de vida. - Encarei Draco que ficou um pouco chateado - Enfim, Draco, eu como do jeito que eu quiser.

– Mas é falta de educação.

– Eu sou rebelde.

– Voce não parece rebelde.

Encarei-o. ELE ME DIZ COMO COMER E DESAFIA MINHA REBELDIA?

– Da pra ver que seu cabelo é oxigenado. - Eu sou muito bom com insultos.

O loiro colocou a mão no cabelo, parecendo exageradamente ofendido.

– Pelo menos meu cabelo não tem cor de graxa. - Retrucou ele.

– Pelo menos o meu é natural.

– Pelo menos eu não como pelo nariz.

– Pelo menos eu não sou desnutrido.

– É sim.

– Não sou não.

– Olha pra voce. - Draco disse pegando meu braço - Eu podia confundir seu braço com um lápis.

– Um lápis? - Ele era pessimo para insultos - Vou voltar a comer que eu ganho mais.

– Coma pela boca - Disse Draco, mordendo uma coxa de peru... espera, coxa de peru?

– MEUS DEUSES, EU ADORO COXA DE PERU - Olhei para o peru. Ele estava sem coxas. Olhei para Draco. Ele tinha duas coxas de peru na mão.

– Voce quer? - Disse ele provocativo.

– Eu quero.

– Vai ficar querendo.

– Cara, quantos anos voce tem?

Então senti uma coxa de peru se chocando contra a minha cara.

– VOCE. NÃO. FEZ. ISSO. - Falei pausadamente.

– Eu fiz. - Riu ele, mordendo o frango.

Peguei uma jarra de suco-de-abobora e derrubei na cabeça dele.

– MEU CABELO. - Gritou Draco - SABIA QUE ISSO ESTRAGA TODA A COR?!

– RÁ, SABIA QUE ERA TINGIDO - Peguei a coxa de frango da mão dele.

Mas aconteceu o seguinte: Na primeira mordida que eu dei, senti minha barriga se remexer. Eu havia comido demais.

Banheiro, precisava urgentemente de um banheiro.

– Draco - Gemi - Onde fica o banheiro.

– Não falo com caras que tem cabelo-cor-de-graxa. - Disse ele, sem me olhar.

Por Hades, que menino chato.

– Olha aqui. - Eu resmunguei paciente - Ou eu mijo no banheiro ou eu mijo na sua boca. Qual voce escolhe?

– Banheiro? Primeiro corredor a direita, vai lá.

– Valeu.

Sai correndo.

Percebi que eu tinha um pote de pudim em uma mão e uma coxa de peru na outra.

Gente, como eu sou viciado em comida. Preciso me tratar.

Deixei meu pote de pudim e minha coxa de frango cairem pelo caminho.

Droga.

Entrei bruscamente no banheiro e me aliviei.

– Ufa - Murmurrei lavando as mãos.

Draco entrou pela porta.

Seu cabelo completamente sujo.

– Voce vai pagar pelo meu cabelo. - Draco apontou pra mim e enfiou a cabeça debaixo da torneira.

Sai do banheiro, ignorando-o.

Depois dizem que eu não sou rebelde.

– Credu, que isso. - Falei tropeçando em algo. Quer dizer, um troço do tamanho de um cavalo né, cada coisa que me acontece.

Ah espera, era uma menina. Pessoas normais tropeçam em pedras, eu tropeço em meninas.

Ela estava agachada observando o pudim que eu tinha derrubado. Oxe.

– Desculpe. - Disse ela finalmente me notando.

– Nada não. - Mentira, acho que eu tinha quebrado a coluna.

– Estou observando esse pudim. - Disse ela, muito interessada.

– Ah... Porque...? - Pergunto cauteloso. vai que ela ta armada ai já viu.

– Pudins são comidas valiosas.

Ela era louca.

– Ah claro... Sou Nico DiAngelo. - Estendi a mão, tentando mudar de assunto.

– Luna Lovegood.