Jily - How I met you escrita por ChrisGranger


Capítulo 32
Águias lançando-se ao céu


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!! Aí está mais um capítulo e um dos últimos... pois é... o segundo ano do Tiago e da Lílian está chegando... bem, espero que gostem!!



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Tiago segurava sua varinha fortemente enquanto tossia por entre o cúmulo de fumaça que os rodeava. Ele ouvia os resmungos de Sirius, xingando o que diabos havia acontecido. Ouvia Abbey tentando acalmar as coisas, sussurrando palavras de incentivo. Somente Lílian parecia completamente silenciosa. Tiago não conseguia ouvir nenhum som ou sentir nenhum movimento do seu lado direito, onde Lílian estava antes dos quatro serem atingidos pelo impacto do feitiço.

– Está todo mundo bem? - perguntou ele, forçando-se a se levantar, o que acarretou mais um longo acesso de tosse.

– Se você decidir ignorar a parte de que acabamos de ser enfeitiçados e de que há um monte de fumaça que parece gases e eu até desconfiaria de Pedro se ele estivesse aqui, bem sim, eu estou ótimo - respondeu Sirius, levantando-se ao lado de Tiago.

– Estou legal - disse Abbey com um grande esforço.

– Evans? - chamou Tiago, a voz soando um tanto desesperada na escuridão. - Evans? Lumus!

A sala de Augustus se iluminou com a pequena luz formada na ponta da varinha de Tiago. Tudo estava silencioso e o lugar, deserto. Oswell aparentemente aproveitara-se da situação de confusão e fugira pelo corredor. Mas ao iluminar o piso da sala, Tiago também não conseguira distinguir Lílian.

– Onde está a Líly? - disse Abbey, soando temerosa.

Todavia, Tiago não respondera. Ele abriu caminho por entre os dois e saiu da sala, iluminando o corredor, que estava em pior estado do que a sala de Augustus. Sirius e Abbey o seguiram, com as varinhas a postos. Um fraco som recheara seus ouvidos. Parecia quase como… um grito.

Os garotos se apressaram pelos corredores, sem nem mesmo se importar de serem pegos a essa hora da noite. Tiago pensou que, naquela noite as regras somente serviam para serem burladas. Assim como todos os dias e noites de sua vida, concluiu Tiago.

Após alguns segundos sem nada encontrar, as crianças ouviram mais uma vez um fraco som. Dessa vez, Tiago correu para a janela mais próxima do corredor e apoiou-se, olhando diretamente para fora.

– O que você está olhando? - questionou Sirius, direcionando-se até onde o amigo estava.

Lá fora, na ventosa noite de final de maio, encontrava-se um homem caminhando pelo gramado com uma capa negra sob o corpo. Ele conversava com outro homem. Esse, pelo contrário, não escondia seu rosto. Seu rosto sinistro que fazia com que a pele de muitos se arrepiasse. Tom Riddle.

Tiago desceu correndo as escadas do castelo, sem a mínima de ideia de o que faria assim que alcançasse os dois homens. Quando ele empurrou a porta de entrada do castelo com a ajuda de Abbey e Sirius e saiu por noite afora, avistou uma massa de cabelos ruivos num dos arbustos.

Tiago correra até o arbusto, sentindo-se ao mesmo tempo irritado e aliviado.

– Você queria nos matar de susto? - disse ele bravo assim que alcançou o arbusto.

Lílian virou seus olhos esverdeados e fitou-o por alguns segundos.

– Eu sabia que Augustus tentaria fugir no meio da confusão. Riddle lançou os dois feitiços. Tive que segui-los.

Tiago pareceu ainda mais irritado.

– Sem a minha… nossa ajuda? - questionou ele, a voz saindo um pouco mais fina do que o normal.

Lílian revirou os olhos e virou-se para frente, prestando novamente a atenção nos dois homens que conversavam.

– O que aqueles pirralhos estavam fazendo lá? - disse a voz fria, que fazia com que os pelos da nuca dos quatro colegas se arrepiassem.

– Milorde… eles descobriram de alguma forma… eu sinto muito - respondeu Augustus, gaguejando a cada palavra pronunciada.

– Você é um inutilzinho, não é mesmo, Oswell? Como pôde deixar crianças, incluindo aquela sangue-ruim nojenta, descobrirem?

Tiago sentira Lílian ficar tensa ao seu lado.

– Tivemos sorte de eu ter conseguido pará-los a tempo. Eu não poderia tê-los matado, Dumbledore iria desconfiar - continuou Tom, parecendo cada vez mais frio. - e você cuidará deles depois. Trouxe o que eu solicitei?

Augustus enfiou desajeitadamente a mão tremendo, num dos bolsos de sua capa. Retirou o pequeno frasco que os garotos haviam visto antes e o entregou a Tom Riddle.

– Aqui está, Milorde… - disse ele.

Tom Riddle fitou o frasco com um olhar sinistro, quase como se estivesse satisfeito.

– Está pronto? O senhor pode me devolver meu… - começou Augustus com uma voz gaguejante.

– Seu vermezinho inútil, por acaso eu já estou com a espada de Godric Gryffindor em minhas mãos? - disse Tom, apontando a varinha para Oswell fazendo com que o rosto do homem se contorcesse de horror.

– Sinto muito, milorde… - Augustus apressou-se em se corrigir.

– É bom que sinta. Dumbledore estará fora daqui a uma semana. Arranje a senha da sala. Chegarei por volta de meia-noite. Esteja esperando - instruiu Riddle, como se essas fossem informações das quais o professor já deveria estar ciente.

– Sim, milorde… o senhor trará o…

– No final da noite, se tudo sair como planejado, entregarei-o a você - cortou-o Tom, caminhando pela noite escura mas virando-se antes de chegar aos portões de Hogwarts. - e acho bom, pelo seu próprio bem, que tudo saia como planejado.

Com isso, Riddle girou no ar, voando em direção ao céu noturno e escuro, numa fumaça de poeira escura e sombria.

***

– Oh meu Deus… - murmurava Lílian, por todo o caminho de volta ao salão comunal. - isso não pode estar acontecendo.

– Finalmente está acontecendo! Nós não precisamos mais ter que vigiar Oswell, nós o temos na palma de nossas mãos! - comemorou Tiago.

– É verdade, era simplesmente desgastante ter que ficar correndo atrás dele - concordou Sirius.

– Mas eu não consigo acreditar que semana que vem… - Lílian interrompeu sua própria fala e parou no meio do corredor.

– O que houve? - perguntou Abbey, meio assustada.

– Quando Dumbledore estará fora? - disse Lílian.

– Daqui a uma semana, de acordo com Riddle. - respondeu Tiago, estreitando os olhos.

Lílian os fitou congelada.

– O que nós iremos fazer? - gaguejou ela. - Quero dizer… nós não fazemos ideia se seremos capazes de proteger a espada, de impedir de algum jeito tudo isso…

– Evans, calma… nós daremos um jeito - disse Tiago, tentando convencer até a si mesmo.

Os garotos continuaram a seguir seu caminho em direção ao salão comunal, apesar de sentirem que estavam em outra dimensão, caminhando para algo incerto. E aquela mesma pergunta pairava na mente dos quatro “O que nós iremos fazer?”

***

Belle corria apressada pelo corredor, sem sequer saber se estava seguindo pelo caminho certo. Ela se atrasara pera a aula de Herbologia e tudo o que fazia era descer correndo cada lance de escadas que encontrava pela frente, procurando desesperadamente as portas do Saguão do castelo.

Quando ela virara mais uma curva de um longo corredor do castelo, dera de cara com uma massa de cabelos ruivos.

– Descul… - começou Belle, mas interrompeu a própria frase assim que o rosto da garota entrou em foco.

– Belle! Quanto tempo - começou Andressa animadamente, apesar de sua expressão não demonstrar nenhum sinal de que estava feliz em ver a garota.

Belle abriu a boca para responder mas a fechou quase imediatamente. “Não vale a pena” pensou ela, segurando-se para não dar um soco no rosto da garota ali mesmo.

– Tem visto o Thomas? - perguntou Andressa, com um sorrisinho afetado estampado no rosto.

Belle não disse nada e se preparou para sair dali, caminhando alguns passos.

– É uma pena, sabe… uma grifinória agir como se estivesse sendo ferida e não pudesse se defender apenas de meras palavras - comentou Andressa e em um ímpeto, Belle fechou os punhos e se virou em direção à garota.

– Eu acho que você não tem o direito para vir falar que eu sou covarde. Me usando, usando a Abbey, usando Thomas. Achando que ele vai voltar correndo para você depois de contar que um bando de alunos, incluindo você, o fizeram ser expulso do time.

Andressa riu sem um pingo de humor.

– Você acha que eu contei a ele que eu ajudei? Na época nós, você sabe… ficávamos juntos bastante. Mas às vezes ele esquecia do nosso amor e corria para aquele campo para treinar. Ele começava a preferir quadribol do que a mim! Tudo o que eu fiz foi colocar a poção no suco de abóbora dele de manhã. Uma oferta muito boa do grupo que participou disso. E eu aceitei. Thomas precisava esquecer um pouco o quadribol para voltar para mim. - Foi cruel - disse Belle, com o rosto fervendo de raiva.

– Foi humano! Nós nos amávamos! Mas quando ele foi expulso do time foi como se ele tivesse perdido a identidade. Você não o conheceu antes. Thomas era como eu. Como Mia. Não se importava com os outros. Até você aparecer…

Belle sentira uma enorme vontade de gritar para a garota de que ela estava tremendamente enganada. Thomas nunca amara Andressa, ele havia dito isso para Belle. “Não disse?” pensou ela ansiosa.

– Ele mudou - murmurou Belle.

– Sim. Mudou. E agora ele é esse… cachorrinho que fica correndo atrás de você.

– Ele é meu amigo! - gritou Belle, sem conseguir conter a raiva.

– Era… é só uma questão de tempo Belle. Agora que eu rompi a única coisa que o mantinha daquele jeito bondoso, sua amizade com ele, é só uma questão de tempo até ele voltar a ser quem era antes.

– Ele é daquele jeito e não foi a nossa amizade que o deixou assim! Thomas é maravilhoso. Tem um coração puro.

– Então espere até ele te trocar por quadribol. Você acha que o conhece mas está enganada. Ele vai voltar a ser exatamente como era antes, agora que não há ninguém impedindo-o. Agora que você foi expulsa da vida dele.

Belle sentira como se tivesse recebido um soco no meio do rosto. Ela sentia suas mãos tremerem levemente, como se estivessem alertando-a de que algo nas palavras da garota poderia ser verdade. “Agora que você foi expulsa da vida dele” essa pequena frase martelava na cabeça de Belle como se milhares de agulhas estivessem perfurando-a lentamente.

– Aposto que ele não voltou correndo para você, não é? - disse Belle, depois de algum tempo.

Um leve tom avermelhado tingiu o rosto de Andressa, mas logo dera lugar ao seu sorriso desdenhoso.

– Não… mas ainda vai. Ele só precisa se acostumar à vida antiga novamente - respondeu ela.

– Me avise quando isso acontecer - disse Belle sarcasticamente.

– Ah, eu vou… engraçado porque eu não o estou vendo aqui, com você – retrucou Andressa.

Belle sentira as mãos começarem a tremer novamente, enquanto Andressa retornava ao seu caminho pelo corredor, e a cada passo que a garota dava, Belle sentia uma pontada das milhares de agulhas perfurando o que havia restado de seu coração.

***

– Eu não consigo acreditar que hoje é o último jogo do ano - disse Alice, mexendo em seus cabelos mais nervosa do que gostaria de admitir.

– E nós iremos ganhar - garantiu Frank, batucando a mesa do café da manhã.

– Vocês dois estão muito nervosos - comentou Caius, bebericando seu suco parecendo calmo, apesar de seus músculos estarem tensos.

– Temos que conseguir cem pontos antes de pegar o pomo. Não temos o melhor apanhador, mas temos um time incrível. E nós conseguiremos ganhar da Corvinal. - assegurou Alice.

– Mas o Zac… - começou Caius.

– Nós vamos pegar o pomo antes dele. Caius, você vai jogar como batedor, não se esqueça…

– Como eu iria esquecer disso? – respondeu Caius, um tanto ofendido.

Nem Frank e nem Alice disseram nada. Eles estavam observando um grupo de alunos da Corvinal, que estavam apontando para eles e rindo sem a menor cerimônia. Quando Zac adentrou o salão, os alunos da casa bateram palmas e gritaram animados.

– Tudo bem… hora de ir - chamou Frank, pulando do banco da mesa do café da manhã.

– Certo… - murmurou Alice, com as mãos suadas.

– Vai ficar tudo bem - garantiu Caius, tentando acalmá-la.

– Sim… sim eu sei - respondeu ela, olhando pelo canto do olho para Frank.

***

– Nós deveríamos estar procurando alguma informação do professor. Vocês têm certeza de que querem ver esse jogo? - indagou Remus, subindo as escadas da arquibancada ao lado de Tiago, Sirius e Pedro.

– É o último jogo do ano… a grifinória tem que conseguir cem pontos antes de pegar o pomo. Mas o apanhador do time não é dos melhores… e dizem que o Zac é bom. – replicou Tiago, um tanto irritado. - Mas obviamente, eu conseguiria pegar o pomo muito antes dele.

– Além disso, ainda falta uma semana para o Riddle tentar roubar a espada. Nós vamos pensar em alguma coisa - continuou Sirius, fazendo um gesto displicente.

– Se vocês estão dizendo… - cedeu Remus, sentando-se num dos bancos da fileira mais alta.

– Olha quem chegou… - disse Sirius, apontando para Lílian, Abbey e Belle que subiam as escadas no meio de uma multidão de alunos segurando cartazes e com os rostos pintado com as cores vermelhas e azuis.

– Para quem você vai torcer, Evans? - perguntou Tiago quando as garotas se aproximaram de onde os meninos estavam.

– Para a grifinória, ora! - respondeu Lílian, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

– Então porque você está com uma fitinha azul no seu pulso? - questionou Tiago, com um sorrisinho maroto.

As bochechas de Lílian se avermelharam e ela não o respondeu. Zac a havia dado naquela manhã “Não é só porque você é uma grifinória que não possa torcer por mim” disse ele, amarrando no pulso da garota uma fina fitinha azul com detalhes prateados. Desde o dia em que o garoto a beijara na biblioteca, eles mal haviam se visto. E quando isso acontecia, nenhum dos dois conseguia pensar em algo para dizer. Mas naquela manhã, Zac a dera aquela pequena lembrancinha que a fez pular de alegria em todo o caminho para o campo.

Após algumas respostas e brincadeiras irritantes de Tiago e Sirius, Lílian avistou o grupo de alunos com capas azuis carregando vassouras em direção ao centro do campo. Pelo menos metade de todas as arquibancadas comemorou a chegada do time de quadribol da Corvinal. No outro lado do campo, o grupo de capas vermelhas também se direcionava ao centro. A outra metade da torcida gritou em comemoração, enquanto alunos da Sonserina e da Corvinal vaiavam a chegada do time da Grifinória.

Zac deu um passo à frente, assim como Frank. Os dois se fitaram por alguns segundos e tentaram ignorar as centenas de alunos gritando ao seu redor. Lentamente os dois apertaram as mãos e montaram em suas vassouras, sendo seguidos pelo resto do time.

A professora de voo apitou o jogo e as vassouras voaram em direção ao céu, como se milhares de águias levantassem um voo à procura de suas presas.

***

Já passavam dos vinte minutos de jogo e Frank já havia visto o fraco relance dourado do pomo de ouro e alguns cantos do campo. Alice já havia feito quarenta pontos, ao passe que os outros artilheiros do time haviam feito vinte, cada um. A Corvinal havia feito trinta pontos ao total e faltavam somente alguns pontos para o apanhador começar a procurar o pomo, faltavam somente alguns pontos para a vitória.

Frank defendeu um dos aros quando um artilheiro de outro time atirou a goles e mandou-a para Alice. Alice voou velozmente por entre os jogadores, desviando-se de balaços e rindo enquanto os corvinais se enfureciam. No último instante, dois jogadores a cercaram e ela lançou a goles para uma das artilheiras da Grifinória perto do aro. Mais um ponto marcado.

– Boa Alice! - gritou Frank, suspirando de alívio pela Corvinal não ser um time agressivo, pois se eles estivessem jogando contra a Sonserina, Alice provavelmente já teria sido mandada para a ala hospitalar.

Caius defendera um balaço quando este viera diretamente para o rosto de Alice. A garota era o novo alvo dos corvinais. Os apanhadores, Dan Fillies e Zac Tiffon rodeavam o campo, como se eles mesmos fossem os pomos, de tão rápidos e invisíveis que passavam por entre os jogadores.

– Frank! - gritou Alice, fazendo com que o garoto retornasse ao jogo e visse bem naquele instante uma goles vindo em direção ao aro direito. Ele girou na vassoura e conseguira desviar a bola com a ponta dos dedos.

Gritos de comemorações e alívio surgiram na arquibancada da Grifinória e um outro artilheiro do time marcara mais um ponto. “Falta pouco” pensou Frank, gritando algumas instruções para os jogadores.

Quando o time da Grifinória após alguns minutos conseguira suceder o time da Corvinal, Frank fez um sinal silencioso para Dan, que já estava rondando todo o campo, sendo seguido de perto por Zac. Todos estavam tensos e ansiosos, sabendo que era a hora dos apanhadores entrarem em ação.

Zac rodopiou um giro rápido no ar, desviando-se de um balaço lançado por Caius que fora parar no ombro de Dan, que gritou de dor, mas não parara sua procura pelo pomo.

A arquibancada aplaudia animada e, em segundos, uma artilheira da Corvinal lançou uma goles em um dos aros da grifinória. Frank rebateu em um piscar de olhos e lançou a goles para um dos artilheiros, enquanto gritos e aplausos ecoavam pelo campo. Frank virou os olhos para onde a arquibancada apontava e vislumbrara o pomo, sendo seguido por menos de um metro pelos dois apanhadores.

Zac estava um pouco à frente, mas Dan contornou-o e batera em seu ombro esquerdo. Zac não parecia ter notado. Seus olhos estavam fixos na pequena bolinha de ouro com asinhas que batiam como milhares de corações juntos. Dan esticara o braço, assim como Zac. Os dois estavam a centímetros do pomo.

Neste momento, Alice gritara. Um grito que ecoou por todo o campo e fez com que Frank girasse imediatamente a vassoura e visse o que estava acontecendo. A garota era perseguida por um balaço e os dois batedores da Corvinal, que aproveitaram o momento de distração para eliminar as chances da artilheira de marcar mais algum ponto.

– Não! – se o grito de Alice fora alto, o de Frank fora ensurdecedor. Ele estava paralisado no lugar, encarando Alice enquanto esta fora acertada pelo balaço bem na cabeça. Neste momento, Frank vira pelo canto do olho Dan parar por um instante para ver o que acontecia. Nesse mísero instante, Zac ultrapassou-o e agarrou o pequeno pomo de ouro num só impulso.

Os alunos da Corvinal e da Sonserina gritaram e aplaudiram, enquanto a multidão tingida de vermelho protestava. A professora de voo apitou quando o jogo chegou ao fim, numa assustadora reviravolta.

Frank sentia-se distante. Como se ele estivesse em outro planeta ou na arquibancada com os torcedores. Ele ainda fitava Alice, que era acudida por Caius. A garota parecia estar acordada mas seus olhos estavam opacos e embaçados. Ela pousou no gramado e jogou a vassoura para o lado, ao mesmo tempo em que, tonta com o impacto do balaço, caía sem conseguir resgatar o equilíbrio.

– Frank, eu sinto muito… - dizia uma voz distante. Frank virou-se lentamente e a imagem de Dan entrara em foco.

Frank não respondera nada, apenas direcionou sua vassoura para o gramado e correra em direção a Alice. A garota não parecia ter percebido a sua chegada e parecia completamente alheia da companhia de Caius, que tentava consolá-la.

Frank tombara ao lado da amiga e passou o braço pelos seus ombros, abraçando-a. Alice parecera ter se dado conta de quem era pois Frank sentiu um baixo soluço quando a garota se enterrara em seus braços e o abraçara de volta.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?